Posso resumir em uma palavra o estado de Storybrooke naquele momento: caos. Mas também confusão, desespero e até mesmo pavor se enquadrariam bem na situação.

O acidente com Gold, Belle e Hook na fronteira da cidade, a chegada de um estranho, a descoberta de que Cora estava na cidade... Era, sem dúvida muita coisa ao mesmo tempo para digerir. E isso não é tudo.

Enfim, todos na cidade estavam agitados devido aos acontecimentos recentes. E meu trabalho como xerife era manter a ordem. Algo que pode ser um pouco complicado em um lugar cheio de personagens de contos de fadas, livres de uma recente maldição – quebrada por mim, aliás – com alguns vilões à solta. Ainda não consegui absorver tudo isso.

Durante toda a minha vida sempre fui só eu e eu mesma. Tive que me virar. E quando finalmente confiava em alguém, terminava do mesmo modo que havia começado: sozinha. E agora tinha uma família, uma ideia tão surpreendente quanto a de ser filha da Branca de Neve com o Príncipe Encantado.

Porém, mesmo ainda não estando muito acostumada com tudo isso, confesso que estou amando. Tenho meus pais, meu filho... Nunca imaginei que teria, um dia, uma família.

Quando cheguei ao hospital tive que deixar os pensamentos de lado e voltar para realidade, uma realidade caótica, aliás. O lugar estava uma confusão.

Queria saber como estava o Hook. Aquele imbecil não conseguiu ficar um minuto longe da morte desde que chegou aqui.

Veja bem, não que eu me importe nem nada, mas não sei, só estou preocupada.

Ok. Talvez eu me importe, mas só um pouquinho.

Antes que pudesse buscar notícias dele fui surpreendida por um David preocupado na minha frente (ainda não me acostumei a chama-lo de pai):

– Temos problemas – disse ele

– O que houve?

– Alguns visitantes acabaram de cruzar a fronteira. Storybrooke, pela primeira vez em 28 anos, está lotada de turistas.