Is This A Fairytale? escrita por Lost in Neverland


Capítulo 3
Midnight


Notas iniciais do capítulo

Acabei de escrever o capítulo e amei escrevê-lo! Cenas de Captain Swan sempre me animam! haha
Espero que gostem!
Boa leitura :)



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Fiquei paralisada por mais alguns minutos. Não sei quantos, mas acho que não foram poucos. Felizmente ele não tinha me visto.

Deus!!! O que ele está fazendo aqui? Em um mundo tão grande, como ele veio parar justamente aqui? Espero que seja só mais um turista, e de preferência que vá embora bem rápido.

Não só por mim, mas por Henry...

Depois que voltei para a realidade, peguei meu chocolate quente e mandei um “está tudo bem” muito convincente - mas nem tanto - para a Ruby, e sai bem depressa dali, antes que pudesse ser notada.

Entrei no fusca e fiquei parada olhando para o tempo tentando entender o que estava acontecendo. Ultimamente coincidências demais têm acontecido na minha vida. Mas será isso apenas mais uma coincidência? Não sei...

Acho que acreditar em destino, e todas essas coisas de ter já “um plano preparado” é mais fácil que acreditar nesses eventos coincidentes que estão tornando-se cada vez mais diários.

Fiquei alguns minutos tentando absorver toda aquela situação, mas não obtive muito sucesso. E ainda não resolvi o tal problema dos turistas. Os desconhecidos, quero dizer. Que fique para amanhã, umas horas a mais ou a menos não farão diferença. Bom, ao menos eu espero que não.

Pode ser infantilidade da minha parte, mas não voltarei na lanchonete. Não agora com ele lá. Não estou preparada para encontrar com o homem que mudou completamente a minha vida – e não no bom sentido – depois de tantos anos. Minha vontade é dar um soco naquela cara dele. Mas, não posso fazer isso. Quer dizer, não às claras, sou a xerife preciso dar um bom exemplo. Ou pelo menos fingir dar um bom exemplo, nesse caso.

Mas, estaria mentindo se dissesse que as mudanças que ele trouxe a minha vida foram só mudanças ruins. Não. Apesar de tudo, as lembranças boas sempre ficam. E toda essa história resultou em um fruto muito precioso e importante para mim: Henry.

Mais uma coincidência. Se não fosse por Henry eu não estaria aqui. Não teria encontrado meus pais e muito menos quebrado a maldição. E sinceramente, não consigo imaginar como eu estaria. Provavelmente do mesmo jeito de sempre: sozinha. Como disse, estou começando a acreditar nessa antiga ladainha de destino e blá blá blá. Porém, ainda não posso dizer que sou uma verdadeira crente.

Enfim, depois de muito meditar e finalmente me acalmar um pouco, tomei meu chocolate e liguei o carro. Estava na hora de fazer uma visita.


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Hook's POV:

Acordei e tudo que sentia era dor, já estava acostumado com ela, não só a física. Mas não importava, faria tudo de novo se necessário fosse.



Claro, a minha vingança contra aquele crocodilo de muleta ainda não estava completa. Ainda irei muito mais além... se ele realmente fosse esperto, teria me matado quando teve a chance.


Assim que abri os olhos vi Emma sentada na cama e percebi que estava algemado. De novo.

– Onde está a Cora? – apesar de tudo, devo admitir que gostava bastante daquela voz autoritária

Ela agia como se quisesse me matar e como se fosse fazê-lo, a qualquer minuto. Essa coisa de ser pirata pode ser cansativa, essas pessoas nada compreensivas. Mas eu não ligava. Mesmo estando algemado em uma cama de hospital, com dor e sem meu gancho.

– Eu estou bem, obrigado. E sou obrigado a dizer você está ótima, apesar de estar parecendo ter visto um fantasma recentemente

O sorriso sarcástico desapareceu em instantes do rosto dela, dando lugar a uma expressão de medo, talvez. Ou tristeza. Sei interpretar expressões faciais, corporais – essa última muito bem, aliás – mas com Emma era diferente. Às vezes era incrivelmente fácil de resolvê-la e em outras vezes, por outro lado, era incrivelmente difícil. Acho que nesse momento era difícil. Mas, sem dúvida, algo a estava perturbando... adoraria descobrir o que era.

– Obrigada – disse ela, recompondo-se e assumindo novamente aquele sorrisinho sarcástico – Você irá, agora, colaborar me dizendo onde está a Cora ou terei que usar outros métodos?

– E que métodos seriam esses? Tenho a sensação de que eles podem ser bem agradáveis. Diga-me, que tal – antes que eu pudesse dar a minha inteligente e agradável sugestão ela me deu um soco na cara

– Como eu estava dizendo, acho interessante se pudermos discutir esses “métodos” – disse isso sussurrando, mas não propositalmente eu simplesmente estava com muita dor, era difícil falar. Depois de dita a proposta, sorri para ela e ergui as sobrancelhas. Isso foi proposital.

Dessa vez o soco foi na barriga. Olha só, ela é bastante forte.

– Eu não sei onde Cora está. Estou preso em uma cama de hospital, caso não tenha notado. Agora seria interessante se você parasse de me bater

– E o que ela quer aqui?

– A filha dela, talvez? – e em seguida veio outro soco

– Ah, vamos lá, não eram esses os métodos que eu estava esperando – disse rindo para ela, e antes que pudesse me socar de novo, continuei:

– Achei que você era esperta, Swan. Pelo visto me enganei. O que mais ela poderia fazer aqui?

Ela chegou perto e me avaliou por alguns longos segundos, provavelmente estava utilizando aquela coisa “eu sei que está mentindo”. Mas eu não estava mentindo, ela veria isso. Talvez apenas omitindo uns fatos não questionados, mas importantes.

– Então? Onde está o meu gancho?

– Não está aqui.

– Jura? Não me diga! Se você não falasse eu não teria notado! Swan, eu preciso do meu gancho.

– Eu preciso de tantas coisas e nem por isso as tenho...

– De que você precisa?

– Não é da sua conta.

– Ui. Sabe, eu poderia ser mais útil nessa cama para você, se me soltasse – disse eu sorrindo e levando mais um soco

– Eu acho bem improvável. Você terá seu gancho de volta, um dia. Tente não apanhar, ou ser atropelado, ou quase morrer. Para o seu próprio bem, se é que se importa com isso

– Que linda, estou emocionado. Já que se importa tanto comigo, por que não se aproxima e cuida de mim? Podemos conversar novamente sobre os “meus métodos”

– Eu não me importo

– Sabe que para mim, você é um livro aberto, não sabe? – achei que iria ganhar outro soco de brinde, mas para minha surpresa, ela sorriu, e dessa vez não foi um sorriso sarcástico

– Adeus, Hook.

Percebi que eu a admirava. Muito. Apesar de tudo. E também percebi que meu corpo explodia de tanta dor.

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Emma's POV:

Claramente ele não estava mentindo, pude perceber isso. Hook não sabia onde Cora estava e muito menos o que faria.

Meu Deus.

Ele me tirava do sério, mas ao mesmo tempo... Não interessa. É melhor esquecer. Não posso, não devo e não quero pensar em nenhum “mas”.

Vou para casa dormir que é o melhor a fazer no momento. Amanhã o dia será longo.

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Neal's POV:

Há alguns dias atrás recebi um postal. Sabia exatamente quem o mandara e o que aquilo significava.

Antes de sumir de vez da vida dela, August prometera enviar-me um cartão-postal quando toda a loucura da tal maldição tivesse acabado. E agora, finalmente eu poderia revê-la.

Arrependo-me todos os dias pelo que fiz e se pudesse voltar atrás... eu não sei se faria igual. Ela provavelmente me odeia agora, e claro, com razão.

Fiquei com um receio de vir para Storybrooke exatamente por conta disso. Não sabia qual seria a reação dela, e talvez fosse melhor deixar as coisas como estavam. Mas, por fim, resolvi fazer a viagem. Precisava vê-la. Precisava saber se ela estava bem.

E levando em consideração, acho que pertenço a este lugar também. “Personagens de contos de fadas”, “mágica”... sei que tudo isso não são apenas histórias, pois foram partes reais da minha vida.

Estava agora hospedado em um hotel, simples mas confortável. O piso de madeira e o papel de parede claro faziam que eu me sentisse em casa, apesar de essa sensação nunca ter sido muito próxima do real.

Os móveis antigos davam ao lugar um toque especial. Da janela conseguia ver a torre do relógio, que marcava meia-noite em ponto.

Já é um novo dia.

Resolvi ir deitar e dormir – ou tentar, pelo menos – pois horas mais tarde teria muitos assuntos para resolver.


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Notas finais do capítulo

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