Is This A Fairytale? escrita por Lost in Neverland


Capítulo 2
The tourist


Notas iniciais do capítulo

Bom, comecei a escrever essa fic ontem, e espero que vocês gostem de lê-la tanto quanto estou amando escrevê-la!
Qualquer opinião é bem-vinda, e se gostarem, comentem!
Enfim, aproveitem a leitura, e mais uma vez, espero que gostem :)



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Aquelas palavras, ditas tão rapidamente, provocaram em mim um desespero e pavor em uma escala um pouco alta. Um pouco.

Eu simplesmente não tinha a mínima ideia do que deveria fazer em seguida.

A magia está aqui, sinceramente não gosto nem de imaginar o que poderia acontecer caso isso vaze. E nem consigo imaginar. São tantas as possibilidades de desastres e poucas as de sair algo bom de toda essa confusão.

O mundo descobrindo a existência da magia com certeza não resultará em algo bom. As pessoas podem ser bem céticas, eu, por exemplo, estou abandonando meu ceticismo aos poucos, mas ainda não consegui deixá-lo de lado completamente. Simplesmente não consigo acreditar em coisas – e pessoas – tão facilmente. Mas enfim.

De qualquer maneira, mesmo com todo o ceticismo, essas pessoas estavam entrando em Storybrooke, onde há provas suficientes para fazer o mais cético tornar-se o mais crente de todos.

Porém, não há como simplesmente expulsar os turistas. Não sei quantos são, mas pude perceber pelo tom de David que não são poucos. Por que eles vieram para cá? Como chegaram até aqui?

Tenho a péssima sensação que não vou encontrar as respostas para essas perguntas tão rápido como eu gostaria.

Estou perdida no meio do caos dessa cidade.

Ok.

Hook acabou de passar por mim em cima de uma maca, desacordado, completamente ensanguentado e machucado. Minha vontade é largar tudo agora e acompanhá-lo. Realmente espero que ele fique bem. Quer dizer, não me importo com ele. Não. Não posso me importar.

Poderia socá-lo eternamente, mas... Preciso ter a garantia de que ele ficará bem.

Ele é o caminho que precisamos seguir para encontrar Cora. É exatamente o motivo pelo qual estou me preocupando com ele. Só isso. Não ouse pensar em outra coisa.

Mas acho que não poderei cuidar dele, não agora. Tenho outros assuntos para resolver.

David já havia sumido no hospital, que por sinal, estava lotado. Agora precisava achá-lo, antes da 3ª guerra mundial começar, de preferência.

Depois de alguns minutos correndo pelo local, finalmente o encontrei, e acabei interrompendo sua conversa com o Dr. Whale:

– Ei, preciso de uma ajuda sua – disse eu entrando (não tão sem querer) na conversa dos dois.

– Pode mandar.

– Você pode ficar por aqui acalmando um pouco as coisas, enquanto vou dar uma olhada nesses turistas?

– Claro, o tempo que precisar.

Já estava virando as costas quando Whale me chamou:

– Emma? – disse, com aquele conhecido tom de médico, sereno mas ao mesmo tempo, preocupado

– Sim?

– O cara que estava dirigindo o carro que atropelo Hook não está nada bem.

– Como está o Hook? – perguntei cuspindo as palavras depressa e querendo engoli-las no momento em que percebi a pergunta que havia feito

– Por que quer saber? – perguntou David (meu Deus, preciso me acostumar a chamá-lo de pai) com uma expressão no rosto nada feliz

– Nada – menti

Os minutos que seguiram foram acompanhados de um silêncio absoluto e carregados de tensão, até que finalmente resolvi falar

– Então... você estava dizendo que o tal cara está mal

– Exato. Ele está com uma grave hemorragia. Ele pode superar, mas as chances são poucas

– Onde está Gold? Ele não pode curá-lo?

– Poder ele pode, é claro, mas se irá fazer, isso já é outra história

– Ele está desacordado? O cara do carro?

– Desde que chegou aqui. Teve uns momentos de lucidez mas foram poucos e ele não falou muito

– Quem é ele? – disse David que havia se calado até então, tinha me esquecido completamente que ele estava por perto

– Boa pergunta – respondi – escutem, preciso ver como estão as coisas lá fora

Despedi-me rapidamente dos dois e sai às pressas do hospital.

A noite começava a cair. Estava frio e trovejando bastante. Vestia a minha usual e antiga jaqueta vermelha e estava grata por ter ela comigo naquele momento. Ventava muito e se era para “caçar” problemas, que ao menos seja aquecida.

Entrei no fusca amarelo e fui em direção à fronteira da cidade.

As folhas balançavam violentamente nas árvores produzindo sons como sussurros, enquanto o vento uivava impiedosamente.

Cruzei algumas ruas que estavam completamente desertas. Depois disso, algumas dezenas de carros e motos passaram por mim, até que finalmente cheguei na linha da fronteira e me deparei com nada além do usual, não havia ninguém por lá.

Isso já era de se esperar depois dos vários carros que observei “passearem” pelas ruas. Agora que os turistas estavam espalhados seria difícil descobrir alguma coisa. Mas ser xerife pode ter suas vantagens.

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Regina's POV:

– Precisamos ser cuidadosas, mais do que nunca, a partir de agora.

– Pelo que me recordo acho que já deixei bem claro que a única coisa que preciso é que fique longe. Você vai arruinar tudo.

– Regina, querida, quantas vezes vamos precisar ter essa conversa? Quantas vezes precisarei repetir que tudo o que eu quero é a sua felicidade. Afinal, sou sua mãe.

– Quem insiste em ter essa conversa é você, não eu.

– Querida, por favor, tudo que fiz foi para o seu bem. Se para você acreditar em mim eu tivesse que voltar no tempo e não fazer nada daquilo, acredite, eu voltaria. Mas infelizmente eu não posso. Não acha que mereço uma segunda chance?

O quarto estava do mesmo modo com Henry o havia deixado. Regina tinha comprado algumas coisas, mas, fora isso, estava tudo em seu perfeito lugar.

O coração da rainha encontrava-se em pedaços. Tudo o que ela exalava era saudade. Tudo o que ela queria era ter Henry de volta. Mas, aparentemente, não havia conseguido absolutamente nada com sua bondade e boa vontade.

– Bom, vou interpretar o seu silêncio com um sim – disse Cora, abraçando sua filha

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Emma's POV:

Estava a caminho da delegacia, mas resolvi parar quando deparei com a Granny's transbordando de gente.

Estacionei meu fusca ali perto e por um momento hesitei. Estava com uma sensação ruim, mas decidi ignorar isso e segui em frente.

Abri a porta da lanchonete e me deparei com muitos rostos desconhecidos. Meu Deus, o lugar estava completamente lotado. Aproveitando a viagem, fui ao balcão pedir um chocolate quente, que é sempre bem-vindo, mais ainda no frio daquela noite.

Ruby, como sempre atenciosa veio me atender.

– Emma! Isso aqui está uma loucura hoje! O que vai querer?

Mas antes que pudesse responder, algo chamou minha atenção. Não, não era possível, eu só poderia estar delirando.

– Emma? Está tudo bem? – Ruby perguntou preocupada, mas eu não tinha forças para responder.

“Não, acho que não está tudo bem”, pensei.

Só conseguia olhar para um lugar. Em meio aos vários rostos desconhecidos, deparei-me com um que me trazia muitas lembranças. Não conseguia me mover, falar ou racionar. Estava em choque. A ficha não tinha caído e não sei se cairia.

Neal.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?