Is This A Fairytale? escrita por Lost in Neverland


Capítulo 22
Finishing the job


Notas iniciais do capítulo

Olá, seus lindos!
Bem, como eu disse antes, estou de férias então os capítulos sairão mais rápido.
Quero agradecer as 7 recomendações e aos 175 comentários! Muito obrigada! Isso significa muito para mim, de verdade, e o apoio de vocês me deixa muito feliz. Vocês são uns fofos, vou pegar todos para mim haha ♥ Obrigada!!!!!!!!
Enfim, nesse capítulo teremos uma cena pela qual todos estavam esperando... mas deixa sendo surpresa *-* haha
Espero que gostem!
Boa leitura :)



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Jake Frost’s POV:

Bati três vezes na única porta que estava entreaberta de uma das entradas da delegacia e logo em seguida veio a resposta.

– Entre.

Entrei e esperei que a palavra fosse dirigida a mim novamente antes que eu pudesse dizer qualquer coisa. Em parte porque eu realmente não sabia o que dizer. E em parte porque ainda estava pensando se ajudaria ou não Regina.

– Swan. Emma Swan. Sou a xerife daqui – disse a loira de olhos verdes estendendo a mão para me cumprimentar – Você é...?

– Hum... Hér... Jake. Frost. Jake Frost.

– Certo. Muito prazer, Jake.

– O prazer é meu.

– Venha comigo.

Acompanhei-a até uma nova sala que havia no canto do cômodo. As paredes eram de vidro, e era algo bem pequeno, um escritório simples, com poucos móveis, porém muito bonitos e de bom gosto. As celas que havia deixado para trás no cômodo que estávamos anteriormente estavam vazias. Perguntei silenciosamente se a delegacia do lugar ficava sempre vazia assim. Isso significaria que

1°: O lugar era um paraíso completo repleto de paz, felicidade, amor, etc. etc. etc.

2°: A polícia era um tanto fraca demais, incapaz de capturar alguém


E antes de continuar analisando as possibilidades, desisti, porque estávamos falando de uma cidade repleta de personagens de conto de fadas, vilões, e que leis não deveriam valer muito por ali então era difícil saber.


– Sente-se. Fique à vontade. E então? Chamei-o até aqui porque pude perceber que estava, hum, um pouco desconfortável e provavelmente quer falar sobre alguma coisa. Ou alguém. Bom, aqui teremos mais privacidade. Qual é o problema, Jake?

– Na verdade, eu quero fazer duas denúncias.

– Certo.

– Bom, tem um cara ai, talvez você conheça, talvez não, mas ele, bom, nós tivemos alguns desentendimentos no passado. Seu nome é D'Artagnan e ele está prestes a roubar algo que é meu. E tem Hook também, seu amigo que não é tão amigável assim... esses dias ele me fez uma dura ameaça.

Ela estreitou os olhos por rápidos segundos e, por um momento, tive a impressão que ela sabia que eu estava mentindo. Quase desisti de continuar com essa estúpida mentira, não queria mesmo. Um forte trovão clareou o céu e a sala tremeu. Depois disso percebi que realmente precisava manter a calma.

Com o tempo, meus poderes aumentaram e, meu humor passou a ser determinado por elementos que consigo controlar. O que é um pouco estranho e desconcertante e, acreditem, me deixa muito nervoso. Porque, eu consigo controlar exceto nesse momento em que reflete o meu humor. E se, não consigo controlar sempre então, na verdade, não consigo controlar nunca. Pode parecer drama, e sei que é um pouco mas também é estranho, e toda vez que esse pensamento percorre a minha mente, tenho medo de estar certo sobre isso e, perder o controle. Agora não só um trovão treme a sala, mas, vários.

– Ok – diz Emma, com a expressão calma, porém desconfiada. Como sabe que Hook é meu amigo? E o que ele fez para você?


– Hã... cidade pequena.

– Mas essa é a primeira vez que te vejo por aqui.

– Estive sumido na cidade durante alguns anos.

– Hum.

Silêncio.

– Se você esteve sumido, como conhece as pessoas da “cidade pequena”?

– Hã... ele é bem popular por ai.

– Certo. Mas, você ainda não me disse o que ele fez.

– Bom, certo dia estava caminhando de noite, gosto de fazer isso de vez em quando, sabe como é, clarear as ideias... e bem, esse cara passou por mim. Ele e uma mulher... qual era mesmo o nome dela? Espere... ah sim, Cora! Bem, esses dois passaram por mim e esse tal cara conseguiu me parar com sua espada e a tal Cora fez alguma coisa, algo parecido com mágica e caí desacordado. Quando voltei, estava em um casebre e ouvia os dois cochichando sobre alguma coisa... enfim. Consegui escapar porque sou muito veloz e prendado.

– Hum. Você tem certeza que era ele? – Emma ainda estava desconfiada, porém agora seu olhar também assumiu um tom preocupado

– Absoluta.

– Ok. Se você esteve sumido – continua ela – poderia me explicar que desentendimentos foram esses e em que época surgiram? Porque, conheço D'Artagnan e, ele não esteve apenas “sumido” mas sim fora da cidade. Chegou há pouco tempo. E se você estava sumido e ele fora, como se conheciam? Do passado?

Senti o suor escorrendo pelas minhas costas. Sou muito bom em várias coisas, verdade. Mas não em contar mentiras.

– Claro. Do passado. De onde mais seria? – digo

Emma pigarreia e com uma voz mais calma do que eu poderia esperar, diz:

– Escute, eu tenho, hum, um superpoder.

– Hein?

– Sei que é difícil de acreditar, mas pode chamar assim.

– Não é difícil de acreditar, pelo contrário, na verdade...

– O que?

– Nada. Continue.

– Dequalquer maneira, eu consigo ver quando as pessoas estão mentindo. E, na verdade, mesmo que eu não tivesse esse “superpoder” acho que poderia perceber que você está contando uma lorota atrás da outra. Qualquer um perceberia. Creio que precisa melhorar suas histórias, Frost.

Mais trovões.

Ok. Não há porque continuar mentindo, certo? Na verdade, esse sempre foi o plano. Contaria a minha mentira, e, caso ela descobrisse ( o que aconteceu rápido demais até), diria a verdade. Caso ela acreditasse em mim, seguiria adiante o desmentiria tudo. Provavelmente desmentiria.

A verdade é que, por mais que eu queira Magara de volta, obviamente não quero me submeter a vontade de Regina. E de certa maneira sei que vou me ferrar de qualquer jeito, ajudando-a ou não. Bom... talvez eu me ferre menos não a ajudando.

Enfim, contei toda a minha história para Emma, minha relação com Regina... tirando de fora o fato que sou um semideus.

– Ela queria os feijões que D'Artagnan foi buscar. Não me pergunte para que, simplesmente não faço a menor ideia. E como ela percebeu que vocês estavam se ajudando, queria causar algum conflito. Bom, ela não falou isso mas era óbvio.

– E quanto a Hook?

– O que tem ele?

– Ela também queria causar algum conflito? Foi ela que disse para mencionar Hook e Cora, certo?

– Certo. Eu inventei a história, porém não sou muito bom nisso... de qualquer maneira, ela queria sim os dois incluídos. Obviamente, para causar conflito também.

– Mas já existe um “conflito” com Cora... na verdade, achei que elas estivessem juntas, mas, pelo visto, não estão mais no mesmo time.

– Bom... eu não sei. Talvez ela queira despistar?! E quanto ao Hook?

– O que tem ele? – a xerife solta essas palavras na defensiva, corando um pouco. E percebo que existe algo maior com os dois, então simplesmente digo:

– Com certeza, no caso dele, foi para causar conflito.

– Como pode ter certeza? – diz ela, ainda na defensiva, e ainda corando

– Ah, é apenas uma dedução – digo sorrindo

– Mas, Jake, quem você é?

– Quem eu sou? – respondo com a pergunta fingindo que não entendi. Na verdade não queria revelar quem realmente sou, é perigoso.

– Assim como todos nessa cidade, você provavelmente tem um passado. E é alguém diferente nesse passado. Provavelmente um personagem de conto de fadas?

– Olha... bom... que isso fique entre nós ok?

– Claro.

– Também sou Hércules. Sabe, sou um...

– Não! – ela me interrompe um tanto empolgada demais – Jura? – diz, com os olhos brilhando e sinceramente estou tentando entender de onde saiu tanto entusiasmo.

– Você sabe quem eu sou?

– É claro que sei! Sabe, tive poucos heróis na infância porque nunca me prendi a nenhuma baboseira dessas... tive uma infância um pouco complicada, não conheci minha família, entende?

Sim, eu entendia.

Balancei a cabeça em afirmação.

– Sinto muito.

– Mas, você foi o meu herói! Desde pequena o admirei e bom... não importa quanto tempo passe, ídolos são sempre ídolos, certo? Nunca quis conhecer a Branca de Neve, mas essa é a minha mãe... mas sempre quis conhecer o Hércules e aí está você!! – ela saiu de trás da mesa e me abraçou forte – Você é tão novo! Imaginava você mais velho...

Essa situação estava um pouco estranha na verdade, não sabia que era uma celebridade. Mas, ao mesmo tempo, era confortante. Não sei explicar porque, apenas era.

– Quer um autógrafo? – perguntei erguendo as sobrancelhas

Ela riu nervosamente: Por favor.

Conversamos mais um pouco depois disso e nunca imaginei que sairia ali com uma nova amiga. Já poderia chamá-la de amiga? Bom, acho que sim, pelo menos já a considerava assim.

- Qualquer coisa que precisar, é só avisar, certo? - disse ela, sorrindo

Combinamos de nos encontrar novamente para resolver o que fazer, e para discutir caso descobríssemos alguma coisa sobre o que Regina ou Cora ou as duas estavam tramando.

D'Artagnan’s POV:

Já havia pego os feijões sorrateiramente o suficiente para que ninguém me visse. Nem mesmo Annie. E falando em Annie... bom, acho que estava bastante adiantado na minha tarefa. Não, não estava, mas dane-se. A verdade é que estava com saudades dela e iria aproveitar esse encontro para colocarmos mais o assunto “em dia”. Quem sabe se haveria outra oportunidade? E tenho certeza que Emma está controlando bem as coisas lá em Storybrooke.

Emma’s POV:

Antes que eu pudesse sequer pensar sobre... sei lá sobre o quê, para ser sincera não tive tempo nenhum de pensar. Quando pisquei e finalmente dei por mim, Hook já estava avançando em minha direção com a espada em punho e um sorriso malicioso no rosto.

Fiquei um pouco atordoada depois do que Jake disse. Ok, ele estava mentindo, mas mesmo assim... Por que Cora iria querer me colocar contra Hook? Ou destruir o laço que temos? Não dizendo que temos algum laço nem nada, porque não temos, hum, mas, sabe, ela provavelmente deve ter pensado que sim para fazer isso. Certo?

Enfim.

Fui obrigada a parar nisso tudo quando Hook já estava em cima de mim, e felizmente, desviei seu golpe com a minha espada. Caso não tivesse feito isso, minha cabeça provavelmente teria rolado legal. Creio que não seria uma visão muito bonita.

Vieram em seguida vários movimentos rápidos de Hook que consegui desviar com dificuldade.

– Até que não está tão ruim, hein Swan? Não posso fazer uma comparação da última vez que duelamos porque, na verdade, tudo que me recordo é de mim sobre você em determinado momento agradável, mas que poderia ser muito mais agradável – disse sorrindo e erguendo as sobrancelhas enquanto tentava atingir o meu quadril e eu desviava a espada novamente – aliás, ainda está em tempo, sabe como é, de recuperar a fruição – agora ele está perto o suficiente que posso sentir seu hálito em meu rosto e me concentro para não ficar tonta. Já estou tendo dificuldades demais em me manter viva, com ele tão perto de mim então, bom... é complicado.

Não pelo motivo que você está pensando, mas, de qualquer maneira, que isso fique apenas entre nós, certo?!

Continuamos golpeando e desviando golpes e percebo que ele ainda está tentando facilitar para o meu lado, então o provoco, mas logo depois me arrependo:

– Para quem é tão bom e derruba tão facilmente um mosqueteiro, você está demorando um pouco demais, não? – digo e ele sorri sarcasticamente. Consigo ouvir Porthos dando risadinhas atrás de nós.

Em questão de minutos, ou talvez até mesmo segundos, estou meio tendo uma espécie déja vu. Estou deitada de costas e Hook está sobre mim, porém dessa vez estou realmente completamente indefesa. Não me pergunte qual movimento ele vez porque não fui capaz de acompanhar. Ele segura sua espada sobre meu pescoço e consegue pegar a minha, e a joga longe, sem um pingo de delicadeza. Na verdade, não é minha, é de Porthos. Ele ficou um tanto furioso com a falta de delicadeza do pirata.

– Você tem noção do material que foi usado para construir essa raridade? Claro que não, você é um idiota – resmunga o mosqueteiro enquanto pega a espada e vai se afastando

Com a sua outra mão livre, Hook segura meu quadril, delicadamente e ao mesmo tempo, com força. Gosto de sentir o toque dele. E me apavoro diante dessa constatação recente.

– Na verdade, princesa, apenas não consegui resistir ao impulso de deixá-la conduzir o embate mais uma vez, porém, diante de sua grosseira observação, fui obrigado a parar – ele agora estava mais perto que antes, seus olhos encarando os meus e eu percebo que estou corando loucamente. Sua mão ainda está no meu quadril.

– Bom, acho que agora você será obrigado a me soltar.

Ele riu.

– Na verdade, eu acho que não. Ainda não conclui o serviço, sabe como é, não posso libertá-la antes disso.

– Que serviço? – perguntei, temendo a resposta, mas ao mesmo tempo curiosa

E antes que eu pudesse dizer qualquer coisa mais, ele afastou a espada de meu pescoço e, simultaneamente, a mão de Hook que antes estava meu quadril, passeou até chegar na minha nuca e puxar-me para mais perto dele, de encontro aos seus lábios. Sua boca tinha um gosto de maresia e seus lábios eram macios e deliciosos. Sua mão livre acariciava os meus cabelos e, antes que pudesse resistir ao impulso, levei a minha mão até sua nuca, puxando-o para mais perto de mim, enroscando os meus dedos em seus cabelos sedosos e que cheiravam muito bem, aliás; depois de um tempo, percebi que a minha outra mão agarrava a gola de seu sobretudo de couro. O beijo parecia estar durando uma eternidade e, por mim, poderia durar muito mais. Minha razão dizia para me afastar; meu corpo ansiava e queria aproveitar mais a sensação de tranquilidade, proteção e êxtase que eu estava sentindo; meu coração queria ficar perto daquele pirata que me fazia sentir como eu nunca havia me sentindo antes. Fazia-me querer amar novamente e me fazia ter vontade de viver esse amor. Decidi então, decidi deixar a razão de lado pelo menos nesse quesito da minha vida e me entreguei completamente.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?????
Até a próxima ♥