Amor Nas Entrelinhas escrita por Miss Nowhere, Alice Collyns


Capítulo 7
Chuva de Inverno, Pra Unir os Corações.


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo com um final intrigante pra vocês. Era pra ter saído antes, mas eu parei de escrever de cinco em cinco minutos(pra fazer gelatina, pentear o cabelo, dobrar roupa, tomar banho...) então atrasou. Esse capítulo eu vou dedicar pra Natália, que eu mostrei pra ela pelo tumblr (follow-me: legia0.tumblr.com) e ela gostou. Aproveitem.



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POV Alice

Não sei dizer quem virou a cara mas na despedida eu acabei dando um protótipo de beijo no Pietro.

Corei imediatamente (eu quando não?). Pietro olhou pro lado. Depois de um milésimo de segundo pensando decidimos fingir que não tinha sido nada.

Pietro acenou de dentro do elevador e eu estava quase entrando quando me lembrei.

-Pietro!

Ele botou a mão na frente da porta do elevador.

-Oi?

-Quando é minha primeira aula, professor?

-Hm... Que tal depois de amanhã? Na minha casa? 

-Okay! Você me busca?

-Claro. Beijo Alice.

-Beijo Pietro.

Entrei no apartamento sonhadora.

-Contou?

-Sim- Sorri pra minha mãe

-E como ele reagiu?

-Ah mãe, o Pietro não existe, no bom sentido. Tão bom. Ele só sorriu e me abraçou, disse que tava tudo bem.

-Quem bom minha filha. Ah se ele não tivesse namorada eu diria que ele estaria caidinho por você.

-Duas coisas mãe: Ele não tem mais namorada.  2ª: Um cara como Pietro nunca olharia pra mim com esses olhos. Sou sem graça de mais. Você tinha que ver a ex dele: Loira, alta, de olhos azius, cheia de peito e bunda.

-Ah Alice! Não gosto de ver você se fazendo de pouco. Você não é nem um pouco sem graça. Qualquer menino cai por esses olhos verdes, os seus cabelos podem não ser loiros, mas são lindos, e seu corpo é sim muito bonito, pequeninho, mas bonito. E mais, um menino como Pietro parece daqueles que olha mais do que só por fora. E se eu estiver certa e ele já percebeu que você é meiga, inteligente e linda, por dentro e por fora.

-Obrigada mãe...

Saí da sala e subi pro quarto sem acreditar muito no que minha mãe disse.

Já eram 22:40 quando meu celular tocou. Peguei na cabeceira toda feliz esperando ver o nome de Píetro, mas só vi o de Marina. Meio sem vontade, atendi.

-Oi Nina.

-Hei Lice.

-Tudo bom?

-Sim sim. Então baixinha, "vamo" sair?

-Não... To sem vontade.

-Aah! Vamos Alice. Vai ser legal. É um pubzinho na zona Sul.

-Não Nina.

-Vai ter eu, a Nanda, a Ana e por aí vai. Só gente boa.

-Na...

-Sh. Estamos passando pra te buscar. Se arruma, mas não poem aqueles vestidos caretas.

Com muito pesar levantei da cama e fui me vestir

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-Alice!Eu tinha dito: sem vestidos caretas. E olha o que você veste!?

( N/A(nota da autora) Roupa:ignorem o salto, Alice não usa, ponham uma sapatilha no lugar: http://nossaliberdade.files.wordpress.com/2012/07/carolina-oliveira-saia-tule2.jpg?w=848&h=667)

-Porra Ana, eu me visto de jeito que eu quero!

-Ui estressadinha. O que importa é que vai ta cheio de gatinhos.

Quando Ana falou aquilo meu pensamento foi automaticamente até Pietro e depois até o que Ana considerava bonito (músculos,músculos e ah... mais músculos).

-Ahan.- Não queria perder meu tempo discutindo com as meninas, por isso somente concordei.

===========

Era realmente um pub. Parecia pequeno de fora, mas quando entramos era realmente grande.

Logo na entrada pude ver os grupinhos: Os dos que usavam drogas e os seguranças faziam vista grossa, os que só riam, os que já caim de bêbados, e espalhados no local os sem grupo.

Num momento as meninas estavam do meu lado, no momento seguinte cada uma já tinha entrado num grupinho e me deixado totalmente sozinha, então eu resolvi ir até o bar.

====

-Um café, faz favor.

-Café? Tu ta meia deprê?

-Eu não tomo muita bebida alcoólica, no máximo vinho as vezes, e sou menor de idade.

-Aqui ninguém liga se você é menor de idade pequena.

Dizendo isso o barman me entregou a xícara quente de café.

Não era dos melhores, mas dava pro gasto. Depois de uns minutos um homem que parecia ter uns 30 anos parou do meu lado e sentou.

-Aqui, pra esquentar mais!?

Ele tirou do bolso um frasquinho.

-Não obrigada.

-Vamos, aposto que nunca tomou vodca com café antes.

-Já tomei vodca pura e vomitei tudo.

O homem fez cara quem não acreditava e o barman me deu um sorriso maroto. Mas era verdade. Numa das noites que as meninas me arrastaram a algum lugar eu acabei pegando o copo de outra pessoa cheio de vodca que eu confundi com a minha água,e depois do primeiro gole só parei no banheiro, votando de tanta.

-Não.

-Tá. Veio com alguém.

Tava pronta pra responder que tinha vindo com as minhas amigas quando me surgiu uma ideia.

-Vim com meu pai.

O sujeito se engasgou.

-E o que seu pai faz?

"-Advogado"

-Assassino.

-O que?

Olhei pro barman e pisquei sorrindo.

-Ahn... E o seu pai ta aonde?

-Por aí...

-Então, quer me acompanhar até um lugar silencioso?

-Não.

Nesse momento lembrei de Pietro e da gentileza presente na voz dele quando me levou até aquele mini jardin, comparei com a malícia do homem e fichei a cara.

-Vamos baixinha,vai ser lagal, hãn?

-Não, eu já disse.

-Você vai gostar...

-Eu já disse que não.

Olhei em desespero pro bar, mas o barman não tava lá.

O homem agarrou meu braço.

-Vem!

Eu ia abrir a boca pra falar alguma coisa, mas alguém atrás de mim falou primeiro.

-Solta ela!

-Opa, e você é quem?

-Sou o namorado dela.

-Mas a princesinha disse que tinha vindo com o pai, que é assassino.

-Não interessa o que ela disse. Solta.

-O  pequena, podia ter me dito que namorava.

Então o homem levantou e eu me virei pra ver quem era "meu salvador", já que a voz dele estava abafada pela música alta.

Adivinha quem?

Pietro.

As vezes o destino prega peças na gente. Logo Pietro? Eu vou ficar ainda mais com tendência de gostar dele, sendo que de mim ele não quer mais que amizade.

E essa cena dele me "salvando", se fosse prum livro ficaria tão clichê... Mas as vezes, acho que a vida é clichê.

-P-Pietro?

-Oi, Alice.

-Obrigada, obrigada,obrigada,obrigada.

-Hei, calma pequena.

Não sei o que me deu, eu apenas abracei ele como uma criancinha feliz por ver a mãe depois de ser perder numa liquidação.

Estávamos ainda abraçados quando me lembrei. O que Pietro estava fazendo aí? Eu perguntar mas ele me roubou as palavras.

-E o que faz aqui Alice?

-As meninas me arrastaram. E você?

Será que Pietro tinha vindo por que queria? Mas ele não era assim. Não gostava de balada.

-Ah, desculpa. É que eu liguei pra sua casa, e sua mãe disse que você tinha saído. Daí ela me deu o endereço. Fiz mal?

-Fez bem, muito bem. Veio de carro?

A minha agitação por poder ir embora de lá era tanta que nem perguntei por que Pietro ligou pra minha casa.

-Pior que não. É que minha casa é aqui pertinho, mas eu não me incomodo nada se você vier lá comigo, pra pegar ele e te levar. Que tal?

-Pra mim tá ótimo.

=====

Saímos do pub em direção a casa de Pietro, que, pelo que ele me disse, ficava a duas quadras de lá.

Mais ou menos no meio do caminho, entre risadas e conversa, começou a chover. 

Parados em baixo da marquise de um prédio, encharcados e sorridentes.

-Ah, essa chuva tá feia. Parece que vai durar.

-Pois é. Ai, que saudades do quentinho lá de casa.

-Tá com frio?- ele nem me deixou responder-Pega.

Me estendeu o casaco que estava usando e quando eu recusei ele mesmo fez o trabalho de por em mim.

-Melhor?

-Muito.

Nos minutos seguinte Pietro olhou diretamente nos meus olhos e ficou assim, paralisado.

-Pietro...- Falei meio vermelha.

-Oi?

-A chuva diminuiu um pouco. A gente pode correr até a sua casa né?

-Isso.

Deve ter sido uma cena muito engraçada pra quem viu. Uma menina baixinha com um casaco que ficava grande nela, toda encharcada, um menino  um tanto mais alto, com os cabelos molhados na cara fazendo birra pra carregar a menina.

-Me deixa Alice.

-Não, não precisa.

Ele insistiu tanto que quando chegamos na casa dele eu já tinha cedido e estava nas suas costas.

Era uma casa bonita, mas chovia tanto que não deu pra ver direito. Entramos e Pietro me mandou direto pro banheiro.

-Pega qualquer toalha e se seca. Vou lá ver do carro.

O que aconteceu a seguir  me fez ter certeza que alguém lá em cima tava tentando me deixar confusa.

-Alice... Meu irmão saiu com o carro...

-Droga.

-Seu pai não pode vir te buscar?

-Ele ta viajando. A gente fica a pé toda vez que ele viaja.

E foi assim que eu me vi tendo que dormir na casa do Pietro.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O que acham que vai rolar entre o Pietro e a Alice nesse cap? Comentem com suas opiniões. Beijos.



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