Más Intenções - Litor escrita por Mari W


Capítulo 14
Capítulo 14 - Desastres Acontecem




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No dia seguinte, sexta-feira, Dinho foi com Fatinha para a aula e começou a conversar com Orelha na frente do colégio. Vitor chegou e de longe viu os dois, se segurou pra não fazer nenhum tipo de provocação, mas enquanto se aproximava, Orelha e Dinho olharam pra ele e começaram.

– Nem se preocupa, meu amigo. Esse Vitor é um baita perdedor. - Disse Orelha, em voz mais alta que o normal, pra Vitor ouvir.
– O que você falou, Orelha? Você quer falar de perdedores, é isso mesmo? - Nesse momento os grupos de alunos que estavam por perto olharam para a briga que estava começando.
– Vem cá, Vitor... - Nesse momento Lia chegava com Ju e Gil e os três também foram ver o que estava rolando. - Você tá apaixonado pela Lia? - Perguntou Orelha.
– O que que você tá falando? - Disse Vitor, um pouco nervoso.
– É cara, já saquei a sua... O problema comigo é porque você tem ciúmes dela, né? - Disse Dinho.
– Cala a boca, Dino. Meu problema com você é porque você é um playboy babaca, igual ao Orelha. A Lia não significa nada pra mim, se isso te interessa. - Lia ficou triste com o comentário de Vitor, mas continuou ali. - Mas sim, eu acho um fato engraçado você trair ela na cara dura, ela saber depois de todo mundo e você ter a cara de pau de aparecer aqui pra reconquistar ela, não é lindo? Fiquei comovido. - Disse Vitor, debochando.

Dinho já queria partir pra cima de Vitor mas Fera pulou na frente dele, o afastando, enquanto Vitor só ria da cara dele. Robson chegou, percebendo o tumulto e mandou todos entrarem. Só nessa hora Vitor percebeu que Lia estava ali. Ela apenas o olhou decepcionada e entrou no colégio. Vitor correu para alcançá-la.

– Lia, espera. - Ela se virou. Vitor não sabia bem o que falar. - Ahm... Tá tudo bem?
– Tá, sim. - Vitor se surpreendeu porque ela não parecia ter raiva do que ele falou, parecia apenas triste. - Olha, Vitor... Não tem porque você se meter com o Dinho. Deixa pra lá. Eu sei que você é brigão e tal, mas não se mete mais. Isso é entre eu e ele. - Disse ela, indo pra sala sem falar mais nada com ele.
– Eeeeei, motoqueiro, espera aí. - Disse Fatinha, segurando Vitor, que se dirigia pra sala também.
– O que foi isso?
– Esquece, Fatinha...
– É sério, Vitor. Eu gosto de você mas eu não tô te entendendo. O Dinho não te fez nada.
– Eu sei, Fatinha. Mas ele fez pra Lia.
– Você tá gostando dela, não tá?
– Fatinha, eu só não brigo com o Bruno porque você já me passou muito sermão por isso. Eu só não gosto do que ele fez com ela, ok?
– Estranho você, ein... Amiguinho dela, peguete dela... Só cuida pra não estar confundindo as coisas.
– Olha, se quer saber... Esse Dinho aí chega achando que pode fazer qualquer coisa, rouba você de mim. - Disse ele sorrindo, para escapar do assunto e fazer Fatinha compreender. - Ele ainda tá andando com o Orelha, que era meu amigo... Sabe, parece que ele só veio pra atrapalhar.
– Calma, Vitinho. Eu entendi. Mas se segura, malandro. - Disse ela, dando um beijo no rosto de Vitor. - Eu gosto de você e ele não tá me roubando coisa nenhuma. Eu tô sempre aqui por você, ok?

Depois do trabalho, Vitor e Luana apenas trocaram de roupa e saíram de moto. Jantaram no restaurante japonês preferido dela e conversaram, animados.

– Então, o Sal é o certinho da família, eu gosto muito dele. Mas rola aquele ciuminho da nossa mãe, sabe. Nós dois sempre fomos bem na escola, mas enquanto eu tirava 9, ele tirava 10, sabe? Mas sempre nos demos bem, ele sempre entendeu meu lado oveha negra da família e sempre me defende.
– Ele parece ser muito gente boa.
– Acho que logo ele me visita aí. - Vitor fez sinal para pedir a conta. - Vou te levar pra conhecer uns amigos agora, você topa?
– Claro! - Luana estava animada com a possibilidade de ficar mais intima de Vitor.

Vitor não ia perder a oportunidade de dar uma passadinha no Misturama pra provocar Dinho. Apesar de que ele queria mostrar pra Luana algum lugar que ele gostasse também, ele estava animado com a possibilidade de uma briga, desde que Lia não estivesse lá, coisa que ele achava que era certa. Logo que viu Vitor, Dinho quis ir até ele pra perguntar o que ele fazia ali, mas foi detido por Fatinha, que defendeu que era um lugar público e que Vitor provavelmente não faria nada. Vitor logo viu os dois e se dirigiu à eles.

– Opa, Fatinha, essa é a Luana. - As duas se comprimentaram.
– Prazer! - Disse Fatinha.
– E esse é...? - Disse Luana, se referindo à Dinho.
– Esse é o zé ninguém. - Disse Vitor.
– Esse é o Dinho, Luana. - Disse Fatinha, para evitar brigas.
– Ah, você é o motivo da festa, certo?
– Sim, sim. Seja bem-vinda, ao contrário desse aí. - Disse Dinho, indo pro bar.
– A gente no fundo se adora, viu Lu. - Disse Vitor, ironizando.

Lia não se segurou e foi até a sacada do seu prédio, que dava uma vista perfeita pra festa que ocorria. Ela teve o azar de olhar pra lá justamente quando Vitor deu um beijão em Luana. Lia pegou uma garrafa de vodka que escondia no quarto caso "precisasse", misturou com qualquer coisa que achou na geladeira e começou a beber como se fosse água, tomando cuidado para a mãe, que assistia um filme com Tatá no quarto, não percebesse. Quando chegou na metade da garrafa, estava com coragem suficiente para descer - e fazer uma grande m*rda.


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Notas finais do capítulo

- Desculpem o "palavrão", não tava boa no dia, hahaha :))
— E sim, gente. Aqui o Sal é mais certinho, o maduro dos dois, e o Vitor é o terror da família.