A Ladra De Raios - Brittana escrita por Ju Peixe


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Boa noite! Queria agradecer a todos que favoritaram e comentaram na história! Que bom que estão gostando. Queria também agradecer a Mislaine brittis pela recomendação! Deixou meu dia mais feliz!



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Passamos os últimos três dias ora sentados no vagão de um trem, ora na estação esticando as pernas. Foi bem irritante, mas podia ter sido pior. Por exemplo, eu podia estar sozinha, sem meus amigos para me alegrarem. Eu podia estar sem a San. É, podia ter sido pior.

Quando chegamos ao Coliseu (depois de duas horas procurando por um raio de um taxi), chegamos a conclusão de que deveríamos esperar anoitecer. Finn havia nos explicado no caminho sobre as pérolas que nos tirariam do mundo inferior. Basicamente, era só imaginar um lugar, esmaga-la e você magicamente aparece no lugar desejado. Já tínhamos uma, que estava na tiara que Medusa usava.

San estava maravilhada com o Coliseu. Eu nunca havia a visto falar tanto sobre um único lugar. Devo dizer que Finn e eu estávamos com uma leve vontade de amordaça-la até o horário de fechamento. Mas ela estava tão feliz... Não tive coragem de interrompê-la. Mas também não ouvi praticamente uma palavra do que ela dizia depois do quinto interminável monólogo.

Nos trancamos no banheiro e ficamos esperando todos saírem. Quando era meia-noite, saímos e demos inicio ao nosso plano. Tivemos que por os funcionários para dormir, mas isso não vem ao caso.

A pérola estava no alto, presa a uma parede. Peguei os tênis que Sam me deu, e estava prestes a calçá-los quando San me interrompeu. Ela tirou os tênis da minha mão e eu me levantei para protestar.

- San! Eu sei que não gosta do Sam, mas eu preciso fazer isso! Por favor, não tenha um ataque de ciúmes agora! – eu reclamei, tentando pegar os tênis de volta.

San ficou vermelha e visivelmente irritada com a menção de Sam. Passei os braços ao redor de sua cintura e a puxei para mim. Colei nossas testas e fiquei olhando em seus olhos.

- Sanny, me devolve os tênis. Nós já conversamos...

- Não, Brittany. – ela respondeu me cortando.

- Mas San...

- Você é a filha do deus do mar, e tem um certo deus maior muito irritado com você, que por acaso controla os céus. Você realmente acha prudente voar nessas coisas? Não, eu vou no seu lugar. Senta ai e me espera. – ela disse.

Ela estava certa. Demoramos algum tempo até que ela pudesse pegar a prática e então finalmente conseguimos a pérola.

- Essa foi fácil. – Finn comentou.

- Fácil demais... – San respondeu.

Quando estávamos prestes a sair do coliseu, fomos cercados pelos funcionários do local. Um deles tossiu fogo.

- Brittany Pierce, você deve devolver o que fora roubado. Ou sofrerá as consequências. – eles disseram em uníssono.

- Eu não roubei nada, poxa! – respondi chateada.

Dito isso, os funcionários começaram a crescer deliberadamente até se tornarem o monstro mais estranho que eu já vi. Tinha três cabeças, um corpo de dragão. E pior: cuspia fogo. Por essa eu não esperava.

Segurei na mão de San e puxei-a para uma coluna. A coisa cuspiu fogo em nós. Busquei Finn com o olhar e o encontrei encolhido. Ele sinalizou o meu pulso, e eu apertei o botão. Meu bracelete transformou-se em um escudo dourado, assim como minha espada. E era incrivelmente pesado.

- Fique aqui. – eu disse a San, levantando e correndo em direção a Finn.

- BRITTANY, NÃO! – ela gritou, porém eu já havia saído correndo.

A Hidra cuspiu fogo em mim, mas consegui me defender com o escudo. Por que fiz uma coisa tão estúpida? Ao lado de Finn, tinha um bebedouro. Eu ainda não havia aprendido a controlar a água de muito longe, então geralmente precisava me aproximar das fontes para poder manuseá-la.

Entreguei meu escudo a Finn e pedi para que ele me desse cobertura. Pude sentir o desespero de Santana a alguns metros de distância, mas não ousei a olhar para trás. Finn segurou o escudo enquanto eu golpeava o bebedouro  com contracorrente e fazia com que a água escorresse.

Uma das cabeças da Hidra lançou mais uma rajada de fogo, mas eu a contive com a água. Formei um escudo protetor ao redor de nós três, e tive uma ideia que talvez desse certo.

- San, a Medusa! Petrifique a Hidra! – gritei.

A latina assentiu e buscou a cabeça escondida na mochila. Ela desenrolou a camiseta que envolvia a coisa e tapou os olhos, vindo em nossa direção. Finn prendeu o escudo de volta no meu pulso e correu para trás de uma coluna. Derrubei a barreira que construí ao nosso redor e protegi San com o escudo de uma rajada de fogo.

- AGORA! – gritei, e a latina ergueu a cabeça acima do escudo.

Por um momento, fiquei a abraçando por trás do escudo. Quando não ouvimos mais nenhum som, levantei meus olhos e encontrei uma estátua de uma Hidra no meio do Coliseu. Queria só ver alguém explicar isso depois. Sorri e olhei para Santana, que me lançou uma cara feia. Droga. De novo não.

Saímos do Coliseu e buscamos algum lugar para passar a noite. Achamos um hotel e nos hospedamos pela noite. Era um lugar bem confortável para mim. Os quartos tinham um banheiro e tinham vista para a piscina do hotel, que era muito bonita.

Santana tinha ficado emburrada pela vigésima vez comigo só essa semana, então para não piorar as coisas, resolvi descer e deixar que nós duas esfriássemos a cabeça. Coloquei um short e um top, pois não tinha um biquíni e desci para a piscina.

Fiquei um bom tempo debaixo d’água, apenas pensando. Recentemente, descobri que posso ficar seca e respirar dentro d’água, mas não era uma boa sair da piscina seca em um hotel. Perdi a conta do tempo em que fiquei lá, simplesmente sentada pensando. A água ajudava a fluir meus pensamentos. Subi um pouco, pois achei que alguém podia passar e ficar preocupado com o fato de eu ainda estar lá embaixo.

Fiquei boiando um pouco, olhando as estrelas. Quando dei por mim, Santana estava sentada na borda da piscina, apenas me observando. Nadei até ela e subi para ficar ao seu lado. Não dissemos nada, apenas ficamos sentadas olhando para o nada.

- Eu achei que eu fosse te perder hoje. – ela confessou.

Olhei para ela e fitei seus olhos escuros. Ela havia chorado, pois eles estavam vermelhos e levemente inchados.

- Quando eu aceitei a missão, achei que estivesse claro que eu correria riscos. – falei para a morena.

- E estava B, mas agora é diferente. Você é... É minha... Minha. Eu não aguentaria ficar sem você. Eu... Eu... Enfim, não importa. Só achei que você deveria saber. – ela disse levantando.

Puxei sua mão e a peguei no colo. Ela se agarrou ao meu pescoço e eu a beijei. Ficamos abraçadas na beira da piscina, apenas desfrutando da companhia uma da outra.

- Eu te amo. – ela falou no meu ouvido.

Afastei-me do abraço para fitar seus olhos. Ela nunca havia dito que me amava, apenas que gostava de mim. Pude entender porque do surto hoje mais cedo.

- Por favor, diz alguma coisa. – ela falou com os olhos marejados.

Abri um sorriso torto e tomei seus lábios para mim.

- Eu esperei tanto você dizer isso... – confessei.

Ela sorriu e voltou a me beijar, invadindo minha boca com a língua. Nos separamos em busca de ar e eu dei vários selinhos em seus lábios.

- Eu te amo. – Disse contra seus lábios - E não me mate agora.

Dito isso, segurei-a em meu colo e pulei na piscina. Ela deu um gritinho quando caímos na água, e eu criei uma bolha de ar para nós. Definitivamente, o melhor beijo subaquático de todos.


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Notas finais do capítulo

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