Más Intenções - Litor escrita por Mari W


Capítulo 13
Capítulo 13 - Alguém Que Eu Costumava Conhecer




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Lia não disse o horário que iria ao hostel propositalmente, o que fez Dinho esperar quase o dia todo. Ela pulou lá somente umas 22h, dando uma desculpa qualquer para Raquel. Assim que Lia entrou, encontrou Dinho e Fatinha conversando na recepção. Dinho se levantou e Lia evitava olhar ele no rosto.

– Bom, gente. Vou indo nessa. - Fatinha se retirou do ambiente, que tinha um clima pesado.
– Oi, Lia. - Disse Dinho, dando um sorriso envergonhado para ela.
– Pode sentar, Dinho... - Disse Lia.

Dinho se sentou, e Lia fez o mesmo. Dinho conhecia Lia e sabia que ela estava irritadíssima com o encontro e provavelmente ia querer que fosse o mais rápido possível. Quando Lia finalmente conseguiu olhar ele nos olhos, ele se sentiu desconfortável com o ódio que via nos olhos da ex-namorada.

– Lia... Eu quero que você entenda que eu me arrependi muito do que eu fiz. Tive muito tempo pra pensar e eu não queria que as coisas tivessem acabado daquele jeito. Eu faria qualquer coisa pra me redimir. - Lia continuava olhando pra ele com cara amarrada. - Lia, fala alguma coisa, por favor...
– Olha. Se eu começar a falar, não vou parar e você não vai gostar.
– Tudo bem, acho que tem coisas que eu preciso ouvir, né?
– Dinho, pra começar... Eu não preciso jogar na sua cara o que você fez, preciso? Me traiu, foi embora sem nem tentar resolver nada...
– Mas é pra isso que eu tô aqui!
– Mas eu tava conseguindo esquecer que você existia.
– Não fala isso, Lia... - Dinho quase chorava a esse ponto. - Você tá com aquele cara?
– Que cara??
– Aquele Vitor. Eu vi o TV Orelha. O que vocês tem?
– Não te interessa, Dinho! Eu tava muito bem sem você por perto, se quer saber.
– Eu preciso que você me entenda. Todo mundo erra, eu me arrependo muito. Me perdoa, Lia, por favor.
– Você sabe que isso não vai acontecer. Você sabe o que eu passei com a minha mãe. Você não podia ter feito o que fez, Dinho. - Lia se levantava pra ir embora, Dinho levantou e pegou no braço dela, a fazendo virar. - Eu nem consigo olhar pra sua cara. Me dá um nojo. - Então ele a soltou. A deixou ir. Com cabeça quente ela só ficaria pior. Ele sabia que ia ser algo difícil, conseguir o perdão dela. Mas ele queria isso. E depois do perdão, quem sabe, reconquistá-la.

Na cabeça de Vitor, seria fácil deixar Lia de lado, caso quisesse. Naquele momento, com Dinho na jogada, percebeu que era hora de parar de pensar em Lia do jeito que pensava, nem se precisasse usar alguém pra tirar aquilo da cabeça. Aquela noite, Vitor se encontrou na pracinha perto do colégio, observando Lia entrar no hostel para falar com Dinho e só saiu de lá quando Lia saiu também. A conversa foi rápida, no fim. Pegou seu telefone e ligou.

– Alô, Luana?
– Oi, Vitor! Pode falar. - Dizia a voz do outro lado.
– Então... Como você tá?
– Tô bem, e aí?
– Também. Olha só, vou ser direto... Você tem algum compromisso amanhã depois do trabalho?
– Não. - Luana esperava ansiosamente pela proposta de Vitor.
– Tem algum tipo de medo de moto?


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