Já havia se passado duas semanas desde que cheguei em LA e por mais maravilhoso que essa cidade seja eu ainda não estou totalmente "curada". Eu já cansei de chorar e meus tios ou o meu primo ver e me perguntarem se eu estou bem apesar de saberem a resposta me perguntam por perguntar, não choro mais não faz sentido desperdiçar lagrimas com isso. Se alguém me perguntar se eu o amo a minha resposta séria "Nunca deixei de ama-lo", eu sei que tenho que esquece-lo mas é como se algo ainda me dissesse para não desistir.

Então eu penso que está enganado porque eu estou muito distante e a probabilidade de eu ver ele de novo são remotamente impossíveis de acontecer. Mas... Bom... fazer o quê?

Mas agora falando da faculdade a UCLA é incrível, eu comecei a faculdade de jornalismo já se fazem cinco dias, mas apesar de eu estar longe de meus pais a faculdade compensa eu ter feito essa escolha.

E eu não consigo me arrepender.

Já fiz um amigo aqui o Will Parker ele é alto, loiro, olhos azuis e tem cara de ter 25 anos e não 19 e ele é muito brincalhão. E fiz uma amiga Serena Snow é morena, com olhos cor de chocolate e a pele muito branca, nem parece que mora em Los Angeles, e me lembra muito a Branca de Neve (menos a cor do cabelo).

Tenho falado com todos os meus tios, primos, os meus amigos, meus pais e meu irmão, eles me contam tudo detalhadamente e eu sempre agradeço mentalmente a todos por não falarem no Scott, eu não sei o que aconteceu com ele, mas é melhor continuar assim.

(...)

Acordei com o meu despertador tocando, me levantei e me arrumei hoje era sábado e não tinha faculdade e os meus tios tinham que ir trabalhar então só vai ficar eu e o Lipe em casa.

Assim que sai do quarto segui em direção a cozinha, o café já estava na mesa: panquecas com mel, bacon, água e um bolo de chocolate.

Olhei na geladeira e tinha um recado do Lipe:

"Ariel,

Eu tive que sair te ligo avisando se vou ou não almoçar com você, meus pais só voltam de noite então você vai ter que ficar sozinha.

Beijos, Lipe."

Bom tudo bem, comecei a comer. Legal vou ficar sozinha um tempo, o que vou fazer?

Depois de comer lavei a louça e dei uma olhada na casa e então eu vi o piano. E sim, todos na minha família tocam piano, ou pelo menos um piano em cada casa tem que ter para quem saber tocar da família vai lá e toca.

E então comecei a tocar "Sad' do Maroon 5.

Música: http://www.youtube.com/watch?v=jStiPh98j7Q

Quando terminei de tocar eu fiquei lá parada com as mãos em cima do piano, é incrível como essa música fala o que eu estou sentindo. Não posso continuar pensando nele, isso esta me matando aos poucos da maneira mais dolorosa que existe.

Nunca pensei que eu amaria alguém como eu o amo, mas isso chega a me matar, então eu vou acabar igual a um zumbie, morto mas vivo.

Pensei em ligar para Serena, mas então me lembrei que ela deve estar com o namorado o Adam e o Will foi para a casa dos tios. Estou sozinha, meus amigos no Brasil devem estar dormindo, comendo ou eu sei lá, meus pais trabalhando...

Decidi ver um filme, optei por "De volta para o Futuro 1".

(...)

Meu celular tocou e eu tive que parar de fazer o almoço:

–Alô?

–Ari - era o Lipe.

–Fala.

–Eu não vou almoçar aí, tenho que terminar esse trabalho que é para segundo com o meu parceiro ainda hoje.

–Tudo bem, boa sorte.

–Brigada, tchau.

–Tchau - e desliguei.

Suspirei, parece que vou comer sozinha.

(...)

Já eram 15 horas da tarde e eu estava esparramado no sofá quase dormindo quando escutei uma música vinda do rádio "Lykke Li - Get Some".

Música: http://www.youtube.com/watch?v=-TTPGAy5H_E

Comecei a dançar e fui até a cozinha ainda dançando e peguei uma garrafa de refrigerante, voltei para a sala e aumentei o volume do som. Comecei a beber, dançar e cantar igual a uma louca.

Até que a campainha tocou, fui dançando até a porta estava bebendo quando abria porta e cuspi tudo que estava na minha boca ao ver quem estava parado na minha frente: Scott.

–Oi, posso entrar? - ele perguntou.

Eu estava estática demais para responder, apenas dei espaço para ele passar.

Eu devia estar alucinando coisas, é isso o meu amor por ele ou eu estou dormindo... É deve ser um sonho, tudo não deve passar de um sonho isso não está acontecendo, é só a minha cabeça me enganando.

Mas para ter certeza eu me belisquei não foi uma boa ideia doeu muito não aguentei e gritei:

–Ai! - ele veio rápido em minha direção com um olhar preocupado.

–O que foi? - ele perguntou pegando no meu braço e viu o hematoma - você se beliscou? Por que?

–Vo-você está aqui. E e-eu não estou sonhando. Você realmente está aqui, me fala que é real - disse passando a mão em seu rosto eu podia acreditar que ele estava na minha frente.

–É claro que estou aqui - ele disse se aproximando mais de mim.

Então a minha razão voltou e eu o empurrei e sai correndo da casa.

–ARIEL - ele gritou e então eu senti braços segurando o meu pulso e me puxando para trás o impacto foi um pouco forte então caímos na calçada, eu cai por cima dele, e então ele passou os braços ao redor da minha cintura como se dissesse "só vou te soltar depois de você me escutar".

Ainda bem que esse é um bairro calmo. Então sabe... não tem problema dois jovens estarem deitado no chão.

–O que você está fazendo aqui Scott? - perguntei quase sussurrando olhando em seus olhos passando minha mão em seus cabelos.

–Queria, não, eu precisava falar com você mas você já tinha ido. Eu preciso me explicar. Eu não posso te perder, não de novo.

–Eu...

–Só me escuta, depois você decide o que você quiser.

–O.K, pode começar - disse encarando seu lindos olhos

Continua...