A Saga Crepúsculo - Summer escrita por DrigoFive 35


Capítulo 13
Capítulo 12 - Visitas


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, desculpem me pelo atraso, mas o site deu uns erros, atualizações e entre tudo, aqui temos mais um capitulo (que estava escrito à um tempão!). Espero que gostem e muitos beijos para vocês!!!!!!! 💙💜💗💚💛💘💓

É aconselhável que ouçam as musicas: Without The Love - Demi Lovato e Say OK - Vanessa Hudgens.

O cap de hoje vai totalmente dedicado a minha nova leitora: tatallyalmeida, beijos e abraços, linda!!!!



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– Cê tá de brincadeira?! - exclamou Jasmine, gargalhando mais ainda. - Seu namoradinho nerd ex-campeão regional de xadrez perdeu pra Renesmee em um jogo!? Ra ra ra...
Estávamos todos sentados no barulhento refeitório, nos divertindo com todas as situações inusitadas que eram lançadas em nosso papo.
– Ele não é meu namorado, e sim, Nessie o ganhou! - falou Clover preguiçosamente. - Renesmee foi realmente brilhante, estou até pensando em coloca-lá como uma titular na equipe...
Eu meio que me engasguei com a bebida ao ouvir isso e Bridgit foi forçada a dar fortes tapas em minhas costas.
– Clover, nem pensar! - exclamei.
Elas riram de minha expressão e Karen interviu:
– Renesmee foi brilhante, mas quem "arrasou" mesmo foi a Sasha. - a menina, ao ouvir isso, ergueo as sombrancelha em um gesto de "quando?". - Aprendendo a jogar xadrez! Vê se pode...
Sasha jogou algumas mechas do cabelo para trás:
– É né, amor, uma pessoa fina como eu tem que fazer o melhor ao seu alcance.
Bridgit deu um risinho de deboche:
– Fina? Quem foi que estava doida para ver o barraco quebrar lá no clube?!
Sasha riu:
– Essa é minha outra parte, gosto de chama-lá de alter-ego... Tipo a Nicki Minaj! Só que sem as loucuras ao melhor estilo diva... O importante é que agora estou no clube e não vou sair. Ainda estou no nível aprendiz...
– Do qual provavelmente nunca sairá! - brincou David.
– ... Mas pretendo me tornar uma mestra logo! - continuoou Sasha, sem dar atenção.
Enquanto eles falavam interminavelmente, dei uma espiadinha na mesa dos Trend que conversavam de maneira contida e calma, deferente da nossa que estava um verdadeiro auê! Enquanto eu os observava, Leonard notara que eu os vigiava e me deu sorrisinho, que eu retribuí... Como ele conseguia ser tão lindo?!
– E você, Renesmee?!
Logo fui despertada de meu transe pelo berro de Jasmine, que pedira breves desculpas.
– Por quê entrou no clube de xadrez? - ela prosseguio com a pergunta.
– Bom, pra preencher meu histórico. Fui expulsa da equipe de vôlei...
Todos da mesa que não sabiam ficaram meio perplexos, mas logo expliquei para eles minha real situação e todos entenderam.
– Ela esqueceu de relatar que a treinadora Sati estava um pouquinho irritada... - falou Karen.
E logo em seguida começaram a falar sobre coisas distintas de novo. Ver todos eles assim, felizes, me tranqüilizava dez vezes mais. Saber que suas vidas estavam à salvo era tranqüilizante, mesmo que essa certeza fosse passageira. William estava na Itália no momento (pelo menos espero), eu teria um tempo para não ficar mais preocupada com todos e isso dava um alivio grandioso à todo o meu psicológico.
A tacha de estresse em minha casa também abaixara. Minha mãe estava mais tranqüila, todos fizeram "as pazes" e meu pai estava mais sorridente do que o normal. Tudo estava bem.
– Bom, eu vi no noticiário de ontem que tem grandes chances de nevar nessa madrugada de quinta... - anunciou Sasha, animadamente.
– Ai, tomara que minha mãe tenha um vôo calmo... - exclamou Clover, passando as mãos no cabelo.
Eu franzi o cenho:
– Sua mãe? Ela não está no Japão?
– Está... Por hora. Amanhã ela chega em Seattle, a emissora deu férias prolongadas para ela... Espero que ela não tenha um vôo turbulento. - explicou ela calmamente.
Em seguida, o sinal findou o recreio e todos na mesa praguejaram.
– Ah, nada como uma aula do professor Clive pra acabar com o humor de qualquer um! - exclamou Jasmine preguiçosamente enquanto voltávamos para a sala.

~ x ~

Leonard acabara de entrar na estrada de terra quando meu celular vibrou no bolso da minha mochila. O saquei rapidamente e logo vi a mensagem de Alice na tela: "Jacob está aqui!!!".
Aquilo foi o suficiente para um sorriso arrebatador se formar em meus lábios.
– O que houve? De repente esse sorriso... - falou Leonard me encarando.
Eu o encarei de volta:
– Jacob está lá em casa...
Ele riu com o cenho franzido:
– Isso não seria novidade... Qual é, você apenas não o vê por um dia!
Eu balancei a cabeça negativamente.
– Jacob está comigo desdê sempre. Ele foi uma das primeiras pessoas que vi após nascer...
Ele não disse mais nada, até porque não havia mais nada a dizer. O bom de Leonard é que ele não ficava rondando a gente para saber de determinados assuntos, ele era "menos" curioso que a maioria das pessoas que eu conhecia. O básico para ele era satisfatório.
Logo estávamos em frente a minha casa e eu me despedi com um sorriso maior ainda, reencontrar Jacob era um trunfo depois de todo o clima de estresse de ontem.
Entrei em casa e fui logo recebida por um abraço caloroso de Jacob que viera logo ao meu encontro.
– Era pra ser uma surpresa, mas a tampinha ali não é de guardar segredo! - disse ele apontando para Alice ao nos separarmos.
Ela penas sorriu:
– Estava tentando deixar minha sobrinha preferida um pouquinho mais feliz! - sibilou ela me apraçando pela cintura.
– Sou sua unica sobrinha! - sussurrei entre-dentes.
– Calada! - ela sussurrou de volta.
Jacob balançou a cabeça rindo de nós.
– Na verdade, eu vim aqui lhe falar uma coisa... Vamos lá pra cima? - ele disse, tirando a mochila das minhas costas.
Subimos a escada em silencio e quando chegamos ao corredor do segundo andar, perguntei:
– E aí? O que quer me falar?
Ele abriu a porta do meu quarto para que eu pudesse passar.
– Na verdade, é apenas um aviso.
Eu ergui uma sobrancelha, esperando uma resposta.
– É que durante essas semanas vou ficar um pouco longe daqui... Tendo certeza de que todos estarão seguros... Me desculpa, mas... Vai ter que segurar a barra um pouco mais. E quero que tome bastante cuidado!
Eu o observei; estava sendo tão difícil para ele quanto para mim.
– Vai se afastar..?
– Só por um tempo!
Eu assenti calmamente.
– Tudo bem, não tem problema... Tem que garantir a segurança de todos. Eu entendo! - falei o encorajando.
Ele deu um sorriso.
– Eu sabia que iria entender! - ele exclamou. - Mas agora, está na hora d'eu ir... Vim aqui só para isso.
Eu assenti mais uma vez e o abracei, na nossa melhor forma de despedida. Ele logo foi embora, e pela janela o observei se transformar e correr floresta adentro na sua forma de lobo com a mais bela tonalidade de castanho avermelhado.
Logo em seguida, pude observar a fina camada de chuva que começara a cair. Típico do inverno qui de Forks (quando não estava nevando). E do outro lado do gramado pude observar dois vultos que se aproximavam velozmente da enorme casa; minha mãe e meu pai logo estavam na varanda.
Corri até o topo da escada para recepciona-los, eles estavam estranhamente felizes.
– Ao que se deve toda essa felicidade? - perguntei.
Bella sorriu, enquanto Edward lhe dava um abraço por trás.
– Digamos que estávamos fazendo as pazes!
– Argh! Quero nem pensar nisso... - eu disse enojada.
– Ra ra, nem eu! - exclamou Emmet, chegando com Rosalie provavelmente de uma caçada. - Já reparou de como eles fazem as pazes rápido!?
– Emm! - exclamou Rosalie, lhe dando uma cotovelada.
E essa era minha familia feliz de sempre...

~ x ~

Já era quarta! E já eram 5:30 da tarde! Tudo o que eu sabia fazer era correr de um lado para o outro em meu closet, enquanto Alice tagarelava em meu ouvido, tentando achar uma roupa adequada.
– Como não me falou previamente que teria um encontro?! - ela gritava.
Rosalie apenas observava Alice, sentada em um banco:
– Alice, do que adianta berrar? É apenas um encontro...
Alice ergueo uma sombrancelha parecendo ofendida.
– Não estou irritada com o encontro, por mim Nessie pode ter quantos quiser... Estou irritada por ela não ter me avisado previamente, suas roupas já estariam sobre a cama só esperando para serem usadas! E cá entre nós, o primeiro encontro sempre é especial...
– PARA... De falar essa palavra! - eu urrei, não estar encontrando uma roupa adequada para o frio e a situação estavam me deixando irritada, e Alice não ajudava muito. - Não é exatamente um encontro. - eu disse, mais calma. - Ele me chamou pra sair... Um encontro de amigos!
Alice e Rosalie se entre-olharam entre risinhos; era impressionante a capacidade delas de me irritar quando queriam. Rosalie se levantou e materializou-se ao meu lado, pegando minha mão.
– Tá bom, Alice! Chega de bronca... Vamos ajudar a Nessia a se vestir, fazer esse cabelo e dar uma maquiada... A que horas ele vem?
– Às sete!
– Temos pouco tempo... - sussurrou Alice, com uma expressão preocupada.
Rasalie deu de ombros:
– Você é Alice, vai dar um jeito!!
Alice riu e começamos nosso trabalho com bastante rapidez, começando pelas roupas; Alice escolherias as peças enquanto Rosalie dava um jeito em meu cabelo. Ela fez uma escova relâmpago e os partiu no lado direito. Estava ótimo.
Alice escolhera roupas ponderadas. Uma calça jeans escuro skinner, um sueter cinza com uma jaqueta de couro azul escuro e cano-longos azul escuro. Aceitei muito bem sua proposta.
Logo depois veio a maquiagem. A mais complicada, para dizer a verdade, pois já eram 6:55! Mesmo assim elas foram rápida e deram apenas uma corzunha ao meu rosto, com um blush rosa bem leve, um batom rosa bebê, um rínel quase imperceptível, uma mascara de cílios, e um rosa bebê para as pálpebras.
No fim deu tudo certo (afinal, foram duas vampiras para tratar do meu rosto), e no fim, eram 7:07. Tudo a tempo, pois Leonard ainda não me ligara; eu estava grudada ao telefone.
– Aaaahhhh!!! - exclamou Alice, quanto me levantei e dei uma voltinha.
– Arrasou! - encorajou Rose.
Me olhei no espelho do Closet e simplesmente adorei o que vi. Estava arrasando mesmo.
– Nossa... - embasbaquei.
Me virei para elas com um enorme sorriso no rosto e corri ao seu encontro. Abracei as duas em um único e caloroso abraço que foi muito bem retribuído.
– Tias, obrigado... Eu poderia chorar agora! - eu exclamei passando a mão nos cabelos, ao nos separarmos.
– Nem pensar! - exclamou Alice desesperadamente , agarrando meu braço com força.
Rosalie riu e logo em seguida meu celular vibrou em meu bolso. O saquei e vi que era Leonard; o atendi desesperadamente.
– Leonard?
– Oi, estou indo aí! Está pronta? - ele perguntou.
– Claro, pode vir! - eu sorri.
Nos despedimos e eu deci com minhas tias para a sala, onde estranhamente, todos os meus tios e minha vó estavam reunidos.
– Nossa! Renesmee vai a algum lugar?! - exclamou Emmet, me olhando de cima a baixo.
– Está realmente apresentável. - falou Jasper, sorrindo.
– Quer dizer, está linda, Querida! - exclamou minha avó.
Eu sorri perante a todos aqueles comentários.
– É, vou sair sim...
– Sozinha? - perguntou Emmet.
Rosalie soltou um suspiro:
– Emmet, pare de fofocar! Se quer saber, Nessie tem um encontro hoje. Como já percebeu, nada que te diga respeito!
Jasper deu um risinho de deboche para Emm, mas este não se calou:
– Espera, os pais dela sabem? Tipo, somos os responsáveis por ela enquanto eles estão "fazendo as pazes", se é que me entende. - ele falou num tom tão serio que até me assustou. - Então, não concordam?!
Alice sibilou:
– Ah, faça-me o favor!
No segundo seguinte a campainha tocou e Esme precipitou-se para atendê-la.
– Renesmee, - Emmet interviu mais uma vez - quero que se comporte, e nada de beijos, nem de pensamentos obscenos, muito menos paixonites e asanhamentos... Acho que o Edward falaria assim, então eu tô podendo. E lembre-se, estamos vigiando...
– Não estamos, não! Não vejo o futuro de híbridos. - entrometeu-se Alice.
Emmet suspirou:
– Mesmo assim, estaremos vigiando!
– Uhum, pode deixar Nessie, dessa casa ele não sai! - defendeu-me Rosalie.
Em seguida, minha vó chegou animadamente na sala, anunciando:
– Leonard está aí, Renesmee!
No instante seguinte, um estalo pareceu soar do interior da cabeça de Emmet, que avaliou bem a situação e caiu na gargalhada:
– Tá de brincadeira!? Vai se encontrar com o Trend?! Ah, qual é, porque não avisou antes... Eu adoro aquele garoto!!! Ra ra... Já pensou, Renesmee e Leonard em cima da árvore se beijando... - e esse era meu tio brincalhão de sempre.
Deu um tchauzinho a todos e corri para a varanda, onde Leonard já me esperava. Ele pareceu um pouco surpreso ao me ver. Será que eu estava estranha?!
– Nossa... - ele falou passando a mão na cabeça. - Está linda, como sempre...
Eu sorri com seu comentário. Ele também estava lindo como sempre, mas e a coragem para falar que sempre me faltava. Ele ergueo o braço para mim:
– Vamos?
Assenti e entrelacei o meu com o dele. Quando descemos os três degraus, ouvi a porta da casa sendo escancarada e a voz de fada soou atras de mim:
– Nessie, vai chover!
Eu me virei para ela e disse:
– Sempre chove!
E nós voltamos a andar juntos, em direção a floresta.
– Onde vai me levar mesmo? - eu perguntei ao entrarmos na floresta.
– Vai ver quando chegar! - ele respondeu, calmamente.
Continuamos a andar pela floresta calmamente, sem falar absolutamente nada. Ainda não havíamos ultrapassado minha casa quando perguntei:
– Vai me levar a sua casa?
– Hoje não! - ele falou rapidamente. - Quer dizer, mais ou menos... Não é especificamente minha casa, quer dizer... Você verá!
Eu ri diante daquela situação. Ele estava nervoso ou era impressão minha?
– Sabe, até hoje eu espero se me contar mais sobre você. - falei, passando a mão no cabelo. - As vezes, parece que eu nem te conheço.
Ele virou o rosto para mim e deu um sorriso:
– Não fique com medo, eu sou bonzinho!
– Não me referi a isso! - exclamei, lhe dando um soco no braço.
Continuamos andando de braços dados; as vezes eu pensava que éramos apenas estranhos que não sabíamos nada um sobre o outro. Ou melhor, ele era o estranho e eu não sabia nada sobre ele!
– Por que não me conta?! Eu não vou...
– Chega, por favor!! - ele exclamou seriamente. - Um dia se vai saber mesmo... Vamos deixar para o tempo certo.
Tudo bem, eu não pestanejei nem o contrariei. Ele não iria me contar sobre seu passado. Era melhor dar apenas um tempo a ele.
Depois de mais uns minutos andando, chegamos até uma clareira ampla que bem no final, uma enorme casa de dois andares branca, se erguia imponentemente. A casa era menor que a minha, mas mesmo assim era gigante. Tinha várias janelas no andar de cima e apenas quatro no andar de baixo.
O que mais achei estranho é que não estávamos indo para lá. Apenas atravessávamos a clareira, e Leonard apenas comentou:
– Gostou?
Já estávamos novamente na floresta quando respondi:
– Errrr... Da sua casa? Sim, é muito bonita, mas... Onde está me levando?!
Poucos minutos depois, chegamos a mais uma clareira; só que dessa vez era muito menor. Pude ver a esquerda uma espécie de estufa de vidro e bem no centro, uma lustrosa fonte com um chafariz no centro, mais ou menos do tamanho de uma piscina.
– Nossa! Que linda... - eu disse quando nos aproximamos da fonte que possuía lindos desenhos a sua volta, como anjos e nuvens. - É italiana?!
Ele assentiu me observando.
– Minha mãe que contruiu! Mesmo sendo romena, ela amava a Itália... E ela ama flores, por isso a estufa!
Eu ergui uma sombrancelha, admirando a estufa de vidro.
– Flores em Forks... Sua mãe deve ser louca por elas mesmo! Deve ter uma mão muito boa para terra...
Ele riu e se aproximos de mim:
– Ela realmente tem.
Me virei para ele que ainda tinha um sorriso nos lábios e me voltei para seus olhos; safiras que mais pareciam dois oceanos nos quais eu não me importaria de se afogar.
– Então... - ele quebrou o silencio, parecendo sair de um transe assim como eu.
Eu sorri para um canto e voltei minha atenção para ele novamente:
– Então, o que vamos fazer?
– Sabe patinar no gelo? - ele me perguntou com um meio sorriso.
Ergui minhas sombrancelha:
– No gelo, mas aonde tem gelo... Quer dizer, eu nunca experimentei...
– Você verá!
Ele sorriu e se sentou na borda da fonte; logo em seguida, me indicou o lugar. Me sentei ao seu lado, esperando algo de relevante acontecer. Foi quando vi uma espécie de laço d'água flutuando da ponte e dando voltas pelo ar. O laço se desfez em quatro partes e dois pares voaram tanto para meus sapatos, quanto para os de Leonard.
Acalie meus sapatos e vi que laminas de gelo se formaram nas solas, como aquelas que se usam para patinar no gelo.
– O que..?
Antes que eu pudesse concluir minha fala, Leonard me levantou da borda, pegando pelas minhas mãos, e com o dedo indicador tocou a água da fonte.
Gradativamente, a água foi se congelando e em pouco tempo, toda a fonte estava congelada inclusive o chafariz.
– Então, esses são seus poderes... - eu falei, avaliando aquilo tudo. - Parecem mais úteis que os meus.
– Cada dom tem seu valor. - ele disse, indo para cima da fonte congelada.
– Você é louco... - eu falei, rindo de seu comentário.
– Por você! - ele exclamou me puxando para cima também.
Eu não sabia se tinha escutado direito, mas por acaso ele tinha falado "por você"? Ele então começou a me guiar pelo gelo. Ele patinava de costas, então já pude imaginar que ele tinha um pouco de experiência.
Eu por outro lado, era péssima! Não conseguia encontrar firmeza e quase caia toda vez que ele me deixava por mim mesma.
– Você consegue! Eu confio em você! - ele falou, largando minhas mãos. - Não irei te deixar cair. - ele me acalmou, se afastando.
– Leonard, volta aqui! - eu berrei, quase caindo.
Enquanto ele dava vários giros na fonte, eu tentava me locomover até a borda. Isso foi quando perdi o equilíbrio e dei um giro completo em torno de mim. Se não fosse pelos braços rápidos e ágeis de Leonard, eu teria caído feio. Suas mãos estavam como cabos de aço ao meu redor e minhas mãos seguravam fortemente seus braços musculosos e assim como ele, só pude rir de cabeça baixa, fitando o chão.
Quando virei meu rosto para cima, cometi meu maior erro! Nossos rostos estavam tão proximos que eu mal conseguia olhar direito para seus olhos, conseguia apenas fitar sua boca.
Fechei meus olhos sabendo o que viria depois, e apenas senti nossos lábios se selando em um beijo carinhoso. Passei minhas mãos para sua nuca e seus braços me puxaram para mais perto. Foi como sentir uma corrente elétrica indo ao dedão do pé e voltando para meu ultimo fio de cabelo. Apenas me senti flutuando nas nuvens, com um turbilhão de emoções ao me redor e sabendo que ele não me deixaria cair.
Quando nos separamos, eu já estava sem fôlego para fazer mais nada e ele igualmente. Meus olhos se mantiam fechados e eu ainda estava em seus braços. Tudo tinha sido mesmo real.
Abri meus olhos e fitei sua expressão feliz e serena ao mesmo tempo. Eu me separei um pouco dele, tentando organizar as coisas em minha mente. Eu acabara de beijar Leonard Trend no meio de uma fonte... O que?!
– Olha, Leonard... Eu... Me desculpa, eu não...
Ele sorriu para mim:
– Está se desculpando pelo que? Foi apenas um beijo e se quer saber... Eu quis!
Pisquei, ainda fitando seus olhos. Agora tudo se complicara em minha mente.
– Sabe, ultimamente eu tenho percebido que eu gosto de você... Muito mesmo. - ele falou, colocando as mãos em meu rosto. - E eu gostaria muito que você aceitasse ficar comigo.
Eu apenas prestava atenção, não falava nada. Me faltava palavras para descrever tudo aquilo...
– Renesmee, aceita namorar comigo?
O que?!!! Agora era demais, Leonard Trend me pedindo em namoro?! Eu não sabia o que falar eu só...
– Sim! - eu falei sem pestanejar. Era como se meu cérebro estivesse no modo automático, pois eu não formulara aquela frase.
Ele sorriu e eu tentei me concentrar. Eu tinha que responder ele de forma mais natural, alegre.
– Sim, quero! - e no segundo seguinte lhe dei um abraço caloroso pelo pescoço que ele retribuio animadamente.
– Isso é ótimo. - ele sussurrou em meu ouvido.
E ficamos ali, abraçados, por quase um tempo indeterminado. Era como se finalmente algo fizesse sentido desde que nós nos conhecemos. Foi quando eu realmente compreendi que o amava daquele jeito. Como uma pessoa que eu poderia beijar e abraçar sempre que precisasse. Que eu pudesse contar e amar a todo o instante.
A unica coisa que nos acordou naquele instante foi os fortes pingos de chuva que começaram a cair sobre nossas cabeças. Aquilo não fora grande problema, pois Leonard produzira uma espécie de guarda-chuva invisível sobre nossas cabeças. Poderíamos ficar mais ali, só que Leonard preferiu me deixar em casa. Ele me ajudou a descer da fonte e desfez as laminas de gelo de nossos sapatos, assim como desfez o gelo da ponte, que voltou a funcionar normalmente.
Voltamos para casa em ritmo acelerado, comigo enlaçando sua cintura e ele abraçando-me pelos ombros. Naquele momento eu me sentia realmente feliz, como se William, Volturis e maldade nunca tivessem existido.
Chegamos a clareira de minha casa rapidamente e ele se despediu dando um beijo em minha cabeça. Eu, não satisfeita, o enlacei pelo pescoço em um abraço caloroso.
– Boa-noite! - eu sussurrei para ele.
– Igualmente. Estarei sonhando com você! - ele retribui, dando um beijo em minha bochecha.
Nos separamos e eu corri para a varanda como um raio. Chegando lá, retirei meus sapatos cheios de lama e os bati um pouco. Olhei para a direita e avistei dois carros, um preto e um cinza, estacionados. De inicio estranhei, mas logo percebi que tínhamos visitas.
Entrei em casa lentamente, ainda com meus sapatos em mãos. Antes de subir a escada, o vulto de Alice se materializou a minha frente, dando um gritinho de alegria.
– Então, como foi?! - ela gritou entusiasmada.
Eu apenas sorri, sem responder nada.
– Quem está aí?!
– Isso é surpresa! - ela disse, sacando os sapatos de minhas mão. - Deixa eu levar isso lá pros fundos... Eles estão na biblioteca! - ela sibilou e desapareceu velozmente.
Segui para cima e no final do corredor pude avistar Emmet, que andava em minha direção com um ar autoritário.
– E então, como foi seu encontro? - indagou ao chegar perto de mim.
– Muito bom, se quer saber - continuamos rumo a biblioteca. - quem está aí?
Ele deu um risinho:
– Isso é surpresa e eu adorei que veio cedo para casa. Esse Trend parece muito ser um cara responsável. Está realmente provando que é...
– Vem cá, Emmet, cê está parecendo meu pai! - exclamei impaciente. - Falando nisso, meus pais estão aqui? Já que essa visita é tão sigilosa que mal posso saber quem é...
Emmet pigarreou e zombou:
– Vem cá, ô queridinha, pode ter certeza de que quando seu pai descobrir isso tudo... Aaaaah... E não, eles ainda estão "fazendo as pazes" lá na sua casa... Finalmente Edward tá pegando firme com a Bella!
– Tio! - exclamei antes de passarmos o portal da biblioteca.
Eu entrei lentamente no cômodo e pude ver o clã Denali conversando excitadamente com minha familia. Eleazer, Renata, Kate, Tanya e Garret pousaram seus alegres olhares em mim, que retribui com um sorriso.
– Renesmee! - exclamou Kate, vindo a meu encontro.
Mas antes que ela pudesse chegar, Garret já havia se materializado a minha frente e pego minha mão carinhosamente.
– Se tornou uma linda mulher, Renesmee! - ele disse, beijando o dorso.
Kate lhe deu um choque pelo pescoço que o fez girar nos calcanhares.
– Ele continua engraçadinho... - ela disse, me abraçando.
Logo depois, cumprimentei todos os outros fervorosamente. Todos pareciam muito felizes.
O único que assumia uma postura diferente era meu avô, que parecia de alguma maneira preocupado.
– Nessie, posso falar um minutinho com você? É importante. - chamou Carlisle.
Eu assenti e seguimos até o corredor. Para sairmos da aglomeração de pessoas, deveria ser algo bastante importante.
– Renesmee, quero que fique calma e respire. - ele começou.
Eu sorri:
– O que foi vô?
– Sabe, é que hoje aconteceu algo... Complicado em Seattle, e se não fosse pelos Denali...
Agora eu estava ficando preocupada:
– O que houve, vô? Fala logo...
– É que hoje, os Denali foram fazer uma visita a mim no hospital em Seattle e deixaram o carro em um estacionamento um tanto distante. Vinheram andando, e quando passaram por um beco, escutaram gritos femininos. Ele foram checar e viram dois vampiros, Volturis, atacando uma menina. Eles à estavam torturando e não à caçando. Os Denali conseguiram destruir um dos vampiros, contudo um deles fugiu. A menina estava acompanhada dos pais, que estavam como loucos atras dela, pois ela fora comprar doces em uma loja e não voltara mais para o carro. Ela ficou com ferimentos um tanto que graves na perna direita, mas nada que não se cure com repouso.
Eu cogitava toda a história em minha mente e estava tentando achar o ponto em que eu me encaixava.
– E onde eu entro nisso?
– Bom, a menina é de Forks. Fora buscar sua mãe mais cedo no aeroporto. Ela estuda na Forks High School e está no primeiro ano. Achamos que eles a atacaram para mandar um recado a você... Mesmo que William não esteja por aqui, outros Volturi podem vir...
Eu escorreguei pela parede do corredor e sentei-me no chão. Agora tudo se encaixara perfeitamente e eu não podia acreditar em tudo que estava acontecendo...
– O nome, diga o nome... - eu supliquei.
Ele me fitou com o olhar triste e pesado:
– Clover Schetz.


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Notas finais do capítulo

Beijão e até a próxima!!! 😘



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