Is This A Fairytale? escrita por Lost in Neverland


Capítulo 13
A new tourist?


Notas iniciais do capítulo

Olá, seus lindos!
Esse capítulo ficou um pouquinho curto, peço mil desculpas por isso, mas espero que gostem mesmo assim!
E, para os próximos capítulos, conto com a ajuda e participação de vocês para um projeto.
As instruções estão nas notas finais.
Enfim, espero que gostem desse capítulo!
Boa leitura :)



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Emma’s POV:

Segui para a porta, em direção ao meu problema, como Hook descreveu tão brilhantemente.

Você pode estar se perguntando se eu não deveria ter, hum, digamos, sentimentos mais amigáveis por Neal, levando em consideração o fato que ele é o pai do meu filho. Mas, meu desprezo e falta de confiança por ele é maior que qualquer sentimento afável que possa surgir. Sim, eu sei, não consigo superar o passado tão facilmente como deveria, mas, paciência.

E ele ultimamente irritava-me ao extremo. Talvez pelo fato de eu saber que ele estava tão próximo de meu filho, talvez porque ele tinha esse dom de me irritar, talvez simplesmente porque eu não gostava dele, ou, talvez as três coisas.

– E ai, parceiro? Faz um longo tempo, não? – disse Hook, de dentro de sua cela, antes que eu alcançasse Neal, alto o suficiente para que ambos pudéssemos ouvir.

O dom de Hook para me irritar, sem dúvida, é muito mais nato que o de Neal.

Ele falava como se os dois já se conhecessem de muito tempo...

– Capitão – veio a voz da porta, indiferente, mas com um pequena fagulha de admiração e respeito. Talvez fosse apenas impressão minha.

Entretanto, uma coisa era certa: eles realmente se conheciam. E isso foi algo que me pegou de surpresa e me deixou claramente um pouco – só um pouco – desnorteada. Não consegui disfarçar meu espanto e parei, antes de chegar até Neal, para encarar Hook. Ele apenas sorriu cinicamente.

Antes que pudesse me dar conta, Neal já estava do meu lado. Provavelmente devo ter demorado demais para fazer o caminho até chegar ao seu encontro.

Provavelmente.

– Podemos conversar – perguntou ele, em um tom neutro

– O que você quer?

– Falem mais alto, por favor! Não consigo sequer ouvi-los! – gritou Hook

Revirei os olhos.

– Isso não é da sua conta, capitão – respondeu Neal, rispidamente

– Por que você só o chama de capitão? – perguntei e fui ignorada por ambos

– Se não fosse por mim, você já estaria morto, seu babacão. Sabe disso, não sabe? Então, por favor, não seja ingrato – murmurou Hook

– Como é que é? – perguntei surpresa. Agora a única coisa que faltava era eles se revelarem irmãos perdidos. Eu podia sentir que havia mais coisa ali do que eu imaginava.

Fui ignorada novamente.

Neal suspirou.

– Não pedi que salvasse minha vida – disse ele

– Claro que não. Eu é que sou legal demais. Mas era o que eu deveria ter feito, deixá-lo morrer.

Neal o ignorou e se virou para mim.

– Quem é Henry?

– Por que está perguntando isso para mim? – falei, tentando manter minha voz num tom estável, algo que percebi que não aconteceu já que ela saiu de minha boca totalmente esganiçada e desesperada.

– Emma. Por que não me contou?

– O que eu deveria ter contado?

– Pare de teatro. Eu já sei do meu filho – disse ele, sem rodeios

Gelei. Confesso que demorei um pouco para absorver todas aquelas palavras.

Como ele descobriu? Será que ele já esteve cara a cara com meu filho?

Poderia ser idiotice da minha parte, e até mesmo desnecessário, mas queria protegê-lo. Henry, quero dizer. E mantê-lo longe de seu pai.

Talvez essa última parte fosse total egoísmo partindo de mim, mas dane-se. O tão “preocupado” pai sumiu durante anos e nunca mais deu sinal de vida. E agora, que ele aparece – tudo bem, com uma explicação plausível, mas isso não importa – quer que todos ajam como se nada tivesse acontecido, como se ele fosse o papai do ano, bonzinho e digno de perdão?

Certo, todos nós cometemos erros e todos merecemos a segunda chance, o perdão. Mas, perdoar não é tão fácil como parece ser. Principalmente para mim.

E além do mais, como Henry reagiria quando descobrisse que eu menti para ele? Quando descobrisse que seu pai o abandonou? Abandonou-nos? Não quero que o pequeno coraçãozinho dele se parta.

E que se dane Neal e seu direito a paternidade.

Mas, infelizmente, não havia nada que eu pudesse fazer para impedi-lo de ir ao encontro de seu filho.

– Como você sabe disso? – perguntei, ainda tentando absorver tudo o que estava acontecendo

– Não interessa. Por que você não me contou?

– Claro que interessa.

– Por que você não me contou – ele repetiu a pergunta

Gargalhei.

– Por que eu não te contei? Você sumiu, querido. Sumiu! – estava gritando e apontando o dedo na cara dele, algo que não pude evitar – o que você queria que eu fizesse? Mandasse um cartão-postal ou algo do tipo? Porque, caso não tenha percebido, eu estava um pouquinho ocupada, mofando na cadeia, graças a você – conseguir enviar um breve sorriso sarcástico para ele, em meio aos gritos.

– Achei que você havia me perdoado. E afinal de contas, eu lhe expliquei toda a situação.

Não respondi.

– Eu posso falar com ele?

Bom, isso quer dizer que ele ainda não se encontrou com Henry. Ainda.

– Por que pergunta?

– Porque eu sei que estou errado, e você é quem tem direito a decidir sobre isso.

– Como ele é sensível! – exclamou Hook, soltando uma risadinha. Havia me esquecido que ele estava escutando a conversa, tinha conseguido ficar de boca calada por tanto tempo, até agora – Diga-me, essa delegacia é sempre palco de uma boa discussão de família? Ah é, isso aqui é um negócio de família – disse ele, tirando suas próprias conclusões

Revirei os olhos.

– Deixe-me falar com ele primeiro – disse eu, virando-me novamente para Neal, e esforçando-me ao máximo para olhá-lo nos olhos.

– Tudo bem. Espero sua autorização então – dito isso, ele sorriu ternamente e saiu.

Fiquei um tempo encarando a porta tentando entender qual foi o significado daquilo. Não consegui atingir nenhuma boa conclusão.

– O que está olhando ainda ai? – perguntou Hook, já que eu continuava encarando a porta

Virei-me para ele e caminhei pesadamente de volta para o sofá. Quando cheguei lá, deixei-me afundar nele.

Olhei de soslaio para Hook e percebi que ele estava me observando.

– De onde você conhece Neal? – perguntei, virando-me para ele

– Ah, isso. Bom, é uma longa história.

– Você já disse isso.

– O que?

– Que é uma longa história. Mas até agora enrolou, enrolou e não começou a contá-la.

– E você ainda não entrou aqui.

Sorri sarcasticamente para ele.

– O que foi? O que posso fazer se você tem tanto trabalho por aqui?

– De onde você o conhece?

– Digamos que eu tenha cruzado com ele, um tempinho atrás, em uma de minhas viagens pelo mar.

– E onde foi isso?

– Na Terra do Nunca.

– Hein?

– Ah, pelo amor de Deus! Sei que sou famoso nesse seu mundinho e sei que conhece um pouco a história. Talvez não seja a história real, mas enfim, você entendeu.

– E qual é a história real?

– Qual parte dela?

– Ah, por favor!

Ele sorriu.

– Você deveria ser menos curiosa, Swan.

Ergui as sobrancelhas, desafiando-o.

– Quando você irá me libertar?

– Não mude de assunto, Hook.

Seu olhar rapidamente saiu do meu rosto e correu em direção a porta.

– Acho que terei que mudar – disse ele, fazendo beicinho como se estivesse muito triste com a situação

Virei-me para porta e deparei-me com uma figura desconhecida.

– Xerife Swan? – o homem perguntou, sem entrar na delegacia

– Sim? – respondi, levantando-me e indo em sua direção

Suas roupas e seu modo de falar lembraram-me um pouco de D'Artagnan. Sua espada presa na cintura, brilhava de uma forma encantadora e também assustadora.

– Poderia me ajudar em uma complicada situação? Sei que tens tido contato com uma determinada pessoa e quero saber um pouco sobre ela – seu tom foi educado e autoritário ao mesmo tempo.

Eu não deveria me surpreender por encontrar com mais um estranho por aqui, mas não pude evitar.

– Bom, depende. Não posso sair expondo as pessoas assim. Quem é você? E quem você está tentando encontrar, afinal?

Sou Porthos – fazendo uma reverência para me cumprimentar – e quero saber sobre D'Artagnan.

Fiquei boquiaberta e tentando digerir tudo aquilo por alguns instantes.

– Mais um? – murmurou Hook, no fundo de sua cela.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Mereço reviews? ^^ haha
Pessoal, como vocês sabem, temos muitos turistas em Storybrooke e, em breve, muitos deles serão apresentados aqui, alguns bem conhecidos, outros nem tanto...
Enfim, e vocês podem ser alguns desses turistas. Quem quiser participar, é só mandar um review, com o seu personagem. Nome, idade, preferência por possuir um par romântico, se pode morrer ou não, e sua história, é claro. Ainda não defini quantos personagens irei escolher mas, dependendo da quantidade, usarei todos que forem enviados. A não ser que sejam muitos, ai terei mesmo que selecionar apenas alguns.
Espero que vocês gostem da ideia e participem!
As histórias poderão ser enviadas até o dia 11/05.
Mil beijos!