Is This A Fairytale? escrita por Lost in Neverland


Capítulo 24
Bonus A kingdom named Mastla


Notas iniciais do capítulo

Hey!Bom, aí está, como havia prometido, mais um bônus. Nesse, iremos conhecer mais um pouquinho da história do reino dos mosqueteiros.Espero que gostem!Boa leitura :)



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Aramis’ POV

Os 8 reinos viveram um período de completa paz, durante um bom tempo, aliás. É claro, toda essa tranquilidade veio depois de muita luta, corrupção e tudo o mais. Mas, isso já era o esperado, certo?! Sem lutas não há vitórias. Não há objetivos a serem alcançados. Vivíamos no reino nomeado Mastla.

Foi nesse período que perdemos D'Artagnan. Bom, não o perdemos, ele resolveu partir numa missão heroica e, ao nosso ver, suicida. Felizmente estávamos errados quanto ao último adjetivo. Mas, essa viagem que ele tanto desejava fazer, nos rendeu muitas discussões. Ele defendendo a justiça e nós, defendendo sua vida. Não estou dizendo que ele estava errado nem nada, por favor, não me entenda mal. Estou apenas dizendo que nos preocupávamos com ele, e admito, foi uma atitude egoísta de nossa parte. Enquanto ele estava disposto a morrer para ajudar os outros, nós estávamos dispostos a brigar para não perdê-lo de vista.

Nunca fui de fugir de nada, mas, a preocupação naquele momento me cegou. Finalmente estávamos vivendo um período de tranquilidade, poderíamos fazer o que quiséssemos, sem nos preocupar tanto como antes. Poderíamos viver nossas próprias aventuras. Juntos. Sem vidas para salvar, pelo menos não tantas quanto eram antes. Juntos, como os irmãos que éramos. Não de sangue, mas de coração. E como irmãos, era inevitável surgir a dúvida em nossa mente quanto a segurança do outro. Será mesmo que valeria a pena trocar isso por mundos estranhos? Mundos que, aliás, não sabíamos nem como cruzar e muito menos o que encontraríamos quando aterrissássemos.

Brigamos, duelamos, discutimos. Um belo dia, D'Artagnan partiu sozinho. Simplesmente sumiu, sem avisar ninguém. Nenhum de nós esperava que isso fosse acontecer, mas fomos imprudentes quanto a isso. Deveríamos ter esperado que algo assim fosse acontecer. Típico de D'Artagnan. Não seriam discussões que iriam segurá-lo. Muito menos argumentos com os quais ele não concordava. Aquele cara sempre foi muito, digamos... “livre”. Defendia seus interesses, opiniões e corria atrás para prová-los, se necessário fosse. E quando se tratava de metas a serem alcançadas, bom, ele não perdia nenhum segundo sequer.

Sua ida sem aviso prévio foi um choque para nós. Mas, ao mesmo tempo, uma atitude esperada. Aquela atitude que sabíamos que deveríamos esperar porém, não esperamos, se é que me entende. Como eu disse, fomos muito muito muito burros.

O pior: burros orgulhosos.

Difícil decidir qual é o mais orgulhoso de nós três. O tipo de pensamento que vinha em nossa mente: “Ah, mas ele foi sozinho.” “Ah, mas ele nos desobedeceu, sendo que somos muito mais experientes.” “Ah, mas ele foi sem avisar.” “Ah, mas então ele que se vire sozinho.” E essa ladainha prosseguiu durante muito tempo. Demoramos bastante tempo para iniciar uma jornada, tentando encontrar D'Artagnan, tentando garantir que ele estivesse vivo e em segurança.

De qualquer maneira, voltando um pouquinho no tempo, antes de conhecermos D'Artagnan. Nosso reino era governado por um homem chamado Richard Augustus. Ele viera do segundo reino, dos oito, o segundo nomeado Carthesis. Carthesis possuía uma linhagem extensa de sua família real, enquanto nosso querido Mastla estava completamente escasso disso. Depois da morte misteriosa do rei anterior, o trono ficou vazio. Não havia herdeiros, familiares próximos, absolutamente nada. Um plebiscito decidiu que o rei seria vindo de outro reino. Os que estavam dispostos a servir se candidataram, e Richard foi o escolhido, trazendo com si sua família.

Nosso reino estava totalmente quebrado. Havia uma praça, era o oásis do lugar. Era.

Antigamente, seria um lugar extenso, coberto por uma grama verde e com aspecto de recém nascida. Era aberto, mas, poderia ser confundido facilmente com o interior de uma floresta, sendo rodeado por árvores de diversos tipos e qualidades. Todos os habitantes de Mastla conheciam o lugar e simpatizavam com ele, indo sempre apreciá-lo. No centro, havia um lago mediano, bem fundo, com águas quentes e cristalinas. Algumas crianças sempre precisavam ser visitadas pelos mais requisitados médicos, pois iam banhar-se sem supervisão. Acabam quase se afogando, se machucando nas pedras únicas que existiam no fundo do lago, ou até mesmo eram vítimas de espécies de animais que viviam ali. Eu particularmente, só havia visto um ou dois peixes mas, havia relatos que existia águas-vivas mortais e perigosas. Vai saber se eram apenas rumores ou não.

Existia também vários bancos espalhados pelo local, e, do lado oposto ao lago, havia um pequeno restaurante, que servia aperitivos, café, e sobremesas diversas. Flores eram cultivadas ali, juntamente com morangos, e os odores que exalavam pelo lugar eram, no mínimo, excelentes.

Porém, houve uma guerra entre os reinos de Mastla e o primeiro reino, chamado Bellmonth. Richard conduziu muito bem a guerra, porém, nosso reino era menor e menos poderoso, sendo assim acabou totalmente quebrado. Esse popular oásis foi completamente destruído, não restando mais nada depois além de cinzas e árvores caídas. O rei realmente ordenou bem a situação. Conseguiu restaurar alguns locais, melhorar algumas coisas mas, o ouro estava escasso, e já não era mais possível tomar iniciativas. As dívidas se acumulavam. Um belo dia, ele sofreu um acidente. Ninguém sabe o que aconteceu exatamente, o que deixou a situação ainda mais estranha, entretanto ele foi encontrado morto, dentro de sua banheira, afogado. Obviamente ele não poderia se afogar dentro de uma banheira, primeiramente porque ele sabia nadar, e segundo, a banheira nem era tão grande assim. De qualquer maneira, a ordem natural seria o seu filho, que já tinha 26 anos, assumir o poder. Contudo, antes que ele pudesse se sentar no trono, morreu da mesma maneira que o pai. E assim, consecutivamente, todos da família real foram morrendo. Algum tempo depois da morte de Richard, foi encontrado um testamento, no nome dele, deixando o trono para um cara chamado Robert Michael Jones. Antes de ele ser procurado, fomos designados a investigá-lo. O homem não tinha ligação nenhuma com Richard e não tinha motivos para ser herdeiro do mais precioso bem do rei. Entretanto, não havia muito a se fazer. Em Mastla, existia muitos bandidos, muitas leis eram descumpridas e nunca revistas mas, quando se tratava do trono, as coisas eram levadas a sério. O juiz determinou que seria como estava no testamento, mesmo porque não havia quem assumir o trono e já que nosso rei havia desejado que aquele homem assumisse, então, ele assumiria.

Esse novo rei, não vivia em nenhum dos 8 reinos. Alguns dos mosqueteiros o convocaram e na semana seguinte, ele já estava lá. Robert, inicialmente parecia amigável e pulso firme. Durante um longo tempo reinou dessa maneira. Entretanto, nós três, nunca paramos de investigá-lo, por conta de toda a situação estranha do testamento. E tínhamos um afeto único por Richard, o mínimo que poderíamos fazer era honrá-lo, procurando saber o verdadeiro motivo de sua morte. Foi praticamente impossível descobrir alguma coisa sobre ele. Com o tempo, se tornou amado por todos, praticava a justiça, e condenava bandidos que há muito eram deixados de lado. Entretanto, isso não fez com que parássemos.

Depois de alguns anos, seu comportamento começou a mudar drasticamente. Tornou-se rude, absolutista por completo, egoísta. Tratava a todos com desdenho, sua simpatia havia sumido por completo. Seu semblante estava sempre preocupado como se estivesse prestes a morrer a qualquer momento. Levava em consideração primeiro os seus desejos, depois, os do povo. E então, houve aquela missão.

Robert nos convocou e disse que teríamos que ir aquela pequena vila, que já não me recordo o nome e, espionar a família de Killian. Quando a mãe, o tio, e o menino estivessem reunidos, deveríamos invadir, matar todos, porém levar o menino são e salvo para ele.

Perguntamos porque tudo isso era necessário e, tudo que Robert disse foi que, Bellmonth estava novamente “querendo intrigas”. Poderiam atacar a qualquer momento e destruir de vez Mastla. E aqueles dois, eram espiões do reino de Bellmonth. O menino, estando vivo, poderia colaborar. Apesar de nossa eterna desconfiança por aquele homem, éramos seus mosqueteiros e servíamos a ele, com a plena lealdade. Essa lealdade, mais tarde, viemos a descobrir que foi um completo equívoco. Porém fomos até lá, observamos a família durante um tempo, e quando achamos que era a hora, entramos. No dia de nossa invasão, alguns piratas atracaram na vila, e o lugar estava uma completa zona. Bombas, tiros, armadilhas por todos os lados. Achamos então, que seria um bom momento.

Fizemos tudo aquilo que acredito que você já saiba. O menino escapou e até hoje tenho a curiosidade de saber como, pois, a única certeza que tenho era que ele estava naquela casa quando entramos e quando saímos. Era impossível ele ter fugido sem termos visto. Mas ele fugiu.

Enfim, quando voltamos a Mastla, o rei ficou furioso conosco. Disse que o menino era o mais importante e que iria nos punir por conta disso. Nossa execução em público foi marcada. Mas, já havíamos investigado o suficiente sobre aquele homem. Encontramos algumas coisas, e, entre elas, ele marcava um encontro com um rapaz chamado Marcus W. Reith. Ficamos presos, esperando o dia de nossa execução mas, só estávamos esperando o momento que esse encontro ocorreria para fugirmos. Pegamos os dois no flagra e, matamos os dois. Não fomos julgados, é claro, pelo que parece tínhamos mais respeito que o próprio rei. No final, tudo o que descobrimos foi comprovado e fomos limpos de todas as ameaças. Entretanto, não conseguimos descobrir nem tudo o que aquele homem escondia.

Não descobrimos nem naquela época nem nunca. Algumas coisas foram impossíveis de serem desenterradas. Outras... Bom, essas outras já estão na hora de serem explicadas.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?Mil beijos ♥