Is This A Fairytale? escrita por Lost in Neverland


Capítulo 9
The lost musketeer


Notas iniciais do capítulo

Olá seus lindos!
Bom, devo dizer que amei escrever esse capítulo! Espero que gostem tanto de lê-lo quanto eu gostei de escrevê-lo.
Mas, na verdade, estou amando escrever cada capítulo dessa fic, então isso não é novidade, certo? haha
Espero que gostem!
Boa leitura :)



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Hook’s POV:

E cá estou eu, preso pela Swan. Mais uma vez.

Bom, pelo menos dessa vez não é um gigante estressado que está tomando conta de mim.

Ainda não consegui entender muito bem o que Cora quis dizer com toda aquela conversa de conquistar a confiança de Emma. Uma coisa que, cá entre nós, acho bem improvável de acontecer. Mas enfim.

De qualquer maneira, mesmo que eu consiga, não quero usar isso contra ela. Apesar de tudo, apesar de ser a milésima vez que a bonitinha me deixa preso, acho que não conseguiria fazer nada contra ela. Simpatizo com essa xerife.

E aquele cara palhaço? Quem ele pensa que é? E que raios ele está fazendo aqui?

Ficaria muito satisfeito de tê-lo matado ali mesmo, se não fosse por Swan.

Hum.

Até que esse lugarzinho não é tão ruim... já estive em piores.

Emma’s POV:

– E então? Acho que você pode me contar sua história.

– É bem longa.

– Temos tempo.

– Você vai me ajudar? – perguntou ele preocupado – acho que temos inimigos em comum.

Ergui as sobrancelhas curiosa para saber de quem ele estava falando, mas acho que já tinha uma vaga ideia.

– Cora. E Regina – disse ele

– É claro que vou te ajudar. Temos um acordo, certo? Não precisa se preocupar. Agora vamos lá, conte-me – disse eu, ajeitando-me na cadeira

– Bom, eu vim de um “mundo” digamos assim, bem parecido com o seu. Havia a capital controlando os vários reinos. Eram 8, na verdade. O reino ao qual eu pertencia era nomeado Mastla. Cada um com seus respectivos reis. Desde pequeno sempre sonhei em ser mosqueteiro do rei. Em não apenas protegê-lo mas também proteger a todos, lutando contra a injustiça. Meu pai foi mosqueteiro durante uma época e ele me ensinou tudo o que sei. Enfim. Quando vi que era a hora e que estava pronto viajei quilômetros e quilômetros para tentar realizar meu sonho. Cheguei lá e conheci Aramis, Athos e Porthos. Vivemos muitas aventuras juntos e no fim das contas, consegui atingir meu objetivo e me tornei oficialmente um mosqueteiro. Depois de um tempo todos os reinos estavam em uma completa paz. E o rei, bom, ele me convocou para ir em uma viagem. Atravessar mundos, mundos que segundo ele, precisavam de nossa ajuda. Porém, ele tirou essa ideia de sua cabeça tão rápido quanto a havia colocado. Mas essa ideia não saiu da minha mente assim tão facilmente. Enfim, descobri quais eram os objetos que poderiam me levar a fazer essa viagem e onde eles estavam guardados. Fui e os roubei, peguei muito mais do que precisava, mas é sempre bom prevenir, certo? Então, falei com Aramis, Athos e Porthos mas eles não quiseram me acompanhar. No final das contas, parti sozinho sem avisar ninguém. Simplesmente parti. Porém eu não sabia muito bem utilizar aquele troço. No meu reino havia magia, entretanto foi algo que sempre evitei. Enfim, acabei no País das Maravilhas e foi lá que conheci Cora – ele contava a história gesticulando e me olhando nos olhos de vez em quando. Até aquele momento poderia dizer que ele estava falando a verdade – E, bom – ele continuou – ela era a rainha daquele lugar, queria saber o que eu estava ali e eu não tive outra escolha a não ser contar. E ela, por incrível que pareça, disse que iria me ajudar. Porém, em um futuro próximo eu deveria ajudá-la também, palavras dela. Então, ela me ensinou a usar aqueles negócios e me mostrou a qual mundo eu deveria ir – ele fez uma pausa para olhar para mim e sorriu – o seu. Porém, antes de vir, Cora me lançou um feitiço de preservação, congelamento, algo do tipo. Segundo ela, o nosso reencontro demoraria uns 28 anos. E foi exatamente depois desse tempo que percebi que o feitiço havia se quebrado. Enfim. Então eu vim para cá, fiz parte da polícia, FBI e tudo o que você possa imaginar. Devo dizer que esse seu mundinho é bem complicado hein?

– Você não faz ideia – respondi

– Porém, descobri que os criminosos não eram apenas, você sabe, os intitulados criminosos. Muitas autoridades, até mesmo nesses ambientes da polícia, estavam envolvidas com coisas nada legais. No fim das contas, tentei fazer justiça com minhas próprias mãos e me ferrei. Mas escapei.

– E como você ficou 28 anos sem envelhecer e ninguém notou? – perguntei

– Eu sempre mudava de cidade. Frequentemente. E não voltava mais para a última pela qual tinha passado.

– Ah.

– Devo dizer que foi mais fácil do que eu esperava integrar-me nesse seu mundo. É claro, no início foi bem estranho, mas me acostumei rápido.

– Enfim – ele continuou – então, há uns dias atrás recebi o chamado de Cora para vir até aqui. E cá estou eu.

– Por que ela te chamou?

– Ela precisa daqueles objetos para viajar entre reinos.

– E que objetos são esses?

– Feijões mágicos. Não conhece?

– Na verdade, eu conheço, mas achei que eles não existiam mais.

– Pois é, talvez não mais hoje. Porém, na época quando eu os peguei...

– Os roubou – disse interrompendo

– Os peguei – continuou ele me olhando de cara feia – eram muitos. Inclusive, alguns, você não só pode viajar entre mundos, mas pode mandar alguém para outro mundo.

– Mesmo que essa pessoa mandada vá contra a vontade?

– Mesmo assim.

– Então você veio para cá para entregar essa encomenda a ela?

– É, pode-se dizer isso.

– E você não vai entregar, não é?

– Bom, é ai que você entra.

– Por quê?

– Eu não sou muito de quebrar acordos, sabe como é, e, querendo ou não, fiz um acordo com ela. Porém, posso deduzir que Cora não é uma das melhores pessoas. E, levando isso em consideração, esses feijões podem levá-la a muitos lugares, e quem vai saber se ela causará destruição? Não posso permitir que aquela mulher vá chegando em outros lugares destruindo tudo. Os feijões estão comigo e a responsabilidade é minha.

– Achei que você tinha se rebelado.

– Eu tinha. Mas percebi que me rebelei pelos motivos errados e com as pessoas erradas. Me desculpe.

– Não precisa se desculpar – disse eu sorrindo para ela – sabe, eu nem sempre fui tão maternal e justiceira.

D'Artagnan sorriu.

– E os seus outros três amigos, onde eles estão? – perguntei

– Eu não sei – disse ele, abaixando a cabeça, tristonho – quando os deixei, havíamos brigado feio. E depois que fui embora nunca mais os encontrei.

– Sinto muito.

– Ah, está tudo bem. E então, o que vamos fazer? Tinha combinado de encontrar com Cora daqui a pouco, para levar os feijões.

– Então, você vai ficar aqui, preso enquanto eu vou encontrá-la. Sem os feijões, é claro.

– Você vai mesmo me deixar preso depois de ter colaborado tanto?

– É para a sua própria proteção, D'Artagnan. Quando eu voltar, soltarei você. E ai, você decide se fica, se vai.

– Ambos sabemos que para a minha segurança é necessário que eu vá.

– Sim.

– E eu não quero morrer tão jovem. Ou aparentando ser tão jovem – disse ele, rindo, e não pude deixar de rir junto – de qualquer maneira – continuou – há muitos outros lugares nesse mundo que ainda não visitei e que precisam de minha ajuda.

– Pode apostar. Olha, obrigada por ter me ajudado. E obrigada por ter confiado em mim e sido tão sincero – disse eu, segurando em suas mãos e olhando em seus olhos – eu prometo que não vou deixar nada de mau acontecer a você e irei descobrir como encontrar seus irmãos.

– Como você vai fazer isso?

– Digamos apenas que eu sou muito boa encontrando pessoas – sorri ternamente para ele

– Obrigado. De verdade.

– Não se preocupe com isso – eu disse – agora vamos, tenho que colocá-lo na cela.

Saímos da minha sala e fomos em direção às celas, com D'Artagnan vindo bem atrás de mim. Hook estava sentado, encarando o chão. Quando percebeu que estava indo na direção dele (com o mosqueteiro), ele começou:

– O que você está pretendendo fazer com esse palhaço aqui, Swan?

– O palhaço tem nome – disse o mosqueteiro, de uma forma até bem educada, para a minha surpresa

– Dane-se. Palhaço soa melhor em você.

– Ele vai ficar na cela ao lado, não na sua, pode se despreocupar.

– Ah, é claro. Os melhores nunca podem se juntar com os piores - disse Hook, encostando-se na parede como se estivesse em casa e sorrindo

– Com certeza – eu disse – e além de melhor, ele também será solto muito em breve, diferentemente de você – sorri sarcasticamente para Hook enquanto colocava D'Artagnan na cela.

– Como é que é bonitinha?

– Além de não ter uma mão, está ficando sem audição também?

Ele bufou e riu ao mesmo tempo, o que foi algo engraçado de ser ver. E bonito. Mas seja o que for que Hook esteja fazendo, é sempre bonito.

Enfim, isso não vem ao caso.

– Bom, divirtam-se! – eu disse, alternando o meu olhar entre um e outro

Quando já estava saindo, D'Artagnan me chama:

– Emma?

– Sim?

– Cuidado.

– Cuidado é o meu sobrenome – sorri e fui saindo.

Parecia que se passaram anos desde a última vez que me encontrei com Cora. Bom, pelo visto hoje vamos ter nosso não tão esperado reencontro.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram?
Reviews para me fazer feliz? Que tal? ^^
Beijos!!