A menina mais linda que eu já vi acabou de dar um salto na minha vida. Literalmente um salto. Mas ela é muito inteligente e bonita , ela nunca gostaria de mim. 

       A primeira vez que eu a vi , ela tombou uma velhinha, eu tentei disfarçar mas foi quase impossível não rir. Ela tinha cabelos castanhos claros, e olhos verdes, não era muito alta , estatura média.       Logo depois que ela entrou, ou seja caiu na sala, todos riram dela. Eu fiquei meio com raiva. Parecia que tinham chamado minha mãe de vaca.            Então eu joguei uma borracha no quadro, passando perto de Eduardo, o que acredito que fez ele me odiar mais ainda, porque desde o começo ele não foi com a minha cara, só porque minha mãe já namorou ele na faculdade. Mas o caso terminou em traição, por parte da minha mãe. Nem me pergunte como eu sei disso.      Ao jogar aquela borracha, eu consegui atrair a atenção da turma, e também percebi que Eduardo havia se irritado com o meu ato.    -Senhor Roy e Senhora Becroft, suas atitudes foram desnecessárias na minha aula, encontro vocês depois na detenção , para fazer resumo negativo.- disse Dudu , não isso soa gay, foi Eduardo mesmo.     Depois de varias torturas verbais, só aprendi uma coisa, ele é o professor de todas as matérias. O que é uma grande droga.       Mas quando estava na hora da saída , aconteceu uma coisa inédita, ou pelo menos, ruim para "senhora Becroft". Na verdade foi péssimo.        Haviam cartazes coloridos por toda a escola dizendo : Bea caga na pia. Tinha todos os tamanhos e todas as cores. Mas pior de tudo estava ilustrado. Tinha uma imagem de um cocô na pia, ou pelo menos era o que parecia ser.        Quando eu olhei para trás a menina linda que eu não sei o nome,estava chorando, morrendo de vergonha mais do que ela já estava. Do lado dela estava , uma outra menina e um menino. Eram gêmeos, não eram feios, mas também eram inteligentes...       A menina foi correndo atrás de Bea , a menina bonita que eu descobri o nome naquela hora. Pois Bruna havia gritado seu nome. Eu sabia que ela era Bruna ,pois eu li na jaqueta dela. O que era estranho, mas acabei acostumando , ela ficou sentada na minha frente durante a aula.      Pensei em ir correndo atrás dela, só que EU NÃO CONHEÇO ELA, ainda..       Fiquei na escola até tarde pela detenção, todos haviam ido embora. Eu deixei minha mochila no banco , e fui recolhendo todos os cartazes. Até que eu cheguei no ultimo. Esse ultimo cartaz eu guardei. Quando faltava uns 5 minutos para a detenção , Bea se sentou no outro banco sem ser o meu.         Eu me aproximei dela e fui me apresentar.   -Oi, eu sou Alexandre, mas pode me chamar de Alex.-disse   -Eu sou Bea.-ela disse com uma voz triste.   -Aquilo foi mesmo seu cocô na pia?-perguntei   -Não , na verdade...-ela respondeu, dai ela me contou toooddaa a historia do que aconteceu de manhã.         E por mais incrível que pareça , foi tudo culpa do gato. O que ninguém imaginava, e o irmão dela é um vagabundo. Mas no fim ela sorriu e disse que não ligava mais.   -Você nem percebeu mas , todos os cartazes foram removidos.-disse   -É mesmo, deve ter dado bastante trabalho.-ela respondeu   -Pode ter certeza que deu mas valeu a pena. - disse   -Como assim? Foi você que recolheu? Se foi obrigada:) -ela disse.   - Não, mas eu ajudei a Bruna.-disse, para eu não parecer muito "dado".   -Ata, mas temos que ir para a detenção agora.-ela disse , com presa.       Então fomos para o nosso "castiguinho", e tinha um monte de idiotas  lá. Tinha um mano, que estava vendendo relógios pirateados! E uma menina que estava com os pés encima da mesa! Mas como Eduardo já estava acostumado com eles, ou pelo menos parecia isso, ele deixou para lá.       Eu me sentei do lado de Bea e ficamos conversando sobre musica e como Eduardo era chato. Assim eu conclui que somos amigos.     -Alunos, podem ir, a detenção acabou, espero que tenham aprendido a lição.-disse Eduardo       Fomos saindo da sala, ela foi ligar para os pais dela. Mas ela estava sem créditos no iphone dela, então emprestei o meu.      - Obrigada, você é  bem legal, espero que consiga fazer vários amigos populares, e não como eu. -ela disse   -Eu não preciso de amigos populares apenas verdadeiros.-disse . Acho que ela achou fofo, pelo menos seus olhos verdes brilhavam.         Bea sorriu e foi  para casa. Como minha casa era perto da escola eu fui andando. Afinal, hoje eu iria treinar basquete com o meu pai, que era o treinador da escola.