Momento Infernal escrita por Elizzabeth Haaps


Capítulo 2
Prévia 2 – Os Caçadores de Assassinos


Notas iniciais do capítulo

Essa é a SEGUNDA prévia de MI, no total de três; a leitura das mesmas é de total importância, pois assim o entendimento da história virá a ser completo. Portanto leiam-nas antes de mergulharem no mundo de Oliver Linth, onde o que você chama de sentimentos, ele com certeza chama de trunfos.



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“Este é tempo de divisas, tempo de gente cortada... É tempo de meio silêncio, de boca gelada e murmúrio, palavra indireta, aviso na esquina.” (Carlos Drummond De Andrade)



Com a ditadura militar em seu auge, a população brasileira agiu por conta própria. Pra quem viveu na época teve muitas histórias para contar; revoltas e assassinatos eram tão comuns quanto o nascer do dia e da noite. Com a instabilidade política, a população aproveitou o momento de fragilidade do governo, arregaçou suas mangas e lutou. Pais de família, padeiros, carteiros, mecânicos, marceneiros... Todos esses viraram assassinos, rebeldes, lutadores. A situação se agravava cada vez mais e o governo brasileiro tinha que fazer alguma coisa. Tinha que mostrar quem mandava e quem obedecia. E mostrou.





Criou-se então os Caçadores de Assassinos – ou, como costumam ser chamados: CA’s.
Essa organização secreta nasceu com a ira do brasileiro, da elite e de um governo desesperado – alguns, dizem que foi a melhor coisa que já se fez, outros, que esse foi mais um jeito de ter o povo em rédeas curtas como animais de carga novamente. Bem, fosse como fosse, quem ousaria em protestar? Agora era morte certa...





Homens treinados, capazes de suportar tortura – tanto física, como psicológica –, de criar planos em tempos recordes, examinar uma nova perspectiva e mudar a estratégia diante de qualquer situação... Esses eram como os integrantes da CA deveriam ser; como o treinamento deles – vale ressaltar que pouquíssimos passavam – os deixavam. Pelo menos esse era o plano.




Os CA’s existiram.


Eles exterminaram as ameaças; reconstituíram o equilíbrio natural das coisas.
Bravos foram os feitos.

Rápidos como um vendaval, se moviam em grupo – em locais estratégicos – a fim de concluir o que lhes fora passado. Sem questionar, opinar; sem acanhar.

Meses de glória tiveram os CA’s; e com esses veio a ruína.

Com o tempo não serviram mais; tudo estava em seu devido lugar e não precisava-se de mercenários, contratados e protegidos pelo governo, exterminando por todo e qualquer caso que aparecesse diante do mesmo. E como a notícia – “um grupo exterminador estaria se vingando pelo governo” – espalhara-se rapidamente, a população receosa parou com a matança, protestos, recuou-se novamente com medo, assim deixando a organização sem um motivo para existir.

Se foi certo ou não? Não importava.

Aquilo estava nas mãos da elite, e ela pretensiosa e orgulhosa como sempre foi, não quis se desfazer de um tesouro como os Caçadores de Assassinos. A organização manteve-se mais secreta ainda e fora passada de geração para geração. E é no século vinte e um que a existência, o fôlego de vida e a razão voltam.


Os Caçadores de Assassinos ressurgiram como uma fênix; aquela que morre, mas renasce das cinzas para uma nova missão.











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Notas finais do capítulo

Gostou? Ficou intrigado com o que vá ocorrer? Então corra para a TERCEIRA prévia e prove um pouco mais do que MI tem a lhe oferecer.