Is This A Fairytale? escrita por Lost in Neverland


Capítulo 10
Do we have a deal?


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Acabei de escrever o capítulo, queria ter postado antes mas a falta de criatividade impediu :(
Enfim, no próximo terá mais cenas Captain Swan, isso será realmente divertido! haha
Espero que gostem!
Boa leitura :)



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Hook’s POV:

- Sabe, eu ouvi falar muito de você – disse o mosqueteiro na cela ao lado. Não estava entendo porque ele estava puxando conversa mas enfim.

- É claro que ouviu. Todos já ouviram falar de mim, sou muito popular. Bem, eu imagino, não?

- Na verdade, bem e mal. Posso notar que além de “popular”, você é muito humilde também, certo?

- Mas é claro.

- De que lado você está afinal?

- Como?

- Achei que você fosse aliado de Cora, mas agora percebo que também está um tanto quanto próximo demais de Emma.

- O que quer dizer com isso?

- Eu não sei. Diga-me você. Está em cima do muro ou o quê? Traindo alguém?

- Isso é assunto meu – falei um pouco alto demais, surpreso por ele ter tocado nesse assunto – quem você pensa que é para chegar aqui já tirando conclusões sobre mim? Só porque estamos presos em celas próximas não significa que somos melhores amigos, palhaço.

- Sei disso. Mas quero apenas saber para caso tenha que enfrentar você de novo. Sabe como é, aliado ou inimigo. Pelo visto é inimigo, não?

- Já foi derrotado uma vez, quer ser derrotado de novo?

D'Artagnan riu.

- Você é engraçadinho.

- Engraçadinho? ENGRAÇADINHO? Cara, qual é o seu problema?

- Afinal, de que lado você está? – disse ele, ignorando minha pergunta e voltando naquele assunto.

Esse palhaço já estava me tirando do sério.

- De onde vem todo esse interesse?

- Bom, estou interessado em ajuda. E posso ter certeza que você ficaria interessado nas informações que eu tenho.

- Que informações?

- Cora contou-me algumas coisas que seriam de muito valor para você.

- Que coisas?

- Sabe, você não deveria ajudá-la. Aquela mulher é traiçoeira e essa “parceria” pode acabar mal para você.

- O que você sabe?

- Você pode me derrotar de novo, o que eu ganharia contando? – disse ele com um sorriso cínico

- Sabe, você tem sorte por essas barras estarem protegendo você, seu babaca.

- Quanto ódio! Vou lhe dizer uma coisa, apenas uma coisa. Cora vai te enganar. Então, abra os olhos e escolha bem seus aliados.

- Por que ela diria isso a você?

- Eu não sei, gostaria de saber.

- E eu gostaria que você soubesse.

- De qualquer maneira, fique atento.

- Por que está me dizendo isso? Mais cedo eu quase o matei, então posso dizer que ajuda não era nem perto do que eu esperava que viria de você.

- É, eu sei. Nem eu – ele riu – Mas, sabe – continuou – rebelei-me por muito tempo e fiz muitas coisas erradas, agora eu vejo que nada valeu a pena, está na hora de recuperar o tempo perdido. Ou pelo menos tentar.

- Você fez coisas erradas? Achei que fosse um justiceiro ou algo do gênero. Diga-me, o que você fez? Matou alguns piratas?

- Envergonho-me  de confessar todas essas atitudes inapropriadas que tomei. Tantos inocentes tiveram suas vidas acabadas por minha causa - D'Artagnan olhou para longe, pensativo.

Esse cara podia ser um palhaço irritante e um babacão mas, estava começando a simpatizar com ele.

- Você quer se redimir e isso é o que importa.

- E você? Tomaria o caminho da redenção?

- Sou um caso sem solução, meu amigo. Um caso completamente perdido – disse eu, sorrindo sarcástico mas não conseguindo esconder a decepção

- Não há casos sem solução ou perdidos. Apenas casos mais difíceis de serem solucionados e encontrados.

Essa conversa estava tomando um rumo filosófico que eu realmente não esperava e já estava me deixando desconfortável.

Onde estava Swan?

Emma’s POV:

D'Artagnan havia me dito que ele e Cora tinham marcado de se encontrar no porto. Fui até lá com o meu fusca o mais rápido que pude, mas ao mesmo tempo, procurei ser cautelosa. Sei que Cora não é muito de fugir, mas vá saber o que ela resolveria fazer caso me visse antes e percebesse que seu mosqueteiro parceiro havia furado.

Enfim.

Já podia vê-la de longe, parada olhando fixamente em direção ao mar. Estacionei meu fusca alguns metros de distância da entrada do porto, desci e fui em direção à ela.

- Não era você quem eu estava esperando, princesa – disse ela, pegando-me de surpresa. Não sei por que achei que ela não notaria a minha presença. Mas juro que estava com esperanças de pegá-la de surpresa. Ela se virou para mim e sorriu secamente.

- Receio dizer, mas o seu parceiro desistiu do encontro.

Cora riu.

- Achei que ele fosse esperto o suficiente para não fazer uma bobagem dessas. E a mandou em seu lugar? Com certeza, nenhum pouco esperto – disse ela, aproximando-se de mim

- Por que você quer os feijões?

- Isso não é da sua conta. Você os trouxe para mim?

- Claro que não – sorri sarcasticamente – para ser sincera, nem sei onde eles estão.

- Pena. Você sabe que foi suicídio vir até aqui. Não sabe? – disse ela, calmamente

- E você sabe onde estão os outros três mosqueteiros, não sabe? – respondi, da forma mais calma que fui capaz

- Não eu não sei. E mesmo que soubesse não lhe diria nada.

- É claro que não.

Silêncio.

- Estou pensando em uma forma bem dolorosa de te matar.

- Você não vai querer me matar.

- Ah não? E por quê?

- Porque tenho um acordo para propor a você.

Ela fitou-me surpresa e ao mesmo tempo cautelosa, provavelmente avaliando se valia a pena ou não confiar em mim.

- Que acordo seria esse, Emma? – perguntou por fim

- Eu te darei o que deseja. Se você D'Artagnan em paz e me dizer onde estão os outros três.

- Achei que você não sabia onde estavam os feijões.

- E não sei. Mas posso descobrir.

- E por que eu acreditaria em você?

- Porque, diferentemente de você, eu não sou uma manipuladora mentirosa. E acordo é acordo. Chame Gold, ele irá confirmar – sorri, irônica

Ela abaixou os olhos e pensou por um momento. Então levantou o olhar novamente para mim.

- Tudo bem, irei lhe dizer onde estão os mosqueteiros e deixarei D'Artagnan viver sua estúpida e miserável vida em paz. Em troca você me trará a “encomenda” que eu pedi à ele. Temos um acordo?

- Claro – dito isso, apertamos as mãos.

- Agora saiba de uma coisa, Swan. Caso tente me enganar, não será apenas seu amiguinho mosqueteiro que sofrerá as consequências dessa decisão.

- Ok. Mas precisarei de mais tempo. Ele disse que os feijões não estão por perto – menti

- Como é que é?

Apenas olhei para ela fingindo um falso desapontamento.

- Tudo bem. 2 semanas, nada mais que isso. Estarei de olho em você – disse ela, sorrindo e depois sumindo envolta em uma fumaça azulada.

Voltei para a delegacia e quando cheguei lá deparei-me com uma cena que nunca esperava ver. Hook e D'Artagnan conversavam felizes como velhos amigos.

- Olha só quem chegou – disse Hook, ajeitando-se – achei que você não iria vir me vigiar

Apenas o ignorei e fui em direção às celas.

- Vocês são amigos agora, é? – perguntei

- Talvez – disse D'Artagnan sorrindo e piscando para Hook

Mas que droga estava acontecendo ali? Tentei não demonstrar interesse mas, estava realmente muito curiosa.

- D'Artagnan, você já pode ir – disse eu, abrindo a porta de sua cela – mas continue na cidade, pelo menos por enquanto. Depois discutimos o que vamos fazer.

- Você tem algum plano em mente? – perguntou ele

- Talvez – respondi – quer dizer, eu não sei. Precisamos discutir isso. Enfim – continuei – ela não lhe fará mal algum. Você irá continuar no mesmo hotel?

- Sim, qualquer coisa que precisar é só me procurar.

- Tudo bem então.

- Obrigado, Emma – disse ele, abraçando-me e saindo – Até mais.

- Adeus, Hook – gritou ele, já da porta

- Boa sorte, companheiro – Hook respondeu, na mesma altura

Assim que ele saiu, o pirata inconveniente começou a fazer suas... bom, inconveniências.

- E então, eu também não serei solto?

- Mas é claro que não.

- Você poderia entrar aqui, pelo menos.

- Como é que é?

- Essa cela pode ser pequena mas tem uma cama muito confortável – disse ele, sorrindo sugestivamente e erguendo as sobrancelhas – e isso pode ser o suficiente.

- Não seja ridículo – falei, corando – Vou vigiar você. Do lado de fora.

- Do lado de fora, do lado de dentro, tanto faz. Contanto que seja você, está tudo certo. Tem como trazer uns refrigerantes, aí nosso papo fica mais incrementado, o que acha?

Olhei para ele com desprezo.

- O que foi? – perguntou ele, olhando-me com os olhos pidões e se fazendo de vítima.

Simplesmente não pude resistir.

- Tudo bem, vou buscar alguns refrigerantes. Mas não se empolgue, não vou demorar.

- Como não me empolgar sabendo que logo você estará de volta? – disse ele, sorrindo

- Adeus, Hook – disse eu, virando-me e não contendo o sorriso 


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Mereço reviews? ^^ haha