Is This A Fairytale? escrita por Lost in Neverland


Capítulo 4
The beginning


Notas iniciais do capítulo

Capítulo fresquinho saindo do forno!
Esse é mais voltado para a Regina. Evil "Diva" Queen não podia ficar de fora, afinal de contas! hahaha
Espero que gostem!
:)



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Emma's POV:

O despertador tocou mais cedo naquela manhã. 5:45.

Aquele toque irritante e estúpido ecoava na minha cabeça enquanto eu tentava ignorá-lo e continuar dormindo. Sem sucesso.

Então, ele finalmente parou de tocar quando o joguei na parede. Oops. Acho que depois dessa teria que comprar um novo.

Fiquei mais alguns minutos deitada lutando contra a necessidade de levantar. Perdi a luta. Depois de muita dificuldade, enfim levantei. O relógio marcava 6:20.

Arrumei-me e fui até a cozinha. Pude sentir o cheiro de café, ovos e bacon, um cheiro que estava dominando o ambiente e trazia uma sensação boa e estranhamente confortável. Percebi que estava com fome. Mas também já estava atrasada.

David e Mary Margaret estavam, hum, ocupados.

Mesmo aos 28 anos, assistir cenas nesse “estilo” entre os dois ainda é um tanto embaraçoso para mim. São meus pais, afinal. Interrompi o momento com um caloroso – ou talvez nem tanto – bom dia. Percebi que além de faminta e atrasada, também estava cansada.

– Bom dia!

–Ei Emma! Bom dia, querida – disse Mary, acolhedora como sempre, vindo me abraçar

– Como vai, filha? – perguntou David, enquanto terminava de preparar o café

Logo depois Henry apareceu, já pronto para a escola. Arrumei seu café da manhã e me despedi de todos.

– Não vai tomar o café? Emma, você precisa se alimentar – disse Snow, com o tom de mãe preocupada típico dela, como se eu fosse uma criança de 5 anos.

Eu gosto desse tom. Nunca havia imaginado que um dia iria ouvir algo assim.

– Eu já estou atrasada. Prometo que comerei alguma coisa no caminho – disse eu, pegando as minhas coisas e saindo – Amo vocês.

Quando abri a porta deparei-me com a última pessoa que esperava ver tão cedo. E bem ali, na porta da minha casa.

– Ahn. Regina. Não me leve a mal, mas o que você está fazendo aqui?

– Bom, eu achei que pudesse levar Henry ao colégio, sinto falta de passar um tempo com meu filho – disse ela, sorrindo timidamente

– Meu filho, você quis dizer – ela simplesmente baixou os olhos, sem graça. Percebi que havia sido muito ríspida.

– Olha, sei que está tentando mudar e entendo perfeitamente. Acredito em você. Torço por você. Mas acho que está, digamos, acelerando e confundindo um pouco as coisas

– Por querer ficar com meu filho?

– Por querer fazer parte da vida dele como se nada tivesse acontecido.

– Caso não se lembre, senhorita Swan, eu faço parte da vida dele. Quando você resolveu entregá-lo para a adoção, eu estive com ele durante todos esses anos. Eu o amo. Do meu jeito, mas o amo. E estou tentando mudar, não por você, mas por ele. E ainda sou legalmente mãe dele. Então sim, eu tenho o direito de fazer parte da vida dele – ela disse as palavras de uma forma serena, mas ao mesmo tempo ameaçadora.

– Você está me ameaçando, majestade? E todo aquele papo de querer mudar?

– Mudando ou não, tenho ideia de que você já saiba do que sou capaz. E não, claro que não é uma ameaça!

– Eu sei ler nas entrelinhas, sabia?

– Olha...

Antes que a discussão pudesse seguir adiante, talvez para um rumo não muito feliz, Henry nos interrompeu:

– Parem com isso! Está tudo bem, eu irei com ela. Mais tarde estarei de volta para jantar ok?

– Ok? – ele repetiu, depois que fiquei em silêncio

– Ok. – disse, por fim

Regina saiu com Henry, e depois de uma troca rápida de olhares com meus pais, sai em seguida.


11 anos atrás



Regina's POV:

Acho que estou começando a me acostumar com esse lugar. Claro, nunca me acostumarei com a falta da magia, mas estou amando ver todos caminhando nessa cidade como ratos perdidos. Ah! Se eles soubessem... Mas não sabem e, se tudo correr bem, nunca saberão.


Essa maldição não está sendo tão ruim como Rumplestiltskin havia dito que seria. Sim, eu sei, toda magia vem com um preço. Mas, está valendo muito a pena. Exceto por uma coisa. Sinto tanta a falta do meu pai. Se voltasse no tempo não sei se teria coragem para fazer o que fiz. Provavelmente sim. Era o único jeito. O único modo de conseguir “presentear” Snow com o que ela realmente merece. E o único modo de ser feliz.

Mas sem meu pai aqui, sinto-me cada vez mais sozinha. Não ter ninguém é a pior maldição que pode existir. Infelizmente estou vivendo isso, no momento.

A cada segundo, as lembranças dele vêm a minha mente com toda força. Não só as dele, mas as de Daniel. Sinto tanta a falta dos dois. Percebo que estou chorando, mas não por muito tempo. Seco as lágrimas e vou colocar a recente ideia que tive em ação.

– Gold? – entrei na loja, procurando por ele, mas estava vazia. Apenas as bugigangas de sempre. Nada de Gold.


– Gold? – chamei de novo, dessa vez mais alto.


– Olha só. Que honra receber a prefeita em meu humilde estabelecimento. Algum problema, queridinha? – disse ele, surgindo de seu escritório

– Quero fazer um acordo.

– Achei que tivesse desistido de fazer acordos comigo.

– Dessa vez é diferente.

– Sinto lhe informar, mas, sendo diferente ou não, não quero fazer acordos com você, não há nada que a prefeita tenha que possa me interessar – disse ele, sorrindo sarcasticamente e ao mesmo tempo limpando o balcão da loja.

– Certo. E essa loja cheia de tralha é o que interessa para você?

– Oh! Quanta grosseria. Não são tralhas, são relíquias. Não perderei meu tempo explicando, afinal acho que você nunca teve algo, ou alguém, que fosse precioso – disse ele, enfatizando a palavra alguém – Veio aqui para discutir estilo? Achei que não fosse sua praia.

– Preste atenção. Quero uma criança.

– O quê?

– Não sabia que além de manco, também era surdo.

Gold permaneceu em silêncio, avaliando-me.

– Acho melhor ir procurar um pai para seu filho em outro lugar, querida - disse ele, debochando

– Ah, vamos lá. Quero adotar uma criança. O que há de tão estranho nisso?

– Talvez a pobre criança morra desidratada ou intoxicada. Por uma maçã, talvez? – disse ele, sorrindo, mais uma vez, sarcasticamente

– Escute aqui, Gold – aproximei do balcão onde ele estava, perto o suficiente para que ele pudesse absorver as palavras – sou altamente capaz de cuidar de uma criança.

– Ah sim, claro que é.

– Você lida com contratos, e todas essas coisas. Pode conseguir isso para mim.

– Posso tentar – disse ele, deixando claro o que o faria tentar

– O que você quer?

– Deixe-me escolher.

– Como é?

– Eu a ajudo a adotar uma criança, mas eu irei escolhê-la. Temos um acordo?

– Para que você quer isso?

– Temos um acordo? – repetiu, ignorando completamente a minha pergunta

– Tudo bem. Mas seja rápido.

– Serei. Agora seja rápida também e saia da minha loja, por favor.


Agora



Deixei Henry no colégio e combinei de ir buscá-lo alguns minutos mais cedo para que pudéssemos fazer alguns programas. Surpreendentemente ele havia concordado.


Não sou uma pessoa fácil de amar, e muito menos ser amada. Mas, definitivamente, amo o Henry. Pode não ser do mesmo sangue, mas ainda assim, ele é meu filho. E não iria perdê-lo, nem que eu tivesse que recorrer as minhas, digamos, “antigas práticas”.

Aquela família iria pagar. E eu ficarei com Henry, mesmo que o único jeito seja sumir com todos eles, principalmente a querida mamãe Swan. Poderia dar um jeito naquela arrogância mais rápido do que um mísero suspiro que ela pudesse dar, mas havia Henry. Não podia fazer nada disso. Ao menos, não perto dele.

Enfim, depois de tanto tempo, tenho ótimas expectativas. Expectativas que, creio eu, se realizarão mais cedo do que posso imaginar. Principalmente agora, que conto com a ajuda da minha mãe.

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Emma's POV:

Cheguei na delegacia, levando um chocolate quente e um sanduíche que comprei na Granny’s antes de vir para cá. Estava cheia de trabalho.

Engoli o café da manhã rapidamente e comecei a trabalhar. Primeiro, fui pesquisar um pouco sobre os “tais turistas”. Todos eles pessoas comuns. Havia uma família bem grande de Washington. Ainda não havia pesquisado muitas pessoas, mas por enquanto não tinha nada fora do comum. Por enquanto.

Minha pesquisa foi interrompida for uma leve e rápida batida na porta. Desliguei o computador e fui atender.

Droga.

Ainda não havia tido tempo suficiente para pensar no que deveria fazer. Precisava me acalmar, precisava reagir. Mas não conseguia fazer nem um dos dois.

Lá estava ele, parado na porta, olhando bem dentro dos meus olhos.

Neal.


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Notas finais do capítulo

Eu amo a Regina e o Rumple! Adorei escrever esse capítulo, espero que tenham gostado!
Reviews??