Is This A Fairytale? escrita por Lost in Neverland


Capítulo 21
A duel unexpected


Notas iniciais do capítulo

Olá, seus lindos!
Disse que postaria mais um capítulo antes do final de semana e está ai, como prometido!
Nesse capítulo teremos POV da Emma, que há um tempão não tinha. E cenas Captain Swan *-* haha
E, estou de férias! Então, terei mais tempo de escrever o que significa que talvez haja mais capítulos por semana, e não apenas um.
Enfim, adorei escrever esse capítulo! Espero que gostem de lê-lo, tanto quanto eu gostei de escrevê-lo!!
Boa leitura :)



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Jake Frost’s POV:

Dentre todos os cenários possíveis, por esse eu não esperava.

Já fazia tanto tempo que eu estava preso, longe do mundo, que eu mesmo já estava esquecendo a minha própria existência. Sem drama.

Quando Regina foi até mim, confrontar-me, confesso que meu desejo era esganá-la ali mesmo. Mas não adiantaria nada, pelo menos não preso ali. Aquela cela era diferente da última em que fiquei.

Quando Regina lançou a maldição, ela trouxe-me consigo e fiquei preso em um lugar subterrâneo, com quase nenhuma luz e, igualmente, quase nenhum ar. Quando consegui sair dali, percebi que era uma caverna, infelizmente não posso lhe dizer onde porque essa cidade é um tanto estranha ainda para mim e não consigo nem ao menos achar o banheiro.

O lugar (antigo) tinha uma cama de solteiro ao centro, que eu poderia dizer que era uma tábua de madeira, caso meus olhos não dissessem o contrário. Do lado da cama havia uma estante, com uma meia dúzia de livros, o único luxo que eu tinha ali. A tal caverna era imensa. Ficava submerso em uma completa escuridão até finalmente chegar ao fim, onde tinha algo parecido com um banheiro simples e um pequeno lago gelado. Depois disso, barras de prata gigantescas fechavam o local, seguidas por uma imensa porta de metal. Desde que havia chegado ali, tentava sem sucesso abrir as barras ou afrouxá-las. Porém, com o tempo, percebi que elas estavam realmente cedendo, até que, um belo dia, cederam por completo e eu consegui escapar. O mais estranho é que, durante um tempo, falsas memórias se apossaram de minha mente. Um novo nome, uma nova vida... Entretanto, mesmo com nomes diferentes, o Jake ainda amava Hayley, assim como Hércules amava Magara. Para você ver, nem mesmo uma maldição é capaz de enfraquecer o amor. E foi esse amor que me impulsionou a não desistir. E, no dia que minhas memórias voltaram, foi nesse dia que consegui escapar da cela e ir procurar por Magara.

Entretanto, cá estava eu novamente, preso novamente em uma outra cela, essa por sua vez, muito mais forte e poderosa que a primeira. Enquanto seguia minha busca, Regina capturou-me de novo.

Aconteceu assim: Eu estava na floresta, quando ouvi um grito de socorro e juro, era a voz de Hayley. Talvez eu estivesse maluco ou sonhando que estava prestes a encontrá-la ou os dois, mas, apesar de não ser bom das ideias muita das vezes, posso jurar que era mesmo a voz dela. Enfim, segui correndo a procura da origem do som e pá. Estou diante de uma Regina repleta de magia e antes que eu possa a reagir à sei lá o que ela fez (não me lembro direito do que aconteceu), caio inconsciente. Talvez eu não lembre por causa do desmaio ou porque ela fez alguma coisa para eu não lembrar, mas isso não importa. O que importa é que fui parar numa caverna, semelhante à primeira, porém sem forças para sair. Apenas com as doces lembranças do rosto belo, dos cabelos ruivos de minha amada e do tempo que passamos juntos. Tentei invocar raios e quebrar as celas, mas ambas tentativas foram inúteis.

E aí, aparece Regina, com um acordo, disposta a me libertar e me dizer onde está Magara. Aceitei obviamente, porque precisava sair dali, mas é claro que não estava nos meus planos fazer o que aquela infeliz havia pedido.

Entretanto, enquanto caminhava até a delegacia, confesso que titubeei. Caso não fizesse o que ela queria, obviamente ela descobriria e quem sabe o que aconteceria em seguida? Mas também, talvez eu arcasse com os desejos dela e ela não fizesse o mesmo por mim. E claro, os desejos dela não eram algo honroso a se fazer então não valia a pena.

Por fim, decidi começar a seguir com o plano dela e ver no que ia dar. Sei que é egoísmo de minha parte mas, esperem, me deem um desconto. Passei sei lá quanto tempo sem ver a luz do Sol, estava com o cérebro bastante embaralhado.

No caminho, fui apreciando a vista. Porque, como eu disse, não via o Sol há um bom tempo. A cidade ainda era estranha para mim, porém achava tudo lindo. As construções, algumas mais simples e antigas, outras mais trabalhadas. O verde cobrindo bastante espaço do lugar... Parei uns instantes e olhei para o céu, que estava completamente límpido, e deixei que o Sol batesse em meu rosto. Depois disso segui adiante e finalmente, entrei na delegacia.

Emma’s POV:

Quando cheguei na praça, percebi que realmente tinha chegado em uma boa hora. Hook e Porthos estavam prestes a se matar.

Quer dizer, foi uma boa hora porque poderia tentar, apenas tentar, abrandar aquela situação. Mas, também confesso que seria uma ótima hora caso eu pudesse ficar de plateia assistindo tudo e ainda aplaudir no final. E que essa última parte fique apenas entre nós porque eu, como xerife, não poderia dar uma declaração dessas em público.

Entretanto, já duvidei de Hook uma vez, quando ele duelou pela primeira vez com D'Artagnan e confesso que ainda duvido... Ainda não consigo esquecer o confronto no lago Nostos, no qual ele perdeu para mim. Para mim. Pelo amor de Deus, ele, no normal, deveria ter feito picadinho de mim, afinal, eu não tinha muita experiência com espadas. Se eu, EU, insignificante Swan, fui capaz de desarmá-lo facilmente, ele não teria chances contra um mosqueteiro. Foi o que pensei antes, e o que penso agora. Mas, ao mesmo tempo em que duvido, não duvido. Duvido que ele possa derrotar o bonzão, mas sei que ele consegue. Pois é. Sei que é difícil entender, mas, é mais ou menos por aí mesmo.

Então, voltando ao dilema anterior, como uma boa xerife, deveria parar a briga e não incitá-la.

– Hook!

Fui correndo até eles e, estava correndo desde a delegacia o que significa que quando os alcancei estava completamente ofegante e sem fôlego algum.

Quando ele se virou para ver de onde vinha a voz, percebi que por um momento ele ficou... Estranho? Atordoado? Difícil dizer. Mudou o peso de um pé para outro e, logo era o velho Hook confiante de sempre:

– Swan, sinto lhe informar, mas você terá que dar meia volta porque estou resolvendo um assunto importante. Adeus – dito isso, virou-se novamente para o mosqueteiro, ignorando-me completamente, acho que fiquei um pouco vermelha de raiva.

– Adeus uma ova, me escute.

– Então, está pronto para levar uma espadada nessa sua cara gorda e feia? – dirigiu-se a Porthos, ainda me ignorando, como se eu não significasse nada ali.

Não sei porque fiquei com tanta raiva, mas não consegui conter o que veio a seguir.

Soltei uma gargalhada, alta demais e histérica demais.

Finalmente ele se virou para mim. Porthos também. Os dois me olhavam com curiosidade, como se eu fosse louca.

– Querido, não posso esperar você resolver “seu assunto” com ele, porque não sobreviverá depois do confronto. Eu mesma acabei com você uma vez, obviamente ele acabará também. E aí não conseguirei falar com você. Entende meu dilema? – disse isso fazendo o sinal de aspas, quando pronunciei a palavra assunto.

Porthos riu e Hook me olhou com um misto de espanto, nervoso, indiferença e tristeza.

– Qual o seu problema, Swan?

– Qual o meu problema? Acho que o problemático aqui é você.

– Ela apenas enxerga a realidade. Por que não tem umas aulas, hein capitão? – diz Porthos, ainda rindo

– Cale essa boca, seu babaca.

– Claro, porque você não é capaz de calá-la você mesmo, certo?

– Se eu fosse você ficaria satisfeito por eu lhe dar a oportunidade de calá-la por livre e espontânea vontade. Sou legal, apesar do que dizem por ai.

– Também é muito humilde – disse eu

– Sou realista amor, é diferente – seu tom de voz agora estava mais calmo, e provocante como eu bem lembrava – apesar de seu ataque não esperado contra a minha realista pessoa, vou perdoar você, afinal, você é muito adorável. Está de TPM?

– Eu não estou de TPM, Hook, não seja ridículo! – disse isso, gritando um pouco alto demais

– Hum, acho que está de TPM. Depois arranjo uns chocolates para você, está bem? Mas enfim, deixe eu lhe explicar uma coisa, querida, sabe porque você está vivinha aqui, linda e exuberante na minha frente?

Revirei os olhos e preferi o silêncio.

– Não sabe, certo? Bem, vou lhe explicar. Está aqui graças a minha realista, humilde e generosa pessoa. É claro que você não teria sobrevivido no lago Nostos caso não fosse isso. Fico feliz em ver que você é capaz de reconhecer o quão inexperiente você é quando o assunto se trata de espadas, mas isso eu posso lhe ensinar mais tarde – pronunciou essas últimas palavras mais próximo a mim, sussurrando e erguendo as sobrancelhas sugestivamente, revirei os olhos para tentar não suspirar diante disso – enfim – continuou ele – como sou muito legal, solidarizei com você naquele momento. Na verdade, já tinha tido uma simpatia muito grande por você, desde que nos conhecemos apesar de você ter sido uma filha da mãe comigo, mas isso não vem ao caso. Estávamos diante de um lago que poderia restaurar tudo o que foi perdido e eu tinha um feijão capaz de criar portais que, olha só gente, havia sido perdido! Sendo assim, eu poderia usá-lo para vir até aqui. E você não. Mas, você poderia usar a bússola, você precisava da bússola. Queria ver seu filho, sua família... sabe, simplesmente não me contive diante dessa história emocionante. Então, simplesmente, deixei que você vencesse, pegasse a bússola, e fiquei fingindo ser um paspalho caído no chão, enquanto você e sua querida mamãe terminavam lá. Assisti a tudo, foi bem divertido.

Estava chocada demais para falar alguma coisa e, imediatamente me arrependi de ter ficado com raiva, me arrependi de ter dito palavras tão rudes para ele.

– Mas e quanto a Cora? Ela não iria me deixar vencer como você... Iria?

– Claro que não, não seja ridícula, princesinha.

– E?

– E o que?

– Você deixou que eu vencesse, mas não sabia se eu realmente iria vencer.

– Sabia.

– Mas você disse que não sabia.

Ele revirou os olhos.

– Você não era tão lerda assim quanto eu te conheci. Ou era?

Dei de ombros.

– Eu sabia que vocês derrotariam Cora. Sabe Swan, não conhecia muito bem você naquela época mas, por termos história, hum, parecidas, e por ter vivido algumas situações complicadas juntos, acho que conhecia você o suficiente. E acreditava em você. Sabia que iria conseguir derrotar Cora. Eu estava com razão, certo? – disse ele, sorrindo

– Se soubesse que a DR iria durar tanto tempo, não teria aparecido – resmungou Porthos

– Você está por dentro demais das gírias para o seu perfil, não acha não? – falou Hook

– Qual é o meu perfil?

– Você não vai querer ouvir, acho que vai ser duro demais para os seus tímpanos rechonchudos – disse Hook, gargalhando

– Olha... – comecei a falar e os dois viraram para mim – obrigada por isso, Hook. De verdade.

– De nada, Swan. Olha só, já que você tem tanta certeza que eu não irei sobreviver a isso e coisa e tal, que tal um duelo, só eu e você, sério dessa vez, para que você possa ver as minhas reais habilidades?

– Hã... não, obrigada.

– Ah, vamos lá, eu insisto. Porthos não vai se importar em esperar, não é querido?

– É claro que não! Adoro uma boa briga.

– Que ótimo! – disse Hook, um pouco saltitante demais – Então estamos resolvidos.

– É... eu não tenho espada – falei, tentando me esquivar disso. Juro que nada disso estava nos meus planos. Sabe, eu tinha um filho, não queria morrer agora.

– Não seja por isso. Olha aqui, uma espada para você – aproximou-se Porthos, oferecendo a sua espada para mim. Ela era realmente linda. Toda de prata, com alguns detalhes de ouro esculpidos. Pena que sua beleza não iria me salvar.

– Que ótimo! – disse Hook

– Você está meio sedento por sangue hoje, não? – perguntei a ele

– Que nada!

Ele sorriu, e abriu os braços, agora já com a espada em punho.

– Apenas quero ver suas habilidades, salvadora. E claro, quero mostrar também que ninguém sobrevive a um confronto contra mim.

– Se eu não sobreviver, como você vai me mostrar alguma coisa? – ri nervosamente

– Não se preocupe, querida, darei um jeito. – ele disse

– Cara, eu não quero fazer isso.

– Está com medo? – instigou ele, e o mosqueteiro riu ao fundo

– É claro que não. Não tenho medo de você. Muito menos da sua espada.

– Ui, ela não tem medo da minha espada. Ótimo então, qual é o problema?

– Nenhum, vamos começar – falei, por fim.

Sei que não iria derrotá-lo, principalmente depois da declaração feita por ele, dizendo que deixou que eu ganhasse. E sei também que provavelmente morreria. Também conheço Hook, e ele é orgulhoso o suficiente para dar o melhor de si e mostrar quão bom ele é. Tenho certeza que, foi esse orgulho que fez com que ele sugerisse uma coisa dessas. Agora, arrependo-me mais ainda de ter dito que ele não sobreviveria...

Droga.

Mas, também sou um tanto orgulhosa e agora não vou sair dessa. E além disso, não é da minha natureza cair sem lutar.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam???
Gostaram? *-*
Mil beijos, até a próxima ♥