Is This A Fairytale? escrita por Lost in Neverland


Capítulo 29
The son of thunder


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindasssssssss do meu coração! *-*
Que saudades eu estava de vocês e de escrever para vocês! Peço desculpas por demorar tanto para atualizar. Tenho escrito alguns capítulos há um tempinho já, mas tive bloqueios criativos que me atrapalharam a deixar a história, pelo menos, apresentável haha espero que me perdoem!
Agora vou começar a faculdade, então não vou postar sempre, mas quero que saibam, que não abandonarei a história ok?! Isso não está nos meus planos, vocês terão que me aturar! kkkkkkk
Como estão aguentando o hiatus de OUAT? Eu, na verdade, não estou aguentando! :( Mas o importante é que março está chegando o/o/
Enfim, espero que a demora tenha valido a pena e que esse capítulo esteja bom. Coloquei no início um trecho do último, caso não se lembrem mais. Peço desculpas caso haja algum erro de digitação.
Espero que gostem!!!!
Boa leitura (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/334622/chapter/29

“– Opa opa opa, como você é questionador! Dê-me um tempo para respirar, por favor! Veja bem, tenho uma ideia. Que tal o seu querido pai explicar pessoalmente e esclarecer tudo ao seu bastardo favorito?!

– O quê? Não! Espera.

Antes que eu pudesse argumentar, o rei repentinamente parou de chorar e nos encarou.

– O que você está fazendo aqui? Acabamos de resolver nosso acordo. Algum assunto pendente? E quem é esse?

– Esse, meu caro rei – falou Rumplestiltskin, enquanto fazia uma reverência irônica – é o assunto pendente. O seu filho que não foi entregue a mim.”

Hook’s POV:

(Agora)

– O QUE? – disse o rei (ou melhor, berrou) – Você está alucinado, bebeu vinho demais, querido Rumple?

– Uma atualização: No mundo moderno, outras coisas são mais populares quando as pessoas querem experimentar alucinações. Você não teria algumas ervas em seu jardim real, teria? – falei, logo depois soltando uma alta gargalhada. Era difícil deixar tiradinhas tão fantásticas como as minhas apenas comigo, mesmo em um momento estranho, louco e delicado como esse. Aliás, principalmente em um momento como esse. Não queria comentar nada, mas há um tempo que percebo que, quanto mais triste a situação, mais genial são as tiradinhas. Mas fazer o que?! Também era injusto não compartilhá-las.

– Rumple, Rumple, qual erva tens experimentado???

– Cale a boca – rosnou Rumplestiltskin

– Na verdade, eu tenho sim algumas coisinhas no meu jardim – disse o rei

– Hmmmmmmmmm!

– Você é surdo? – perguntou Rumple

– Não.

– Bom. Então vejo que terei que fazê-lo mudo?

– Não.

– Ótimo. Então faça o que eu mandei e cale essa boca.

– Não. EI EI EI, CALMA, SAI! Eu só estava sabe... esquece, já calei.

– Vocês querem ervas? – perguntou o rei interessado.

– Não! – berrou Rumplestiltskin – ele é só um imbecil que não sabe o que fala, não ligue para ele – disse, olhando-me de soslaio enquanto eu tentava conter o riso nervoso que brotava em minha garganta.

– Mas então... – prosseguiu o rei – acredito que o único motivo para terem vindo aqui é algo, certo!? Quero dizer, se não ervas, o que querem? Afinal tudo isso que você acabou de me dizer não passa de uma grande mentira, seria impossível esse menino ser meu filho.

– Lógico que seria! Afinal – disse Rumplestiltskin, abaixando o tom de voz e gesticulando como alguém prestes a confidenciar um grandioso segredo – sabemos que é filho de seu irmão, e acredite, voltar e seguir no tempo pode ser possível, mas não mudar o DNA – finalizou, cantarolando.

O rei, depois de analisar-me por um período que, na minha cabeça pareceu infinito, por fim soltou um suspiro e uma expressão de nojo na minha direção.

– Ele não deveria estar vivo – falou, ainda com o nojo estampado no rosto

– Nossa, obrigado.

– Você deveria estar calado – disparou Rumple sem me olhar.

– Desculpe.

– E por que não? Ele fugiu, não fugiu?

– Segundo os relatos dos meus mosqueteiros, dadas as circunstâncias cabíveis, ele morreu.

– Hein?

– Morreu.

– Eu entendi que ele morreu querido – disse o Senhor das Trevas gesticulando impacientemente – foi uma ironia, costumo muito utilizá-la sabe como é, o senhor deveria conhecê-la. De qualquer maneira, como pode ver, ele está vivo – falou olhando para mim e fazendo uma expressão de desgosto – bom, parece sim um zumbi, mas lhe garanto que está vivinho, sem perigo de perder seus cérebros, meu rei!

Silêncio.

– Outra coisa da modernidade. Zumbis – falei

– Ah.

Silêncio.

– Mas eu não entendo – começou o rei

– É claro que não, o senhor é mais lerdo que tartaruga de cabeça para baixo! Com todo respeito – disse Rumplestiltskin, dando risadinhas provocativas.

– O lugar estava em chamas – continuou o homem, ignorando-o completamente – e não havia como um garotinho escapar. Primeiro porque não tinha por onde escapar, e segundo porque, caso, hipoteticamente ele conseguisse, não conseguiria sobreviver 1 dia do lado de fora. Talvez nem mesmo 1 minuto.

– Espera aí – disse eu, erguendo as mãos.

– Eu falei calado – continuou Rumplestiltskin.

– Não, eu sei mas, hoje, aqui e agora, a lembrança dele disse para sua lembrança que o acordo não estava cumprido totalmente, não de sua parte, que “eles” deveriam estar mortos.

– E daí?

– E daí que se o acordo não está cumprido, como ele sabe o que aconteceu naquele dia?

O rei permanecia com uma expressão perdida. Entendo que o babaca realmente deveria estar perdido, mas acreditem, não tanto quanto eu.

– Achei que poderíamos concluir isso na paz – concluiu Rumple, estalando os dedos.

Uma nova fumaça azulada nos envolveu e lá estávamos nós, de volta à Storybrooke.

– Mas que merda...

– Nada daquilo foi real queridinho.

– O que?

– Confesso que achei que iria perceber algo estranho, mas não tão rápido quanto eu imaginava.

– O que?

– Hum.

– O que? Pode explicar?

– Ah!

– O que? – disse eu, já cansado de repetir a mesma pergunta toda hora, mas era a única que me vinha na cabeça no momento. Não a única, quero dizer, vinham muitas, mas essa era a única que poderia me dar uma resposta resumida e certa.

– Já sei o meu erro.

– O que?

– Errei nos diálogos.

– Merda. Seria interessante se você me explicasse o que está acontecendo. O que foi tudo aquilo?

– Foi uma projeção. Não foi de fato uma viagem de volta ao tempo. Mas foi uma projeção bem fiel, isso eu lhe garanto. Conheci o rei e, definitivamente, já estive muitas vezes naquele castelo, portanto o conheço bem. E como sou... bem, o ser mais poderoso que eu conheço, seria capaz de remontar cada detalhe daquele lugar e cada detalhe do seu querido rei.

– Mas não seria capaz de fazer uma viagem no tempo?

Rumplestiltskin olhou para baixo e riu nervosamente. Parecia que eu tinha tocado em sua ferida. Não que eu quisesse, tudo o que eu queria na verdade, eram respostas, mas que merda. Porém, já que estamos aqui...

– O que foi? O grande ser mais poderoso que você conhece não é poderoso o suficiente para uma simples viagem no tempo?

Ele olhou de um modo que seus olhos poderiam fazer com que eu entrasse em combustão instantânea.

– Lógico que é. Apenas não quis.

– Não quis?

– Isso não é da sua conta. Projetar a história toda foi mais fácil. Pelo menos é muito do que eu posso fazer agora.

– Agora? O que está acontecendo com você?

– Não é da sua conta. E eu não sou muito de compartilhar nada, que dirá histórias da minha vida. E caso fosse, acha que iria fazer isso com um pirata nojento?

– Pirata lindo.

– Não seja ridículo.

– Mas você ainda não me explicou o porquê de criar todas essas projeções.

– Você não acreditaria apenas nas minhas suaves palavras. E uma viagem no tempo está fora de cogitação. Pelo menos por enquanto.

Depois dessa fiquei realmente curioso em saber o que estaria acontecendo com ele. Por enquanto? Ora ora, quem diria, que no meio da busca de respostas pela minha vida, encontraria uma busca por respostas da vida de outra pessoa. Para fazer no tempo livre. Sabe como é, todo mundo tem seus hobbies.

– Então – continuou ele – projetei toda a cena para que você pudesse acreditar. Mas acho que tropecei nos diálogos, afinal, você percebeu que havia algo errado. Na verdade queria criar diálogos ruins o suficiente para destruir os seus sentimentos.

– Que gentileza.

– Eu sei. Sou um amor de pessoa.

– Eu sei disso também – disse uma terceira voz, vindo por trás de Rumplestiltskin. Belle.

– Tenho procurado você desde ontem de manhã! Onde esteve? – perguntou ela, com um tom de voz seriamente preocupado, enquanto o abraçava e dava-lhe um beijo carinhoso no rosto.

– Estive resolvendo algumas coisas.

– Ainda está?

– Sim – disse ele, lançando-me um olhar cauteloso – mas elas podem esperar mais um pouco.

Belle olhou para mim, como se verificasse se estivesse realmente tudo bem. Acenei com a cabeça em resposta e os dois seguiram juntos, de mãos dadas.

Pois é. Até as criaturas com mais ódio e feridas são capazes de criar laços e viver um amor. Antes que eu pudesse continuar minha filosofia inspiradora de vida, um rapaz passou apressado por mim, esbarrando em meu braço, e gritando um “desculpe aí, cara” de longe. Ele era alto e loiro de olhos claros.

Fiquei tempo demais olhando para aquele cara. Mais tempo do que eu gostaria.

Mas ei ei, antes que você esteja pensando merda, não gosto dessas coisas ok? Meu interesse real é em uma moça loira de olhos claros e não em um rapaz. Só quero deixar isso bem claro aqui.

O que me chamou atenção foi que eu já tinha visto aquele cara antes. Em Storybrooke? Sim, já havia cruzado com ele algumas vezes por essa terrinha gostosa. Entretanto, algo em sua aparência, não sei, talvez em seu tom de voz, me fez perceber que eu já havia cruzado com ele não só nessa terra, mas em outra também.

Hook’s POV:

(Flashback)

– Você acha mesmo que pode fazer isso? – perguntou o capitão, em um tom mais de desprezo do que de qualquer outra coisa.

– Você deveria perguntar menos e observar mais, já que duvida – mais rápido que eu pudesse imaginar que iria ser, investi contra ele, proporcionando-lhe um brilhante arranhão no ombro.

– Ui ui, além de impertinente e metido, não é que o pirralho leva jeito pro troço? – falou ele olhando para seus companheiros e soltando uma gargalhada – Bom, sendo assim, detesto informar mas não poderei ser tão misericordioso com você, pequeno grande homem – e partiu para cima de mim.

No início foi tranquilo, apenas golpes e desvios rápidos – de ambos – mas, depois de um período, ele resolveu cumprir sua palavra e deixar a misericórdia de lado. Não que isso seja uma de suas virtudes, muito pelo contrário, o porco provavelmente nem sequer sabe o significado disso, deve aplicar a palavra em ocasiões aleatórias apenas para soar bonito. Enfim, de qualquer maneira, vocês entenderam o que eu quis dizer.

O brutamonte começou a utilizar seu peso e suas banhas sobrando a seu favor e contra mim; ganhei algumas rasteiras e vários arranhões, esses, por todo o corpo. Não que eu tivesse sido de tudo ruim. Somente não fui bom o suficiente. Porém, para o meu consolo, consegui dar-lhe alguns arranhões de volta. Além de um braço esquerdo deslocado. Aêêê!

Acho que o braço não foi de muita valia pois ele continuou rápido. E forte, acreditem, muito forte. Provavelmente era a gordura acumulada que estava o protegendo, sabem como é, amortecendo o impacto.

Por fim, ele estava por cima de mim, com a espada em minha garganta. A minha espada havia tilintado para bem longe de mim, fazendo um barulho agudo enquanto se chocava pelos entulhos espalhados no meio do convés.

– Pois é amiguinho, fala demais e faz pouco demais. Esse é o seu lema, certo?

Seu bafo próximo demais ao meu rosto estava quase me matando intoxicado. Juntei toda a saliva e líquido que havia dentro de mim e dei uma cusparada firme na cara do porco.

– Argh! Seu nojento imbecil!

– Eu? Nojento?! Já se olhou no espelho? Ah, ele deve ter quebrado na sua primeira tentativa de fazer isso, estou certo?! Mas, meu Deus, tudo está quebrado nesse navio!

O céu, eu reparei, estava cada vez mais escuro. Densas nuvens pesadas formando-se rapidamente. Uma tempestade estava a caminho... E então eu reparei que essa tempestade estava a caminho apenas do navio. Apenas acima de nós. O restante do céu estava um azul cristalino, nenhuma nuvem sequer. Que coisa louca, pensei, mas estávamos na Terra do Nunca, a loucura naquele lugar era a sanidade.

O Capitão desviou o olhar rapidamente para o céu, acompanhando o que eu estava observando.

– Medo da chuva rapaz? Espero que seja ácida, para arder nos ferimentos que estou prestes a fazer em você.

Recebi um soco com tudo na boca. Senti meus dentes baterem uns nos outros e o gosto amargo do sangue, que agora escorria incessante pelo canto dos meus lábios.

– Ei, pare com isso! – gritou uma voz amedrontada, porém confiante.

– Olha só, um de seus coleguinhas pirralhos resolveu aparecer!

Era Connor. Ele deveria ficar escondido. Tínhamos mais chance com apenas um morto (eu), não dois.

– Connor, pare com isso! – pude ouvir Hubert sussurrando, sua voz mesmo baixa, completamente assustada. Pude perceber que ela vinha de algum lugar, não consegui vê-lo, muito menos identificar que lugar seria esse. Ainda bem, ele ainda estava escondido.

– Desculpe, Peter! – sussurrou Hubert ao longe, desesperado – tentei segurá-lo mas ele estava nervoso demais e disse que achava que poderia ajudá-lo!

– Não se preocupe! Continue onde está – gritei em resposta e fui atingido por mais um soco, dessa vez, no lado oposto da boca. Mais gosto de sangue. Não entendo como vampiros poderiam ser tão fominhas com sangue. Quero dizer, isso tem um gosto lixoso, meu estômago já estava embrulhado. Lembrei que as carnes que minha mãe costumava fazer, dos veados que conseguia no armazém, aqueles que os caçadores levavam em troca de cortesias e dinheiro, eram carnes deliciosas. Lembrei também que esses veados também tinham sangue! Depois dessa, acho que vou ser vegetariano. Ei, espera? Do que eu estou falando? Devo estar alucinando... ótimo, já estou sendo “útil” vivo, que dirá desmaiado.

– Eu disse para parar – insistiu Connor, mais confiante ainda.

– Ou o que?

Uma forte tempestade começou a cair. Era possível ouvir trovões por todos os lados, como se eles estivem ali, do nosso lado. Relâmpagos resplandeciam no céu. Alguns raios atingiram o navio, rachando algumas coisas aleatórias.

– Mas que porra é essa? – falou o Capitão, num sussurro tão baixo quanto o do emitido por Hubert. Ele parecia realmente abalado.

Sim, eu tenho esse efeito sobre as pessoas. Ou talvez seja só a minha consciência quase caindo que esteja me traindo.

E então eu vi.

Bom, o raios não atingiram coisas tão aleatórias assim. Os outros marujos que haviam ficado presos em nossas armadilhas estavam completamente queimados, soltando fumaça, l-i-t-e-r-a-l-m-e-n-t-e. Foram atingidos em cheio.

– O que? – balbuciei.

– Saia – ordenou Connor.

– O que? – disse eu novamente. Às vezes isso era tudo o que eu conseguia dizer. Tinha esperança de que quando eu crescesse, meu vocabulário aumentasse um pouco. Mas acho que não.

– Você é louco garoto – falou o Capitão – o que está querendo dizer? Que é responsável por toda essa chuva?

Mais trovões.

– Não passa de um verme em miniatura, achando que evoluiu na cadeia alimentar. O navio é meu e, lamento informar, mas só sairei daqui morto.

– Como quiser – disse Connor.

E então um raio atingiu novamente o navio. Dessa vez, em cima do capitão/porco/fedido/babaca. Acabou capitão. Ele simplesmente se fora, deixando fumaça e cinzas. E o mais impressionante é que eu estava tão próximo dele não fui atingido por nem um fiozinho de eletricidade sequer.

Tão rápido quanto havia se formado, a tempestade cessara, e o céu clareou normalmente. Connor estava caído no chão, e sua blusa encharcada de suor.

– Connor!

– Connor!

Simultaneamente todos chegamos perto dele, para examiná-lo.

– Vocês estão bem? – perguntou ele, com a respiração ofegante. A cor já estava começando a voltar para o seu rosto.

– Lógico que estamos. Você salvou nossas vidas – falei.

– Você é o cara! – disse Hubert, com os olhos brilhando

– Isso foi sensacional – conclui Luke, ainda boquiaberto.

Ele sorriu.

– Foi você mesmo que fez isso? – perguntei

– Isso aí.

– Como?

Já recuperado, ele encarou a todos nós com uma expressão vazia.

– Lembra quando eu lhe disse que meu pai havia me abandonado?

– Aham.

– Ele me abandonou porque não podia viver no mesmo ambiente que eu, precisava voltar para o seu verdadeiro lar. Tinha responsabilidades a cumprir. E cá entre nós, porque era egoísta também.

– Achei que não soubesse quem era seu pai.

– E não sabia. Descobri há pouco tempo. Antes de te conhecer. Mas tentava não pensar muito nisso, não queria essa vida, entretanto, às vezes isso simplesmente sai de mim.

– Isso?

– Quem é seu pai, Connor?

– Connor não é seu nome verdadeiro, é? – perguntei

Ele sorriu, com os olhos brilhando:

– Não é só você que tem o direito de usar pseudônimos, Peter!

– E então? - perguntou Hubert ansioso – Você pode contar para a gente?

– Meu pai é Zeus.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, gostaram???
Beijos e até a próxima