Angel escrita por Dayane Alves de Oliveira


Capítulo 20
Capítulo 20




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A noite, preguiçosamente deitada em sua cama, enrolada em uns 2 edredons, Angélica observava Natália se arrumar pacientemente em frente ao espelho. Ela iria jantar na casa de Eduardo, e a roupa, o sapato, a maquiagem, o perfume, eram detalhadamente escolhidos para agradar os pais do rapaz.

Enquanto se arrumava, vez por outra pedia a opinião de Angélica, que sem o menor entusiasmo se limitava a concordar com a cabeça ou dizer que estava tudo perfeito.

A mãe iria com ela e estava igualmente animada. Mas entrava no quarto apenas pra exibir á Angélica, como sua filha era perfeita. Angélica já tinha se acostumado a conviver com a “perfeição” da prima. Ela não se conformava era com a comparação que existia entre as duas, todoas agiam como se Natália valesse mais do que ela, só por que ela  nunca havia bebido, ou se metido num acidente de trânsito, ou tirado nota ruim na escola, ou beijado o cara errado, ou sido grossa com alguém e por mais infinitas cisa em que Natália era melhor do que ela.

Cansada de ouvir as provocações da tia, foi para a sala, onde os avós assistiam TV.

A vó se recostava sobre o corpo do marido no sofá, estavam com os dedos da mão direita entrelaçados, e o avô com o braço esquerco, em volta dela no encosto do sofá.

Eram um belo casal –Pensou Angélica – Pena que seus pais não souberam manter o amor assim. E decidiu  naquele momento que se ela tivesse que amar alguém algum dia, ia fazer como os avós, manter o amor e amizade enquanto pudesse, pois o amor, naquele momento lhe parecia isso:  duas almas vidas unidas no sofá da sala.

Seus pensamentos foram interrompidos quando Natália e a mãe entraram na sala deslumbrantes, se despediram e foram embora. Angélica se lamentou o fato de não ter nenhum lugar para ir essa noite. Se ainda estivesse na casa da mãe –Pensou- Jamais passaria a noite de domingo em casa com dois velhos assistindo programa de auditório e sóbria.

Talvez por isso lhe veio subitamente na boca o gosto amargo da vodka, que nesse momento ela daria tudo pra conseguir um garrafa, pra poder beber bastante e dormir e só acordar no outro dia sem lembrar de nada. Nesse momento a vó á encarou, Angélica olhou para baixo, como se a vó tivesse visto seu pensamento, envergonhada, ela caminhou até a janela.

Estava muito frio, como em todas as noites nessa cidade, mas não se importou e andou até a varanda, em pé sobre o luar frio e gélido, fechou os olhos, e apenas sentiu o vento afagar seus cabelos, era o máximo de carinho que podia receber, e não se julgava digna de pedir mais. Enquanto se imaginava em outros lugares...

Do outro lado da rua, Raphael á observava pela janela de seu quarto, estava cautelosamente atrás da cortina exatamente para não ser notado. Por que á olhava com compaixão, oou talvez até mesmo com paixão.

Haviam se reencontrado e descoberto que a vida não havia sido fácil pra nenhum dos dois, e talvez por cuasa desse fato, se sentisse tão atraído á ela. Ela não era mais uma garotinha que sai correndo quando se machuca, agora ela apenas ficava parada esperand pela dor, desafiando-a, mostrando que podia ser mais forte. Quando criança odiava o fri, e agora se deixava consolar pelo vento.

Ele também não era mais o mesmo, á vida, ou talvez ele mesmo o havia levado ao ponto em que estava agora: sem amigos, sem esperança de que um dia teria. Assim como ela também se sentia vazio e sem animo de procurar força em si mesmo.

Mas de repente, viu Angélica abrir os olhos e voltar para dentro de casa. Decepcionado por não poder mais observa-la, também entrou.


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