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magda_mmc
ID: 18854
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  • 21/07/2009


  • Escritora e leitora!

    “Sou um cubo mágico que ninguém consegue montar. Tenho muito mais faces do que se pode contar. Posso ter muitas cores, mas na maior parte sou só um plástico preto. Deixe-me te distrair, deixe-me te alegrar, mas não se esqueça que eu posso te frustrar.
    Sou um castelo de cartas. Nem sempre é fácil pegar o jeito e fazer vários níveis. Posso ser belo, posso ser meio torto. Mas acima de tudo sou frágil e posso desabar com mais suave toque, com o mais calmo vento.
    Sou como um lego. Minhas peças são fortes. Posso montar uma porção se coisas, com as peças certas posso passar de uma casa para um carro robô, e depois de tudo ainda posso ser transformada em espada. Mas ainda assim posso me desmontar.
    Posso ter o gosto e a magia da infância. Mas no fundo não passo do um brinquedo esquecido numa caixa." 

    Eu me achava como um cubo magico, era uma analogia que eu sentia que se encaixava perfeitamente comigo, e assim se seguiu por muito tempo. Mas certa hora eu notei que a referencia não correspondia mais com aquilo que eu pensava sobre mim.

    Os cubos até são coisas dignas, mas ainda assim eles podem ser montados e resolvidos, eu mesma já montei vários deles, mas me entender completamente eu não consegui.

    Então o que eu seria?

    Não tenho conhecimento suficiente para dizer, o que até meio engraçado, pois se eu que me estudo desde a minha existência não sei então quem saberia? E também por eu achar que ninguém tem o domínio supremo do saber de si mesmo… Mas acho que é uma tentativa valida esse questionamento "quem eu sou?”, talvez esse seja o sentido de tudo, a resposta para o “porque eu existo?” poderia muito bem ser: para descobrir quem eu sou!

    O que eu já descobri? Não muita coisa, digamos que, se a vida fosse um livro e eu uma personagem eu poderia dizer que não sou plana. Pois é, só isso, mais nada!

    Mas tem um outro detalhe importante: “o que acontece se eu descobrir?” pergunto isso porque se vivemos para descobrir quem somos ao alcançarmos a resposta atingimos o objetivo da vida, então a partir disso a vida não valeria mais nada?

    Agora o rumo virou outro: vale a pena descobrir quem sou?

    Acho que a coisa que mais dificulta a minha definição é a que melhor me define. A Inconstância. Eu me sinto às vezes como um paradoxo, o tipo de coisa que eu não sei explicar, mas eu entendo, apesar de que às vezes acho que não faz sentido algum. Eu poderia dizer que as coisas que eu gosto ajudam a me definir, mas às vezes eu gosto tanto de uma coisa que me saturo com ela e acabo enjoando daquilo por um tempo, ou mais que isso.  Poderia dizer que sou aquilo que eu faço, mas az vezes eu fico com tanta preguiça de agir como de costume. Por que afinal eu não gosto da mesmice, mas às vezes sinto falta de coisas rotineiras ou de como tudo costumava ser. Acho que a única coisa que eu sou é uma incansável buscadora de sua própria definição, mas que tem medo do vai encontrar. 

    Enfim, eu só queria poder chegar e dizer algo alem de: Oi, meu nome é Magda!

    Se bem que não teria graça se eu não te desse a chance de tentar descobri por si mesmo…

    Ou talvez, muito mais do que uma apresentação decente, eu gostaria de dizer para mim quem eu sou, de me entender… Acho que isso bastaria por uma vida.