17 de maio de 2009

      Eu acordei cedo, um milagre para um domingo, mas milagre maior é minha mãe já estar acordada também e com a o café pronto.

      Bom dia Kris, acordou cedo hoje! A última vez que você acordou cedo num domingo foi para andar de patins com o Jasper.

      – Verdade, não sei o que me deu, mas você também acordou cedo (isso eu não tinha visto nunca). Mas você me deu uma ideia, acho que vou patinar hoje!

      – Que ótimo! E o dia está lindo. Achei a resposta estranha, apenas concordei com a cabeça tomando um gole de café. Que estava muito ruim.

      Sai pala calçada já patinando, resolvi passar na casa da dos Hale para ver se eles não queriam passear comigo. Jasper era o irmão mais velho da Rose, ela sempre torceu para que eu virasse um Hale também, mas isso não deu certo, Jasper era legal e bonito, mas nos dois concordamos que somos melhor como amigos mesmo. Bati na porta ela atendeu.

      – Olha... Nunca ia te imaginar batendo na minha porta domingo de manhã.

      – Nem eu... Mas e aí... Quer andar de patins?

      – Eu ia acordar o povo do vôlei, mas já que você está aí... Não vou desperdiçar o domingo que a Dona Sedentária resolveu fazer algo. Fiz uma careta para ela em resposta.

      – Só vou pôr os patins já volto! Nisso uma voz de dentro da casa gritou:

      – Alguém falou em patins?

      – Hey Jasper! Quer ir junto?

      – Opa! Já estou indo!

      Fomos até o parque e ficamos dando várias voltas até eu cair e me ralar e os dois “caírem” na gargalhada. Sentei num banco esperando meu joelho parar de doer, aproveitei e olhei as horas.

      – Nossa! Quase na hora do almoço!

      – Serio? Hora de voltar então, eu estou com fome já!

      – Você sempre está com fome. Eu e Jasper falamos juntos. Voltamos rindo. Tanto que eu até tropeçava.

      Renée estava me esperando no carro na frente de casa.

      – Com fome? Vamos à casa de massas?

      – Sim! Só vou tirar os patins...

      – Já peguei um tênis para você, troca no carro.

      Durante o almoço minha mãe saiu da mesa do restaurante, e ficou ligado para um monte de gente. Meia hora depois ela voltou com um sorriso na cara.

      – Vamos?

      – Uhum!

      Ao chegar em casa eu fui subindo ligar o computador enquanto ela me disse:

      – Tenho que ir numa festa de uma amiga, e você vai junto! Fique pronta as 17 horas!

      – Obrigado por me avisar com antecedência.

      – Não pense em fugir!

      – Nossa agora eu sou obrigada a ir?

      – Sim! Mas você vai gostar!

      – Claro! – Ironizei – Você sabe como eu amo festa!

      – Sei bem, e você vai adorar essa. Nem respondi, isso já estava embrulhando meu estomago.

      Dessa vez eu resolvi não me vestir de um jeito que demonstrasse meu protesto, afinal não queria pagar mico, na verdade eu queria que ninguém me visse. Coloquei um vestido vermelho e preto, meu “All Star” preto e deixei meu cabelo solto porque ele estava num ondulado até que decente.

      Saímos, atravessamos a cidade e paramos o carro em frente a um salão de festas. Já tinha algumas pessoas lá dentro, mas da janela não dava para distinguir a decoração, parecia painéis com fotos.

      Até este momento eu ainda não tinha me tocado do que realmente estava acontecendo. Apenas quando Renée abriu a porta e me fez entrar na frente foi que eu percebi o que estava acontecendo. Nesse momento, todos se viraram na minha direção, eu corei, de repente começaram a cantar parabéns. Se eu conseguisse falar eu ia soltar um palavrão daqueles. A minha sala de aula estava quase toda lá, tinha uns pais, os Hale, e logo na frente do bolo o Orégano e a mãe dele. Pensei em sair correndo, mas Renée estava atrás de mim e as pessoas formavam um círculo ao meu redor e começaram a cantar “parabéns” que foi substituída por uma valsa. Um ser vestido de palhaço ou coisa parecida (camisa azul, calça preta e um chinelo verde limão), me puxou para dançar, eu não sabia dançar, mas como era com o Orégano eu estava até contente de pisar no pé. Ficou claro que com essa roupa ele queria se vingar do dia cinema, mas isso ia custar caro e uns dedinhos doendo.

      Eu fui rodando e dançando com várias pessoas da festa quando a música já estava quase acabando foi à vez do Jasper.

      – Não me diga que vocês ajudaram minha mãe nessa conspiração?

      – Não! Nos só fomos saber da festa minutos antes, nem deu para te avisar!

      – Acho bom mesmo! Ele riu da minha falsa raiva.

      – Ei! Isso se dança assim ó! Disse me conduzindo. Assim você não pisa no pé de ninguém, a não ser que você queira!

      – Obrigado pela dica, mas não quero dançar isso de novo tão cedo! Nós rimos.

      Depois da valsa cantaram parabéns de novo. Assoprei a vela fazendo o pedido de um dia ir para um lugar bem longe da li. Cortei o bolo e fui distribuindo. Depois fui comer meu pedaço com a Rose.

      – Guria, o que foi aquilo? Ela perguntou.

      – Ai! De qual aquilo você está falando? Já aconteceu cada coisa hoje...

      – Verdade... Mas to falando do “menino colorido” ter dançado com você!

      – Quem?

      – O Orégano! Bom hoje ele está vestido de arco-íris, vamos combinar! Eu gargalhei alto ela me acompanhou, e deu seu característico ronquinho dá risada quando ela ri de mais.

      – Não sei guria! Só sei que eu queria sumir nessa hora!

      – Eu também ia querer, mas também ia quere sumir agora, olha sua mãe vai fazer um discurso e brindar.

      – Ai! Socorro!

      A Renée ficou um tempão falando e depois todos brindaram. Eu pensei a taça era de cidra ou alguma coisa sem álcool. Mas na verdade era champanhe mesmo. Mas quando me dei conta já era tarde já tinha virado a taça e estava indo em direção a pista de dança. Não sabia direito que música estava tocando, mas eu comecei a dançar, todo foram dançar junto. O Orégano veio dançar do meu lado, eu estava meio bêbada, mas sabia o que estava fazendo. Comecei a dançar com ele de um jeito fingindo estar envolvida, ele se empolgou e colocou a mão na minha cintura. Ele ficou com uma conversinha chata de era fim de mim e tal e eu disse:

      – Bom, então, eu fico com você! Mas você vai ter de ficar aí paradinho de olhos fechados até a hora que eu mandar.

      – Claro, minha linda!

      Bom ele foi o idiota o bastante para cair nessa. Nisso eu fui atrás da Victoria, ela era muito afim dele, mas como ela era chata nem ele dava moral.

      – Oi Victoria o Michael quer falar com você, vem cá! Disse e puxei ela deixando bem na frente dele. Então eu disse “Kiss me” e juntei a cabeça dos dois. Eles começaram a se beijar. E como o Orégano não abriu os olhos não sabia quem estava beijando, ele até ficou envolvido no beijo por um tempo, mas como eu comecei a gargalhar com a Rose acho que ele percebeu.

      Todo mundo estava olhando para os dois, ao perceber o engano o Orégano ficou muito sem graça e sem saber onde enfiar a cara, e foi saindo, mas antes escutou a Rose gritando “Ah, pegador!”. A Victoria que não sabia da armação ficou mais gamada que quando ele saiu foi atrás. Eu e a Rose começamos a dançar, mas não conseguíamos parar de rir.  A festa foi seguindo, apesar de tudo eu me diverti bastante, quem diria que concordaria com a Renée.