You Belong With Me escrita por FreddieMcCurdy


Capítulo 38
O não-tão-esperado dia.


Notas iniciais do capítulo

Meio grandinho...



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O alarme ao lado da cama não apitou – hoje era sábado. Eu acordei sorrindo, sem lembrar de meu sonho. Eram quase duas da tarde, a janela deixava o sol quente entrar e bater no guarda-roupa branco, e a coberta tinha ido parar no chão de tanto que me mexi.

Seria o dia perfeito, se eu não estivesse tão nervosa.

Lembrava perfeitamente do dia de ontem. Ou melhor, da noite. Da parte em que Freddie disse que me ama, da parte em que ele reclamou sobre eu o lambuzar de massa de bolo, da parte em que ele confessou que eu o faço subir pelas paredes. E de nosso beijo.

Minha mão apertou levemente meu lábio de baixo, enquanto eu sorria feito boba. Freddie me tinha em suas mãos. Ele disse que estava apaixonado por mim. Claro que odeio essa palavra – pra mim, ninguém sabe o que é paixão exceto eu. Mas ele estava conseguindo me convencer que, após oito anos de amizade, ódio e desejo, nós seremos quase que um casal. Quase. Mas dessa vez, era pra valer.

Parece que ele estava pensando em mim também. O toque do iPhone, no criado-mudo, soava insistentemente. Eu nem precise ler o nome ‘Freddie’ no visor para atender e delirar só com o som de sua voz.

Bom dia, loira. Ou boa tarde, você é quem decide.” Eu tinha certeza que Freddie também sorria, como eu. Enquanto suspirava, me espreguiçando, ele soltou uma risada fraca e deu uma buzinada do outro lado da linha.

–O que é isso, você está dirigindo e falando comigo? – brinquei.

Acabei de sair da faculdade, dei uma aula para os pré-universitários que vão prestar o vestibular. Preciso dizer que errei umas dez vezes e chamei todas as garotas da sala de aula de Sam? Eu não consigo tirar você da cabeça.” Me derreti toda, mordendo a ponta do dedão. “Só espero que você compense essa minha espera.

–Oh, claro que vou compensar. – eu ri, e ele também, meio nervoso, eu suponho. O triste é que minha recompensa não será como eu queria que fosse.

E posso saber pra onde você e a Carly vão sair hoje à noite?

–Hoje? – estava me perguntando quando nós tínhamos combinado alguma coisa, mas o tsunami de nervosismo por lembrar que hoje era sábado me lembrou que eu participaria de um roubo gigantesco. – Ah, nossa, quase esqueci. Nós vamos a um parque de diversão. E Dave não vai, é um dia de amigas.

Vou sentir a sua falta.”

–Eu vou sentir a sua falta também. – bocejei, me levantando. Enquanto ele pegava fôlego e bocejava comigo, me encarei no espelho mais uma vez. A mesma Sam de ontem à noite. Mas essa Sam era bonita, sensual... desejada. E feliz. Muito feliz. – Acho que já vou tomar banho pra me arrumar. Ainda tenho que ir ao mercado.

Eu vou com você”.

–Não, é melhor você descansar. Não é hoje que tem aquela super festa da faculdade para comemorar o início do novo semestre? Aproveita. Relaxa, dorme um pouco, aí vai pra festa.

Não vai ter a menor graça se você não estiver lá. Como nada tem graça nessa última semana, que descobri que sempre estive aos seus pés.” Freddie riu, enquanto eu prendia o cabelo em um coque no alto da cabeça, tirando o pequeno shorts para entrar no banho.

–Você está elevando minha auto-estima lá no espaço, Benson. – ele gargalhou. – Agora preciso desligar, estou entrando no banho.

Ahhh, qual é! Você está falando isso só para me provocar! Só porque eu não estou aí para entrar debaixo do chuveiro com você!” Pude ouvi-lo soltando um gemido de insatisfação do outro lado da linha, enquanto eu gargalhava. “Fala sério, Puckett! Você já tirou toda a sua roupa?

–Fredward, seu safado! Tchau, vou desligar.

Por favor, por favor, só me fala! Imaginar não ranca pedaço!”

–Tchau, Freddie!

Eu amo você, Sam. A minha Sam.” E, com isso, encerrei a chamada.

[...]

Já tinha me certificado de confirmar com Carly que ela não estaria em casa. Uma sessão de estudos para prestar o vestibular nesse verão. Ótimo. Não contei nada a ela sobre o roubo, ninguém ia saber. Ninguém mesmo.

Já estava tudo pronto, Goran me avisou por telefone. Com poucas palavras. Claro, já era umas sete da noite. Nós entraríamos à uma da manhã no banco, mas ele se certificou de ficarmos numa casa vizinha só a esperar o sinal do gordinho de ternos coloridos para escalarmos o prédio perto do banco. Tudo certinho. Não ia falhar.

A respiração falha também não me afortunou nenhuma vez mais. Eu não tinha dificuldade nenhuma em inspirar e expirar. Corria, sem parar, até o terreno onde nós tínhamos feito as simulações, e seria o local de partida/chegada. Não estava frio.

Meus fones de ouvidos sintonizavam N’Sync, quando virei a esquina, passando em frente ao Banco do Estado de Washington. Em poucas horas, estariam mais de dez viaturas e repórteres para todo lado, tentando desvendar o mistério do sumiço de tudo. Foi quando avistei uma garota com um saco.

Ela era menor que eu, morena, com as roupas em bom estado, porém sujas. Não parecia mendiga, mas eu sabia que ela vivia na rua. Esse era o local preferido da tal garota, onde conseguia arrecadar a maior parte das roupas. O saco que ela carregava tinha verduras, frutas e roupas também, e seu cabelo enrolado tinha cheiro de shampoo. A garota sorriu quando eu passei.

–Precisa de ajuda? – ela me olhou, meio assustada. Mas já me conhecia. Se eu não me engano, se chamava Clove. Um nome de origem latina. Ou asiática? Bem, não vem ao caso.

–Eu agüento. Não se preocupe. – a garota disse, enquanto puxava a sacola para os ombros. Eu fiz questão de deixar uma nota de cinqüenta dólares em seu bolso. Não ia precisar dela depois da besteira que irei fazer. E, mesmo se fosse, aquele dinheiro seria muito mais útil com Clove.

Acompanhei seus olhos brilharem enquanto seguravam a nota como se fosse um neném recém-nascido. Ela me agradeceu mais de cinco vezes, guardando o dinheiro dentro das sandálias marrons. Gastaria cada centavo com consciência. Tenho certeza.

Foi quando me surpreendi. Ela me abraçou, me beijou e cheirou meus cabelos enquanto mexia carinhosamente em minha orelha. E mexeu em sua bolsa, à procura de algo. Quando achou, colocou em meu bolso. Um anel dourado. Eu sorri.

Nós não precisamos dizer mais nada. Clove deu um último sorriso para mim e voltou a caminhar com o saco pesado. Eu dei meia volta e continuei correndo. Eram quase oito horas, quando cruzei o portão cheio de seguranças da casa abandonada.

Lá dentro, Katherine estava sentada à mesa. Não era novidade que ela estava com uma roupa preta. Mas, dessa vez, a roupa preta parecia de couro. Isso delineava seu belo corpo, e pela primeira vez a vi sem maquiagem. Só sua tradicional bota de salto não havia mudado.

–Puckett. – ela disse, sorrindo ironicamente. Parecia entediada. – Finalmente você chegou! Não agüentava mais esse lugar morto! Cadê o Paul? – Katherine se virava, cruzando as pernas.

Logo, sou levada por uma manada de homens engravatados até um banheiro minúsculo. Eles pegam minha mochila e somem com ela, depois trancam a porta. Claro, hora de me trocar.

Eu encaro no espelho meu visual, e não consigo deixar de me admirar. Estava igualzinha a Katherine. A roupa preta parecia de couro também, com uma cor similar a grafite. A fechei com a ajuda de um zíper que ia do umbigo até o pescoço. Ao lado, como um cinto, tinha uma corda enorme, facilmente presa sem a chance de me atrapalhar. E mais um monte de coisas na minha cintura, que eu não fazia ideia do que era. Mas saí do banheiro me sentindo poderosa.

Goran me olhava perplexo, nervoso e completamente apavorado. Tomava um copo com água com açúcar, e era abanado por um dos seguranças. Ele suspirou quando ouviu o relógio bater 21h.

–Onde está minha bota? – eu pergunto, olhando para meus pés descalços. E Katherine me joga duas botas parecidas com aquelas de homens que mexem no esgoto da cidade. Eu deixei a boca cair. – Mas... Mas e o salto? E o glamour? Por que você pode ficar com essas botas legais e eu t...

–Eu faço isso há décadas, novata. – Katherine riu, voltando a sentar na cadeira e fazendo questão de passar o salto da bota por sua panturrilha direita antes de rir alto. Eu fulminei de raiva. – É, Goran, essa aí chegou agora e já tá querendo o que demorei dois anos para conseguir.

Eu lancei outro sorriso falso para Katherine que me deu um empurrãozinho para mostrar que estava brincando. Só joguei os cabelos, agora lisos, para trás e fui me sentar na cadeira do outro lado da sala para eles fazerem um coque apertado, sem a possibilidade de me atrapalhar durante a operação.

[...]

–Agora – Dean disse, o outro irmão ruivo. – é a hora.

Senti o coração gelar, mas só me levantei do sofá da mulher e caminhei atrás de Katherine. As luvas de silicone já estavam em minhas mãos, e as botas calçadas. O rosto era coberto por uma máscara preta, para que ninguém me reconheça, e os óculos de proteção não atrapalham minha visão. Katherine corria à minha frente. Paul contava tudo com uma voz extremamente baixa, de um a sessenta. A cada cinco minutos, ele dizia a hora certa.

Nós chegamos ao muro da lateral do prédio sem problema. Era sábado, ninguém passava nas ruas. Ainda mais a essa hora. O ar estava escasso, a neblina cobria tudo. A noite fresca de antes já tinha virado um freezer.

Katherine me avisara antes de tudo que o quanto menos nós falarmos, melhor. Mas é claro que ela tinha que me irritar na última hora. Assim que paramos no muro e Paul puxou a corda de nós três, fazendo um nó que só Deus desataria, ela me lançou um olhar brincalhão.

–Não estrague tudo, novata.

Correspondi a seu sorriso com um sinal de continência, como Carly gostava de fazer com seu pai. Katherine pareceu ter gostado.

–Uma hora e vinte minutos. – Paul sussurrou, passando o nó por minha cintura.

E, no momento seguinte, o vi virando o homem aranha, literalmente. Paul colocou os pés no ar, e subiu a parede em quatro segundos. Depois, fisgou a ponta de nossas cordas lá em cima, e nos puxou forte. Não levou muito tempo para que chegássemos ao seu lado. Eu mal tinha terminado de me arrumar quando Katherine fez o que era combinado: pulou numa distância um pouco maior que dez metros com a facilidade de pular uma poça.

Em seguida, Paul foi. E eu fui também, sem dificuldade. Katherine correu para a pequena porta e a empurrou devagar. Eu a seguia com passos silenciosos. Neusa, a faxineira, já nós esperava de pé e tremendo, como eu também deveria estar.

Ela assentiu com a cara feia de Katherine em cima dela enquanto destrancava a outra porta. Paul não parava de contar. Nós passamos pela segunda porta e encontramos a escada. A simples escada de madeira que nos levaria à tubulação de ar. Não foi difícil de subir. Paul informou: já tinham se passado dez minutos desde o começo da aventura.

O mais difícil foi me acostumar com a abertura menor que um metro quadrado. O antigo tubo, o qual nós praticamos, não eram tão finos assim. Até a ruiva se decepcionou, quando levou mais tempo para se esgueirar e pegar o ritmo de rastejar dentro da abertura.

Paul gemia, atrás da gente. E o gemido ecoava por toda a tubulação.

–Cala essa boca, babaca. – Katherine sussurrou. – Trinta e dois metros.

Não conseguia sentir meus joelhos quando faltavam mais seis. Eu inspirava, expirava. Inspirava e expirava de novo. Mas parecia que aquilo não ia acabar. A cabeça girou, a mente fraquejou. Mas eu não parei de jeito nenhum. Só parei quando vi Katherine dizendo “badalhoca”, que significava que nós tínhamos chegado às áreas dos cofres.

Eu não pude explicar a sensação. Assim que saí daquele tubo apertado, as pernas cambalearam e eu caí no chão. Paul ofegava atrás de mim, mas a ruiva já tinha dado um jeito de ele ficar quieto e não estragar tudo.

–Vai logo, Puckett! – gritou, sem se preocupar com o silêncio.

O corredor não era longo. O grande cofre, no fim de tudo, parecia menor do que eu pensava. Rapidamente, segui até lá e usei o aparelho que Goran havia me dado para descobrir a combinação. Só pressioná-lo no cofre e e a porta se abriu. E aí sim vi todas as pequenas caixas metálicas distribuídas em prateleiras.

O nome, tipo sanguíneo e local para reconhecimento biométrico acenderam assim que entrei. Foi um por um. Calmamente. E eu levava cerca de seis segundos para abrir cada um deles. Ao todo, mais de sessenta.

–Dezessete minutos – declarou Paul.

Eu abria o cofre e checava lá dentro. Os vazios, só fechava na hora. Os cheios, com dinheiro e jóias, Katherine lacrava com uma cola superpotente. Além disso, haviam relógios super hiper mega valiosos em muitos deles. Tinha visto na televisão um outro dia que apenas um deles custaria mais de milhões. Imagina dúzias deles.

Não havia sinal de arrombamento, já que eu fui delicada o suficiente. Os cofres tinham até papéis, mas Katherine assegurou-me para não desperdiçar nada – não é à toa que estava num cofre de um banco tão importante.

A ruiva ainda estava lacrando sete fileiras atrás de mim quando eu abri o último. Duas alianças. Eu fiquei paralisada. Elas eram lindas, e exatamente idênticas à que Clove tinha me dado. Como ela tinha conseguido isso?!

Paul estava concentrado em contar os segundos, Katherine me mandou acelerar. Eu não pensei: aquilo tinha que ser meu. Eu daria de presente à Clove. Isso era coincidência demais.

Peguei as alianças e coloquei dentro da roupa colada; o cofre foi fechado como se estivesse vazio.

–Acabei por aqui – disse, por fim. Clove ficaria muito feliz.

–Podem ir, eu estarei bem na cola de vocês. - Katherine diz, enquanto lacrava os outros cofres. Aquilo estava muio estranho. Eu não confiaria em ela ficar sozinha enquanto estava no meio de tanta luxúria, quem me garantiria que não pegaria uma ou outra coisa escondida?

Mas como eu mesma fiz isso, não pude contestar. Assentimos, enquanto Paul andava na frente à procura de Dean. Ele já está posicionado para nos dar passagem às escadas de incêndio para a sala principal, onde estão os caixas eletrônicos.

–Não se esqueçam, vai ter muito mais grana. Reabasteceram para seis meses - Dean diz, orgulhoso. Eu não respondo, me preparo para descer três lances de escada.

O barulho foi quase inaudível, mas senti o chão tremer de leve. A explosão já tinha sido feita. Lá embaixo, destroços estavam espalhados pela sala inteira, mas vi as máquinas ainda grudadas no chão, com pilhas e pilhas de notas. Não que isso seja necessário, a maioria do lucro será devido aos cofres, mas Goran foi claro que não queria que um centavo ficasse para trás.

Katherine já tinha descido. Nós colocávamos tudo dentro das sacolas impermeáveis enquanto Paul esvaziava as caixas registradoras dos caixas manuais, onde as pessoas realizavam as transações. Foi a etapa mais demorada: doze minutos. Dean ajudava no que conseguia, mas no escuro tudo ficou difícil de ser realizado para quem não tinha óculos de visão noturna.

–Pronto, voltem para o terraço! - a voz do gordo de terno rosa, que acompanhava tudo pelos nossos rastreadores, disse no ponto eletrônico plugado em nossos ouvidos.

Eu segui sua ordem. Nós subimos à toda velocidade para o terraço, deixando duas malas com Dean que sairia assim que seu "turno" acabasse. Eu carregava quatro malas em cada braço, e Katherine tinha seis. Paul foi quem levou nossas ferramentas que tínhamos usado durante a noite.

Estrapolamos três minutos - ele disse, por fim. Na verdade, não achei que isso ia fazer alguma diferença. Me sentia tão desesperada que nem me pensei na possibilidade de cair enquanto pulava para o outro prédio.

Dessa vez, Katherine não usou a corda. Ela mesma pulou lá de cima, aterrissando em pé nos saltos finos em cima de uma sacola de lixo. Eu preferi a corda.

Aos poucos, avistei Lilian saindo das sombras com a máquina de fogo. Assim que tirei a mão das corda, Paul desceu , lambuzando-a de gasolina. O fogo queimou a corda, deixando apenas uma fuligem que sumiria em pouco tempo.

Agora, a corrida apertava. Eu já tinha visto a van de hot dogs na esquina. Tudo que a gente tinha que fazer era correr como se nossa vida dependesse disso. Ninguém poderia nos ver, muito menos com sacolas de dinheiro e máscaras pretas. As minhas pernas não pararam até eu entrar e me jogar no fundo do veículo, enquanto ele arrancava e dava meia volta.

–Até que enfim! Fiquei com medo que algo tivesse dado errado! - o gordinho, que acompanhava tudo por uma tela com três pontinhos vermelhos, gritou e levou as mãos à cabeça. - Vocês pegaram tudo?

–Até a poeira. Tá tudo aqui.

–E deu a sacola falsa para Dean?

–Com certeza. Ele deve estar a caminho do aeroporto agora.

–Como assim? Que sacola falsa? - eu pergunto, enquanto tento regular a respiração. Katherine suspira, como se tivesse que explicar algo óbvio a uma criança de três anos.

–Dean era uma farsa. Ele será pego tentando escapar para a Bolívia com parte do nosso dinheiro. Coloquei as sacolas cheias de penas para ele trazer. O otário vai morrer com três tiros nas costas. - Katherine disse, falando mais para ela do que para mim.

–Mas... ele é seu irmão.

Não vou mentir. Não consigo ficar com raiva dele, eu sinto muito por sua morte. Mas ele escolheu esse caminho. Ele quis isso. Eu o amo, apesar de tudo. Mas não posso fazer nada. - senti algo diferente nela. Como se ela quisesse fazer algo a respeito. No entanto não conseguisse, ou se já tivesse feito algo mas não tivesse adiantado nada. Katherine era esperta, e uma das pessoas mais fortes e sábias que eu conheço. - Enfim, ainda bem que acabou. E você não estragou tudo.

–Surpresa? - arqueio as sobrancelhas.

–Não. - diz, indiferente. - Eu sabia que você ia se dar bem, novata.

Por poucos segundos, tenho a sensação que nós possamos ser amigas. Um dia, talvez. Katherine passa a mão nos olhos e revira uma das sacolas que ela segurava. Em poucos minutos, nós já tínhamos chegado ao terreno baldio, onde seria efetuada a contagem do dinheiro.

Lá dentro, não achei Goran. Ele deveria estar dormindo em sua casa à essa hora, já que não queria estar envolvido no tal roubo. Katherine jogou as sacolas em cima da mesa e voltou para a cadeira que estava antes. Um home, que eu supus ser um dos contadores da grana, pediu à ela que não jogasse assim, pois alguns dos relógios Rolex e Chopard eram extremamente caros e frágeis. Recebeu um grande dedo do meio da ruiva.

Aquilo estava uma confusão. Muitos bolos de dólares espalhados por cima da mesa, balanças no chão e em poltronas, jóias sendo pesadas e recebendo etiquetas. O gordo me disse que eu estava dispensada, Goran falaria comigo em um outro dia, mas não pude deixar de olhar tudo atentamente. Pelo que ouvi da conversa de alguns caras, Goran estava contando com a ajuda de um deles para lavar mais dinheiro ainda, que aquilo não seria suficiente. Mas o que tinha chamado a atenção de Katherine antes, um home magro e alto com óculos enormes, assegurou-o que tudo daria uma fortuna.

As pernas não pararam de tremer até o gordo me dizer que agora não tinha jeito - eu daria o fora dali de qualquer jeito. Não pude fazer nada a não ser concordar e segui-lo até o carro preto e blindado, com placa falsa, e ser levada em casa.


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Notas finais do capítulo

Quero postar o próximo até amanhã ou hoje mesmo, mas vai ser difícil. Como eu sou da área romântica da coisa, não consgui fazer alguma coisa convincente o bastante, mas considerem que foi tudo arriscado e perigoso, ok? Fiquem atentos aos detalhes, todos eles (:



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