Is This A Fairytale? escrita por Lost in Neverland


Capítulo 25
Swans


Notas iniciais do capítulo

Olá seus lindos!
Bem, nesse capítulo temos uma nova personagem, enviada na ficha pela Natti Snape. É o cisne que vocês irão ver, a história da personagem não foi ainda desenvolvida em si, mas será no próximo.
Para os adeptos, esse capítulo é bem Captain Swan haha
E temos também flashback do Hook em Neverland, que há algum tempo não tinha.
E caso alguém ainda não tenha visto e queira dar uma conferida, postei uma nova one de captain swan:
http://fanfiction.com.br/historia/397102/You_Found_Me/
Enfim, acho que é só isso mesmo.
Espero que gostem *-*
Boa leitura :)



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Hook’s POV (Agora):

- Como é que é? – perguntei sem realmente entender onde ele estava querendo chegar.

- Sei que você é meio retardado mas, vamos lá, acho que foi capaz de entender muito bem o que eu quis dizer.

Continuei o encarando de boca aberta. Nada daquilo fazia o menor sentido.  Rumplestiltskin era realmente tão velho assim? Hum.

- Quantos anos você tem, vovô? – disse, rindo da minha própria piada que não consegui conter dentro da minha boca e, aparentemente, ele não gostou muito. Apenas me olhou com uma expressão de desprezo como se eu fosse o cocô do cavalo do bandido.

Nossa história, minha e de Rumplestiltskin, quero dizer, é muito antiga, antiga até mais do que você talvez possa estar imaginando. Mas, não estava entendendo o que ele quis dizer desse acordo. E como eu poderia fazer parte disso. Na verdade, apesar de minha brilhante inteligência, não estava entendendo absolutamente nada.

Hook’s POV (Flashback):

Caso não se lembre, na minha primeira noite na Terra do Nunca, eu e os meninos, apesar de bem escondidos, fomos abordados por piratas estranhos e horrorosos.

O capitão e seus homens nos pegaram a força, colocando-nos em seus ombros fortes, desconfortáveis e imundos.

Sempre fui fascinado com a vida que os piratas levavam. Viajando pelos 7 mares, conhecendo novos horizontes, pertencendo a ninguém além do oceano. Solitário, porém, renovador. Mas, confesso que a visão desses piratas me fez estremecer. Eles provavelmente deveriam estar abaixo da base da base mestra da pirataria. Se é que você me entende.

Os homens nos conduziram pela floresta adentro, rindo e fazendo piadas que só eles eram capazes de entender.

Meu Deus, como eles fediam.

Em um determinado momento a grama começou a ficar mais alta e, as árvores, mais juntas.

De repente, lá estávamos nós, de frente para um lindo mar, com suas águas azuis e cristalinas. Os tons do céu: lilás, azul e roxo criavam um contraste incrível com as águas. A imagem seria perfeita se não fosse o grande navio caindo aos pedaços.

Decidi que, se um dia pudesse ter a oportunidade de ser um pirata – ou quase – seria o oposto daqueles caras.

Ao longe pensei ter visto um rápido lampejo de brilho e luz. Seria Sininho? Talvez fossem apenas as minhas esperanças de um resgate.

Fomos jogados para dentro do navio e, quando caímos no chão, os piratas nos chutaram até cansaram. O navio era suntuoso. Magnífico. Porém estava completamente deixado de lado. Aqueles homens provavelmente não cuidavam muito bem dele. Na minha opinião, poderiam morrer afogados.

Percebi que ainda estava com minha espada. Não sei por que eles não me desarmaram. Talvez não tivessem visto ou, talvez, pensaram que eu não era sinônimo de problema. Bom, se foi a última opção, eles estavam redondamente enganados.

- É o seguinte – disse o capitão gorducho e feio, depois de recuperar o fôlego após quase morrer de rir enquanto éramos feitos de sacos de pancada – somos fascinados por criancinhas! – ele estava um pouco entusiasmado demais, o que me irritou profundamente – Na verdade – continuou o pirata – somos, hum, meio que pagos para isso, mas isso não vem ao caso. Fomos contratados para encontrar duas crianças, em especial. Digo uma coisa: torçam para que vocês sejam uma delas porque, se não forem... Bom, temos alguns divertimentos para dividir com vocês. Pena que será divertido apenas para nós – disse, com um sorriso macabro no rosto, em seguida dando gargalhadas sonoras que pareciam não ter fim.

- Tragam aquela peste – pediu o capitão aos seus fieis marujos, que fizeram exatamente o que ele pediu.

Enquanto esperávamos, o tal capitão que eu nem sabia o nome e, cá entre nós, nem queria saber pois tinha planos de tirá-lo do nosso caminho em breve, encarou-me por um longo período de tempo deu aquela gargalhada ridícula novamente, o tipo de gargalhada que eu não sabia dizer se pertencia a um ser humano ou a um ser híbrido derivado de um porco e um cavalo, e disse:

- Ei, eu conheço o seu pai.

Gelei.

- Nem eu conheço o meu pai.

- Pobrezinho! – disse, fingindo tristeza e gargalhando mais um pouco – Mas como não? Ele está sempre falando de você. Ele é um ótimo pirata, uma pena que tenha preferido ser meu inimigo.

Demorei um pouco para raciocinar até que, finalmente, consegui juntar as peças. Ou parte delas.

- Você deve estar se confundindo. Convivo muito com o meu tio, deve ser dele que você está falando. Mas, está mais confuso do que nunca porque ele é corsário e não pirata.

O capitão soltou uma gargalhada.

- Se é isso que você acha. Que seja, não estou nem aí.

Hook’s POV (Agora):

Relembrando desse fato, e, sabendo de tudo o que sei agora, posso concluir que aquele cara não estava confuso. Eu é que não sabia de nada. O meu tio era realmente meu pai. E o fato de ele ser um pirata... Mais tarde descobrir que o capitão estava certo quanto a isso também.

Se ele se “apresentava” para os outros como meu pai, então ele sabia. Por que nunca havia me contado? Por que nenhum dos dois nunca havia me contado?

Hook’s POV (Flashback):

Os homens levaram a tal peste que o capitão chamou, era um menino, que se debatia ferozmente. Seus cabelos castanhos estavam bagunçados e, seus olhos claros em um tom de mel, mostravam um misto de desespero e ódio. Ele era mais velho que todos nós. Uns 3 anos a mais? Difícil dizer.

Só havia meninos nesse lugar?

Ele foi jogado ao nosso lado, enquanto praguejava.

- Ele diz que seu nome é James. James Bond – disse um dos marujos

Imediatamente comecei a gargalhar, juntamente com Connor e Luke. Não consegui conter o riso. Apenas Hubert contemplava toda a situação com uma expressão perdida e confusa, não conseguindo entender nada do que estava acontecendo. Aparentemente ele não sabia quem era James. Ou James Bond. Diante desse pensamento, comecei a gargalhar mais ainda, enquanto trocava tapas no ombro com Connor. Luke literalmente rolava de rir.

- Que diabos está acontecendo aqui? – berrou o capitão.

- Calem a boca – disse o mini-Bond me dando um forte chute nas costas.

Provavelmente era importante calarmos a boca então, depois de alguns minutos, consegui parar de rir.

- Vocês são desprezíveis – disse o capitão, dando as costas e saindo, sendo seguido por suas sombras piratescas.

- E então, qual o seu nome? – pergunto ao novato, depois de me certificar que os homens estão longe o suficiente para que não possam nos ouvir.

Ele me analisa, durante longos segundos, com certeza pensando se deveria ou não confiar seu nome a mim. Eu o entendia. E não podia culpá-lo, caso ele não quisesse falar. Eu mesmo, por exemplo, estava usando um nome falso. Ainda não queria revelar o verdadeiro. Talvez não houvesse problema nenhum, mas sei lá... Apenas não me sentia bem com isso.

- Baelfire – respondeu por fim

Hook’s POV (Agora):

- Precisamos resolver nossa situação não resolvida, queridinho – disse Rumplestiltskin – Mas, como sou boa gente e estou percebendo que você está com problemas – disse ele, gesticulando em direção a uma Emma desacordada e caída em meus braços – Vou deixar que terminemos essa conversa mais tarde.

Dito isso, ele encostou sua mão na testa de Emma, antes que eu pudesse protestar, e sumiu, sendo engolido por uma espessa fumaça roxa.

Ali no lago que havia na praça, um lindo e majestoso cisne passeava. Estava sozinho e, depois de um tempo, percebi que sobre sua cabeça pequena pendia uma linda coroa de prata, com um diamante cintilante no centro.

Um homem alto, moreno e de olhos verdes, estava sentado na beira do lago, admirando o cisne e poderia jurar que ele estava se lamentando.

Estranhamente, eu estava numa situação muito semelhante a daquele homem, se formos parar para pensar. Tinha em meus braços, minha Swan* incapaz de fazer qualquer coisa para ajudá-la.

Levanto-me, com ela em meus braços ainda desacordada, e caminho em direção ao fusca para levá-la  até o hospital. Os mosqueteiros ainda estão conversando, e eu, apesar da curiosidade de saber qual o assunto, não espero terminar.

Só então percebo que o corte da espada no braço de Emma não está mais ali.

Rumplestiltskin. Ele a curou. Pelo menos alguma coisa útil aquele cara era capaz de fazer. Mas, por que ela continuava desacordada?

Quando cheguei na estacionamento da delegacia, ela finalmente despertou. De novo.

Emma já havia acordado uma vez, quando eu estava a caminho do hospital, disse que estava bem, e encheu meu saco me fazendo prometer que não levaria para lá, no fim das contas, acabei cedendo. Mas, depois de alguns minutos, ela desmaiou novamente. Fui até a delegacia, para satisfazer o desejo dela, porque não a levaria para casa. Corria seriamente o risco de acabar espancado pelo pai dela e aí não haveria mais Hook algum para cuidar de Emma.

Já estava dando meia volta para ir ao hospital, quando nesse momento ela despertou, como eu dizia.

- Olá, bela adormecida – disse eu

- Aurora não está aqui – ela respondeu, sonolenta, encostando a cabeça no banco de carona.

- Só a bela.

- A Bela não está com Rumplestiltskin?

Revirei os olhos.

- Emma, pelo amor de Deus, eu estou tentando ser meigo sabe, elogiando você, mas seria interessante se você facilitasse meu trabalho, não?!

- Desculpe – ela diz, com um sorriso na ponta dos lábios – Mas não seria interessante você utilizar elogios que não sejam referentes a personagens de contos de fadas? É estranho – fala, dando de ombros, e sorrindo sarcasticamente.

E então percebo que era só a boa e velha Swan provocativa de sempre.

Pego ela no colo, envolvendo-a em meus braços e adentramos na delegacia. Essa coisa de ela desmaiar-acordar-desmaiar-acordar me deixou preocupado, mesmo com seu ferimento já curado. Só espero que ela não apague novamente.

Coloquei Emma sentada na mesa de sua sala.

- Por um acaso você tem algum kit de primeiros socorros ou algo parecido por aqui? – pergunto

- Eu estou bem.

- Por um acaso você tem algum kit de primeiros socorros ou algo parecido por aqui? – repito a pergunta automaticamente

Ela revirou os olhos e sorriu.

- Na terceira gaveta – disse, apontando para um armário antigo que estava à direita de sua mesa, encostado na parede.

Peguei o kit e fui em direção a ela. Ainda estava meio tonto por ter dirigido aquele troço. Na verdade, não sei como consegui conduzir o fusca. Acredite, achei que fosse morrer. Meu Deus, era muito mais fácil com o meu navio.

- Eu estou bem – ela repetiu, quando eu me aproximei.

- Desmaiou apenas algumas dúzias de vezes, com certeza está mega ótima.

- Estou mesmo. Até demais. O que aconteceu? Onde foi parar meu corte no meio de todo esse sangue? – disse ela, tirando o remédio de minhas mãos e colocando-o em cima da mesa.

- Rumplestiltskin.

- Ele me curou.

- Isso.

- Por que ele me curaria?

- Boa pergunta. Mas, o importante é que você está curada – disse eu, pegando novamente o remédio da mesa, e limpando o sangue onde estava seu machucado. O corte, não existia mais, havia apenas uma pequena marquinha, quase imperceptível. Porém, por vias das dúvidas, depois de limpar o sangue que restava, fiz um curativo.

- Provavelmente foi por isso que eu desmaiei. Depois que fui curada, quero dizer – disse ela, pensativa – A magia dele esbarrou com a minha.

- Como é isso?

- Não sei. Mas, me sinto estranha.

- Hum – ainda estava enjoado da viagem no carro, e não levou nem 15 minutos.

- Você está estonteante – ela disse, sorrindo para mim e olhando-me nos olhos. O que foi estranho. Não que eu não tenha gostado, eu gostei demais, mas, vamos lá... Estonteante? Não era uma palavra que Emma usaria no normal.

- Eu sou estonteante – respondi sorrindo e erguendo as sobrancelhas.

- Obrigada – disse ela sorrindo e puxando-me para junto de si.

Emma’s POV:

É realmente ótimo que Gold tenha me curado mas, acho que houve, hum, hã, curto circuito.

Estava me sentindo péssima e ao mesmo tempo, ótima. Não tinha controle sobre mim mesma e, com certeza, não estava pensando racionalmente. Minhas ações em seguida foram aquele tipo de ações que eu nunca faria se eu estivesse sã. Não que eu não quisesse fazer, talvez eu até queria mas não faria. Entende?! Nem eu entendo, na verdade.

Minha cabeça latejava e, havia períodos que eu parecia prestes a desmaiar de novo. Mas não de dor, nem nada, e sim de cansaço.

Quando Hook terminou de cuidar de mim, situação que me deixou ainda mais tonta, o puxei para junto de mim, selando seus deliciosos lábios nos meus.

Minhas mãos pareciam ter vida própria, fazendo um ótimo e rápido trabalho, tirando o sobretudo de Hook, jogando-o longe e, em seguida, desabotoando os botões de sua blusa.

Os dedos dele percorriam minha cintura por debaixo da minha camisa, fazendo todo o meu corpo tremer e esquentar freneticamente. Sua boca se alternava com beijos e mordidas em meu pescoço, na minha nuca, no meu queixo e nos meus lábios. Minhas pernas envolveram-se em sua cintura, apertando-o mais perto de mim. Uma das minhas mãos enroscava-se em seus cheirosos e sedosos cabelos, enquanto a outra acariciava seu peito. Seus dedos continuavam traçando um caminho de arrepios na minha cintura.

- Emma? – pude ouvir a voz de meu pai adentrando na delegacia.

O susto e desespero tanto meu e de Hook foi tanto que rolamos mais do que o preciso e acabamos espatifados no chão.

- O que vocês estão fazendo ai no chão? – perguntou David desconfiado, quando chegou na porta da minha sala. Alternava olhares entre mim e Hook.

- O que você está fazendo aqui? – rebati, tentando recuperar o fôlego que havia perdido momentos antes

- Eu liguei para ele – disse um Hook descabelado e ofegante, com a blusa amassada e desabotoada e com uma expressão mista de culpa e cachorrinho abandonado, dando de ombros.

*: Swan, em inglês, para quem não sabe, significa cisne. Hook fez meio que um trocadilho com o nome.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
Mereço reviews? *-*
Mil beijos, até a próxima ♥