Angel escrita por Dayane Alves de Oliveira


Capítulo 10
Capítulo 10




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Os oito meses de recuperação passaram lentamente, quase que á torturando. Lhe obrigando a desenvolver paciência.

Nos últimos meses, passou por todos os estágios do pesar: Negação, raiva, medo, culpa, depressão.

As vezes separadamente, ás vezes tudo ao mesmos tempo. Suas oscilações de humor eram obvias quando aconteciam. Uma hora estava bem, tratando todos normalmente, na outra, estava ríspida e ignorante.

Quando cansava disso, simplesmente, dormia. Dormia por horas, dias, e as vezes acordando só para comer, dormia por semanas...

A mãe, que enfrentava alguns problemas com Phil, nem percebia, o quanto a perda do irmão á tinha abalado, mergulhada em seus próprios problemas, organizava tudo para a viagem da filha.

Angélica já estava andando normalmente, quando Andréa chegou e lhe entregou um envelope:

-O que é isso?

-Sua passagem pra casa da sua avó.

-Eu não vou!

-Vai! Vc já terminou o tratamento está bem melhor, portanto está na hora de ir.

-Mas...

-Mas nada! A passagem está marcada pra daqui á uma semana, comesse a arrumar suas coisas.

Disse a mãe, saído.

Durante o jantar, as perguntas de Angelina eram inevitáveis:

-Por que vc vai?

-Por que sim, querida, coma sua salada.- Dizia Andréa controladora como sempre.

-Quando vc vai voltar?

-Quando for a hora dela voltar vc vai saber. –Andréa continuava respondendo.

-E vc vai lembrar de mim, lá na casa da vó?

-Claro que vai, come tudo filha!- Disse Andréa de novo, sem dar chance de Angélica responder.

Após o jantar. Angélica se trancou no quarto.

No dia seguinte, acordou cedo e foi á praia tomar sol.

Sua pele já estava macia e hidratada, como antes do acidente, mas continuava branca e fria.

Ficou o dia todo na praia. E quando voltou á noite, sua mãe estava no quarto arrumando as malas da filha.

-Oque vc ta fazendo?

-Vc vai daqui a dois dias e ainda não arrumou nada.

-Eu vou ir, não se preocupa!!! Agora larga minha coisas!

-Tá, bom, vou confiar em vc. Mas até amanhã eu quero tudo isso nas caixas.

Angélica trancou a porta e desfez a mala que a mãe havia arrumado.

Dormiu e no dia, seguinte, realmente assumiu a tarefa de fazer as malas.

Andressa tinha prometido que á ajudaria e levou algumas caixas pra ela:

-Brincadeira isso que sua mãe ta fazendo. Fala sério!

-Pois é- Disse Angélica triste, enquanto colocava seus livros numa das caixas.

-Vc sabe quando vai voltar?

-Não. É um castigo por tempo indeterminado.

-Aff’s seu eu tivesse uma filha ,jamais faria isso com ela.

Angélica continuou séria.

-Como é lá?- Perguntou Andressa insistindo na conversa.

-Chato. É uma daquelas cidadezinhas do interior onde todo mundo se conhece e se dá bem sabe?

-kkk’ engraçado.

-E parece que todo mundo sabe da sua vida, a gente respira e já ta todo mundo sabendo!

-Nossa.

-Ah, e lá é frio pelo menos em  ¾ do ano.

-Como vc vai viver assim? Sem praia?

-É, ahh, minha vó tem pelo menos 10 gatos, ela é apaixonada por felinos.

-Que fofo.

-Ela é costureira, então na casa dela, só tem colchas, tapetes, toalha de mesa, de retalhos.

Andressa se divertia, enquanto Angélica contava as coisa que mais odiava, na cidade:

-Só tem uma sorveteria lá. Uma escola. Um posto de saúde. Um restaurante... enfim, é a cidade de coisas únicas- Disse debochando. E tenho que andar muito pra chegar em qualquer lugar, minha vó acha de morar justo na parte mais afastada da cidade acredita? Ahh, e tem mais, intermináveis almoços em família, eles adoram!!! Chamam todo mundo e mais um pouco pra esse almoços.

Ela continuou falando, até que, pouco antes de escurecer já estava tudo arrumado.

-Tenho que ir amiga. Tenho prova amanhã.

-Já??? Dorme aqui hj!!!

-Não dá. Eu juro que queria ficar mais com vc, mas eu não posso mesmo.

Angélica olhou triste pra baixo e Andressa disse:

-Boa viajem, e eu vou ficar aqui te esperando quando voltar!- Dizendo isso, á abraçou e foi embora.

Angélica não conseguiu dormir nessa noite. Inquieta, apenas pensava em como as coisas seriam da lí pra frente.


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