You Belong With Me escrita por FreddieMcCurdy


Capítulo 54
Temos que resgatá-la!


Notas iniciais do capítulo

Eu fui agendar a fic pras 19h mas não deu, não sei o porquê '-' Fazer o quê, vai meio dia e meio mesmo. *o nome do capítulo ficou podre depois eu arrumo* reviews pra tia brunis obrigada de nada eu preciso saber que algUÉM AINDA LÊ ISSO



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Carly praticamente empurrou Freddie para dentro de sua casa enquanto o menino não conseguia piscar o olho, com sua cabeça à mil. Ela nem se preocupou com a probabilidade de Spencer ou David estarem lá, só esperando por ela. Simplesmente ignorou tudo aquilo e focou somente em Freddie.

–Carly, por favor! Me ajude! Precisamos voltar para salvá-la! A Sam prec... - implorava ele, mas a garota tapou sua boca com uma das mãos e continuou a empurrá-lo, dessa vez para o elevador.

–Eu não quero saber, Freddie! - disse, determinada. - Se eu souber de alguma coisa, vou ter que ajudar essa retardada e tirá-la dessa enrascada que ela se meteu dessa vez. Prefiro não saber.

–O quê? Você não quer ajudá-la? - pergunta ele.

–É claro que eu quero! - esclarece. - Mas, pense comigo: se você me contar, eu vou querer ajudá-la exatamente agora porque eu não suporto vê-la em apuros. Logo, se eu quiser ajudá-la exatamente agora, você vai vir junto comigo, obviamente. E você não pode ajudá-la com esse cheiro de... De rato de esgoto! Jesus! – ela aproximou seu nariz da boca de Freddie, e fez uma careta, abanando o rosto. – Há quanto tempo você não escova os dentes?

Freddie tentou dizer a ela sobre seu paradeiro nesses últimos dias, mas a garota insistiu tanto que ele se calou, entrando no elevador pacificamente. E era verdade, não escovava os dentes há mais de uma semana, que foi o tempo que ficou preso naquele lugar desprezível. Carly sorriu amarelo, com medo de saber o que tinha acontecido, e apertou o botão de fechar as portas do elevador, ficando na cozinha do lado de fora. E, logo, Freddie já sentiu a máquina se movendo.

Era impossível não se lembrar de Sam quando olhava para a alavanca vermelha que parava o elevador.

Coçou os olhos lentamente, encostando-se em uma das paredes enquanto pensava na vida. Ele não podia acreditar no que estava acontecendo. Isso é mais ridículo que filme. Ele tentava pensar positivo, tentava lembrar a si mesmo de que Sam tem tudo sob controle. Ela demonstrou isso na última vez que os dois tinham se falado. Ela tinha planejado a fuga deles e agora estava sozinha naquela maldita mansão. E como ela sairia? E como ele a tiraria de lá? Não tem jeito de entrar de novo, já que, assim que eles percebessem de que os prisioneiros tinham fugido pelos túneis de emergência, tapariam o buraco. Ou não? Valia a pena se enfiar no bueiro, passar pelos corredores e tentar entrar na mansão pelo mesmo lugar que eles tinham saído? Será que não haveria uma armadilha para pegá-los, já que era óbvio de que Freddie voltaria para buscar a garota que ele ama?

Sua cabeça dava infinitas voltas, procurando a saída. Ele precisa tirá-la de lá. À qualquer custo. Agora, nem que ele quisesse, poderia pedir a ajuda de Harry. O garoto já sofrera demais.

Algumas horas antes...

–Harry, espere! – o moreno gritou, correndo em direção ao de cabelos cacheados. – Harry!

De nada adiantou. Harry se jogou no chão, sentando na neve, e começou a escorregar ladeira abaixo em direção ao corpo caído lá embaixo da ponte, e o outro o seguiu fazendo a mesma coisa. Assim que Freddie chegou lá, ficou com medo de se aproximar. Com medo de ter que encarar alguém sem vida estirado na neve e, ao mesmo, tempo, com medo de não saber o que dizer exatamente se o pior tivesse acontecido.

E sim. Aconteceu.

–Pai? – Harry suplicou, ajoelhando-se na altura dos ombros do homem grisalho de bruços. - Pai, por favor! Pai! Pai, não... Só não... faça iss...

Respirando rapidamente, ele moveu os ombros de Goran, deixando-o com o rosto para cima. Os olhos claros ainda estavam abertos, com as feridas na sobrancelha e na bochecha, com todo o seu rosto cheio de gelo. Mas havia uma ferida nova, agora na testa. Um pequeno relevo roxo, quase uma lombada ao contrário, com o sangue escorrendo por seu cabelo. Bastou uma olhada para Harry perceber o que tinha acontecido. Uma enorme pedra pontiaguda tinha acertado em cheio sua cabeça, provavelmente tirando a vida dele na hora. Não esperou um segundo para se inclinar perto do rosto dele, segurando forte em sua camiseta.

–Não, não, não! Fala alguma coisa! Pai, por favor! – ele disse, sentindo sua garganta começar a fechar. - Pai, levanta daí e começa a dar risada, dizendo que foi tudo uma pegadinha... Levanta daí e me dá um abraço apertado, como nunca me deu antes!

Tudo que se ouviu foi o vento assobiando naquela noite escura e fria de inverno. Harry puxou mais ainda a blusa do homem, ficando mais próximo dele. Não, ele não podia morrer. Isso é impossível. Não tinha como isso acontecer.

–É sério, levanta daí! - implorou, voltando a olhar em seus olhos. Não teve nenhuma resposta. - Pai! P...

–Harry, nós... - Freddie balbuciou, puxando pelo braço de Harry. Ele nem se mexeu. - Harry, precisamos ir. Precisamos ir embora. Harry!

Ainda não se mexia. Os olhos vidrados na pele do homem na neve, temendo que aquele pesadelo não fosse um pesadelo. Sentia como se, à qualquer momento, fosse ouvir uma risada grossa daquele que o criou, ou fosse ouvir um pedido de desculpas, desculpas por ter brincado com seus sentimentos. Queria até mesmo ouvir algumas palavras, zonzas e embaralhadas, as últimas palavras. Como se aquilo fosse um filme. Como se Mark fosse dizer “Eu te amo, meu filho.” pela primeira vez.

Pela última vez. Ele precisava disso. Precisava também que seu pai estivesse ali, acordado, para que Harry pudesse contar o quanto o admirava enquanto pessoa. O quanto ele o amava também, apesar de ter passado, sim, a infância sem uma mãe e sem um pai também, que só vivia para o trabalho mas sempre estava ali, para qualquer coisa que a criança precisasse. Harry precisava de Goran acordado, só mais alguns segundos, para agradecê-lo por tudo que ele sempre fizera pelo bem estar do filho. Precisava de segundos para dizer aquelas palavras que nenhum dos dois nunca disseram. Mas nada iria acontecer.

–Vá para casa – sussurrou.

Freddie não sabia o que se passava na cabeça dele, mas não poderia parar agora. Seu principal objetivo era, com certeza, ir para casa e procurar ajuda. Não podia esperar mais.

–Venha comigo…

–Vá para casa – repetiu determinadamente, lançando um olhar repreensivo ao de olhos escuros. Sem mais o que fazer, Freddie limpou a testa e enfiou os dedos na neve, escalando a ladeira íngreme e escorregadia e voltando ao seu caminho.

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Carly andava de um lado para o outro da sala com as mãos na boca, revezando as unhas assim que aquela estava completamente roída e atingia a carne do dedo. A mente trabalhava à mil, estava muito nervosa. Ethan se divertia com um cubo mágico no sofá da sala.

–Tente não derrubar o chão com essas batidas de pé. Seria horrível se você caísse no andar de baixo – disse, ainda focado em deixar uma das partes amarelas.

Ela olhou curiosa para Ethan, e veio em sua direção já articulando suas teorias.

–Ethan, o que acha que aconteceu com ela? E com ele? – perguntou, encarando-o. O outro deu de ombros.

–Seja lá o que tiver acontecido, o mendigo vai te contar assim que tirar aquela catinga do corpo, Shay. E vocês vão dar um jeito.

–Eu não devia ter mandado ele tomar banho antes de me contar! Ah, que droga, Puckett! – gritou, colocando as mãos no rosto. – Eu não acredito! Da última vez, Ethan, eu tive que testemunhar num tribunal de que não foi ela que colocou fogo no caminhão de bombeiros! Você tem noção? Parece que a Sam não pensa nas consequências!

–Olha, pirar não vai adiantar nada. – reclamou.

Em menos de dois segundos, Carly já tinha pego o cubo mágico da mão de Ethan e arremessado para dentro da pia da cozinha, fazendo um barulho metálico se espalhar por todo o apartamento. Ele arregalou os olhos.

–Tá, agora eu que não entendi – ele cruzou os braços.

–Acha que eu esqueci do que aconteceu lá embaixo, no elevador? Você não respondeu a minha pergunta e ainda fica me chamando de louca na minha cara! Olha aqui, nunca chame uma mulher de louca, está ouvindo? Nunca! – apontou o dedo em seu rosto, vendo ele levantar uma de suas grossas sobrancelhas. – E tem mais, Wate! Se você acha que a nossa “farrinha” acabou, agora eu não vou ter que dividir mais a cama com você. Não vou ter nem que olhar mais pra sua cara.

Carly dizia tudo muito séria e ansiosa para ver o que ele falaria depois, provavelmente uma piadinha, mas um olhar repreensivo não saía do rosto dele.

–Certo – disse baixinho, se levantando do sofá e puxando o jeans mais para baixo para arrumá-lo.

Ele estava prestes a dar dois passos em direção à porta quando ela abriu a boca, incrédula, e deu um gritinho histérico.

–Certo? Certo?! – protestou, puxando o braço de Ethan. – Você... V-Você tá dizendo que... Você... – ela dizia tudo rapidinho e com um fiapo de voz, com os olhos pequenos e tentando acreditar naquilo que ouvia.

–Shay. Preste atenção.

Ethan pôde ver a garota fazendo uma careta de insatisfação, ainda com os braços cruzados, mas isso não o impediu de continuar. Bem lentamente, fora se aproximando dela aos poucos, com os olhos fixos em sua boca naturalmente rosada. Ela sentia seu hálito quando ele falava bem perto de seu rosto.

–Eu sou louco por você. Louco pelas suas pernas, sua virilha, sua bunda, sua barriguinha, suas unhas fincadas em minhas costas, seus seios, até por seu pescoço. Por toda as partes de seu corpo. Sou fascinado por suas mudanças de humor, quando você está feliz numa hora e na outra já está pirando outra vez. Sou alucinado por seu cheiro. É só... Eu só... Acho que aquilo que me prende à você está em seus lábios e em seu beijo. E em seu toque e em seus dedos, quando se cruzam com os meus. E em todas as coisas e as outras coisas que fazem você quem você é, e em seus olhos tão irresistíveis.

Ela arregalou os olhos, chocada.

–Ethan, o qu...

–E eu estou totalmente cansado de ficar aguentando você duvidando de meus sentimentos. Estava cansado de ter que te tratar como uma vagabunda para você gostar e querer aparecer em minha porta no dia seguinte e agora estou cansado de você ficar sempre com um pé atrás, com medo de eu te abandonar. Eu pensei que, talvez, com esses dias que nós ficamos juntos você pudesse perceber que tudo o que quero é ficar com você, mas você continua com esse maldito pé atrás! Pois então, Shay, quando você quiser, me procure de novo, falou? Agora já sabe de mim. De tudo. Pois então me aceite desse jeito, valorizando você. Ou não me aceite de jeito nenhum.

O olhar sereno daquele dos olhos de mel transmitiam mais sinceridade que sua voz estável e determinada. Ethan tinha certeza de que não poderia ter sido mais claro que aquilo. Afinal, isso já estava preso em sua garganta há quanto tempo? E ele não tinha coragem de falar! Pensou que, talvez, com esse lado mais “romântico”, Carly talvez não o quisesse, afinal a graça da relação dos dois era exatamente essa pegada mais selvagem, ele pensou. Quando o garoto finalmente decidiu encerrar os conflitos que tinha dentro de si mesmo e prestar atenção em Carly, ali em sua frente, foi que viu a cara estranha e assustada que ela o olhava. Deu uma risada.

–No que está pensando? – perguntou, baixinho. Tinha medo da resposta.

Ela franziu a testa.

–Espera. O quê? – perguntou para ele, realmente tentando entender o que acontecera ali, mas Ethan se estressou, virando os olhos e abrindo a porta com raiva. – Ethan, calma! Eu só...

Ele não queria ouvir. Quem era ela para zombar da cara dele? Tinha acabado de falar tudo que sentia, não queria mais esconder aquilo! Não queria ser mais arrogante, só tinha usado isso para conseguir ficar com ela e agora que ele tinha exposto a verdade, Carly zombava dele?! Aquilo era demais. Saiu andando em direção ao elevador, e conseguiu fechar a porta dele antes mesmo de ela conseguir colocar a mão no sensor para impedi-lo. Carly bateu com força no metal, gritando seu nome, depois apertava os botões desesperadamente, como se fosse possível o elevador voltar.

Assim que se deu conta de que não ia adiantar nada dar a louca ali, no meio do corredor, voltou correndo para casa para o elevador interno, que passava dentro dos apartamentos, chamando-o para seu andar. Apesar de tudo, ela entendia menos ainda do que tinha acontecido!

–Que retardado! – falou sozinha. – Ele de repente começa a falar um monte de coisa e espera que eu entenda?!

Carly não sabia exatamente o que fazer, mas apertava ainda mais o botão para chamar o elevador. Alguma coisa a dizia de que precisava ter uma conversa muito séria com o... Amigo? Namorado? Cara provavelmente “apaixonado” por ela?

E, quando ela apertou pela trilionésima vez aquele maldito botão para subir, a máquina fez um plim e ela já se preparou para entrar, passando as mãos na coxa, nervosa. Ela só não esperava que tivesse alguém lá dentro – alguém bem perto da porta, prestes a descer, que foi cruelmente atropelado.

–Ai! – Spencer gritou, depois arregalou os olhos. - Carly, por Deus! Mas onde é que você estava, caralho?!

Com o grito, ela até se encolheu internamente, mas a raiva durou poucos segundos. Spencer já abraçava a irmã, contente por sua volta. Carly mordeu o lábio, nervosa.

–Mas ele não te ligou? Ele disse que tinha ligado... – sussurrou para si mesma.

–Ele quem? Ah! O vizinho de cima, neto da velha Louise Wate? – Spencer disse, mais calmo. Carly automaticamente relaxou, escapando de um sermão daqueles. – Sim, ligou! Mas o que ele tem a ver com isso? E, espera. – ele fechou um pouco os olhos, raciocinando. – O que você estava fazendo na casa dele? E por que você sumiu todo esse tempo, Carly Shay?

Oh, não. Alarme falso. Ela tinha sim se metido em encrenca.

Carly suspirou antes de andar até a cozinha e se apoiar na pia, sentindo Spencer segui-la. Não fazia ideia de como contar a história.

Por: Carly

–O-Olha... – comecei, esfregando as mãos nas coxas. – Meu namorado... David – falei seu nome com nojo, sem conseguir nem imaginar seu rosto sem que o vômito ameaçasse sair. – David me traiu, e eu presenciei sua traição. Eu estava arrasada e a vontade de matar aquela vadia só aumentou dentro de mim. Ele me seguiria se eu tentasse voltar para casa, eu não podia voltar. Eu não conseguiria voltar.

Por mais que eu tentasse, não ia conseguir contar uma mentira sequer para ele, meu irmão. Spencer ainda me olhava com atenção, esperando o final na história.

–Eu fui para a casa do Ethan e esperei a poeira baixar até eu aparecer aqui. Ethan me disse que David estava sempre aqui, nesse andar, esperando para dar as explicações. Mas eu não queria escutar! Eu não podia... olhar na cara dele! Eu... F-fiquei longe. E não podia...

Já chega, não dá para dizer mais nada. A garganta me fez parar de falar, abaixando o olhar. Estava com medo de ver a reação de meu irmão. E ele não tinha respondido nada ainda.

Depois de cuspir os meus sentimentos, peguei um copo vazio e estava prestes a colocar a água da torneira dentro dele, mas não deu tempo. Spencer avançou em cima de mim e jogou o copo na parede, fazendo-o se despedaçar em mil pedaços. Eu arregalei os olhos, me encolhendo e dando um passo para trás. Assim que fitei seus olhos, vi que ele respirava rapidamente e não me encarava. A raiva estava aparente em seu rosto. Mas raiva de quê, exatamente?! Raiva do David?!

–S-Spencer? – chamei, baixinho. Ele não respondeu, amassando os lábios.

Não sabia se o silêncio me machucava mais ou a cara que ele fez quando passou a mão no bigode sem fazer e virou de costas para mim, dando um suspiro.

–Spencer, dá pra me responder, merda?! – gritei, sem pensar.

Ele se virou devagarzinho, e finalmente olhou em meus olhos. Não demorou dois segundos para dar um passo em direção a mim e eu quase entrar dentro da geladeira, dando dois passos para trás com medo.

–É claro que eu posso te responder, irmãzinha. - Spencer falou, com nojo e me olhando com desprezo. – Eu nunca, nunca deveria ter te deixado aqui sozinha. Você não sabe dos limites.

–O quê?

–Você entendeu muito bem, Carly! – berrou, batendo na pia com a mão fechada. – Você não tem nenhum limite! Faz o que quer da vida! Quando foi que você trabalhou mesmo? Ou deu valor para aquilo que tinha? Nunca! Você é uma menina mimada! Viu o namoradinho fodendo outra mulher na sua frente e se achou no direito de sumir por mais de uma semana e, pior ainda, se achou independente o suficiente para não me dar uma ligação!

–Ethan te ligou! – debati, sentindo uma lágrima cair pelo lado direito de meu rosto, e Spencer não parou de gritar.

–Eu não tô nem aí se aquele moleque me ligou! Você não me ligou, Carly Shay! Você não teve consideração por mim! Eu voltei por você e o que recebi? Ingratidão! Eu... Eu não quero saber mais dessa história. Primeiro, eu chego aqui e te vejo no sofá sem camiseta quase transando com um menino, e logo depois você some e um outro garoto me liga dizendo que você está bem, que eu não preciso me preocupar? Ah, pelo amor de Deus!

–Spencer, eu estava bem! Será que isso não importa para você?! Ethan cuidou de mim! Ele.. Ele c...

–Espera aí – ele me interrompeu, segurando forte em meu braço. Seus olhos se arregalaram e eu vi o ódio em seu olhar. – Você estava sozinha com ele? Na casa dele?

Fiquei calada, sem saber o que responder. Spencer logo sabia da resposta.

–Não tô acreditando nisso. Você não é Carly Shay, a minha irmãzinha que eu tinha que proteger. – deu uma pausa, sem tirar olhar de mim. Aos poucos, a raiva foi saindo de sua expressão facial, até ele ficar completamente sério e suspirar. – Você é a vadia inconsequente e egoísta que já passou pela cama de todos os garotos de Seattle.

Fechei os olhos, segurando a respiração. Ele não podia estar dizendo isso. Spencer largou do meu braço, apertando a área entre os olhos, e foi embora da cozinha, subindo as escadas.

Meu irmão tinha acabado de me chamar de vadia.

Ele me chamou de vadia.

Por: Freddie

Já tinha colocado a meia e o tênis quando dei uma olhada no espelho do quarto de Carly. Finalmente eu estava apresentável, sem as roupas sujas ou rasgadas ou fedendo a lixo. Até gostei do que vi. Quando Carly me avisou de que aqui, em seu quarto, teria algumas roupas de seu ex-namorado que eu poderia usar, não achei que essas tais roupas seriam tão apertadas assim! Mas que droga, a roupa ficou colada demais! Será que esse ex-namorado era o David, aquele magrelo? Porque, se fosse, quando que eles terminaram?

Passei a mão direita nos cabelos, os colocando para trás, e logo dei as costas para o espelho e saí do quarto de Carly, perfeitamente arrumado, correndo em direção às escadas. O elevador demoraria demais.

Assim que desci todas elas e avistei a sala, vi que aquele cara do treze, Ethan Wate, não estava mais sentado lá no sofá como antes de eu partir. Ele ficou reclamando do meu cheiro quando estávamos subindo de elevador para o apartamento de Carly...

–Carly? – chamei, procurando-a na cozinha, mas não tive resposta. – Carly, cadê você? Temos que encontrar a Sam!

Mesmo comigo gritando e berrando, ela não estava em lugar nenhum. Mas onde será que essa menina se meteu? Temos que voltar correndo para aquela casa e tirá-la de lá, tirar minha Sam de lá!

–Ah, não, não vou ter paciência para isso – resmunguei, virando os olhos.

Sem hesitar mais, andei até a porta de seu apartamento e saí, ficando em frente ao meu no corredor. Se Carly não estava em casa, eu voltaria para aquela mansão sozinho. Não preciso de mais ninguém, eu posso fazer isso. Mas com certeza eu precisarei de muito mais material para levar à ela e conseguir buscá-la, além de ter que planejar alguma coisa. Não dava para improvisar. Tudo deve ser planejado. O que será que eu preciso levar? Que materiais? Será que eu vou precisar de corda? Eu não faço ideia! Como eu vou tirá-la de lá?!

Dei um passo para trás e levantei o tapete marrom do chão, pegando a chave lá embaixo e colocando-a no buraco da fechadura do 8-D. Tentei virá-la para a direita, destrancando a porta, mas a chave travou. A porta já estava aberta.

Franzi a testa, confuso. E, com a ponta dos dedos, fui girando a maçaneta bem devagar, já empurrando a porta para frente. Quando dei uma olhada, havia um bule de café fervendo no fogo e uma figura com os cabelos soltos e curtos me observando no sofá.

–FREDDINHO!!!!!!!! – minha mãe gritou, correndo em minha direção.


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Notas finais do capítulo

Primeira aparição oficial da senhora Benson na fic, que emossaum >< Estava esperando por esse momento desde o capítulo em que a Sam tira a virgindade, a Marissa não tinha aparecido ainda. o// o
O QUI ACHARAM?????? Eu tô com raiva porque alguém (não sei quem) já descobriu o final da fic. Veio falar comigo e já descobriu :'( Enfim, não importa. Sem spoilers. Acho que vão aí mais uns cinco capítulos no mínimo, vou explicar tudo explicadinho as entrelinhas que ficaram "subjetivas" nesses cinco e - spoiler alert SPOILER ALERT - o último capítulo é o que finaliza a fic. *chorando*



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