Is This A Fairytale? escrita por Lost in Neverland


Capítulo 11
Trust me


Notas iniciais do capítulo

Olá, seus lindos!
Estou postando esse capítulo mais rápido do que pretendia devido a alguns pedidos. Isso mostra que não sou tão lerda assim, certo? hahaha
Enfim, esse capítulo é bem Captain Swan, como havia prometido! E devo dizer que simplesmente amei escrevê-lo!!!!
Espero que gostem!
Boa leitura :)



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Emma’s POV:

Sai da delegacia com o meu fusca de todas as horas e fui até o Granny’s buscar alguma coisa para comermos. Antes que você pense, não estou indo até lá porque Hook pediu nem nada, mas porque eu estava realmente com fome. Porém, como sou uma pessoa legal, iria aproveitar e pegar alguma coisa para ele também.

Quando cheguei lá, a lanchonete estava lotada. Não conseguia me acostumar com isso. Ultimamente, o estabelecimento está sempre transbordando de gente, algo que não era muito comum antes da chegada desses turistas.

Deparei-me com poucos rostos conhecidos e muitos, mas muitos desconhecidos. Se não foi por acaso que D'Artagnan “deu as caras” por aqui, em Storybrooke, talvez tenha outros turistas por aí que não são, você sabe, apenas turistas. Que estejam aqui por um propósito. Um propósito quem sabe, não tão bom.

Definitivamente precisava retomar as minhas buscas. Talvez pudesse encontrar algo – ou alguém, nesse caso – importante.

Enfim.

Sentei-me no balcão e rapidamente Ruby apareceu, sorridente e simpática como sempre

– Ei, Emma. Tudo bem?

– Tudo ótimo e com você?

– Beleza! E ai, vai querer alguma coisa?

– Sim, eu vou. Hum... 1 hambúrguer, com batata frita, uma porção de ovos com bacon e 2 latas de coca-cola, por favor.

– Ok. Anotado. Já já está saindo!

– Obrigada Ruby - sorri, e ela saiu apressada com o bloquinho na mão e indo atender outros clientes.

Estava com a minha mente distante dali quando uma voz conhecida surpreendeu-me.

– Emma, o que está fazendo aqui?

– Neal. O que você acha que eu estou fazendo? Vim nadar um pouco e depois praticar ginástica.

– Bom ver você também.

Sorri secamente.

– O que você quer?

– Ter uma conversa amigável. Posso?

– Quem sabe um dia? Mas posso garantir uma coisa: não será hoje, não será amanhã e provavelmente não tão cedo.

– Olha, eu sei que você está chateada, entendo isso, mas...

Antes que ele pudesse terminar seu discurso, eu o interrompi

– Ah, você sabe? Você não sabe de nada, querido. E vem cá, é realmente necessário termos essa conversinha aqui e agora? Acho que não é o lugar e muito menos o momento adequado para isso – explodi, falando mais alto do que eu pretendia

– Eu sei. Tudo bem, me desculpe.

Depois de muitos minutos com um silêncio constrangedor, ele continuou como se nada tivesse acontecido:

– E então, xerife, têm tido muitos problemas com os turistas pela cidade? – disse ele, sorrindo, e posso dizer que percebi um tom debochado em sua fala, bem leve mas, felizmente perceptível.

– O que quer dizer com isso? Você sabe de alguma coisa? – pela primeira vez desse o início de nossa “conversa” o fitei intensamente e realmente interessada.

Neal riu.

– Certo, o que eu poderia saber? Por favor, Emma, eu não sei de nada – ele estava mentindo – apenas perguntei isso porque sei que um tempinho atrás, Storybrooke não tinha o turismo no topo de suas atividades econômicas, certo? – perguntou, sorrindo, sarcástico mas ostentando uma pequena fagulha de desespero.

Neal estava mentindo. Não era uma dedução nem nada, eu tinha certeza. Não sei o que ele estava escondendo mas iria descobrir. Talvez não agora, mas breve.

Para a sorte dele - e para a minha sorte também -, o meu pedido chegou.

– Aqui está, Emma.

– Obrigada, Ruby – disse eu, entregando-lhe o dinheiro

– Infelizmente, tenho que ir agora – disse, virando-me para Neal que mostrava uma expressão irônica, algo que não entendi muito bem, mas dane-se – de qualquer maneira, fique sabendo que ainda não terminamos nossa conversa.

– Fico feliz em ouvir isso.

– Não deveria ficar. Sei que está escondendo algo e vou descobrir, você querendo ou não – sorri para ele e dei às costas.

– Até mais, Emma – gritou Neal, e eu não me dei ao trabalho de responder.

Entrei no meu fusquinha e fiz o caminho de volta para a delegacia tentando entender o que havia acontecido na lanchonete. Quero dizer, Neal estava realmente tentando “recuperar” o contato ou algo do tipo?

E por que ele mentiu? O que ele estava escondendo?

Todas essas perguntas martelavam incessantemente na minha cabeça, até que finalmente cheguei na delegacia e me deparei com um Hook todo sorridente apesar de estar preso.

De novo.

Involuntariamente todas as preocupações cessaram, pelo menos por um tempo.

Devo repetir: involuntariamente.

– Trouxe comida – disse eu, balançando os saquinhos e caminhando em direção à cela dele

– Refrigerantes?

– Refrigerantes também.

– Ah, eu sabia que você gostava de mim – disse ele, sorrindo e ostentando uma expressão como a de uma criança quando ganha o seu brinquedo dos sonhos – agora passa esses refrigerantes para cá.

Em frente à cela, do lado de fora, havia um pequeno e desgastado sofá, sentei-me em seu braço de forma que ficasse frente a frente com Hook.

– Não sabia o que mais você iria querer, então trouxe hambúrguer, porque lembro que você gostou quando lanchamos juntos – disse eu, entregando os embrulhos para ele

– Você lembra, hein? – disse Hook, sorrindo sugestivamente e erguendo as sobrancelhas sedutoramente – Isso é realmente muito animador.

Apenas sorri sarcasticamente para ele.

– Bom lanchar com você de novo, Swan, mas seria ainda melhor se não houvesse essas barras nos separando – disse ele, bebendo do refrigerante – e então?

– E então o que?

– Quando vai me soltar?

– Por que a pressa?

– Fique tranquila, amorzinho, você não precisa me manter preso para ter a minha presença constante em sua vida. Preso ou não, sempre estarei ao seu lado.

– Ah, que lindo – sorri ternamente e ele retribuiu o sorriso – mas, infelizmente, devo dizer que não se trata disso.

– E de que se trata então? Tornar seu trabalho mais interessante, emocionante e excitante enquanto me vigia?

– Não seja ridículo. Acontece que é mais seguro que você esteja preso aqui. E sabe como é, eu como xerife devo prezar o bem e a felicidade de todos.

– E a sua felicidade, como fica?

Acho que demorei um pouco demais para responder essa pergunta. Acho não, tenho certeza. Confesso que ele me pegou de surpresa. E fiquei sem saber bem o que responder.

– Pelo visto não fica, não é, princesa?

– O que você tem a ver com isso?

– Nada, na verdade – disse ele, mordiscando seu sanduíche com prazer – mas achei que poderíamos discutir isso, bater um papo sempre melhora os ânimos. E você é um livro aberto para mim, não se esqueça disso. Você não precisa esconder nada de mim. Pode confiar em mim, Swan – disse Hook, lançando-me um de seus muitos belos sorrisos.

– E D'Artagnan? – perguntou ele, mudando de assunto rapidamente

– O que tem ele?

– Onde está o cara?

– Ele ainda está aqui, hospedado no mesmo lugar, acho.

– Então ele não vai embora?

– Não por enquanto.

– Que ótimo, assim podemos duelar nas horas vagas.

Olhei para ele descrente.

– Não sabia que eram amiguinhos.

– Pois é, às vezes a amizade pode surgir do nada e de lugares inesperados. Assim como o amor – disse o pirata, pronunciando as palavras pausadamente e erguendo as sobrancelhas.

O que ele quis dizer com essa do amor?

Certo.

Isso foi inesperado.

De qualquer maneira, preferi ignorar.

– Bom, creio que você deva adiar seus duelos, pois não terá horas vagas nem tão cedo.

– Como você é cativante! Quer entrar aqui?

– Onde?

– Aqui na minha cela?

– Por que eu iria querer?

– O lugar é pequeno, mas tem uma cama – disse ele, sorrindo sedutoramente e novamente erguendo as sobrancelhas, alternando olhares entre a cama e eu.

E lá estava eu, corando de novo.

– Cara, é realmente difícil ter uma conversa decente com você.

– Ah! Então estamos tendo uma conversa.

– É claro. Ou você acha que isso que estamos fazendo aqui é apenas uma demonstração mútua de códigos desconhecidos?

– Não foi isso que eu quis dizer. Você sabe, uma conversa, não apenas conversa, mas uma verdadeira conversa.

– Fale algo que faça sentido, por favor.

– Uma conversa entre amigos.

– Hook, eu disse algo que faça sentido.

– Swan, confesse. Nossa amizade só está crescendo cada vez mais.

– O que?

– Ei, o que é isso que você está comendo? Achei que gostasse de hambúrguer.

– E gosto. Mas comer a mesma coisa toda hora não dá. E, também não é muito saudável.

– Claro, e de saúde você entende – disse, erguendo suas sobrancelhas daquele modo que ele fazia sempre

– São ovos com bacon.

– E isso é saudável? – perguntou, desconfiado e ao mesmo tempo irônico, provavelmente já imaginando a resposta

– Não.

– Então você poderia ter comido o hambúrguer, de qualquer maneira.

– Eu não estava com vontade.

– Ah não?

– Vem cá, podemos parar de falar de comida nessa nossa “conversa de amigos”.

– Claro. Sobre o que você quer falar?

– Eu não sei.

– Quer entrar aqui?

– Não seja babaca, Hook. Eu não vou entrar ai.

– Vamos ver quanto tempo essa sua resistência irá durar.

Revirei os olhos.

Ficamos em silêncio por alguns instantes até que tomei coragem para fazer uma pergunta. Uma pergunta a qual estava interessada em saber a resposta desde o dia que nos conhecemos.

– O que aconteceu com Milah? O que realmente aconteceu?

Sua expressão endureceu, como sempre acontecia quando esse assunto era trazido do passado.

– Ela se foi. Rumplestiltskin a matou.

– Eu quero saber toda a história. A versão completa, não resumida.

Ele abaixou os olhos, fitando o chão intensamente.

– Hook, você disse que eu podia confiar em você. Agora digo o mesmo. Você pode confiar em mim – sorri, ternamente, incentivando-o

Ele me avaliava profundamente com aqueles lindos olhos azuis, provavelmente decidindo o que faria a seguir.

– Bom, é uma história longa.

– Nós temos tempo.

– Certo. Agora, que tal você entrar aqui e então eu começo minha narrativa?



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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?
Mereço reviews? ^^