Amor Nas Entrelinhas escrita por Miss Nowhere, Alice Collyns


Capítulo 8
Sonhos, Decepções e Alice.


Notas iniciais do capítulo

People, esse capítulo ficou curtinho, mas as minhas aulas começaram hoje. Mas pra compensar eu pus imagens & o próximo vai ser bem grandão.
*Quem leu os reviews viu que a Ju está coberta de razão, eu adoro deixar meus leitores na expectativa.
Espero realmente que gostem e me perdoem.



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Eu obviamente pensei em ligar para um ponto de táxi e ir pro quentinho da minha casa. Olhei pra Pietro, todo feliz e vacilei um pouco na minha decisão, só que no segundo seguinte os olhos de Pietro foram substituídos por uma visão do meu quarto quentinho, com Cheshire e Diná (N/A pra quem não sabe Cheshire é o "gato sorridente" da Alice(de Alice no País das Maravilhas), e Diná é a gata dela(''), mas que, nesse caso é uma cadelinha, a cadelinha da Alice minha personagem) deitados na minha cama, uma boa xícara de chá e uns livros. Com esse pensamento, "gritei" para Pietro, pra que minha voz se fizesse mais alta que a chuva:

–Pietro, onde tem um telefone?

Sem dizer nada o menino me pegou pela mão e me conduziu escadas a baixo até uma sala de estar abarrotada de estantes transbordando livros. Cheguei mais perto. Livros. De medicina.

"O pai ou a mãe de Pietro devem ser médicos"-pensei

Naquele dia o destino estava me pregando peças, se é que ele existe. No exato momento em que botei minha mão no telefone ouvimos o primeiro baque. Parecia que alguém tinha arremessado uma pedra contra o telhado da casa do Pietro.

Eu não estava totalmente errada, 20 segundos depois veio o 2º baque, depois o 3º, e dai por diante não parou mais.

Sai de perto do telefone e num gesto bem infantil cheguei em Pietro e me encolhi nele, com as mãos tapando meus ouvidos.

Era assustador. Não só o barulho, mas a demostração de força da natureza. Aquelas pedras de gelo batendo no telhado só me fizeram sentir-me uma formiguinha. E o pior, uma formiguinha encolhida nos braços de um cara que pouco conhecia. Uma formiguinha com uma droga de coração alimentando esperanças quanto a um menino que jamis quereria nada com ela.

–Tá tudo bem Alice.

Por favor, você que está lendo isso, se um dia encontrar o senhor Destino por aí, de um chute no entre as pernas dele por mim.

Dois segundos depois de Pietro me confortar a sala ficou na extrema penumbra.

–Droga faltou luz. Acho que tem velas na cozinha e lanternas na garagem.

–As janelas não estão abertas?

–Vish- sorri no escuro com o uso da "palavra"- Não tinha pensado. Não estou realmente a fim de levar pedradas de gelo. Quanto tempo duram essas chuvas?

–Geralmente uns 2 minutos de pedras só.

–Ótimos, senta aqui, podemos esperar.

Sentamos no sofá, juntinhos.

Um, dois, três, dez minutos se passaram e nada das pedras pararem. Pietro checava o relógio de segundos em segundos.

Quinze, dezesseis e finalmente, quando ouvimos a última pedrinha bater, dezessete.

–Uou, você tá mio atrasada em relação ao tempo de duração delas né?

–Não. Essa foi realmente estranha. Elas duram pouco. Eu juro.

–Tudo bem, nunca tinha presenciado uma. Vamos ver os estragos e pegar uma lanterna ou coisa assim?

–Certo... Mas, Pietro, onde estão seus pais?

–Viajando...

P**ra destino, sacanagem isso que você faz comigo. Isso é a vida, não um filme, e você não é roteirista.

Devo ter feito uma careta tão estranha que Pietro percebeu só pela luz do luar que entrava pela janela que ele tinha aberto, por que a as seguintes palavras me fizeram corar mais que uma pimenta.

–Calma Alice. Eu não vou te estuprar nem nada.

–E-eu sei. Não foi isso que eu quis dizer.

A cozinha estava mais ou menos bem. Na verdade só tinha bastante folhas e gelo. Gelo derretido, ainda em pedras do tamanho de cerejas ou até maiores.

De uma gaveta Pietro tirou várias velas, do armário uns pratinhos de sobremesa e por mim, de cima do fogão, uma caixinha de fósforos.

Acendeu a velas e grudou elas nos pratos, me estendeu uma, me pegou pela mãe e me levou até a garagem.

Com 2 velas e uma lanterna Pietro me deixou na sala e subiu até o segundo andar. Me encolhi no sofá, tremendo de frio e ainda molhada pela chuva, esperando Pietro voltar, pra que eu pudesse me enrolar nele como uma criança. Acho que no fundo, fico frágil perto do Pietro. Fico pequena(menor ainda).

Quando ele voltou tinha nas mãos um casaco grosso e um Banco mobiliário.

Sentou do meu lado, botou em mim o casaco, me abraçou forte.

Jogamos Banco Imobiliário até o sono nos possuir. Pietro, todo sonolento, subiu as escadas pra pegar um cobertor.

E assim dormimos. Abraçados, recebendo mais calor humano do que do cobertor.

Pela madruga o irmão do Pietro (Marcelo) chegou em casa. Viu a cena e deu uma risadinha. Considerando que estava "levemente bêbado" a risadinha me despertou do sonho que estava tendo.

Um sonho bom. Tinha Pietro nele. E nossas bocas juntas. Um sonho maluco, irrealizável....

Apenas um sonho.

(créditos pela imagem: amargedom.tumblr.com -> sigam é ótimo)




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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido. Pra quem eu decepcionei, desculpas. E pelo cap curto também.
Não me xinguem por ser viciada em Alice no País das Maravilhas. Se encaixa tão bem na minha história.
*Será que algum lindo gostaria de me fazer uma recomendação? Não? Não? Okay.
Beijinhos.



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