Um tempo depois, Damon acorda e vê Luce sentada na poltrona o encarando.

- O que você fez comigo?- pergunta ele passando a mão na nuca.

 - Quebrei seu pescoço. - diz ela naturalmente

-Você o que?-sua expressão é de espanto.

- Não me faça repetir, ouviu o que eu disse- revirou os olhos e o encarou tentando decifrar sua expressão, ele estava assustado, havia medo em seus olhos.

- E... E...  Como estou vivo? – gaguejou ele.

- Não está.

-Como?- disse ele sem entender.

-Você está em transição... – ela a interrompe.

-Em transição?

-Nem vivo, nem morto, me desculpe por te feito isso sem seu consentimento, foi num momento de raiva, meu dia não foi muito bom.

- Então eu sou um vampiro?

-Como já disse, está em transição, precisa se alimentar para completar.

-Me alimentar? Como nas historias? Beber sangue?

- Sim.

-Não quero beber sangue, e se eu não me alimentar? Continuo humano?

-Se não completar você morre. - disse ela secamente- E eu terei salvado sua vida em vão.

Ele põe a mão na garganta sentindo-a queimar.

-Vai continuar a queimar até completar a transição ou morrer, você decide. - diz ela parecendo ler seus pensamentos.

Ela sai sem dizer nada e alguns segundos depois volta com duas bolsas de sangue na mão, ao ver o sangue seus olhos ficam vermelhos e seu maxilar começa a latejar, ela vendo isso, caminha até ele e lhe entrega uma das bolsas de sangue e toma uma para si, ele sem hesitar toma tudo.. Luce apenas o observa e diz:

-Satisfeito? Sente-se melhor?

-Sim, sinto-me incrível, forte, sinto que posso fazer o que quiser- diz ele sorrindo.

-E pode - diz ela-com tanto que tome cuidado para não ser descoberto ou matar alguém.

Tudo que ele não queria era matar uma pessoa inocente.

Sua expressão mudou repentinamente ao lembrar-se das historias que havia ouvido sobre vampiros não poderem sair ao sol.

-É como nas historias? Não podemos sair ao sol ou nos queimamos?

-Sim, é verdade, mas posso resolver esse problema. Creio que esteja cansado, vou lhe mostrar o quarto em que ira ficar – os dois sobem as escadas e andam por um imenso corredor e param em frente a uma porta a esquerda. Ela abre a porta e diz:

-Fique a vontade, se quiser banhar-se-diz ela apontando para uma porta no fundo do gigantesco quarto.

O quarto era limpo e cheirava a lavanda, ela retirou-se deixando Damon só para descansar.

Na mansão Salvatore (segunda de manha)

Stefan acordou e desceu as escadas para tomar seu café da manha, chegando já a mesa com a mesma expressão de tristeza da noite anterior, ele se senta e toma seu café em silencio, seu pai termina o café e se tranca no escritório. Apos o café Stefan resolve ler um pouco, mas logo fica entediado e resolve ir cavalgar. Quando volta para o almoço tenta falar com o pai.

Stefan se senta junto ao pai e diz:

-Como andam os negócios, papai?- seu pai cultivava café.

-Bem na medida do possível- diz ele desanimado.

-Está assim por causa da carta, não é?-ele nada diz- tudo bem, não vamos mais tocar no assunto, não jantarei em casa hoje, irei até a casa de Elena.

-Tudo bem- disse tristemente, Damon estava no hospital, e agora Stefan o deixaria sozinho.

Por volta das 16h da tarde, Stefan foi à casa de Elena para o chá e mais tarde o jantar.

Elena o recebe na porta, ele sempre carinhoso lhe rouba um beijo.

Estavam na sala os dois, a mãe de Elena havia ido até a cozinha ver como andava o chá, Elena estava mergulhada em seus pensamentos, quando Stefan a interrompe.

-O que há com você?-pergunta calmamente a ela.

-Nada-Stefan nada diz por um tempo então ela resolve fazer a pergunta que ela tinha certeza que Stefan não ia gostar, mas precisava saber- E Damon, como está?

-Não sei, ele não veio hoje e não vira tão cedo-diz Stefan irritado por Elena tocar no nome do irmão.

-Como não veio?-0 Pregunta ela preocupada.

-Ele foi atingido no ombro, e ficará por lá até se recuperar-ele tenta ser calmo.

-Ah-diz ela decepcionada, esperava ver Damon em breve, mas como essa noticia Suas esperanças se foram.

Stefan percebeu o desapontamento de Elena.

- Parece triste, com a noticia... –sua voz era puro ódio.

-Ah não, só fiquei preocupada com você-mente ela—está bem?

-Melhor impossível. - diz ele friamente.

-Não ficou triste por seu irmão?- pergunta ela e Stefan não responde. Ela entende  que ele não quer falar e não diz mais nada.

Sua mãe entra e percebe o clima tenso na sala e interrompe o silencio chamando-os para o chá no jardim.

Eles tomam o chá tranquilamente Stefan  está calmo novamente como se nada tivesse acontecido, mas se sente meio desconfortável por saber que Elena ainda ama Damon e resolve ir embora antes do jantar.