A Ladra De Raios - Brittana escrita por Ju Peixe


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde! Como estão vocês? Queria agradecê-los pelos reviews mais uma vez! Estou muito feliz que todos estejam gostando da história!
E feliz dia da mulher para todas vocês que acompanham a história! Parabéns pelo nosso dia!



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Estávamos sentados dentro do empório da Tia M. Santana tinha os braços ao redor da minha cintura e volta e meia puxava meu rosto para um beijo rápido. Finn nos observava com um leve sorriso nos lábios e me disse um “Eu não falei?” sem som.

Decidimos passar a noite ali. Não tínhamos para onde ir mesmo, e era mais confortável que um monte de grama molhada. “Saqueamos” a máquina registradora e achamos alguns Dracmas de ouro para levar. Guardamos tudo em uma mochila e procuramos um local para deitar. Chegamos numa pequena sala com uma poltrona reclinável e um sofá. Finn ajeitou-se no pequeno sofá e nós duas nos deitamos abraçadas na poltrona. Virei-me de lado de maneira que pudesse ver o rosto de Santana. A latina tinha um sorriso tão largo que mal cabia em seu rosto. Passei meu braço por sua cintura e ficamos trocando carícias no rosto.

- Eu fui mesmo a sua primeira? – ela perguntou lançando-me um sorrisinho.

Corei e assenti. O sorriso em seu rosto se alargou ainda mais, e eu não pude conter um largo sorriso vindo de mim. Ela puxou minha nuca e reconectou nossos lábios em um beijo suave.

- Me diz... E você? – perguntei depois que nos separamos.

- E eu o que, Britt-Britt? – ela perguntou.

Olhei nas íris castanhas e abri um sorriso. Ela franziu as sobrancelhas e eu me aproximei de seu rosto.

- Britt-Britt? – perguntei.

- Não gostou? – ela respondeu, corando fortemente.

- Adorei. – disse, roubando-lhe um selinho.

- Mas do que você estava falando antes B?

Passei um braço ao redor de sua cintura e voltei a fitar seus olhos. As íris escuras tinham um brilho doce e suas bochechas ainda estavam vermelhas.

- Quem foi a sua primeira, San? – perguntei.

A pergunta pareceu pegá-la de surpresa. Seu rosto corou de leve e ela baixou os olhos. Depois de alguns minutos, voltou a me encarar.

- Você, B. – ela finalmente respondeu.

Meus olhos brilharam e não contive o sorriso que se alargava mais e mais em meus lábios. Puxei o corpo de Santana para cima do meu e conectei nossos lábios. Ela se afastou e ficou fitando meus olhos enquanto acariciava meus cabelos. Ela tinha um olhar triste no rosto, como se estivesse machucada.

- Sanny, o que houve? – perguntei abraçando seu corpo.

- Não... Nada de mais, B. Só lembrei-me de umas coisas... Eu estou bem. – ela respondeu.

- Eu não vou te pressionar... Mas eu sei que está mentindo. Quando quiser conversar eu estarei aqui. Saiba que me tem para qualquer situação. Eu sou sua. – sussurrei em seu ouvido.

San sorriu para mim e escondeu o rosto na curva do meu pescoço. Não dissemos mais nada naquela noite, apenas nos abraçamos e dormimos agarradas.

Quando acordei, San ainda estava deitada em cima de mim. Sorri ao ver seus lábios entreabertos e seus cabelos bagunçados. Inclinei a cabeça de leve e beijei seu rosto. Aos poucos seus olhos foram abrindo e um sorriso formou-se em seus lábios.

- Bom dia, Cabeça de Alga. – ela disse.

- Bom dia, Sabidinha. – respondi.

Ela inclinou o rosto em minha direção e tomou meus lábios. Ficamos trocando beijos por certo tempo, sentadas na poltrona. Olhei para o lado e Finn ainda dormia, ressonando levemente. Encostei-me a poltrona e San sentou no meu colo.

- Eu quero tentar uma coisa... – ela murmurou.

- O que, Sanny? – perguntei observando sua expressão.

Ela inclinou-se para os meus lábios e iniciou um novo beijo. Não entendi bem o que ela queria, até que ela abriu os lábios e eu automaticamente fiz o mesmo, dando passagem à sua língua. Ela encostou a língua na minha, ainda meio receosa, mas logo começou a explorar todos os cantos da minha boca, em um beijo carinhoso e intenso. Soltei um gemido de satisfação baixinho e nos separamos para buscar ar.

- Uau. – Foi tudo o que consegui pronunciar.

Ela abriu um sorriso tímido e me deu um rápido selinho antes de descer de cima de mim. Levantei seguindo-a e fomos para o que deveria ser a cozinha, procurando por algo comestível. Nada. Decidimos acordar Finn e sair para buscar algum lugar para tomar café. O sátiro levantou alegremente e logo já tínhamos deixado o empório. Decidimos levar a cabeça da Medusa, por via das dúvidas.

Caminhamos por pouco tempo e achamos um lugarzinho que parecia ser bem discreto. Eu me esqueci de comentar: meu adorável padrasto colocou vários anúncios em jornais e televisões dizendo que eu era uma delinquente louca e que havia sequestrado minha mãe junto de meu outro amigo delinquente. Além disso, o motorista do ônibus que eu basicamente salvei alegou que San, Finn e eu éramos vândalos que destruíram seu precioso ônibus. É, acho que é isso.

Sentamos em uma mesa mais afastada, com Sanny ao meu lado. Finn começou a remexer os bolsos e pegou um pedaço de papel velho, nos entregando.

- Deem uma olhada nisso. Eu achei no covil da Medusa. É um mapa que mostra onde encontrar a nossa passagem de saída do Mundo Inferior. Ah, eu já havia esquecido. Britt, Sam Evans mandou eu te entregar um escudo. – ele disse me passando um bracelete. – Quando precisar usá-lo, aperte esse botão.

Arregalei os olhos e Finn tapou a boca com uma mão, batendo na testa com a outra. Olhei para o lado e constatei que Santana já havia fechado a cara. Pela milionésima vez, por causa de Sam. Ele ainda ia me causar sérios problemas com a minha latina. Uma pena ela não perceber que eu só tenho olhos para ela.

- Eu... Eu vou no banheiro e já vou aproveitar para fazer os nossos pedidos, certo? Ér, Santana, não exploda nem Brittany e nem a lanchonete, por favor. E não me mate, certo? – Finn disse já se levantando.

Pousei a mão no rosto de Santana que me afastou bruscamente. Olhei para baixo, frustrada. Como se fosse minha culpa se o Bocão era a criatura mais insistente de toda a face da terra.

- San, não faz assim comigo! Eu não quero o Sam, eu só quero você! Por favor, acredita em mim... – Eu disse enquanto abraçava seu corpo.

- Para, Brittany. Eu não quero conversar. Me solta! – ela respondeu me afastando.

Apertei o abraço e deitei a cabeça na curva de seu pescoço. Ela tentou se livrar de mim mais algumas vezes, mas eu era mais forte do que ela. Por fim, ela desistiu e eu afrouxei um pouco meu abraço, apenas o suficiente para poder voltar a encará-la.

- Por que você não consegue ver que eu só tenho olhos para você desde o dia em que te conheci? San, você é a minha melhor amiga, minha parceira, minha. Eu não quero ficar com o Bocão, eu quero ficar com você. – eu falei passando a mão por seu rosto.

Ela continuou me fitando séria, como se quisesse decidir se o que eu falava era a verdade ou não. Soltei-a de meu abraço por completo e pousei minha mão na sua. Ela afastou-me sutilmente.

- San...

- Eu não posso te perder, Brittany. E eu confio em você. Mas cada vez que aquele garoto põe as mãos em você, eu sinto como se ele te roubasse de mim. E isso me mata por dentro. Dói assistir ele flertando com você e não te ver reagir pra nada, B! Eu ficava esperando você por um fim nisso, mas não vejo você se mexer pra nada! Me magoa isso, sabia? – ela finalmente falou, descarregando tudo em mim.

- Você nunca vai me perder. Eu nunca vou te deixar, mesmo que você nunca mais queira me ver. Mesmo que você me mande ficar longe, mesmo que você me trate mal... Eu não consigo ficar longe de você, San. É como ficar sem respirar, e eu não suportaria te ver longe de mim. Eu prometo que assim que voltarmos ao acampamento, eu darei um fim nisso. Eu só quero te ver feliz, Sanny! Mas eu preciso que confie em mim, que acredite nos meus sentimentos por você. Eu quero que me ajude a fazer isso funcionar. E só vai dar certo se confiarmos uma na outra. Eu nunca vou te magoar, Sanny. Eu vou dar o meu melhor para te fazer a pessoa mais feliz do mundo. – eu disse segurando seu rosto entre minhas mãos.

Santana fitou-me com os olhos marejados e inclinou o rosto para me beijar. Selamos nossos lábios, em um beijo doce e intenso. Nos afastamos e sorrimos uma para a outra, entrelaçando nossas mãos.

Finn voltou à mesa e suspirou aliviado ao perceber que eu ainda estava viva e inteira. E o melhor: com a latina mais linda do mundo sentada ao meu lado me abraçando. Logo nossos pedidos chegaram e nós comemos calmamente, conversando mais descontraidamente.

- Então, Menino-Bode, onde é a nossa próxima parada? – perguntei passando o braço ao redor dos ombros de Santana.

- Vocês nem imaginam. Santana, por favor, não surte. Nossa próxima parada é no Coliseu. Parece que tem algo lá que vale à pena buscar.


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Notas finais do capítulo

Comentários? Venham alegrar a minha sexta-feira!



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