Angel escrita por Dayane Alves de Oliveira
Pela manhã, ela acordou cedo e se arrumou. Menininha obediente que era, ficou na sala de estar esperando todos acordarem pra se despedir.
Quando Phillip apareceu com Angelina no colo.
-Já pronta?- Disse ele.
-Já. Só esperando você pra me levar a rodoviária.
-Claro. Eu vou me arrumar. -Disse colocando Angelina no colo dela.
-Não vai não. –Disse Angelina.
-Não posso. Você sabe.
-Mas eu te amo.
-Eu também te amo, mas eu preciso ir tá? Agora promete que vc vai ficar bem quando eu for.
-Tá bom.- Disse quase chorando.
Phillip voltou já arrumado.
-Vamos? – Disse ela.
-Vamos, só vai se despedir da sua mãe enquanto eu tomo um cafezinho.
-Não vou me despedir, e vc pode tomar o café na rodoviária.
Ele concordou e á ajudou levar as malas.
Na rodoviária, enquanto esperavam o ônibus, ele disse:
-Sua mãe não vai gostar de vc ir assim.
-Ela quis que eu fosse. Agora aguenta.- Disse ela cruzando os braços.
-Vc é má Angélica Maria.- Disse ele bagunçando o cabelo dela.
-kkkk’ para!
-Tá bom... o ônibus chegou.
Ela foi andando pro ônibus e ele disse:
-Promete que não vai fugir?
-Prometo.
-Vou confiar .-Ele beijou a testa dela e ela entrou no ônibus.
Ele ficou lá até o ônibus partir. Já na estrada, Angélica colocou os fones de ouvido e observava a paisagem enquanto saia da cidade e ia passando por cidadezinhas dos interior.
Numa das paradas, já próxima á cidade de seus avós, começou a sentir o frio característico da região. Sem nenhum agasalho, olhou em volta e viu uma blusa de moletom na cadeira onde um distraído turista mexia no computador, se aproximando lentamente, pegou o moletom e correu para o ônibus.
Após mais algumas horas de viajem, ela finalmente chegou ao destino. Na pequena rodoviária da cidade viu sua vó, seu avô e sua tia, á esperando.
Desceu do ônibus e a vó foi logo abraça-la. Ela retribuiu o abraço e fez o mesmo com o vô e a tia.
-Bem vinda querida.
-Obrigado vó.
-Vamos para o carro- Disse o avô, pegando as malas dela. Á tia a ajudou com as caixas.
No banco de trás do carro, observava as ruas que á fazia lembrar se sua infância, infânica que ela sentia tanta falta, onde era tudo mais fácil, quando só tinha que se preocupar sobre que cor pintar o desenho, quando o amor das pessoas por ela era realmente incondicional. Quando o vô falou:
-Gostei da blusa. É moda na cidade usar essa coisas folgadas né?- Disse olhando para o moletom dela, que era claramente grande demais pra ela.
Ela apenas sorriu sem-graça. O avô nem podia imaginar como ela tinha conseguido a tal blusa.
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