Is This A Fairytale? escrita por Lost in Neverland


Capítulo 26
Sword?


Notas iniciais do capítulo

Olá, seus lindos!!!!
Demorei bastante para atualizar a fic, eu sei. Podem me bater. Mil desculpas!!!!!! Eu realmente fiquei muito atolada com a escola, e com o vestibular aí, tenho tido cada vez menos tempo livre :( E para piorar, fiquei sem internet durante um tempo...
De qualquer maneira, prometo que tentarei postar mais rápido mesmo quando imprevistos surgirem. Mais uma vez, mil desculpas!!!
Esse capítulo ficou bem simples, mas espero que gostem mesmo assim! Tentarei postar um novo ainda essa semana, para recompensar a demora hihi
Enfim, espero que gostem!
Boa leitura :)



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Hook's POV:

(Flashback)

O céu azul estava pintado com fofas nuvens brancas, pelas quais irradiavam intensos e brilhosos raios de sol; esse que escondia-se atrás delas. A visão era realmente magnífica. A presença do sol era nítida, com todo aquele brilho emanando por detrás das nuvens, apesar das mesmas tentarem escondê-lo.

O navio balançava-se incessantemente, mesmo estando ainda parado no porto. Provavelmente deveria ser os ventos trabalhando em grupo com as ondas do mar. Os piratas haviam saído, o que deu alguns minutos para uma rápida - e segura - conversa.

- Como veio parar aqui? - perguntei ao recém-chegado

- Problemas.

- Certo. Chegou há pouco tempo?

- Não. Ando escondendo-me por aí. Assim como vocês, imagino - respondeu Baelfire, meneando a cabeça em nossa direção.

- Você sabe para quem esses caras trabalham? - perguntei

- Ele mencionou o seu tio - comentou Luke

- Ei ei, vocês poderiam ter um pouco de calma por um instantinho só? Esse bombardeamento de perguntas me deixou tonto.

- Desculpe - falei.

Ele suspirou. E o sorriso que formava no canto de seus lábios, tímido, porém visível, fez com que eu soubesse que ele não estava falando tão sério. Relaxei um pouco depois disso.

- Não leve tudo o que digo tão a sério - falou o menino, como se estivesse lendo os meus pensamentos - Agora temos que sair daqui.

- Opa. Achei que vocês não falariam isso nunca! - exclamou Connor, já se levantando.

- E como supostamente deveríamos fazer isso? - disse Luke, puxando-o de volta.

- Supostamente fugindo? - arriscou.

- Temos que tomar o navio - falei, sobressaltado por ter exposto minha tão secreta e louca ideia.

- O que? - gritou Luke

- Você ficou louco? - perguntou Hubert, com uma expressão incrédula no rosto - Isso é impossível.

- Talvez - disse eu. Todos me olhavam com os olhos arregalados. Seria uma cena engraçada de se ver, se não estivéssemos prestes a morrer, ou quase.

- Então, se vamos fazer isso, precisamos de um plano - concluiu Luke.

- O que?

- Nós não vamos fazer isso.

- Por que não? - indagou Connor - Escutem, iremos nos ferrar de qualquer maneira, então que nos ferremos lutando. Além do mais, pode ser divertido.

- Divertido? - disse Hubert, com uma expressão mista de incredulidade, medo e horror.

- Isso.

- Não quero me intrometer, mas é uma ideia - disse Baelfire - Uma boa ideia, aliás.

- Imaginem o que poderíamos fazer com esse navio? Além de destruir o orgulho daqueles piratas porcos, caso fosse derrotados por inúteis crianças.

- Não entendi qual foi a do "inúteis" - protestou Connor

- Poderíamos ir a qualquer lugar a qualquer hora! - falei, imaginando quão bom seria caso isso realmente acontecesse.

- Certo. E quem iria, hum, dirigir o navio? Fadinhas? Sininho pode ser um amor, é verdade, mas acho que não tem diploma nisso - falou Connor.

- Eu sei algumas coisas... quer dizer, meu tio me ensinou. Nunca tive aulas práticas em um navio de verdade, mas acho que o que eu sei pode ser o suficiente.

- Você acha?

- Uhum.

- Pode ser interessante - comentou Connor - Divertido até. Quer dizer, vamos quase morrer de qualquer forma, certo?

- Certíssimo - disse Luke. Não consegui distinguir seu tom de voz, portanto não sabia se ele estava sendo sarcástico ou se estava falando sério. 

- O que vocês acham? - perguntei, virando-me para Baelfire e Hubert.

- Pode ser perigoso, não sei se é uma ideia... mas se vocês decidirem fazer isso mesmo, paciência - disse Hubert

- Acho que pode funcionar - disse Baelfire, com um sorriso travesso no rosto.

Um silêncio estranhou inundou o convés do navio. Por um momento, tudo o que podíamos ouvir era o farfalhar dos ventos, o vai e vem das ondas do mar, e o canto de pássaros distantes.

- E então? - indagou Luke, quebrando o silêncio

- Dê as ordens, capitão - disse Connor, em tom de brincadeira, dirigindo-se a mim, mas realmente esperando que eu dissesse qual seria o próximo passo.

Emma's POV:

(Agora)

- Hã...

- O que aconteceu aqui? - perguntou David, desconfiado, seu olhar pousando ora em mim, ora em Hook.

- Hã... Não sabia que você tinha celular - soltei para Hook, Não sei como não vi ele ligando para David. E tentar imaginar isso agora era tão estranho quanto a situação que estávamos vivendo. Ok, provavelmente não era mais estranho que isso. O que eu falaria para David, afinal? Que constrangedor.

- Não tenho, na verdade - respondeu Hook. Quis perguntar mais, entretanto preferi o silêncio. Era mais seguro - e menos constrangedor.

David veio até mim, ajudou-me a levantar, afagou meus cabelos durante um tempo e lançou um olhar raivoso a Hook, antes de dirigir-se a mim novamente.

- Você está bem?

Balancei a cabeça afirmativamente.

- Certeza? - insistiu ele, preocupado.

- Absoluta - falei, dando um sorriso forçado.

- O que Rumplestiltskin fez com você?

- Não se preocupe com isso. Ele me curou, acho.

- Acha?

- Bom, sim. É o que parece - sorri

Hook já havia se posto de pé e se ajeitado. Observei-o pelo canto do olho e agora ele estava encostado na parede, com os braços cruzados sobre o peito, o joelho dobrado, com o pé também encostado na parede. Observava a nossa cena com uma certa curiosidade, e ao que parecia, trazia estampado no rosto um leve sorriso bobo.

- O que aconteceu aqui? - perguntou David novamente, dessa vez dirigindo-se ao Hook.

- Não sei se você iria gostar de saber - respondeu ele, inclinando ligeiramente a cabeça e erguendo as sobrancelhas sugestivamente. A pose dele encostado na parede contribuía para lhe dar um ar provocante e insinuante forte o suficiente para ser entendido. Aliás, tudo nele era sugestivo. E eu detesto ter que dizer mas, devo admitir que adoro isso nele. Seu olhar encontrou o meu por alguns segundos e abaixei a cabeça, como se temendo que ele pudesse, de alguma forma, ler os meus pensamentos.

David, com um único e rápido empurrão o lançou mais ainda contra a parede, prendendo-o pelo o pescoço com seu braço.

- Sabe o que eu não gosto? - esbravejou David, com o seu braço cada vez mais riígido no pescoço de Hook.

- Diga, querido príncipe - falou Hook, com um sorriso sarcástico e provocante no rosto, porém com a voz rouca, evidenciando o desconforto ao qual estava submetido.

- Bom, não gosto de você, e sua inútil existência. Nada pessoal sabe.

Hook ergueu as sobrancelhas.

- Bem sim, na verdade é pessoal - continuou David - mas isso não importa. Diga-me, capitão, não seria interessante darmos logo um fim nessa sua existência? Todos sairiam felizes, isso eu posso lhe garantir.

- Bom - começou Hook, fingindo estar avaliando a situação, forçando uma falsa curiosidade - vejamos... acho que não seria tão interessante assim. Primeiro: você não conseguiria dar um fim na minha existência - David soltou uma gargalhada enojada - Veja bem, por mais que você, supostamente dê um fim na minha existência, ela não é inútil, como você disse - Hook gesticulava freneticamente, mesmo estando ainda preso por David - por favor, meu nome viveria por séculos, sou conhecido demais, você sabe. Segundo: creio que sua filha não ficaria tão feliz assim, e um pai deve honrar os desejos de suas crias, certo, príncipe? - David o apertou ainda mais contra a parede, o rosto contorcido de raiva. Hook soltou um gemido baixinho, quase inaudível.

- Vá em frente - disse Hook, forçando um sorriso, com a voz se extinguindo.

- É o que pretendo.

- Parem com isso! - intervi, puxando David pelos seus ombros, tentando afastá-lo de Hook - Não sejam ridículos!

- Ridículos? - exclamou David, ofendido. Ele já havia largado Hook, e esse, por sua vez, acariciava o pescoço com uma careta de dor estampada no rosto.

- Pai, por favor, não há necessidade disso. Achei que, dentre tantas pessoas, você estivesse no topo das mais racionais.

- Até mesmo a mais racional das criaturas cede aos seus instintos de vez em quando.

- E qual é esse instinto? Relembrando seus antepassados lá na antiguidade que matavam qualquer outro "macho" que ameaçava a sua existência? É esse o instinto? - provocou Hook

- Cale essa boca - vociferou David, já partindo para cima dele novamente, porém o contive, segurando-o pelos seus ombros.

- O máximo que você pode ameaçar é o meu sono. Sabe como é, posso ter muitos pesadelos a noite - falou David, casualmente.

Revirei os olhos. Era como falar com crianças!

- Vocês dois poderiam, por favor, parar com essa palhaçada?

- Desculpe - falou David, ainda olhando raivosamente para Hook.

Hook por sua vez, apenas lançou-me uma expressão arrependida.

Um silêncio rápido transbordou pela sala, quase achei que haveria então paz. Até ele ser cortado pelo barulho da mão de David, fechada atingindo o rosto de Hook.

- David! - gritei. Queria correr para Hook e ver se ele estava bem, mas me contive. Ui, pelo barulho deve ter doído.

- Droga - falou Hook, passando a mão no ferimento em sua bochecha, onde corria um filete de sangue, e dando um sorriso de desgosto.

- Agora, digam-me, o que vocês estavam fazendo esparramados no chão? - perguntou David

Ainda isso? Acho que ele com certeza já deduzira o que estávamos fazendo, apenas não conseguia entender por que essa fixação em tirar explicações de nós. Quer dizer, eu até entendia, afinal eu era sua filha, mas ainda assim.

- Bom... - começou Hook, sorrindo maldosamente.

- Nada demais - interrompi, antes que a explicação dele pudesse ser comprometedora demais e, claro, constrangedora demais. Mesmo não tendo vivido muito tempo com ele, David ainda era o meu pai, então pera lá. Hum.

Fiquei alguns segundos pensando em alguma desculpa, mas logo encontrei uma - péssima - não podia me dar ao luxo de demorar a eternidade elaborando uma boa mentira. Ele perceberia. Aliás, não importa o que eu dissesse, acho que ele já havia percebido mesmo então...

- Ele estava, hum, ensinando-me a manejar uma espada. Preciso saber usar bem uma, afinal de contas, com os pais que tenho... - dei um sorriso forçado - Ele estava me ensinando a usá-la sabe, e aí treinamos. Um pouco. Hã... e aí você chegou.

David ergueu as sobrancelhas desconfiado.

A espada de Hook  estava na pendurada na calça dele, o que dava uma certa verossimilidade com a história que contei, apesar de eu não ter nenhuma por perto.

- Não cheguei a usar, de fato, minha espada, sabe como é, você atrapalhou... mas, quem sabe uma outra hora? - disse Hook, suas palavras recheadas de insinuações e duplos sentidos.

Talvez eu esteja enganada, mas acho que corei.

David novamente alternou seus olhares entre nós, e por fim, suspirou alto.

- Certo, Emma. Certo. Você é bem grandinha, não? - disse ele avaliando-me.

- O que quer dizer com isso? - falei, na defensiva.

David suspirou novamente.

- Nada. Esqueça. Tudo bem. Mas, Rumplestiltskin curou você, então está bem?

- Estou.

- Não quer ir para casa descansar um pouco?

- Não, eu vou ficar bem - sorri.

Ele avaliou-me por mais um tempo.

- Certo. Qualquer coisa que precisar, avise-me, ok? Qualquer coisa.

- Ok, obrigada. - falei, sorrindo ternamente. David retribuiu o sorriso.

- Bom, preciso resolver algumas coisas agora. Você vem comigo - disse ele apontando para Hook.

- Querido, resolva você os seus problemas, não estou a fim de prestar generosidade e tomar o seu lugar - disse Hook, dando um sorrisinho para David e uma piscadela para mim.

- Seu retardado, ande vamos embora - falou David, pegando Hook pelo braço e empurrando-o na sua frente, um pouco forte demais.

- Até mais, Swan - falou Hook, olhando-me por cima do ombro de David e piscando mais uma vez - Até uma hora sem papais por perto, de preferência.

David o socou e ele gemeu.

- Até mais, Hook. - respondi, sem conseguir evitar que o sorriso se espalhasse pelo meu rosto.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
Mil beijos, até a próxima! ♥