A Saga Crepúsculo - Summer escrita por DrigoFive 35


Capítulo 10
Capítulo 9 - Maioridade


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!!! Quero dedicar o cap a minhas novas e lindas leitoras: Jul Grimes, franceska e Flavinha Araúju! ♥ !!!
Beijo e continuem acompanhando !!! Aproveitem...



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Nossas classes acabaram e eu e Bridgit nos dirigimos ao estacionamento, conversando calmamente.

- Bom, que horas vai ser essa festa? - perguntei a ela mais interessada.

- Ás 10:00, lá na casa da Jasmine no sábado!

Eu a olhei ironicamente:

- Sério? É a mesma coisa de falar que o País das Maravilhas é do lado da Atlântida.

Ela riu:

- Passa na minha casa no dia! 

Prosseguimos nossa conversa, apenas mudando o assunto:

- E o Leonard? Você mal falou com ele hoje!

Eu pensei bastante antes de responder.

- Eu falei com ele! Só quis sentar com vocês hoje. Eu quero dar um tempo a tudo isso!

- Isso o que? - disse confusa.

- Você não vai acreditar, mas eu me senti meio... Excitada... Com o Leonard.

Ele gargalhou:

- Bem-vinda a puberdade! Ah, e isso se chama hormônio!

Eu apenas ri:

- E eu fiquei olhando pra ele. Eu tipo meio que perdi a cabeça com ele lá...

- Tá, Renesmee! Você não cometeu nenhum pecado capital. É normal se sentir atraída por um menino.

Pensei naquilo como um típico "relaxa", pois era o que era mesmo. Não podia me matar por dar umas olhadas por dentro da camisa dele. Eu não era nenhuma pervertida.

Chegamos ao carro e saí o mais rápido que pude do estacionamento. Deixei Bridgit em sua casa e me deparei com uma idéia: visitar meu avô Charlie! Ouvir a Rachel falando sobre ele me deixou com vontade de vê-lo. Mas no segundo seguinte, me lembrei que tinha de arrumar minhas "malas" para minha "mudança". 

Minha visita ficaria pra depois! Fui acelerando continuamente para casa. Não queria que demorasse muito.

Chegando lá, me deparei com minha mãe falando interessadamente com alguém no telefone; me aproximei dela e toquei seu rosto: "Quem é?", e ela me respondeu sussurrando:

- É o Charlie.

Fiquei animada com aquilo; larguei minha mochila no sofá e sentei-me ao seu lado. "Deixe-me falar com ele!" eu disse tocando seu rosto. Ela então avisou a Charlie e passou o telefone para mim.

- Oi, vô!

- Renesmee! Como vai você? Se esqueceu do seu avô menos bonito?

Eu ri:

- Claro que não, vô! Eu amo o senhor tanto quanto amo o Carlisle!

Ele pareceu sorrir:

- Sei que sim, sei que sim...

- E a Sue? Está bem?

- Sim, está ótima! Fizemos um almoço ontem! Eu me esqueci de te convidar.

- Tudo bem!

- E Jacob, Bella, Edward...

- Estão bem, como sempre. - eu falei tão rápido que até me estranhei. - Vô, eu pensei em ir aí um dia desse! Que o senhor acha?

Ele não penso:

- Acho ótimo! Que tal domingo?

Eu bufei:

- Esse não dá pra mim! Que tal sábado que vem?

- Aí eu não sei filha!

Eu me intristeci:

- Então depois vemos isso com mais calma.

- Concordo.

Ficamos em silencio.

- Eu vou passar pra mamãe, tá?

- Tudo bem, passe!

- Vô?

- O que filha?

- Te amo!

- Eu também! Eu também!

Passei pra Bella e me dirigi as escadas em direção ao meu quarto.

Chegando lá, me deparei com Jacob arrumando minha cama. Ele estava mesmo preocupado comigo!

- Jake! Que cê tá fazendo?

Ele olhou pra mim e disse:

- Arrumando seu quarto! Já varri o chão, coloquei as roupas do cesto do banheiro pra lavar e troquei os lençóis da sua cama. Só dei uma adiantaçãozinha.

Fiquei de queixo caído. Quem poderia afinar que Jacob fosse tão prestativo.

- Obrigada! Vou pegar minhas coisas.

Eu peguei uma mala pequena sem rodinhas: coloquei meus livros da escola, livros preferidos e outros papéis. Como não precisaria de roupa, peguei (ou melhor, procurei) meus aparelhos eletrônicos: meu iPod, NoteBook, e meu celular que não achava em lugar nenhum.

- Você perdeu seu celular? - perguntou Jacob indignado.

- Não perdi! E além do mais, eu não ligo pra ninguém!

- Mas é bom andar com um. Sabe quantas pessoas gostariam de ter um iPhone?

- Aqui! Achei. Estava na gaveta de bermudas. Mas isso é obvio, quem usa bermudas em Forks!

Depois que eu estava pronta, Jacob pegou minha mala e eu peguei a mochila. Descemos as escadas devagar e no ultimo degrau minha mãe nos entercedeu:

- Renesmee, posso saber o que você vai fazer nesse domingo?

- Tchau pra você também, mãe! 

- Ei, mocinha!

Eu me virei e disse:

- É que as meninas me convidaram para uma festa do pijama no sábado de manhã e eu só voltarei no domingo!

Ela me olhou com veemência:

- E você pediu a mim?

Eu olhei pro lado:

- Eu ia pedir pro papai!

Ela me olhou indgnada:

- Sabia que eu também dou as ordens nessa casa?

Eu e Jacob rimos. Ela mentia mal até quando tinha certeza de algo.

- Façam-me um favor. Desapareçam! 

Jacob saiu da casa, mas eu fiquei. Ela me olhava com desprezo, mas eu a abracei e ela não conseguio segurar seu ego.

- Eu te amo, mãe!

- Eu também filha. Isso não é um adeus! 

- Eu sei. Só quis dizer que te amo. Agora vai e se vir seu pai fale para ele vir pra casa que estou esperando. - disse ela com um sorriso sexy.

- Pode deixar! - e saí com Jacob em direção a casa.

Quando chegamos no gramado da mansão, Meu pai vinha andando já no meio do campo.

- Pai, minha mãe pediu pra avisar que ela está esperando. Se é que você me entende!

Ele sorriu e passou por nós.

- Urgh! Tô com nojo só de pensar nisso! - disse Jacob estremecendo.

- Ah, Jake!

Chegamos na casa e Jacob colocou minha mala no chão; logo fomos recepcionados por Alice que nos levou para meu quarto.

- Bom, eu deixei tudo perfumado e bem arejado! Todas aquelas gavetas estão livres se precisar. Ah, e o Jacob pode dormir aqui, se prefirir. - disse ela apontando pra cama.

- Não mesmo! - eu disse perplexa.

Até que o quarto era bonito, olhando desse ângulo.

- Pode ficar a vontade! - disse Aluce saindo do quarto.

Jacob girou e assubiou:

- É difícil não se sentir a vontade nesse quartão!

Eu sorri com tudo aquilo: podia ser o melhor negocio que fiz na vida.

- Renesmee, acho que você esqueceu de perguntar ao seu pai sobre a festa, não?

- Fala sério, Jake! Minha mãe já sabe e meu pai iria falar a mesma coisa.

- Um não?

- Um sim! Nosso acordo era ele não ler minha mente nem se meter em assuntos pessoais... Acho que isso aborda temas como festa, não?

Ele deu de ombros e se jogou na cama. 

- Essa cama é boa demais!

Eu me taquei ao seu lado.

- Só que é minha!

Ele me olhou e me abraçou pelos ombros me aproximando mais. Eu olhei no fundo de seus olhos, eles eram bonitos também.

- Nossa!

Eu ri para ele:

- Vai sonhando! - e me levantei enquanto ele se sentou.

- Olha, tem uma TV! Nem tinha reparado.

- E um aparelho de DVD. - eu observei. - podíamos ver um filme mais tarde. Mas agora preciso desfazer as malas!

Comecei minha arrumação; coloquei os livros da escola em cima de minha escrivaninha e coloquei também meu NoteBook e o iPod. Decidi deixar meu iPhone em cima da cama, pois imaginava que agora eu receberia ligações.

- E agora? - perguntou Jacob quando nos sentamos na cama.

- Você vai pra casa e espera dar sete horas. Vamos mesmo ver o filme. Aproveitamos e fazemos pipoca, o que você acha?

- Legal! Então eu vou indo. - ele se levantou e me deu um abraço de despedida. Não pelo ombro, mas normalmente.

- Volta rápido! - eu disse quando ele saiu pela porta.

~ x ~

Eram 7:00 Jacob chegaria a qualquer instante pro filme. Fiz a pipoca numa espécie de bacia; eu sabia que ele comia bastante, trouxe um refrigerante e copos e alguns doces como M&M's. Eu vestia um pijama comum: shot de algudão e blusa regata rosa-bebê. Sentei na cama e esperei que ele chegasse. 

Esperei cinco, dez, quinze minutos e ele finalmente chegou; eu estava quase cochilando quando escutei algo bater na janela, me dirigi até lá e vi que Jacob tacava pedrinhas.

- O que foi? Por que não entra pela frente? - eu sussurrei abrindo a janela.

- Sai da frente que eu vou entrar! - exclamou ele pronto pra pular. 

Eu obedeci imediatamente, não queria levar uma pésada na cara, muito menos do Jacob. Em uns intantes ele já estava no quarto.

- Oi!

- Oi... Vamos ver logo esse filme, preciso acordar cedo amanhã!

Eu me dirigi a escrivaninha e ele a cama; enquanto eu peguei o DVD que veríamos ele tirava os sapatos com os pés mesmo. Ele estava bem simples: uma blusa branca de algodão, com calças jeans e sapatos brancos.

- Qual filme vamos ver mesmo? - perguntou ele abismado comendo umas pipocas.

- Se chama "Acional", é uma mistura de ação e romance! - eu coloquei o DVD no player e fui me sentar na cama. Ele colocou rapidamente o refrigerante nos copos e eu apertei o Play logo em seguida.

O filme era simples e facil de se entender; nada de complexo tinha o enredo, e era isso o que fazia legal! Os alívios cômicos faziam o filme parecer uma cómedia e eu adorava rir com Jacob.

O que me agradou mais aquela noite, foi estar com Jacob. Estávamos juntos um do outro com a bacia de pipoca sobre nossas pernas; comemos as guloseimas e depois que o filme acabou ficamos vendo o American Idol.

- Sabe, esse não foi o melhor filme de todos! - disse Jacob quando me deitei sobre seu braço.

- Eu sei que sim! - eu falei rindo. - Sabe, Jacob. Eu gosto de ser sua amiga!

Ele sorriu alegremente. Será que ele poderia disfaçar aquilo.

- Eu também.

Nós assistimos um pouco mais de TV e depois fomos dormir. Eu não me importei de dormir ao lado de Jacob, ele sempre foi e será meu amigo, a pessoa em que eu mais confio na vida além da minha mãe. Dei um boa-noite a ele de forma carinhosa, lhe dando um beijo na testa.

~ x ~

Acordei pela manhã com um susto, já eram 7:30 e eu estava visivelmente horrenda de tanto dormir. Olhando me no espelho, deu pra levar um susto com minha cara amassada. Corri para o banheiro e tomei um banho de água fria que me acordou em segundos. Depois escovei os dentes e escolhi uma roupa simples e bonita: uma blusa de mangas branca, calça jeans cinza e sapatos branco e cinza. Fiz uma trança e coloquei-a para frente; peguei minha mochila e livros e me deparei novamente com o rélogio que marcava agora 7:56! Olhei pra cama e vi que Jacob permanecia no seu mesmo sono profundo sem se virar se quer. Eu pensei em lhe dar um soco, mas aí já era maldade.

Uns segundos depois, ouvi a buzina potente de um carro que me assustara. Corri para janela e vi o Audi A6 de Leonard de frente pra casa, que em seguida deu mais umas buzinadas.

Corri pra fora do quarto em direção a escada e vi minha avó que acabara de sair do quarto.

- Bom-dia, Nessie!

- Bon-dia, vó! Estou atrasada!

- Ah, tem um carro lá fora!

- É, eu sei! É do Leonard.

Ela pareceu surpresa, mas não olhei pra trás para checar pois meu avó vinha vindo da porta de entrada.

- Aquele rapaz está lá fora!

- É, eu sei! Tchau, vô!

E corri para fora em direção ao carro; ele abriu a janela quando cheguei a porta do motorista.

- Entra aí! - ele estava de óculos escuros.

Obedeci e entrei na porta do carona. Em seguida ele deu partida e seguiu pela estrada.

- Obrigada pela carona! Como você sabia que estava aqui?

- Seu pai me falou! Eu parei em frente sua casa, mas ele avisou que você estava na casa dos seus avós!

Eu franzi o cenho:

- Você falou com meu pai?

Ele sorriu:

- Essa não seria a primeira vez.

Avaliei o caso, estranhando mais ainda as atitudes do meu pai.

- Pensei que ele não gostasse de você...

Ele me avaliou.

- Por que diz isso?

-É que no dia em que você me deu umas aulas, ele pareceu não confiar em você comigo.

Ele deu um meio sorriso:

- Bom, imagino que isso seja porque você é a filha unica dele. Se eu tivesse uma filha também ficaria preocupado com ela e com quem ela se relaciona. Já falei com ele outras vezes e ele me pareceu... Educado... Amigável.

Eu avaliei a situação por esse ângulo. Talvez Leonard tinha razão.

Ele do nada franziu o cenho.

- Você está com cheiro de cachorro! - exclamou ele.

Eu apenas ri de sua ação.

- É que o Jacob dormiu comigo essa noite.

Ele pareceu olhar para mim incrédulo por trás dos óculos.

- Isso não é meio estranho?

Eu balancei a cabeça:

- Não! Acho que se você entendesse não diria isso. Eu e o Jacob somos amigos desde sempre. Eu gosto dele como amigo e não como um namorado. Isso é difícil pros meninos entenderem?

Ele se calou com uma expressão mais compreensiva.

- É que pros meninos é mais difícil de se convencer com coisas tipo o amor!

Nós ficamos em silencio por um bom tempo até chegarmos na escola. O que mais me impressionou foi que vários alunos ainda estavam no estacionamento o que me levou a pensar que o sinal ainda não tinha tocado. Agora só o que faltava era me pegarem saindo de dentro do carro de Leonard Trend, épico!

- Chegamos! - disse ele ao estacionar, tirando os óculos.

Eu paralisei no banco. Não sabia o que fazer. E tudo piorou quando um Toyota parou ao nosso lado. Era o carro do Dylan! EJasmine e Bridgit saíram de lá no mesmo instante.

Com uma velocidade incrível, sai do carro logo depois de Leonard; o que mais me surpreendeu foram as caras deles ao me virem saindo do carro.

- Renesmee!? - disse Dylan.

- Oi, Dylan! Tirou a tipóia! 

- É... Tirei... - disse ele esfregando o braço.

- Renesmee! Bom-dia! - disse Bridgit se aproximando de mim ao mesmo tempo de Leonard. - Oi... Leonard!

Ela pareceu meio constrangida em meio ao Leonard! O que provou isso foi seu olhar, que ia de mim para Leonard, para mim para Leonard...

- Leonard, quer nos dar uma licencinha? - eu disse e ele se retirou. - Tá bom, agora fala!

Ela me olhou com olhos arregalados.

- E precisa falar?

Eu revirei os olhos e respondi muito brava:

- Tá bom, eu nunca beijei o Leonard e não estamos namorando! Ele só foi gentil comigo e deu uma carona! Ah, pelo amor de Deus! Será que podemos ir pra escola?

E nos dirigimos ao prédio. Eles pareceram aceitar o que eu disse, mas aquilo era a pura verdade! 

No meio do caminho fomos parados por um menino baixo, de cabelos encaracolados negros e roupas simples de frio.

- Ei, Bridgit, você sabe qual é o filme que vamos assistir na segunda que vem?

Eu levei um susto, assim como todos nós.

- Ei Joe! Será que tem como avisar que vai assustar? - perguntou Dylan sorrindo.

- Muito engraçado! - disse Joe se colocando ao lado de Bridgit.

- Dylan! Não tá vendo que ele está tentando convidar a Bridgit prum encontro? - disse Jasmine sorrindo.

- Não é nada disso! Ele está perguntando qual o filme que assistiremos na igreja segunda que vem! E eu não sei, Joe, é sempre surpresa.

Eu olhei para Bridgit e Joe. Eles faziam um casal bonitinho.

- Renesmee, esse aqui é Joe Mclaren! Membro da equipe de futebol masculino da escola!

Eu apertei sua mão e o cumprimentei dizendo meu nome.

- Então, Bridgit, esse é o seu n.... - no instante que eu falaria, Jasmine me deu um empurrão, em que eu quase caí de cara no chão. - Ei!

Eu olhei para Jasmine e pude ver seu olhar de urgência; ela estava me orientando a ficar de boca calada. Depois de um tempo calados, eu puxei outra conversa:

- Então, ele não é da nossa sala é?

- Não, ele está no segundo ano!

O sinal do nada tocou e todos se dirigiram a suas salas.

- O sinal tá atrasado! - disse Dylan, olhando seu relógio de pulso. 

No meio da multidão, acabamos esbarrando com Dexter e Clover, que vinham juntos dos seus armários.

- Oi, Clover... Dexter! - eles dois me deram bom-dia.

- Ah, saí fora Dexter! Não quero ver sua sombra a dez metros de mim até sábado!

- Então sugiro que se prepare para escrever mais!

- Cara, eu nem sei se foi bom eu ter tirado você! - disse Dylan se arrependendo.

Dexter era um homem alto e esguio de mais ou menos um metro e oitenta e sete. Era super inteligente e tinha bons reflexos. Ele era legal com todo mundo e muito gentil, a propósito. Não era de se espantar que a Clover gostava dele, mesmo não admitindo.

Chegamos a sala e nos sentamos em nossos respectivos lugares. Hoje eu sentara ao lado de Leonard, o que me animava mais. Ele era tão legal e engraçado. Ele tinha uma coisa a mais. Eu sentia de longe...

Na hora do recreio, me sentei na mesa dos Trend. Eles falavam bem mais socializados comigo. Eu descrubira um pouco mais da personalidade de cada um ali: Melaine era extrovertida e competitiva, mesmo que suas roupas dissessem o contrario; Henrie era brincalhão e meio sarcástico, o que não se via de longe. Eles eram legais, mas era uma pena eu ter que me dividir entre um mundo e outro; era chato eu ter que escolher entre humanos e vampiros. Eu queria que chegasse logo sábado, pois não via a hora de deixar esse sobrenatural pra trás. Mesmo que o que eu mais queria era exatamente desse mundo.

- Cara, esse cheiro de cachorro está demais! - disse Henrie tapando o nariz.

- Não exagera, Henrie! Nem está tão mal! - disse Melaine sorrindo pra mim.

- Isso porque você tem problema no faro! - disse Leonard rindo.

- Traduzindo: esquizofrênica! - gargalharam Leonard e Henrie.

- Nossa! Que inovador... - exclamou Melaine com um olhar de despreso.

- Olha, Melaine, por que cê não pede pra Renesmee te disafiar? Quem sabe você consegue resolver seu probleminha! - disse Henrie, irritando-a mais.

- Não precisa me dar conselhos, Número Quatro, eu sei o que fazer com meus poderes!

Eu ri dessa, Número Quatro?

- Número Quatro, o do filme? Não, ele é mais feio. 

- Concordo plenamente com você, Renesmee! - disse Leonard sorrindo pra mim.

Henrie não gostou, mas continuou na brincadeira sem ressentimentos. 

- O que ele quis dizer com o negocio do desafio? - sussurrei a ela enquanto Leonard e Henrie conversavam sem prestar atenção em nós.

- Ah, aquilo? Ele estava se referindo aos meus dons! Por exemplo, eu consigo meio que superar outras criaturas com um espirito de competividade em comum. - disse ela me observando.

Eu não entendi muito bem, mas como ela percebeu, me explicou de bom grado.

- Ah, então quer dizer que quando você sente desafiada os seus instintos aumentam?

- É isso aí! Por isso, em uma batalha, é quase impossível me vencer! Meus reflexos, velocidade, tudo aumenta! Eu fico quase que imbativel!! 

Eu avaliei seu porte físico e tentei imagina-lá em uma luta contra Emmet. Era difícil pensar que aquela baixinha arrogante venceria o monstro do meu tio.

- E seus irmãos? Tem algum dom?

- O Henrie não, mas o Leonard sim. Ele consegue controlar a água... É meio pirado, mas é verdade! 

Eu me senti ferida por Leonard nunca ter me contado aquilo:

- Leonard, você controla a água e nem me fala!

Ele tomou um susto:

- Eu disse que seria na hora certa!

Eu balancei a cabeça:

- É, estou vendo! Pode pelo menos me amostrar?

- Aqui tem muita gente. Quem sabe outra hora?

É em seguida o sinal tocou, nos levando a nossa sala. Justo agora, o destino parecia estar sempre do lado do Leonard!

Na hora do intervalo entre as aulas, não fui para casa e acabei ficando com Bridgit, Clover e os nerds. Acabei descobrindo que eles eram mesmo legais, além de tudo, simpáticos. Mesmo que para isso você precisasse falar primeiramente com eles. Eles até eram interessantes e tinham sua propia visão da vida. Poderiam se equiparar ao meu pai na inteligência! Isso se fosse possível.

Depois do intervalo, os alunos começaram a chegar e se dirigir a sala para assistirmos nossos últimos tempos.

A aula passou rápido e logo fomos dispensados. Como hoje eu ia pra casa com o Leonard, pedi para Bridgit ir com a Jasmine e o Dylan. Ela simplesmente pediu meu confirmamento para a festa no sábado e foi-se velozmente. Fui pro carro com Leonard e fomos embora.

Na estrada, ele iniciou uma conversa:

- Por que você está dormindo na casa dos avós mesmo?

Eu pensei em como responder aquilo a ele, que na verdade era o motivo de tudo.

- É que meus pais querem ter um pouco de privacidade.

Ele me avaliou:

- Só isso?

Eu franzi o cenho confusa:

- Na verdade, não... Mas. - comecei a gaguejar e ele me acalmou.

- O que ouve Renesmee? Não precisa pirar!

Eu respirei fundo e me preparei pra dizer tudo o que tinha.

- É que, um dos motivos, foi você!

Ele bambaleou um pouco no volante.

- Eu!?

- É, você! É que meus pais não queriam que eu tivesse aulas com você e me fizeram essa objeção! Eu estou sendo meio que obrigada a dormir nos meus avós!

- Uau! Acho que uma garota nunca fez isso por mim!

- Mas deveriam! Você é um amigão! 

- E foi só por isso que eles...

- Não! Teve uns probleminhas pessoais envolvidos que não vêem ao caso, mas, acho que você foi a chave pra todos esses problemas! 

Ele se calou sorrindo. Eu não saberia o que sentir em sua pele se estivesse enfrentando essa situação. Eu já não sabia o que fazer comigo mesma!

Chegamos ao gramado de meus avós e antes que eu pudesse abrir a porta, ele saiu do carro e abriu-a para mim em um lance.

- Sempre que precisar, é só chamar! Eu prometo que te escuto! - disse ele enquanto eu saia.

- Bom, obrigada pela carona e... Por tudo! Não sei como te agradecer!

- Não precisa eu...

Mas antes que ele terminasse de falar lhe dei um abraço apertado. Ele retribuio, é claro, e depois foi embora. Era simplesmente magnifico voltar a sentir Leonard como meu amigo e só isso.

Entrei na mansão limpando meus pés no capacho, não queria sujar o lustroso piso branco que brilhava em perfeição! 

A casa parecia estava bem silenciosa e a unica certeza que eu tinha era de que Jacob estava em meu quarto, pois pude ouvir seu coração de baleia daqui.

Me dirigi a cozinha e me deparei com minha avó, vindo apressada em minha direção:

- Nessie, corra lá em cima, tome um banho, coloque uma roupa e venha almoçar! Vou fritar os peitos de frango agora, por quê não veio almoçar na hora do intervalo?

- Decidi ficar na escola estudando e... Almoço? Não precisava se preocupar, vó, eu podia caçar com o Jake.

- Apressesse e pare de falar, Nessie! O Jake está lá em cima agonizando de fome!

Ela meio que me empurrou pra fora da cozinha e eu corri para meu quarto, em uma tentativa desesperada de fazer com que Jacob sobrevivesse mais cinco minutinhos. Ele e aquele estômago de lobisomem!

Chegando lá, ele estava deitado na cama assistindo televisão com uma cara pálida e desnutrida. Como ele ficava mal sem comer!

- Finalmente você chegou! - disse ele pulando da cama. - Podemos finalmente almoçar? - e se dirigiu a porta.

- Nananinanão! - exclamei, me jogando em cima da porta. - Eu tenho que tomar um banho e você me espera aqui!

- Ah, qual é Renesmee? Eu tô te esperando a um tempão!

- Por que não comeu um biscoito? - eu indaguei arregalando meus olhos.

- Eu comi, só que não deu pra tampar o buraco do estômago!

Eu me dirigi ao closet, dando as costas a ele.

- Você sabe o que eu fiz hoje? Varri o chão do seu quarto, passei um pano e tirei pó desses seus malditos moveis!

Eu sai do closet, já com minhas roupas na mão, o encarando atravessadamente.

- Não fez mais que obrigação, já que agora você decidiu que seria um inquilino oficial desse quarto! Nem parece que daqui a cinco minutos vai comer de graça!

- Se preferir, eu poço ir pra minha própria casa!

- Para de cena, Jacob! - eu berrei entrando no banheiro. Ele ficava insuportavelmente chato com fome.

Tratei de tomar um banho rápido e colocar as roupas na vamelocidade da luz. Eu abri a porta e disse:

- Você sabe que eu te amo, né? Não precisa desgovernar. - eu falei, amarrando meus cabelos em um rabo de cavalo com um laço.

Saindo do banheiro, não me deparei com ninguém, a não ser com o vento frio que vinha da minha janela escancarada. Ele foi em bora? Aquele cretino, safado, cachorro.... Aaaaaahhhhh! Eu dei um chute cauteloso na escrivaninha. Como ele podia fazer aquilo comigo?

No final, decidi ir almoçar e me deparei com uma mesa farta, com tudo o que tínhamos direito. Ou à que eu tinha direito!

- Querida, onde esta o Jacob? - disse minha vó, colocando uma travessa de batata frita em cima da mesa.

- Ele foi em bora! Ficou ofendidinho e deu no pé! Aquele vigarista...

Eu me sentei em uma cadeira e comecei a colocar em meu prato tudo o que via pela frente. Desse jeito iria comer mais que o normal com meu estresse excessivo.

- Acho melhor eu tirar um prato... Você deve ter dito algo pra ele! - exclamou ela tirando da mesa o prato e os talheres que seriam de Jacob. 

Eu pensei enquanto comia vorazmente.

- Eu não tenho culpa dele se ferir com tudo o que eu falo! Ele tem que me entender como eu entendo ele...

- Nessie... Jacob gosta muito de você, de uma maneira que você não entende! Ele é humano também, tem sentimentos e pensamentos próprios! Se todos pensassem igual no mundo, esse já estaria salvo! Seja mais paciente com ele, compreensiva. Ele vai voltar, e não digo isso por ser sua vó. - Ela se sentou ao meu lado me olhando comer. Depois daquilo, eu iria refletir.

- Eu vou tentar fazer isso. - eu disse, bebendo o suco de maracujá.

- Faça. E coma devagar, a sobremesa está dentro da geladeira!

Eu dei um sorrisinho enquanto ela se retirava da mesa.

- O que é?

- Sundae de morango! Pode comer o do Jake se quiser.

Eu assistia televisão rindo e saboreando o sundae do falecido Jake. Ele não voltara ainda e já eram 6:30 da noite. Não sabia que ele era tão orgulhoso. Parei um pouco para pensar em minha vida social e olhei meu iPhone em cima da escrivaninha. Minha mãe deveria ter ligado e eu não havia atendido a nenhuma de suas ligações.

Peguei meu celular e nada. Absolutamente nada. Nada de mensagens, nada de ligações, nada. A unica coisa que podia me distrair agora foi o baque da pedra que acabara de se chocar com o vidro. Fui checar o que era lá fora e vi Jacob se inclinando para ver meu rosto. Abri a janela e sussurrei em um tom elevado:

- Agora que você aparece?

- Sai daí! 

Eu me afastei. Darei pra dar uma surra melhor nele daqui de cima. Deus é justo! Quando percebi, seu vulto seminú se materializou no meu quarto. Aí era golpe baixo! Aquela bermuda deixava ele absurdamente sexy! Ele estava sem camisa, com tênis e apenas a bermuda rasgada de sempre. Morri...

- Oi! - ele disse sorrindo para mim.

Ei lhe dei as costas com a cara amarrada.

- Não quero papo, Jacob! - eu exclamei, sacando o controle e desligando a televisão, me tacando na cama e me cobrindo virando para o lado da parede. - Sugiro que você comesse a fazer uma casinha de cachorro pra você, pois é lá que você vai dormir hoje!

- Nessie, olha, me desculpa. - ele disse, subindo na cama e se sentando ao meu lado. - Eu não quis fazer aquilo com você! Foi um impulso meu, uma idiotice! Eu sou um idiota e você sabe disso. Eu nem sou um cara inteligente... Nem sirvo pra ser seu amigo...

Eu me virei pra ele e sentei-me ao seu lado:

- Você serve sim! Mesmo que você seja um idiota irracional, eu te amo como qualquer outro amigo meu. Não é por causa do seu Q.I. que vamos deixar de ser amigos.

Ele sorriu:

- Me perdoa? - ele me olhou com aqueles olhos penetrantes.

Eu me coloquei de joelhos a sua frente e exclamei:

- Por um motivo desconhecido, eu não consigo dizer não pra você, então... Sim, eu te perdoou. Mas eu juro que se você fazer isso novamente comigo eu te deixo com seis costelas quebradas, os dois braços fraturados, o femo rompido e uma hemorragia interna de tanto te bater, escutou!?

Ele assentiu, embasbacado, para mim, mas antes que ele pudesse dizer alguma coisa, me joguei em seus braços lhe dando um abraço tão forte, que ele caiu para trás na cama. Ao batermos no colchão, nos separamos, rindo um pro outro.

- Esse treco da hemorragia... Cê estava brincando, né? - disse ele franzindo o cenho.

- Tente brincar comigo! - exclamei exaltada.

Ele riu e eu me levantei da cama indo em direção ao banheiro trocar de roupa. Hoje eu iria dormir mais cedo!

Coloquei rapidamente o pijama, apaguei a luz e fui pra cama. Minha intenção não era conversar com o Jake, mas era inevitável que ele puxasse uma conversinha encoberta.

- Então... Como foi seu dia hoje?

Me virei pra ele na cama tentando pensar na maneira mais amigável que pudesse dizer aquilo.

- Bom, foi bem! Tudo muito bem até você estragar tudo!

- Ei! - disse ele se aproximando de mim por debaixo dos cobertores. - Eu estou aqui agora, não? Só fiquei bravo com você, não queria iniciar a Terceira Guerra Mundial. 

- Eu sei, Jacob! Mas você tem um jeito muito estranho de dizer que esta magoado ou bravo. Tem que começar a expressar melhor seus sentimentos! Eu não leio pensamentos só os coloco na cabeça das pessoas!

- Tá bem, então! Já me perdoou, né!? Agora o que quer fazer?

Eu coloquei a mão sobre sua bochecha quente e imaginei-me dormindo o sono mais profundo do mundo. Ele capitou minha mensagem verbal, mas não se calou.

- Sabe, antes de fazermos isso, tem algo que eu preciso te perguntar! - bufou ele. - Hoje de tarde, eu vi você abraçando aquele cara... Você, parece muito, gostar dele.

Eu cogitei bem aquelas palavras; agora seria a hora perfeita pra deixar Jacob com uma bela de uma Hemorragia interna! Como ele ainda podia pensar assim?

- Jacob, pelo o amor de Deus, eu cansei disso! Vocês são muito chatos! Parem de me perguntar isso, eu já cansei!

Ele me olhou indignado:

- "Vocês"? Tá falando de quem?

- Do Leonard! Ele vive me perguntando isso sobre você! Eu cansei...

- Ele...

- É! Ele me pergunta isso também sobre você!

Ele me olhou curioso com um sorrisinho estampado no rosto.

- Mas isso não importa agora... Pelo menos. Nós somos apenas amigos e irá continuar assim por um bom tempo.

Jacob no mesmo tempo me abraçou e me puxou pra perto de seu corpo.

- Não, Renesmee. Nós somos amigos. Você e ele... Não, eu... Não acho que seja isso!

Tentei dessa vez olhar para mim mesma naquela exata situação e tentar encontrar o erro que eu provávelmente estava cometendo comigo mesma. Talvez fosse a proximidade que eu tinha com Jacob e estava começando a criar com Leonard. Se esse fosse o motivo, não haveria como eles parassem de me perguntar aquilo. Eu fui criada em um ambiente de proximidade máxima. Não havia como eu sisplesmente parar.

Pra que tudo desse bem, eles deveriam cooperar também. Me afastei um pouco do seu corpo, voltando a minha posição.

- O que? - perguntou ele me estranhando.

- Você também é homem! Se tem um motivo pra que toda hora essas perguntas constrangedoras serem lançadas, é esse.

Ele pareceu continuar a não entender nada.

- A proximidade, Jake! Acho que talvez os meninos não estejam acostumados com isso.

- Peraí! Eu posso ate ser acostumado com a sua proximidade, mas não você com outros caras!

- Então o motivo disso tudo é ciúme! C-I-Ú-M-E!!!

Ele me olhou com uma sobrancelha erguida.

- Tá bom! Posso até estar com ciúme, mas me diga uma unica coisa... Olha nos meus olhos e diz que não gosta dele.

Eu pensei no poder daquelas palavras que eu provavelmente iria dizer. Dizer que eu não gosto do Leonard seria mentira, pois eu ate gosto... Peraí, eu gosto dele.

- Boa-noite, Jacob. - eu sussurrei, me virando para o lado. Parecia a forma mais facil de fugir daquilo tudo.

- Não vai me responder? - ele sussurrou para mim.

Eu não respondi nada, apenas fechei os olhos.

~ x ~

O sábado já estava à soleira de minha porta. Era sexta a noite e a semana passara mais rápido do que de costume. Eu e Jacob não brigamos mais. Tomei proveito do conselho de minha vó e redusi bastante minhas chances de infelicidade. Não estar com Jacob me deixava assim. Infeliz.

Mas hoje o caso não era esse. Ele estava lá, comigo, rindo de chorar das piadas na TV. Era mais cômico velo rir do que o programa. Eu pensei sobre amanhã ter que dormir fora de casa. Seria bem ruim, já que eu não fazia aquilo com freqüência! Jacob me assegurou que ele e Seth ficariam ao redor da casa de noite, plantando uma vigia. Agora sim eu me sentiria mais protegida.

Minha semana teve o mínimo de paz depois que minha mãe veio aqui na quarta e me ligou na quinta. Ela não se esquecera de mim e nem eu dela, pois hoje eu fui em casa avisar a ela e  ao meu pai que o dia era amanhã. Eles concordaram (ou melhor, ele concordou!) e eu ficava mais ansiosa!

O mais impressionante daquela semana foi que, nem Jacob e nem Leonard me perguntaram sobre meus relacionamentos pessoais. Jacob se tocou que eu ficava com raiva de tudo aquilo, e Leonard também. Provavelmente! Eu continuei da mesma forma que era antes, dando abraços e elogios; não ia me mudar só para agradar a algum indivíduo. E era disso que eu mais gostava. Ver que a "eu" era a "eu" de sempre.

- Já arrumou as malas pra amanhã? - perguntou Jacob, depois que o programa acabou, limpando as lágrimas.

- Uhum! E tem como esquecer, a Bridgit não para de me perturbar!

- Ela gosta de você.

- É, eu sei. - eu disse mirando o teto. - Que tal dormirmos agora? Amanhã vai ser movimentado, pelo menos pra mim.

Ele concordou e desligou a TV. Eu só queria apagar até amanhã de manhã.

~ x ~

Quando o despertador do celular tocou, dei um pulo da cama, assustando Jacob que arregalara os olhos para mim, assustado.

Eu corri pro banheiro, pois já eram 08:57, e eu deveria estar lá ás 10:00! Tomei um banho demorado, escovei os dentes e fui para meu closet escolher a roupa de saída. No finalzinho da repartição de sapatos, havia um cano-longo rosa encantador, que já deveria estar na lixeira, pois Alice não deixava eu repetir a mesma peça de roupa cinco vezes. Para combinar com o sapato, escolhi uma blusa branca de mangas longas com uma pequena renda na parte de cima e um casaco rosa, macio, cobrindo toda a blusa. Também coloquei uma calça jeans preta, como de coustume. O tempo estava como sempre úmido, mas não chovia, mesmo que as nuvens estivessem pesadas.

Me maquiei o mínimo possível, passando um batom rosa, lápis fraco no olho e uma mascara de cílios. Passei também uma base, pra tirar a palidez; me perfumei e fiz um penteado simples, fazendo um franjão direito.

Peguei minha mochila (que já estava pronta), meu celular e minha escova de dente que quase esqueci.

- Você vai arrasar lá! Como sempre... - elogiou-me Jacob, quando saímos do quarto.

Eu sorri e exclamei:

- Veja pelo lado bom, não vai ter que agüentar um quarto cheio de adolescentes loucas por um pouco de testosterona em suas vidas!

- E, e eu aqui com minha vidinha monótona.

- É a vida que você adora! - eu falei exaltada.

Cheguei na biblioteca onde todos da casa, menos Alice, estavam; não demorou muito para o pianista nato da familia se pronunciar:

- Nossa, Renesmee! Vai ir no Show da Oprah hoje?

- Não, seu idiota! Só pra Fashion Week da Transilvania! - disse Rosalie, sorrindo.

- Ra Ra! Muito engraçado! Vó, estou indo... Cadê a Alice?

- Está na casa dos seus pais, querida. Hoje é o dia do reajuste do closet da sua mãe. - Explicou minha avó, fechando o livro que lia.

- Ainda bem que ela não exigiu que nenhum de nós fosse! - disse Rosalie deprimidamente.

- Lembre-se que essa foi uma exigência da Bella. - interferiu Jasper, entrando pela primeira vez na conversa.

Alice não estava em casa e meu carro não estava ao meu dispor no local. Eu pensava em algo...

- Renesmee, querida, vai se atrasar! Já são 9:35. - disse meu avô.

Me despedi de todos e me dirigi com Jake até a porta da frente. Ele iria até a reserva, então o certo era se despedir agora.

- Eu tô indo. Boa-sorte, lá com as meninas! Ah, e não se esqueça de que eu estarei te vigiando a noite, pode dormir tranqüila.

Eu assenti, revirando os olhos e lhe dando um abraço.

- Eu também vou sentir sua falta, Jake.

Ele retribuiu o abraço e foi embora, enquanto eu me dirigia a garagem. Chegando lá, me deparei com os mais variados modelos de carro possível; eles haviam aumentado a coleção com o passar do tempo. Menos um continuava intacto a trocas aleatórias. O Porsche amarelo de Alice, que sofreu vários upgrades, mas mesmo assim era ainda o favorito dela.

O que chegava mais perto, em aparência, do meu era uma Mercedes do meu avô, que mesmo meio vintage, conseguia chamar atenção. Decidi me apoderar do Porsche amarelo e sai o mais rápido possível daquela casa. 

Eu sabia que Alice ia me perturbar logo, logo; então deixei meu celular em cima do banco do carona, para eventuais lições de morais. Dirigi incrivelmente rápido (pois o carro, mesmo fofinho, era veloz) e cheguei a casa de Bridgit em minutos. Já eram 9:46, e ela me esperava a frente de casa.

Quando ela viu o carrinho amarelo, pareceu meio reciosa, pois nunca me vira com um modelo daqueles. Abri o vidro e acenei pra ela sorrindo, o que a fez vir apressadamente para o carro. Tirei o celular do carona enquanto ela se sentava e coloquei no porta copos.

- Trocou de carro? - disse ela, quando já estava estabilizada.

- Não, é o carro da minha tia. - eu disse seguindo pela estrada conforme ela me dava as instrunções.

- Ele é antigo, mas recebeu uns upgrades irados. Nem parece que é de uns dez anos atras! É um 911 Turbo, né?

- Ééééé.... Acho que sim! Não entendo tão bem de carros como deveria. Mas é um Porsche!

Ela riu de mim.

- Claro que é!

Chegamos mais rápido do que gostaria de admitir. A casa de Jasmine era uma rua acima da casa de Bridgit, o que me deixou embasbacada.

- É aqui? - eu indaguei, apontando para casa âmbar e ampla que se erguia a nossa frente.

- É! Por que? Não gostou?

- Gostei, é linda, mas... Eu esperava que fosse mais longe.

- Aqui é Forks, querida! Somos separadas apenas por umas quadras.

Ela me guiou a estacionar no gramado a frente da casa de Jasmine e oposto ao lado da garagem. Saímos do carro pegando nossas mochilas e meu celular. Era estranho Alice ainda não ter ligado!

Eu e Bridgit nos dirigimos a casa bem ampla que se erguia a nossa frente. Era muito bonita e bem maior que a de Bridgit e a minha. Só perdia pra dos meus avós. Chegando a soleira da porta, Bridgit tocou a campainha e uma sorridente Jasmine atendeu a porta.

- Ah, minhas convidadas! - exclamou Jasmine abraçando nos com força. - Entrem logo, as outras já devem estar chegando.

Jasmine estava muito bonita: usava um par de botas castanho escuro, uma espécie de sueter mais leve e quente de manga longa âmbar e calças castanho claro, sem falar no seu cabelo, lindo como sempre. Bridgit estava bonita também: usava claças jeans rosas, uma blusa manga longa rosa com uma jaqueta jeans por cima e um tennis branco com rosa.

Jasmine nos levou até a sala (que era bem mobiliada) e nos sentamos no sofá ao lado da janela. Em instantes depois, uma mulher gordinha, com cabelos curtos e da mesma tonalidade de Jasmine chegou a sala com um enorme sorriso no rosto.

- Ah, hola chicas! Tudo bien?

Eu assenti, meio confusa. Espanhol não era meu forte, mesmo que ela misturasse a lingua inglesa com o dialeto.

- Ah, mamá, esta és Renesmee Cullen, mi nueva amiga! - adiantou-se Jasmine, levantando-se do sofá.

- Oh, sí! Usted falaste dela. És una honra, Renesmee.

Eu simplesmente sorri para ela. Eu havia entendido, mas não soube como responder.

- Desculpe-me, Hija, mas eram cinco, no? - perguntou a mãe de Jasmine.

- Sí, mamá, las otras vienem por aí. Acalmaté! 

Elas coneçaram a discutir mais rápido do que o normal, o que era um costume dos espanhóis.

- Ela é espanhola? - perguntei a Bridgit receosa.

- Não, é mexicana! Do Novo México! Ela sabe falar inglês, mas prefere falar a lingua natal. A Jasmine fala espanhol desde pequena, por isso que a unica matéria que ela vai bem além de Ed. Física é Espanhol!

- Eu ouvi isso! - exclamou Jasmine, com uma cara amarrada.

No segundo seguinte, uma buzina foi ouvida do lado de fora. Eu e Bridgit espiamos pela janela e vimos uma Honda Biz e um Range Rover estacionarem ao lado de meu carro. Clover vinha na Biz e Sasha no Range.

- As meninas! - disse Jasmine indo para porta.

- Aquele Range Roverr é da Sasha? - eu indaguei pasma, para Bridgit.

- É sim! O pai dela é um empresário bem famoso no ramo de Marketing e Publicidade. Já trabalhou com empresas grandes como a Victoria Secret's e a Editora  Scholastic!

Nossa, isso era bomba até pra mim. Não conseguia imaginar alguém tão famoso assim. Logo as meninas chegaram nos cumprimentando com fervor.

- Buenos diás, chicas! 

- Tá mar ou meno bueno! - exclamou Sasha em espanhol, numa tentiva fracassada.

Ficamos conversando no sofá enquanto a mãe de Jasmine buscava uns lanchinhos na cozinha. Isso seria bom, pois eu nem tomei café! Ela troce rapidamente o lanche, que eram sisplesmente suco de laranja e sanduíches de pão plusvita com sabores variados. Tive que admitir que estava delicioso!

- Chicas, não se importem com las guloseimas, amanha tomaremos um café decente. Isto és apenas para tapar el buraco do estômago!

- Falando nisso, já são 10:30, mamá! - exclamou Jasmine, bebendo o ultimo gole do suco de laranja. 

- Oh, sí, hija!!! Vamanos, chicas! És el momiento de irmos. - exclamou ela, pegando todos os copos e a bandeja de sanduíches, que ainda obtinha alguns.

- Irmos pra onde? - eu entendia o suficientemente do que ela falava para exclamar.

- Para Seattle! - exclamaram elas em uníssono, se levantando do sofá.

- Mas eu não trouxe dinheiro! - exclamei me levantando também. - Pra não dizer que não, estou com cinqüenta dólares na mochila.

- Ah, não! Não precisa levar dinheiro, vamos explicar tudo lá fora!

- Ninguém explicou o protocolo pra ela? - perguntou Clover, olhando Bridgit.

- Eu me esqueci, tá! - exclamou Bridgit, erguendo uma sobrancelha.

- Bubby, o Amadeu não para de me enviar mensagens pedindo aquela blusa que ele viu! - exclamou Jasmine, quando sua mãe chegou na sala, com um cachecol no pescoço.

- Então compres, hija! Su dinheiro sobrará! - disse ela sacando a chave de um carro e indo em direção a um cômodo desconhecido. - Lá fora, chicas!

Jasmine virou-se para nós e disse:

- Meninas, podem deixar as mochilas aí no sofá, quando chegarmos levamos lá pra cima. Quem tiver trazido um dinheirinho extra pro lanche pode levar. 

Eu e as outras meninas pegamos o dinheiro em nossas mochilas e sacamos os celulares. Algumas pegaram pochetes e colocaram de lado, para facilitar a retirada de documentos e dinheiro. Nos preparamos e fomos para fora.

- O nome dela é Bubby? - eu sussurrei à Bridgit, quando a mãe de Jasmine estacionou uma espécie de van da Mercedes ao nosso lado.

- Não, é Burdwell! Bubby é só um apelido. - sussurrou Bridgit de volta.

Logo em seguida Sasha se colocou a nossa frente e começou a tirar algo de sua pochete.

- Vamos lá, gente! Aqui estão os cartões vale-compra que temos em todas as nossas festas. Eles estão recheados com quinhentos dólares e não podem ser utilizados para comprar lanchinhos. 

Eu olhei o cartão dourado opaco que ela colocou na minha mão. Compras. Roupas... Eu não necessitava daquilo! Bubby saiu da van e Sasha anunciou:

- Bubby, aqui tem um cartão extra com cem dólares! Vai poder aproveitar em quanto nós passiamos.

- Gracias! Poderé comprar mi nueva calça! - exclamou  Bubby, pegando o cartão vermelho dando pulinhos de alegria.

- Mamá, e Amadeu, como fica? Isto és injusto! - disse Jasmine, misturando as línguas.

- Jasmine, entre no carro com sus amigas! Vamanos, andale!

Nós obedecemos e entramos, todas nós sentamos nos últimos bancos, pois haviam cinco. Sentamos todas juntas. Eu tratei de ficar na janela direita para observar bem a vista.

- Eu teria me vestido melhor, se soubesse que sairíamos! - eu disse a Bridgit.

- Tá ótima, amiga! Melhor impossível! Ah, e sua maquiagem está fashion, parabéns. 

Eu sorri, me virando para a janela. Não chovia ainda, o que era bom. Fazer compras com chuva seria o cumulo de tudo que eu não gostava de fazer... Mesmo que nessa categoria tivesse um acoplado de coisas.

De repente, senti meu celular vibrando em meu bolso; peguei-o rapidamente e avistei uma mensagem de Alice, que provavelmente berrara: "Onde ESTÁ MEU CARRO!!!???". Eu respondi com impetuosidade: "Desculpa, mas estou saindo no momento...".

Era ao menos divertido ver Alice pirar com uma coisa que não fossem roupas e apetrechos. Eu podia gargalhar naquele momento. Mesmo assim me calei, apagando tudo que se referia a Forks de minha mente. Seria bom curtir o momento. Iria ser uma longa viagem mental.

~ x ~

Chegamos em Seattle com alarde. Todas estavam muito ansiosas para seu sábado de compras, inclusive eu. Bubby deixou a van em um estacionamento perto do centro e na saída, nos avisou:

- Chicas, estoy indo. Cuidado e comportem-se! Já és 12:28! Tenemos que comparecer aquí as 4:30, em el maximo! Entón teremos tiempo suficiente. Divirtam-se, hijas! 

Ela seguiu um caminho e nós outro, indo em direção ao centro, para as lojas.

- Aonde sua mãe vai mesmo? - eu perguntei, caminhando ao lado de Jasmine e Bridgit.

- Ah, é sempre assim! Ela vai comprar coisas do seu interesse... Qualquer hora acabaremos esbarrando nela aqui no centro! - exclamou Jasmine, andando de olho nas vitrines.

- Pessoal!! - exclamou Clover. - Olha aquela blusa! Temos que começar por ali! 

- Concordo! - disse Sasha, partindo em disparada junto com Clover.

Eu, Bridgit e Jasmine fomos atras, mais atrasadas. O dia seria movimentado!

~ x ~

O dia seguiu da mesma forma que começou, com roupas e mais roupas a nossa frente... E como se não bastasse, Alice me ligando feito louca. Até parece que eu ia atender! Estávamos no momento em um ônibus, atravessando a cidade com várias bolsas. Eu nunca tinha andado daquela forma com meus pais, imagina com um quarteto de adolescentes.

- Cara, adorei aquele cano-longo lá na loja! É simplesmente show! E eu tenho uma festa pra ir nesse final de semana! Lá na casa do Iwin, amigo do Dexter! - exclamou Clover.

- Eu também tenho uma festa pra ir nesse próximo fim de semana! Por isso estamos indo na Drezies, a melhor loja de vestidos da cidade! - exclamou Sasha, compenetrada.

Eu embasbaquei com aquilo; estávamos atravessando a cidade, de ônibus, pra comprar vestidinhos!?

- Tão de brincadeira, né? - eu indaguei.

- Qual é, Renesmee? Você comprou pouquíssimas coisas... Vai que gosta de algo lá! - exclamou Jasmine. - E lá também tem o maior McDonald's da cidade! Já que não temos dinheiro pra comprar comida francesa...

- Acho que tem uma padaria ao lado da Drezies! Vá lá e compra uns croasaints... - falou Sasha, sinceramente.

- Não intende de comida francesa, né?

- E o que quê é comida francesa? Ratatouille? - indagou Bridgit.

- Eca, isso é sopa de tomates, não? - perguntou Sasha.

- Mais ou menos! Mas pensei que ratatouille fosse comida italiana...

- Nunca viram o filme da Pixar? Vocês tem cultura? - perguntou Bridgit.

- Pessoal, nosso ponto! - eu exclamei me levantando.

Saímos do ônibus com rapidez e quando vimos, estávamos em frente a Drezies. Toda aquele papinho de comida tinha dado fome. E que fome.

Entramos na loja com suavidade, já que pessoas "chiques" freqüentavam ali. Até que a loja era bonitinha e os tecidos eram de qualidade. Elas até me convenceram a comprar um vestido rosa bebê, uma sapatilha da mesma cor e um lacinho. 

Em relação as meninas, não faltaram situações absurdas, como: Bridgit agarrando um cinto ao mesmo tempo que outra mulher, e a derrubando no chão, depois de alegar que vira primeiro; ou Clover dando aulas de moda às clientes perdidas.Tudo muito cômico. Todas levaram vestidos e apetrechos e no final das contas, o cartão de  Sasha acabou estorando, sem nenhum tustão a mais. Com as outras não foi diferente, apenas alguns centavos sobraram. 

No final de tudo saímos da loja sorrindo e cantando; eu até gostava desse lance de maioridade.

- Vamos logo pro McDonald's, estou morrendo de fome! - Exclamei.

- Com certeza!!! - exclamaram elas em uníssono.

Todas riam e se divertiam, assim como eu. Só que naquele momento algo tenebroso estava por vir; eu acabara de sentir um vento frio e gelado correndo por minha espinha e levando meus cabelos à frente. Eu congelei no ligar onde estava, fazendo algumas pessoas esbarrarem em mim. Eu olhei para trás, na esperança de ver algo suspeito, e apenas vi uma silhueta de um homem de sobretudo preto de couro se afastando.

- Renesmee, tudo bem? - perguntou Bridgit, se virando como as outras.

Eu me virei pra elas com a boca aberta:

- Errrr... Tudo bem! É que eu vi uma... Blusinha super linda ali e...

- Quer que a gente vá com você? - perguntou Jasmine, se adiantando.

- NÃO! Não precisa... Quer dizer...

Elas me olhavam curiosas.

- Meninas, eu vou lá checar sozinha! Vão indo na frente. - eu exclamei, olhando o homem. Ele ainda estava perto.

- Tá bem! Vamos pro McDonald's, é logo ali na esquina! - falou Bridgit, andando para as outras de costas.

- É, já vi! Vão indo! - e corri em direção ao homem.

Eu nem chequei se elas olhavam ou não, só quis terminar com todo aquele mau pressentimento. O homem andava normalmente, depois de minha corrida, consegui ficar à par dele. A partir de então, andei no mesmo compasso. Ele vacilou um pouco, olhando para vários lados, mas como não viu ninguém (eu presumia) entrou em um beco largo.

Eu o segui com o mínimo de hesitação; sisplesmente ao chegar à entrada, coloquei apenas minha cabeça pra checar se ele havia entrado lá mesmo. Sem duvida era ele. Acelerei o passo mais uma vez.

Ao chegar no ponto médio do beco, ele parou e eu também, a uma distância visível. Ele então se virou lentamente. Usa-vá também óculos escuros, o que era estranho pra ocasião já que estava bem nublado.

- Ora, ora, ora... Veja o que temos aqui. Minha velha amiga... Cullen. - ele pronunciou lentamente cada palavra. 

Eu o fitei:

- Nós nos conhecemos? Acho que não...

Ele então tirou vagorosamente seus óculos, me permitindo ver suas orbitas cor de sangue.

- Acho que isso te lembra alguma coisa, não? - recitou, sarcasticamente.

Eu olhei dentro de seus olhos, a ultima vez que eu vira alguém parecido com ele... Aquele cabelo encaracolado...

- Você é aquele vampiro que me perseguio aquela manhã! - eu sussurrei dando um passo pra trás.

- Vejo que se lembra! Pensei que seria fácil tratar de você daquela vez. Mas vejo que você é uma caixinha de surpresas. 

- Por acaso está me seguindo? - eu disse, cerrando os punhos.

Ele olhou o chão: 

- Sabe... Se eu estivesse a seguindo, nunca saberia. Tudo isso que estou fazendo é pra ver quais são suas primeiras reações em relação a mim. Não vou dizer que estou surpreso, mas...

- Quem é você!? - indaguei. - O que quer? 

Ele deu um sorriso maléfico e sarcástico ao mesmo tempo.

- Meu nome é William Roch. O que eu quero, hu... Isso vai ter que descobrir com o tempo. Por enquanto, me leve em sua vida como um fantasma qualquer que só faz aparições. Como em um videogame, as fases irão aumentando e tudo ficará mais malévolo e grandioso até você perder tudo o que conseguio construir e conquistar. Não preciso dar exemplos, sim? - ele disse, tão sádico quanto de costume.

Eu o olhei enquanto se virava e andava colocando os óculos. Era agora minha chance de terminar com tudo aquilo, terminar aquele grande jogo.

Corri em sua direção, tão determinada como nunca; tentei lhe dar um soco, mas ele se esquivou; ele tentou revidar, mas eu o segurei e lhe dei um outro soco tão forte que o fez ir contra a parede. Fui em sua direção, pronta para revidar, mas acabei errando e dando um soco na parede, que fez meu braço fincar nela. Eu senti  que ele vinha atras de mim, mas fui rápida em retirar meu braço da parede e o empurrar no ar. Ele em seguida foi tão rápido que pareceu se materializar, e me deu um soco que me fez deslizar no chão. Em seguida deu um salto, se preparando para dar um potente chute no chão, só que desviei no mesmo instante, o que não o empediu de criar uma cratera no chão mesmo assim. Dei um chute em suas pernas que o fez cair no chão, mas não por muito tempo; nos levantamos rapidamente e antes que ele pudesse preparar outro ataque, saltei em sua direção agarrando seu ombro com a mão esquerda e o lançando a metros de ditancia. Ele colocou uma mão no chão enquanto deslizava de joelhos, deixando um rastro enorme de poeira no ar. Ele se ergueo e me olhou furioso, como um animal. Eu sabia que se não estivesse preparada ele iria me matar naquele instante. Era agora...

- Renesmee!! 

Um berro alto me fez girar pra trás assustada; vi Bridgit me encarando perplexa. Virei-me pra frente novamente e não avistei nada, só o rastro de poeira que William deixara pra trás.

Me virei novamente pra Bridgit e andei lentamente em sua direção. Minha mão e outras partes do meu corpo doíam e certamente algumas partes de minhas roupas deviam estar sujas... Explica essa agora, Renesmee!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e beijão a minhas antigas leitoras. Bye!!! ♥



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