Is This A Fairytale? escrita por Lost in Neverland


Capítulo 7
Musketeer?


Notas iniciais do capítulo

Olá seus lindos!
O capítulo ficou bem grandinho, demorei 3 dias para terminar :O
Tomara que a demora valha a pena, afinal! haha
Espero que gostem!
Boa leitura :)



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Emma's POV:

Finalmente cheguei à delegacia. O dia estava abrindo e as nuvens cinzentas que antes dominavam o céu davam lugar a um azul límpido. O Sol também começava a aparecer, trazendo brilho à cidade.

Já estava mais calma e muito mais tranquila, sair dali um pouco com certeza me fez bem. Não gosto de admitir isso em voz alta mas acho que encontrar com Hook foi o que me fez bem. Mas vamos deixar isso só entre nós. Como eu gostaria de poder confiar naquele pirata...

Não, espera. Mas que raios eu estou pensando?

Preciso expulsar esses pensamentos da minha mente. Eu não deveria nem ao menos estar pensando nisso.

Tudo bem.

É uma coisa momentânea, vai passar.

TEM que passar. Não posso me permitir a pensar essas coisas.

Enfim.

Já está na hora de me focar.

Acabou o intervalo e agora, querendo ou não, necessito trabalhar.

Antes de sair, estava pesquisando sobre os tais turistas. Até agora nada incomum. Não há muitos hotéis em Storybrooke, o que facilita ainda mais a minha busca.

Talvez eles sejam mesmo apenas turistas. São muitos, e todos chegaram ao mesmo tempo, o que é estranho. Mas sei lá.

Continuo pesquisando e continuo sem encontrar nada fora do normal. Já estava desistindo e deixando isso de lado quando encontro algo que me chama a atenção.

Não gosto do que vejo e tenho maus pressentimentos.


Regina's POV:



Depois que busquei Henry no colégio, o levei para dar uma volta. Não sabia muito bem o que fazer, mas acho que isso não tem muita importância. O que importa é que estou com ele, e ele decidiu vir comigo. Será que finalmente estou conseguindo?


Andamos um pouco em silêncio, até que falei:

– E então, como foi a aula?

– Boa.

– Quer um sorvete?

– Só se você não fazê-lo aparecer com mágica – disse ele, sorrindo com ternura, e percebi que estava brincando

Abaixei-me até ficar cara a cara com Henry.

– Eu não estou mais usando magia, como já disse para você. E sabe por quê? Por sua causa. Porque você é mais importante que qualquer coisa para mim, até mesmo poder. E se, parar de usar magia significa me aproximar de você, mesmo que seja apenas um pouco, eu farei.

Ele simplesmente sorriu e eu retribui o sorriso.

– Eu sei que você está se esforçando e, sabe, eu acredito em você.

– Você acredita?

– Por que eu mentiria? Agora vamos logo comprar esse sorvete!

Depois disso, simplesmente não consegui conter o sorriso.


Emma's POV:



O que um ex-agente do FBI estava fazendo em Storybrooke? O cara também era espião. Que currículo interessante.


Estava com a lista de todos os novos hóspedes da cidade. Assim que a consegui comecei a pesquisar cada nome que ali estava escrito.

Claro que passou pela minha cabeça o fato que muitos poderiam estar usando nomes falsos, mas é melhor que nada. E, sinceramente, apesar de toda essa situação ser bem estranha, não esperava encontrar nada fora do normal.

Quando me deparei com aquelas informações confesso que fiquei um pouco surpresa.

Peguei todas as listas e me arrumei apressadamente para tentar encontrar esse turista “suspeito”. Espero que ele seja o único, mas infelizmente, tenho a má sensação que não é bem assim.

Já estava saindo às pressas quando dou de cara com Hook encostado na porta da minha sala.

– Fico comovida com sua bela atitude de poupar-me tempo de ir até você para trazê-lo até aqui e só então prendê-lo. Agora tenho apenas que prendê-lo – disse eu, andando pela sala procurando minhas chaves

Ele olha para baixo rindo e depois olha para mim de novo.

– Você não vai querer fazer isso – disse ele, ameaçador

– Ah é? E por que não? – perguntei, abaixando-me para abrir uma gaveta, onde finalmente encontro as chaves.

Quando me levanto encontro com ele bem ali na minha frente, milímetros de distância. Os olhos tão azuis quanto as águas da Lagoa Misteriosa pareciam penetrar cada vez mais profundamente em mim.

– Você precisa de mim, princesa – disse ele, pausadamente, sussurrando – E receio que não serei de muita utilidade estando preso – disse, piscando para mim e se aproximando mais.

Senti que estava corando. Tentei evitar mas eu simplesmente não consegui.

– Eu não preciso de você – disse eu, afastando-me

– Se eu tivesse o seu superpoder, diria que está mentindo – ele soltou essas palavras de forma bem devagar e aos sussurros, se reaproximando – Como eu sempre digo, você é um livro aberto.

Qual é o problema dele? Por que ele gosta tanto de falar sussurrando e tão... próximo? Estava arrepiada. Acho que isso não é um bom sinal.

– Seu julgamento está errado dessa vez

– Dessa vez? – perguntou ele, erguendo as sobrancelhas

– Escuta, eu não tenho tempo para isso, estou trabalhando e caso não tenha percebido, estava de saída – disse isso o empurrando para longe e saindo dali

– Espera - disse ele, puxando-me pela cintura e esse simples toque fez com que um choque percorresse todo o meu corpo. Devo admitir que foi uma ótima sensação. – Quando eu posso ver você, então?

– O que?

– Tão nova e tão surda. Esperava mais de você, princesa.

– Pare de me chamar assim. E o que você quer comigo?

– Eu quero o que você quiser, querida – disse ele, sorrindo maliciosamente – mas, no momento me contento com apenas falar com você

– O que é?

– Achei que estivesse de saída

Revirei os olhos.

– E estou. Não me interessa o que é – menti – E seja o que for, terá que esperar.

– Como quiser, Em.

– Em?

– Qual é, vai barrar esse apelido também?

– Qual é, não sabia que era cheio das gírias.

– Sou moderno.

– Ah, claro. Tanto faz – disse eu, finalmente saindo de lá, com ele atrás de mim, falando um monte de besteiras, pra variar.


Cora's POV:



– E então? Você trouxe o que eu pedi? – perguntei ao recém-chegado na cidade


– Cumpro com a minha palavra

– Ah é, claro.

– Onde está a sua filha?

– Ela não está aqui.

– Jura? Eu nem tinha percebido! Vamos fazer o seguinte, quando ela voltar eu volto

– E se eu disser que não?

– Você ficará sem sua encomenda – disse ele, sorrindo – Supere isso Cora, eu não tenho medo de você. Então estamos conversados? Eu voltarei mais tarde, e então, só então, resolveremos isso.

– Eu espero que você realmente esteja com o pacote. Para o seu próprio bem.

– Isso foi uma ameaça ou apenas preocupação com meu bem-estar? Sua fofa, não se preocupe, eu sei me cuidar. E caso tenha sido uma ameaça, bom... não estou nem ai

Revirei os olhos e ele finalmente foi embora.

São todos iguais mesmo. Queria poder dar um fim nesse cavaleiro irritante mas não posso. Não agora.

Depois de tantos anos terei o que busco. É quase difícil de acreditar. Quase. Porque, apesar de tudo, eu sempre consigo o que quero.

Assim que cheguei na cidade, convoquei alguns, hum, “amigos” para fazer alguns trabalhos para mim.

Não são muitos, não me lembro muito bem quantos, mas no máximo, uma meia dúzia. As outras pessoas vieram apenas para confundir um pouco e não atrair tanta a atenção para esses meus amigos. Se eles chegassem sozinhos, seriam descobertos logo.

Por isso, lancei um feitiço nessas outras pessoas para que elas viessem até aqui por “livre e espontânea vontade”. Ao menos é isso que elas pensam.

E ficarão por aqui o tempo que eu achar necessário.


Regina's POV:



Não queria deixar Henry em casa tão cedo, queria muito passar mais um tempo com ele. E poderia, porque combinei com Emma de deixá-lo em casa para o jantar e ainda era cedo.


Porém, eu precisava encontrar com minha mãe. Ou seja, querendo ou não, podendo ou não, deveria levá-lo de volta. Eu realmente precisava falar com Cora e também, de qualquer maneira, já havíamos combinado de nos encontrar mais ou menos nesse horário.

– Henry, preciso deixar você em casa agora.

– Mas não seria só mais tarde?

– Seria. Mas tenho um compromisso importante. Gostaria muito de faltar, acredite, mas infelizmente não posso.

– Tudo bem então – disse ele, dando de ombros

Fizemos o trajeto conversando sobre tudo e todos.

– Chegamos – falei – Adorei passar esse tempo com você. Gostaria de poder repetir a dose. Obrigada por me dar uma chance.

– Eu também gostei. Sim! Acho que podemos fazer algo assim de novo, qualquer dia... Ah, e de nada! – disse ele e desceu do carro

Mas antes de entrar, ele chegou na janela do carro e disse:

– Obrigado por me trazer, mãe. E eu realmente acredito em você. Até mais!

Sorri e percebi que estava com os olhos com muitas lágrimas, prestes a transbordar.

Depois disso ele virou-se e saiu correndo.

“Mãe?”

Deixei as lágrimas transbordarem e rolarem pelo meu rosto. Essa simples palavra, dita com tanta ternura e carinho, trouxe uma imensa alegria para o meu coração.

Sim, acho que finalmente eu estava conseguindo, afinal.


Emma's POV:



Saímos da delegacia e Hook encheu tanto a minha paciência, que acabei dando uma carona para ele, sendo vencida pelo cansaço.


– Carrinho adorável o seu, hein?

– Hum, obrigada. Eu acho.

Não falamos muito durante o caminho, que graças a Deus, não foi longo.

Cheguei no hotel onde ele estava hospedado e fui até a recepção perguntar por ele.

– O que você ainda faz aqui? – perguntei para Hook percebendo que ele ainda estava ali

– Dando a você o prazer da minha presença

– Não é prazer.

– Eu não tenho nada para fazer.

– Problema é seu.

– Sim, e eu estou o resolvendo. Vou ficar aqui.

Desisti de discutir. O recepcionista disse que ele havia saído.

Frustrada, ia deixando o hotel e percebi que o tal cara estava chegando. Finalmente a sorte revolveu ficar do meu lado!

Quer dizer, pela foto parecia ser o mesmo cara.

– É ele? – perguntou Hook, provavelmente percebendo meu entusiasmo

– Acho que sim.

– Com licença – disse eu – William Collins?

– Sim? – disse ele, educado. Ele era bonito, com cabelos castanhos e olhos azuis claros

– Xerife Swan – disse eu, mostrando o distintivo – preciso falar com você

– Sou Hook – disse o bobão se intrometendo e estendendo o gancho para cumprimentá-lo

William olhou para mim, depois para Hook e depois para mim de novo. Então surgiu um sorriso em seus lábios.

– Acho que não há necessidade de nomes falsos, então

– Quem é você?

– Vocês podem me chamar de D'Artagnan – disse ele, fazendo uma reverência.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?
Façam uma pessoa feliz, deixem reviews!! haha ^^