Is This A Fairytale? escrita por Lost in Neverland


Capítulo 28
Back in time


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas lindas!
Primeiramente, agora a fanfic tem trailer! Se quiserem, passem lá para dar uma conferida: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=CIdMbB4ZrmY :)
E só para constar, apesar do sumiço, eu não estou morta ok?! hahaha Fiquei com muitas saudades de postar aqui e de vocês tb, acreditem :3
Bom, mas agora semana que vem é minha última semana de aula e só farei provas e aí então: liberdade e muito tempo para escrever! haha
Agora com o término das aulas, voltarei a postar regularmente como antes, até mais. Semana que vem, inclusive, simultaneamente ao capítulo, postarei alguns bônus.
Ah, mais uma coisa que preciso comentar: o beijo da Emma com o Hook!!!!!!!! Sonhos virando realidade galera hahaha *-*
Bom, esse capítulo ficou menor do que o habitual mas, espero que curtam mesmo assim *-*
Boa leitura :)



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Hook’s POV

(Agora)

– Que lugar é esse?

– Mastla.

– De quem é aquele castelo?

– Seu.

– Sério?

– Claro que não. HAHAHA. Seu retardado lesado. Esperava mais de você, capitão! De quem mais poderia ser? Da Sininho?

– É do rei – respondeu ele a sua própria pergunta após perceber que eu não sabia de quem era o maldito castelo, revirando os olhos.

– Ah.

– Na verdade, é algo divertidamente irônico. O castelo poderia realmente ser seu, é claro, mas infelizmente o rei descobriu que não era seu pai de verdade. Perdeu seus benefícios de herdeiro real – disse ele, fazendo um biquinho com uma falsa pena.

Ergui as sobrancelhas.

– Ele é o pai que você achou que fosse mas que na verdade não era. O que te abandonou.

Continuei com as sobrancelhas erguidas.

– Ah, vamos lá! Já falamos sobre isso. Seu verdadeiro pai era o seu tio, no caso. E o outro não era exatamente o seu pai.

– Tá tá, já sei disso, mas desde quando o que era-mas-não-era-meu-pai se tornou rei?

– Desde quando a desconfiança sobre a sua paternidade começou a aflorar. Mas não foi só isso. Mais tarde ele descobriu muitas outras coisas sobre seu pai. Seu tio. Enfim, você entendeu.

– Que coisas?

– Prossigamos – falou ele por fim, ignorando a minha pergunta e caminhando alguns passos a frente.

Andávamos em direção a um suntuoso castelo, enquanto conversávamos. Nunca pensei que poderia ficar lado a lado de Rumplestiltskin conversando “amigavelmente” sem ter o desejo ardente de estrangulá-lo. Quer dizer, ainda tinha vontade de fazer isso, principalmente quando ele abria a boca com suas tiradinhas estranhas e suas risadinhas estridentes e retardadas. Mas não tinha mais propósito algum em fazer isso, se é que me entende. Todo o desejo de vingança tinha sumido, algo que confesso ainda não consegui discernir se é bom ou ruim. Porém, na verdade, obviamente ele não é dado a simpatias, então tudo isso levaria a um único lugar: algo que interessa a ele e que eu poderia dar. Ou ajudá-lo a conseguir. Ele não me traria aqui apenas pela simples bondade em seu coração de querer esclarecer as coisas. Como Rumplestiltskin mesmo disse, eu lhe devia algo. E acredite, já estava começando a temer o que ele poderia querer.

O castelo era de um estilo medieval, mas, ao mesmo tempo, contemporâneo. Torres altas de uma coloração cinza, quase prateada, contrastavam-se majestosamente com as grandes árvores repletas de flores coloridas que cobriam o lugar.

– Ele sabia que eu não era o filho dele? Foi por isso que nos deixou?

– Não só por isso. E no início, apenas suspeitava. Mas não demorou muito tempo para que a suspeita se tornasse uma certeza – ele disse, sorrindo de canto, como se estivesse se deliciando com o típico caso de família. E após analisar minha expressão durante um longo período, continuou:

– Não fique assim, queridinho, a vida tem dessas coisas mesmo. Ande, entre.

– Vamos invadir pela porta da frente? – disse eu, enquanto já estava me encaminhando para a gigantesca porta, sem ao menos esperar a sua resposta, para tentar abrir os milhares de cadeados que pendiam em correntes de bronze com o meu gancho. E minha espada. Esforço inútil? Talvez.

– 1º: ninguém consegue nos ver, então não será tecnicamente uma invasão – respondeu ele, gesticulando freneticamente com ambas as mãos – 2º: Existe uma pequena coisinha chamada magia. Ela é mais forte que você e seu gancho estúpido sabe. Agora saia da minha frente.

E com um simples estalar de dedos de Rumplestiltskin, lá estávamos nós, dentro do castelo.

– Se você podia fazer isso tudo sozinho, por que mandou eu “ir entrando”?

– Força do hábito.

– Ah certo. E também seria uma força do hábito desperdiçar uma vida caminhando enquanto você já poderia ter usado essa droga de magia e já nos ter colocado nessa droga de castelo?

Ele apenas me encarou com um sorriso tímido no rosto.

– Quanto ódio! Agora, ande, não tenho o dia todo.

– E ainda assim, gastou grande parte de seu dia caminhando até aqui. Interessante.

– Cale a boca e pare de reclamar.

Rumplestiltskin soltou uma risadinha e continuou o trajeto pelo castelo. Uma risadinha que, além de irritante, não era pertinente na situação. Mas, é claro, eu sempre me esquecia que nada nele era pertinente.

O salão no qual estávamos era, para dizer no mínimo, gigantesco. Mas é claro que era, é de um castelo real que estamos falando. Odeio confessar, mas realmente estava meio lesado. Não que isso seja uma característica típica de mim, porque não é, mas essa situação me deixa triste e um pouco desnorteado. Saber que logo em frente eu encontraria respostas para as milhares de perguntas que, durante muito tempo não pude nem sequer fazer, simplesmente por não ter conhecimento de nada e portanto, não ter dúvidas, e consequentemente, perguntas. Enfim, acho que você já deve ter entendido o que quis dizer. Ou não. Enfim. A questão é que, eu estava prestes a descobrir um pouco mais da minha história. Uma parte que eu nem sequer imaginava que poderia existir. E isso era realmente empolgante. Mas também um pouco desesperador.

Do teto do salão pendiam lustres de cristal, muitos metros acima de nossas cabeças. Havia, pelo menos, uns doze daqueles. As paredes eram cobertas de madeira branca com muitos quadros sobre ela. Quadros que, em geral, retratavam pessoas; todas elas absolutamente bem vestidas e sérias; não havia um único ser humano sorridente nas fotos daquela parede. Entretanto, também havia algumas artes abstratas e de paisagens; eram pouco numerosas, mas colocadas estrategicamente entre os retratos de modo que ficasse algo harmônico e equilibrado.

Um grande tapete marroquino estendia-se elo centro do salão. Algumas altas poltronas fofas marrons espalhavam-se em conjuntos nos cantos do local. Longos candelabros de ouro branco eram metricamente posicionados ao lado de cada um desses conjuntos de poltronas.

Subimos a imensa escada lateral, durante o que pareceu ser uma eternidade. Rumplestiltskin conduziu-me até uma das muitas portas e antes que pudéssemos entrar, um grupo afobado de cavaleiros passou apressadamente por nós. Reconheci três deles imediatamente. Poderia ter dado um oi, parado para bater um papo e tomar uma coca-cola, sabe como é, mas além de estar com pressa havia acabado de me lembrar que ninguém podia nos ver. Dã.

Após adentrarmos na sala da porta escolhida por Rumplestiltskin, tentei fazer o mínimo de barulho possível. Só lembrei que não erámos vistos depois de uma meia hora. Ok. Desapontador, eu sei, mas mereço um desconto, não estou muito são das ideias.

Esta sala também tinha lustres caríssimos e era tão majestosa quanto o salão principal. Porém, havia uma diferença: ao final dela, encostado na parede, via-se um grande trono feito de ouro, com detalhes em prata e um estofado com uma cor tão vermelha quanto o sangue. Sentado nele estava um homem vestido em trajes típicos de um rei. Seus olhos cinzentos tempestuosos demonstravam uma fúria tão intensa quanto às das nuvens prestes a desabar uma destruidora chuva. Mas também transparecia a serenidade das mesmas. Seus olhos combinavam com suas feições duras e a barba por fazer. Os cabelos negros encaracolados caiam sobre sua testa. E, de frente para ele, estava um Rumplestiltskin – ou a lembrança de Rumplestiltskin – serelepe.

O Rumplestiltskin real do meu lado deu um gritinho de excitação e me empurrou para frente, de modo que eu ficasse perto o suficiente dos dois para ouvir parte da conversa.

– Se você é tão frio a ponto de entregar o seu próprio filho em troca de riquezas, aí já é um problema seu – disse Rumple-A-Lembrança para o rei

– Você sabe que isso é muito mais que dinheiro e poder. E creio que saiba também que ele não é meu filho.

– Sei é?

– E já resolvemos esse acordo. Por que ainda estamos discutindo sobre isso?

– Ah sim! Isso eu sei! Resolvemos o acordo, verdade! O que nos leva ao ponto em que concluo que se importando ou não com o menino, eu não estou nem aí – disse Rumplestiltskin, gesticulando com as mãos, seu timbre de voz mais agudo que o habitual – A questão é – continuou ele – que quero saber quando e como vai me entregar o garoto, pois, como o senhor bem lembrou, o acordo já está fechado.

– Está fechado mas não cumprido da sua parte totalmente.

Rumple sorriu:

– Achei que nunca diria isso.

– Entregarei o garoto a você quando, no mínimo, a minha vingança estiver concluída. Quando aqueles desgraçados estiverem mortos.

– Ui. Que medo.

– Mas você sabe que não é só a vingança que eu quero, não sabe?

– Sei também! Não esqueço nunca os mais exigentes como você!

Meu coração apertou. Será que era mesmo da minha mãe e do meu tio (pai?) que aquele imbecil estava falando?! Uma pena eu ser apenas um vulto estranho e não poder matá-lo ali mesmo.

Porém, era estranha toda essa situação, confusa até. Desde pequeno sempre sonhei em saber a aparência do meu pai, e agora ele estava ali diante de mim, proclamando um desejo insaciável de matar o meu pai verdadeiro.

Rumplestiltskin-A-Lembrança sumiu e então estávamos sozinhos com o rei. Em um ato que não esperava, o mesmo colocou as mãos na cabeça e desandou a chorar loucamente. Seu choro me dava arrepios e irritava meus tímpanos.

– O que ele está fazendo? – perguntei retoricamente

– Despejando água pelos olhos, está super hidratado coitado.

Infelizmente, nem todos são capazes de entender nossas retóricas.

– Ele queria ser rei? – virei-me para Rumple

– Sim.

– E queria vingança?

– Sim. Sim. Na verdade – começou ele saltitante – ele queria ser rei para provar a sua querida mãe “o que ela perdeu” e para garantir que sempre faltasse tudo a vocês. E por outros motivos também que não lhe interessa.

Ergui as sobrancelhas.

– E, além disso – continuou ele – queria sua vingança. Sentiu-se traído o pobre coitado – sorriu, como se tudo fosse óbvio demais. Aliás, realmente, tudo estava óbvio demais para mim e, na altura do campeonato, isso sim era estranho.

– Ele que mandou os mosqueteiros na nossa casa aquele dia?

– Opa opa opa, como você é questionador! Dê-me um tempo para respirar, por favor! Veja bem, tenho uma ideia. Que tal o seu querido pai explicar pessoalmente e esclarecer tudo ao seu bastardo favorito?!

– O quê? Não! Espera.

Antes que eu pudesse argumentar, o rei repentinamente parou de chorar e nos encarou.

– O que você está fazendo aqui? Acabamos de resolver nosso acordo. Algum assunto pendente? E quem é esse?

– Esse, meu caro rei – falou Rumplestiltskin, enquanto fazia uma reverência irônica – é o assunto pendente. O seu filho que não foi entregue a mim.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram??? *-*
Beijos, e até a próxima ♥