You Belong With Me escrita por FreddieMcCurdy


Capítulo 53
Olhe onde pisa.


Notas iniciais do capítulo

GANHEI RECOMENDAÇÃO CHUPA MÃE, CHUPA OTARIOS QUE ABANDONARAM A FIC, CHUPA MUNDO, AHHHHHHHHHH MOLEQUE!!!!!!! Lara do tt me enviou recomendação gente! Aw, foram palavras simples que fizeram meu dia, sabiam? Eu sou fanática por recomendação :3 mais ainda por review :3 Tá muita poluição visual nessa bagacinha mas eu não tô nem aí, tô feliz e esse cap tá bem grandão. Tem mistério, logo avisando.



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–SAM! SAM, POR FAVOR!

Eu não conseguia parar de bater na porta. Dava socos e batidas e berrava e gritava cada vez mais. Conseguia sentir até as veias de meu pescoço querendo saltar para fora, sem perder a força em nenhum segundo.

–Pare de fazer isso, que droga! - ouvi Harry gritar, mas isso não me parou. E, depois de alguns minutos que eu não parei, ele segurou forte em meus pulsos e me tirou de perto da porta, jogando-me na cama com um estrondo. - Não vai adiantar nada, seu idiota.

–Ah, é? E como você pode saber? - berrei, voltando à porta, mas Harry me barrou de novo, me encarando. - Escuta, se você não quer tirar a Sam das mãos daquele.... Daquele nojento, eu quero. Eu não vou deixar aquele cara encostar um dedo nela!

–Pelo amor de deus, guri. - Harry passou as mãos na cabeça, fechando os olhos. - A menina não está nem aí pra gente. Ela jogou a gente aqui e está lá, no bem-bom com o fodão desse lugar. Que parte de "não vai adiantar nada" você não entendeu?

Eu tentei continuar a argumentar, mas a garganta fechou e as pernas bambearam, me fazendo sentar na cama ao lado de Goran, que tossia, com dor. Harry não tinha sua cara nada boa. Sentou-se perto da porta, com as mãos no rosto.

–A gente nunca vai sair daqui. - resmungou.

Sim, poderíamos sair. Poderíamos sair se eu seguisse o que Sam tinha me dito, mas é óbvio que, se eu contasse a Harry que talvez haja uma chance pequena de nós sairmos, ele não pensaria em nenhuma possibilidade de salvar a Sam. De tirá-la daqui com a gente.

–Precisamos de uma ideia - eu falei, andando até uma estante de livros do lado direito. Harry fez "pff" com a boca.

–Não vou levantar daqui. Prefiro descansar antes que ela faça com que nós voltemos para aquela caverna ridícula com algemas. Devia fazer o que meu pai está fazendo, dormir enquanto ainda estou vivo.

Me virei para trás, incrédulo.

–Presta atenção: eu nunca fui seu fã, playboyzinho...

–Presta você atenção, guri - com dois passos ou menos que isso, ele já estava ali na minha frente, me encarando. - Eu não aguento mais ficar aqui dentro dessa mansão, sendo vigiado, maltratado e controlado. Eu estou cansado. E, acima de tudo, eu me recuso a ajudar a Sam a sair daqui, já que ela está adorando ficar com aquele cara que se veste como uma pessoa dos anos 80 e me dá arrepios só de olhar para ele. Eu não sei quem ele é, não sei o porquê de eu estar aqui. Só sei que, assim que eu ver uma oportunidade, eu vou dar o fora.

Olhei bem no fundo dos olhos verdes de Harry, esperando alguns segundos antes de dizer mais alguma coisa.

–Nós temos que ajudá-la. Aquilo foi só fingiment...

–Eu. Não. Ligo. Eu nunca teria jogado meus "amigos" - fez aspas no ar - nessa furada nem por fingimento. Nunca beijaria um crápula daqueles nem por fingimento. Nnunca mentiria para ela, nunca esconderia nada dela, nunca teria feito nada que ela fez comigo mesmo sabendo que eu estou apaix...

Harry fechou os olhos, depois mordeu o lábio de baixo. Ele estava lutando para não chorar.

–Eu só... Eu só estou cansado de todas as mentiras. Eu estou cansado de passar cinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, pensando em como seria se ela tivesse respeito por mim, se ela sentisse o mesmo, se ela fosse decente.

–Pare! Pare de falar assim dela! - como um impulso, me joguei em cima dele pronto para simplesmente agarrar seu pescoço, mas foi fácil para Harry me jogar longe e eu cair perto do guarda-roupa. - Eu não posso acreditar que você desistiu. Você desistiu dela.

Ele fechou o nariz com os dedos indicador e polegar da mão direita, se virando.

–Eu só quero ir pra casa.

E então era isso. Harry estava "apaixonado" por ela e mesmo assim não ia ajudar a tirar ela daqui. Não consigo acreditar! Ele desistiu dela, está pensando só nele mesmo!

Vê-lo ali, sentado no chão com a cabeça entre as pernas e os olhos maejados fez com que eu sentisse que deveria estar feliz com isso. Feliz em saber que ele não ia mais incomodar Sam. Que aquele cara ia sumir de nossas vidas e nós finalmente íamos ser felizes sem ninguém para atrapalhar. Mas por que eu não estava me sentindo assim? Por que eu não fiquei feliz com a dor dele?

Deve ser porque eu nem sabia se a Sam ia sair daqui, ou se eu ia sair daqui, e ver todos os outros de novo algum dia. Mas... O quê? Não! Não, eu vou sair daqui! Eu vou dar um jeito de voltar e resgatá-la, e nós vamos conseguir sair dessa tal furada!

Dei mais uma olhadinha em Harry no canto da sala, machucado. Não o conheço de forma alguma, e nem sei se Sam o conhece, mas ele não deve ter desistido dela por um motivo bobo. Se ele desistiu, quer dizer que a mancada que ela deu foi grande. Porém, mesmo assim, nunca seria o suficiente para ele desistir dela. Se Harry está apaixonado por ela, isso queria dizer que ele sentia um amor tão grande que passava por cima de qualquer sentimento. Não, ele não estava apaixonado e não me ajudaria a tirá-la daqui. Mas e daí? Eu preciso tanto assim dele?

Não preciso. Já que, uma vez fora desse lugar, posso pedir ajuda a tantas pessoas que nem precisarei de mais uma para ajudar minha menina.

–Ei - sussurrei, coçando a cabeça. Ele me ignorou. - Harry. Harry, é sério.

–O que você quer? - disse, impaciente e com raiva.

Pensei muito bem nas palavras que eu usaria e logo confessei o que eu tinha que confessar.

–Quando... Quando aqueles caras nos deixaram aqui, nesse quarto, a Sam sussurrou uma coisa para mim.

–"Eu sei que vou te amar, por toda minha vida eu sei que vou te amar" - ironizou.

–Não - ergui as sobrancelhas, e ele virou os olhos. - Ela me disse que tem um jeito de nós sairmos.

Assim que eu disse as palavrinhas mágicas, Harry me encarou de olhos arregalados. Até Goran se mexeu na cama.

–Ela não tinha certeza se era meeeeesmo um jeito de sairmos daqui, na verd...

–Fala logo o que ela disse! - ele berrou, se levantando.

–Tá, tá! Calma! Espera... Sam me disse que ela tinha jogado alguma coisa, sei lá, pra baixo desse guarda-roupa e essa coisa atravessou a parede e começou a cair como se estivesse caindo por uma escada!

–O quê? Ela está louca?! - Goran disse na cama, tossindo. - Isso não é possível!

–Sim, eu sei, mas a gente precisa tentar! Eu acho que.. - revirei minha memória procurando aquilo, e finalmente achei. Achei o momento que eu queria. - Ah, sim! Foi na sexta série! O professor de História falou que teve uma época de muita chuva e tornados em Seattle. Parece que teve um cara... L. Lewis! L. Lewis teve a ideia de construir túneis embaixo das casas das pessoas que eram mais ricas com o intuito de ter uma área protegida dos tornados e ainda da atividade nuclear! Acho que a Sam pensou nisso!

–Ai, meu Deus! - Goran disse, tentando se levantar da cama. Tossiu um pouco. - Isso... Samantha acha que essa casa pode ser uma das casas que eles construíram?

–Sim, eu acho que sim! Estranho ela ter prestado atenção nessa aula. Tudo bem que foi um conteúdo que caiu nas provas finais, mas ela lembrou! Ah, é. Acho que foi a época em que ela queria impressionar o carinha do primeiro ano que participava das olimpíadas de Hist...

–Cala a boca, isso não é importante! - Harry berrou, revirando a cômoda branca a procura de alguma coisa. E logo achou, era uma pequena caixinha azul de metal para guardar anéis, provavelmente pertencendo ao dono daquele quarto. - Por baixo de qual guarda-roupa, esse aí?

Eu confirmei com a cabeça, saindo da frente dele, e Harry arremessou a caixinha por baixo do guarda-roupa. Todos ficaram atentos para o barulho que era faria, e não é que fez mesmo? Foi fazendo um plaf repetidamente e cada vez mais alto, até parar completamente depois de umas sete vezes. Provavelmente, tinha chegado no fim da escada. Harry nem esperou para começar a puxar o guarda-roupa para frente, fazendo careta.

–O que está esperando? Vem me ajudar! - reclamou, e eu fiz o que ele pedia.

Foi preciso nós dois para arrastarmos aquele guarda-roupa, revelando uma parede branca e com ondulações, como se fosse feita de um material diferente. Na parte de baixo, uma abertura de poucos centímetros, por onde tinha passado os objetos que foram jogados antes. Com um chute meu, consegui quebrar aquela espécie de gesso branco, avistando a escada logo abaixo.

–É verdade! Eu não tô acreditando! - Goran disse, se levantando da cama. Logo, já estava lá ao nosso lado pronto para a fuga. - Vamos!

–Não! - gritei, antes de começar a descer. Harry e seu pai olharam para mim, confusos. - Eles não podem saber que fugimos por aqui. Me ajude a puxar o guarda-roupa de volta.

–Por que não?! Não faz diferença nenhuma!

–Harry me ajuda! - insisti, começando a puxar o guarda-roupa. Ele suspirou, mas puxou junto comigo e nós tapamos a parede quebrada.

–Vamos! - disse Goran.

Foi como eu tinha imaginado: a escada tinha aproximadamente uns vinte degraus. Foi razoavelmente rápido para nós descermos, encontrando um túnel. Na sexta série, quando meu professor de História falou dos túneis de emergência debaixo das casas das pessoas ricas para elas se defenderem dos ataques nucleares e dos furacões, confesso que imaginei um labirinto cinza e escuro sem luz. Aqui, era exatamente o contrário. Juro, parecia uma mansão de luxo embaixo da casa. Uma pessoa poderia ficar meses aqui embaixo se fosse bem preparado, com comida e água. Havia uma cozinha, quartos, televisão e até uma sala de leitura. Nós fomos nos esgueirando pelos corredores até o fim daquela coisa, achando uma outra escada simples presa à parede, como aquelas escadas de cama elástica.

Goran estava mancando atrás de nós quando eu comecei a subir a escada, sentindo minhas pernas doerem por conta do esforço. Aquela era ainda maior que a primeira.

–Vai logo! - Harry gritou atrás de mim, subindo também. - Você consegue, pai?

–Estou tranquilo, filho. Não se preocupe comigo - Goran deu um sorriso, começando a subir as escadas também.

Certo, era agora ou nunca. Minhas mãos iam cada vez mais rápido, meus pés precisavam trabalhar mais. Eu estava subindo à toda velocidade, sem parar até eu alcançar o topo.

E, finalmente, tinha chegado. Harry ainda estava passando do meio para o final da escada quando eu olhei para cima, vendo um círculo escuro e redondo. Até tentei dar alguns empurrões, mas aquilo deveria estar sem ser usado há tantos anos que tinha emperrado! Não adiantou ir com uma mão só, aquilo nunca abriria.

–Espere, eu ajudo - disse Harry, dividindo aquela pequena escada comigo.

Era arriscado, nós dois poderíamos cair, com certeza. E, mesmo sabendo disso, isso não o impediu. Também começou a empurrar para abrir. Empurramos com força, só pensando no que nos esperaria lá do lado de fora. Pensando na liberdade.

Pensando em sair de lá para depois buscar a Sam.

Mal acreditei quando ouvi um barulho e aquela tampa quase caiu em nossas cabeças. Se não fosse por Harry a empurrando para fora, estaríamos perdidos. Meu coração parou assim que pus o olho no céu escuro lá fora.

Conseguimos.

Saí primeiro, sendo seguido por Harry e Goran, que se jogou na neve. Estávamos fora! Foi a primeira vez que eu sorri em décadas! E era incrível como nós estávamos alienados do mundo - eu não tinha ideia de que estava à noite e nevando, ainda por cima. Que dia seria hoje? E, acima de tudo: onde nós estamos. Será Seattle? Não, tem que ser Seattle!

–Livres! Livres! - Goran riu, passando a mão nos cabelos grisalhos enquanto fazia anjos de neve no chão.

–Sim, pai. Finalmente - Harry disse, mais para si mesmo que para ele.

Assim que olhei em volta e na casa, tive duas conclusões. Primeira: aquela mansão parecia muito menor, menos chique e bela por fora que por dentro. Era só uma casa grande com paredes podres e sem janelas. Não chamaria atenção. Segunda: eu não fazia ideia de onde eu estava. Só o que eu conseguia ver era neve, neve, árvores e mais neve. Será que eles já tinham percebido que nós fugimos à essa altura?

–Não é seguro ficarmos esperando aqui - falei, baixo. Harry confirmou com a cabeça.

–Vamos, pai.

–Mas pra onde? - Goran perguntou, parando de brincar na neve.

–Eu não sei, vamos embora daqui. Vamos só correr para longe e ver onde estamos.

Concordei com a cabeça e, assim que ele levantou o pai do chão, começamos a correr. Eu ia na frente, guiando tudo, e Harry andava rápido segurando seu pai mais atrás, enquanto ele tossia e, agora, espirrava. Nós estávamos desesperados, correndo por nossas vidas, ansiando para saber se nós estávamos perto de casa. Eu mal podia esperar!

Com passos largos e rápidos, nós passamos pelas árvores e eu captei outra coisa em meu campo de visão. Aquilo era... Uma estrada? Sim, uma estrada! Se era uma estrada, isso quer dizer que aqui tem carros, logo, ajuda!

–Vamos, vamos! - Harry berrou, passando em minha frente. Eu corria mais rápido ainda pela ponta da estrada, mas não passava carro. E, bem à frente, tinha uma ponte de uns vinte metros até chegar do outro lado cheia de neve. Meus pés começaram a atolar quando estávamos chegando perto. - Vamos!!

–Meu Deus, Harry! - gritei, conseguindo ver uma lâmpada acendendo em minha cabeça. - Essa é a Waterhouse Bridge! Estamos em Seattle!

Não pude terminar minha frase. Assim que olhei minha frase, Harry estava encarando o barranco de neve que havia embaixo da ponte. Estava encarando o barranco de neve, e Goran rolando por ele, até aterrissar lá embaixo com um impacto.

–Oh! - gritei. Harry estava paralisado.

Depois de rolar pelo barranco de neve e ficar caído lá, Goran não moveu um músculo. Eu não poderia pensar em mais nada senão no pior. E, de repente, a ficha de Harry cai e ele desce escorregando pela neve, gritando. A luz da lua não iluminava muito, mas eu tinha certeza de que o rosto de Harry estava vermelho por conta das lágrimas, com sua boca e suas mãos tremendo.

;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;

–Não.

–Por que não? - Ethan virou os olhos.

–Porque não! - gritei.

–"Porque não" não é resposta. Carly, presta atenção. Eu vou repetir - ele falava como se eu fosse uma criança de cinco anos fazendo birra. Idiota. Já fazem dias que você não volta pra casa. Seu irmão colocou até cartazes lá na frente do prédio procurando por você. Ele não sabe da traição do Dav...

–Já disse pra você não falar o nome dele, caralho - cruzei os braços.

–Ele não sabe da traição do D e está desesperado. O D fica todo dia parado no seu andar esperando por você, com aquela cara de cachorro pidão. No mínimo, deve ter se arrependido de te trair e agora quer reconciliação.

–Que bom que ele quer, né. Todos queremos muitas coisas - foi a minha vez de virar os olhos.

Sim, é verdade. Eu não volto para casa faz tempo, só ficando aqui na casa do Ethan Wate. E a verdade é que... É que eu não tenho certeza se eu quero mesmo voltar. Desde o dia em que ele me acolheu aqui, eu uso suas roupas, eu faço sua comida e eu ajudo a limpar sua casa. E ver o Ethan, ver aqueles olhos me penetrando e a boca me possuindo a todo momento simplesmente não me pareciam nada ruins. O jeito que ele me tratou, tão cuidadoso, no dia em que eu estava um caco me convenceram de que esse é o cara da minha vida. Ele cuida de mim como nunca ninguém cuidou. Ele... ele me toca de um jeito diferente. Ele acaricia meu corpo de um jeito diferente. Como se eu fosse a única nesse mundo que o deixasse feliz. Ele fala meu nome, ele passa a mão em meu cabelo e me puxa para a cama de um jeito só dele. Foram os melhores dias de minha vida.

E agora está acabado. Já fazem uns três dias que ele está me obrigando a voltar para o 8-C para falar com Spencer e explicar o meu sumiço. Não quis ligar para ele antes, Spencer ia me obrigar a voltar para casa e eu não quero isso. Sinceramente? Até parece que ele colou cartazes no prédio para me procurar. Ele sabe que eu não sumiria por um motivo bobo. Eu já fugi antes, foi uma emergência. Ele me conhece. No fundo, sabe que está tudo bem.

Ethan estava dentro do elevador comigo, com o dedo indicador fazendo voltinhas na minha bochecha. Sua bermuda de surfista e o moletom preto deixavam-no mais irresistível que nunca.

–Vamos descer para o oitavo andar, certo? - ele sussurrou perto de meu ouvido, com a voz mais grossa que de costume.

Recusei com a cabeça, abraçando meus cotovelos. Ethan torceu o bico, puxando meu queixo para um beijo curto e rápido.

–Pare de ser teimosa, Shay. Eu vou com você, nós vamos falar com seu irmão.

–Ele vai me matar e eu vou ter que olhar para a cara do... do D. Eu não quero, Ethan. Eu não quero falar com o Spencer. Eu não quero falar com ninguém. Quero ficar aqui com você pra sempre - fiz um biquinho de bebê chorona, mas isso não comoveu nada Ethan, que puxou minha cintura mais para perto dele, roçando seu membro em minha coxa. Incrível. Nem nesses momentos ele consegue ser menos safado.

–Spencer não vai te matar, cara. Já liguei pra ele, já disse que está tudo bem.

Dei um sorrisinho enquanto olhava para o chão. Ethan me colou em seu corpo, cheirando meu pescoço e dando um beijinho lá, como ele gostava de fazer. E, assim que ele fez isso, o elevador fechou e começou a descer. Alguém provavelmente tinha chamado lá embaixo.

–Ele vai me matar sim, Wate. Ele vai me chamar de irresponsável e fazer um discurso. Eu vou ficar sem ver a luz do dia de castigo por uns dez anos.

–Nem exagera essa menina.

–Não, é sério! Ele não vai mais deixar você me visitar.

–Sim. A nossa farra vai acabar, então? - foi a vez de Ethan fazer a carinha fofa, o que me fez rir. Mas isso foi o que cutucou minha curiosidade.

Eu já estava pensando nisso há dias. Essa era a hora exata para perguntar.

–Sabe... o que aconteceu entre a gente? Você sendo fofo e bonitinho, e me tratando bem todos esses dias? - sua expressão mudou na hora, e Ethan desfez o nosso abraço. - Foi isso que significou pra você? Uma farrinha, nada mais?

Ele engoliu em seco, coçando a cabeça. Pelo que parecia, Ethan não tinha pensado nisso. Não tinha parado pra analisar a relação que nós tínhamos. O quê, a gente ia continuar a conversar normalmente, como se não tivesse acontecido nada? Ele ia simplesmente me esquecer? Eu era só mais uma?

Ethanvirou de costas, ficando agressivo de novo. Sempre assim. Ouvia o que não queria, seu humor mudava e ele começava a falar palavrões sem pensar. Como eu odeio isso.

–Responde, Wate.

–Ah, vai começar - bufou, apertando a área entre os olhos.

Nesse exato momento, a porta do elevador se abriu e nós estávamos no térreo. E, de repente, uma imagem de Freddie apareceu. Um Freddie com as roupas sujas e rasgadas e o rosto machucado, que começou a chorar assim que olhou para mim.

–O que é isso?! - perguntei, incrédula. - Freddie, você está parecendo um mendigo! Que droga aconteceu com você?!

–Temos que ajudá-la, Carly. Temos que ajudar a Sam. - ele sussurrou, me dando um abraço. Um abraço diferente dos outros, como se procurasse conforto em mim. Que precisasse disso.

–O quê? O que aconteceu?!


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Notas finais do capítulo

Se gostaram do cap, no kisses no hugs no flashes. Se não gostaram, não me matem. Isso tava na cara que ia acontecer, seus lerdinhos. Depois eu arrumo os erros '-' O próximo está agendado para quinta, às 19h em ponto. Beijus de luxxx PARA MINHA GATA DELICINHA FIXCURDLES ELA TA CARREGANDO A FIC NAS COSTAS É POR ELA QUE A FIC TA AQUI HOJE ela que não me deixou desistir pq teve muita gente desistindo da fic e eu tava desanimada e ela me azucrinou tanto que eu criei afeto e hoje a fic é inteira pra ela e pra vocês que ainda lêem mas são fantasmas seus fantasmas bobocas eu amo vocês esse cap tá bosta



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