O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 9
7º Mês


Notas iniciais do capítulo

Meu pai está com um "amigo" novo. O engraçado é que eu tive que jantar com esse "amigo" do meu pai, para conhece-lo.



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Kurt estava com seis meses e um dia de gestação. Cada dia que passava, a ansiedade de Blaine e de Kurt aumentava cada vez mais. Em apenas algumas semanas eles estariam com o menino nos braços.

O moreno estava em seu estúdio quando o celular começou a tocar. Antes de atender o homem olhou o identificador de chamadas antes.

– Kurt? – O homem estranhou o marido estar ligando para ele, sendo que os dois estavam na mesma casa. – Alô? - Disse confuso.

Blaine venha aqui. – Respondeu o castanho pelo celular. Blaine rolou os olhos como se aquele pedido fosse o mais simples.

– Aqui onde? – Disse Blaine desistindo de trabalhar e jogando uma caneta sobre a mesa de equipamentos.

Na sala, homem! – Kurt respondeu como se fosse a coisa mais óbvio.

– Kurt, pode ser depois? Tenho que terminar esse contrato e-

Não, Blaine, preciso de você agora. – Kurt respondeu de um modo que conseguiu deixar Blaine estressado; o moreno não é muito do tipo que leva desaforo como se não tivesse acontecido nada.

– Ok, estou indo. – Blaine desligou o telefone e o jogou em cima da mesa assim como a caneta. O moreno respirou fundo e mexeu em suas têmporas. Blaine se levantou da cadeira, saiu da sala e desceu as escadas. Quando o moreno chegou encontrou Kurt, Julia e mais um homem, sentados no sofá. – Quem é esse?

O homem sentando ao lado de Kurt era loiro, provavelmente alto, uma bela aparência e além de tudo o homem estava em um terno incrível. O loiro por um momento ficou sem graça na presença de Blaine; Kurt deu uma olhada que fuzilou o moreno.

– Blaine, modos! Esse é August, ele é decorador e vai nos ajudar com o quarto de Rory. – Assim que Kurt anunciou o loiro, o mesmo se levantou e cumprimentou Blaine em um aperto de mão forte e direto.

– Mas... Eu achei que você iria escolher, com a minha ajuda. – O moreno trocou olhares com os três presentes na sala.

– Mas nós vamos, por isso eu te chamei aqui. Sente-se aqui. – Kurt estava sentando no meio do sofá, com Julia a sua direita, um lugar vazio a sua esquerda e em uma poltrona na diagonal do sofá, August. O moreno sentou ao lado de Kurt e colocou o braço envolta do castanho para tentar acalmar seu ciúme. – Bom, August disse que temos essas opções pelo tamanho do quarto. Precisamos pensar em conforto espaço para que ele possa brincar-

– O que é essencial. – Cortou Blaine. O moreno queria o filho ativo e não aquele tipo de criança que só consegue ser domada com aparelhos eletrônicos e ter muito espaço no quatro, já facilitaria.

– Sim. Então, temos essas opções. Eu gostei deste. – Kurt indicou um quatro amarelo com branco. Ele tinha luminosidade e era bonito, mas não tinha tanto espaço por ser ocupado por muitos móveis.

Enquanto Kurt iria folheando, eles observavam com os que mais se identificavam. Julia colocou o dedo sobre um.

– Eu gostei desse, parece uma mistura do antigo quatro de Blaine e Cooper. – A memória da mulher realmente não estava falha, algumas coisas realmente pareciam, como o berço e as cortinas. – E esse tema “Fazenda” é bem legal.

Blaine achou estranho aquilo vindo de Julia, mas agiu normalmente, como se tivesse escutado nada. Kurt voltou a folhear algumas páginas, até o moreno sentiu seus olhos brilharem por um em especial.

– Eu gostei muito desse. – Disse Blaine apontando para um quatro em tons de azul, vermelho e branco; um estilo navy.

– Eu não. - Disse Kurt olhando com desgosto para a foto.

– Esse saiu um pouco de moda. - Disse August olhando para o quatro de qual falavam. Blaine teve que se segurar para não demonstrar nenhum tipo de raiva.

– Então, não vai ser esse mesmo. – Disse Kurt voltando a folhear o catálogo. Depois de mais ou menos meia hora, o castanho fechou o último livro com fotos. – Terminei!

– E qual foi o veredito? – Perguntou August. De algum modo esquisito, Blaine viu muito de Sebastian em August.

– Blaine... Você gostou do meu? – Perguntou Kurt abrindo o catalogo com o quarto que parecia simples e aconchegante, mas não era o melhor.

– É bonito. – Respondeu Blaine sorrindo.

– Só bonito? Blaine, vamos, é para nosso filho, diga mais alguma coisa. – Pediu Kurt.

– Eu disse, mas minha ideia foi pouco cogitada, então... Com sua licença. – O moreno se levantou e caminhou para as escadas, em direção ao seu escritório.

Kurt fuzilava as costas do marido, enquanto o mesmo sumia subindo pela escada. O homem acabou entrando em uma situação embaraçosa.

[...]

Depois de passar o dia inteiro dentro do estúdio, editando algumas coisas e fazendo contratos, Blaine sentiu fome e resolveu comer. Era quase sete e provavelmente não demoraria muito para o jantar sair. Blaine saiu do estúdio e foi para as escadas. O moreno também notou que a casa silenciosa demais, principalmente por ser quase a hora do jantar.

– Pete, aonde está Kurt? – Pediu enquanto olhava até onde a sua visão da sala, cozinha e corredores lhe permitia; e descia os últimos degraus.

– Quando o decorador foi embora, o senhor Hummel foi para os seus aposentos.

Droga. – Pensou o moreno, sabendo que não estaria na melhor essa noite. – Ok, mas ele pelo menos comeu alguma coisa? – Blaine questionava porque Kurt as vezes era cabeça dura e ele estava se alimentando por dois, então não poderia ficar sem comer.

– Não, senhor. – Respondeu o mordomo.

– Arg. – O moreno rolou os olhos de raiva. - E Julia? – Perguntou.

– Ela saiu algumas horas atrás. Não disse aonde ia ou quando voltava, só pediu que não se preocupassem. – Disse Peter. Blaine rolou os olhos novamente.

– Tudo bem então, estou vendo que eu vou ter que jantar sozinho, se é que eu ainda tenho jantar nessa casa. - Disse o moreno sorrindo para Peter, que sorriu de volta e pediu com a mão, para que o moreno o acompanhasse.

[...]

O homem jantou e depois foi para a televisão assistir futebol. Se Blaine não estivesse com um pouco de peso na consciência, teria se animado e assistido mais jogos, mas estava brigado com Kurt, então era melhor ir logo. Era claro que o castanho estava chateado e talvez não quisesse ver a cara de Blaine, mas o moreno teria que dormir no próprio quatro.

Blaine desligou a televisão e foi para as escadas. O moreno foi até o quarto, que do lado de fora parecia estar em silencio e entrou. Ninguém havia aparecido para ver quem era, então o moreno concluía que talvez o marido estivesse dormindo. O velho compositor foi até a cama, que não vestígios de Kurt. Foi até o closet, e Kurt também não estava, então foi ao banheiro para ver se Kurt estava tomando banho de banheira, mas o castanho ainda não estava no banheiro.

O moreno desceu as escadas com um pouco de pressa, para sua sorte, Peter estava no mesmo local de sempre.

– Peter! Peter! – O moreno estava quase tropeçando por estar apenas de meias, e se fizesse, a queda e o estrago seriam horríveis.

– Sim, senhor Anderson? – Perguntou o homem surpreso por ver o chefe de novo.

– Kurt não está no quarto. – Falou o homem.

– Eu não entendo, eu lembro muito bem dele dizer: “Não estou me sentindo bem, preciso pensar. Vou pro quarto.” – Disse o homem repensando no que o outro patrão havia lhe dito.

Blaine começou a pensar onde o marido poderia ter ido. Coçou o coro cabelo e refez a frase de Peter, quando um estalo veio até a sua cabeça.

– Acho que eu tenho uma ideia de onde ele possa estar. Obrigado, Peter. – Blaine começou a subir as escadas de dois em dois degraus.

– O que? – O homem olhou para trás e viu o patrão subindo as escadas apressadamente. Blaine pensou em ter escutado algo vindo do homem, mas preferiu ignorar.

O moreno foi até a porta que ficava ao lado da porta de seu quatro, girou a maçaneta e viu que a porta estava aberta, então entrou.

– Querido? – O homem entrou dentro do futuro quatro de Rory e fechou a porta atrás de si. Blaine passou os olhos pelo quatro vazio e viu que na janela, estava Kurt sendo iluminado pela luz do luar. O moreno respirou de alívio. – Kurt... – Blaine foi até o marido e parou do seu lado com as mãos nos bolsos. – Ei, você. – Sussurrou.

O castanho lentamente tirou os olhos da lua para olhar até o marido. Blaine com a pouca luz pode perceber que o marido havia chorado, e recentemente. O moreno amava demais o seu esposo, mas ficar chorando poucas coisas já estava passando dos limites da paciência. Mas o moreno ainda manteve a sutileza.

– Oi. – Kurt aproveitou e deu um meio sorriso.

– O que ainda faz aqui? Estava te procurando. – Pediu Blaine.

– Pensando...

– Posso saber em que? – Pediu Blaine chegando mais perto e colocando alguns fios de cabelo atrás da orelho do castanho.

– Em nós dois. – Disse Kurt olhando nos olhos de Blaine.

– Rory também? – Perguntou Blaine com um pé atrás.

– Não, só em nós dois mesmo. – Respondeu o castanho seco.

– Kurt, olha me desculpa por hoje. É que-

– Blaine, eu te entendo. – Disse Kurt cortando o moreno. – Eu tenho sido tão protetor, que às vezes acabo me esquecendo de você. Você é o outro pai, você também deveria escolher um quarto, um nome, mas não, eu sou egoísta demais e escolho tudo sozinho. – Disse o ator, novamente se voltando para a lua.

– Kurt não tem problema-

– É claro que tem Blaine! Eu vi como você ficou hoje mais cedo, seus olhos de tristeza e eu sabia que aquilo era por minha culpa. – Kurt respirou fundo, colocou os braços envolta do pescoço do marido e lhe encarou nos olhos. – Blaine, me desculpa. E-eu não sei o que me deu naquela hora por não perceber essas coisas, mas agora eu estou te pedindo desculpas.

– Tudo bem, Kurt. – O castanho encostou a testa no ombro de Blaine. – Mesmo. – Blaine colocou alguns dedos embaixo do queixo de Kurt, pedindo para que o castanho o olhasse. – Não vamos mais nos preocupar com isso. Nós já passamos por coisas piores e olhe para nós, casados e aguardando nosso primeiro filho. – Blaine abriu os braços mostrando a dimensão de sua felicidade. Kurt riu.

– Ok, vamos dormir. – Kurt pegou na mão do marido e começou a puxa-lo para fora do quarto.

[...]

No dia seguinte, o casal estava na sala assistindo a mais uma maratona de filmes, quando Blaine sentiu que Kurt estava inquieto em seu lugar.

– Blaine, me dê a sua mão. Rápido. – Pediu Kurt esticando a sua própria.

– Mas pra-

– Me dê logo – Kurt não esperou que Blaine colocasse a mão dele em cima da sua, o castanho foi direto puxando a mão do homem e colocando em cima da sua barriga, no exato momento que Rory chutou.

– Oh meu Deus! Kurt isso é... Caraca isso é demais. – A criança juntou mais uma vez e Blaine estampava um sorriso de alegria e surpresa.

– Talvez ele goste da sua voz... – Disse Kurt.

– Será? – Blaine se direcionava para Kurt, mas o bebê novamente chutou. – Ei, garoto. – Blaine afinava a voz para falar com filho. Blaine se deitou para colocar o ouvido sobre a barriga de Kurt, até que o momento família foi interrompido por Peter.

– Senhor Hummel? – Chamou o mordomo do arco da sala.

– Sim? – Kurt e Blaine tiraram os olhos da barriga e olharam para o homem.

– O senhor Simpson está no telefone e deseja conversar com você. – O homem segurava o telefone da casa.

– Quem é senhor Simpson? – Perguntou Blaine. Kurt passou as pernas por cima de Blaine, que antes estava sobre elas e foi até o mordomo.

– August, o decorador. – Sussurrou Kurt enquanto corria para pegar o telefone. – Alô? Oi, August... – Kurt começou a se afastar e Blaine não conseguiu ouvir o resto da conversa.

O que Kurt queria com August? Achei que tudo estava planejado... - Pensava o moreno. O homem tentou se acalmar, então voltou a assistir o filme. Blaine estava começando a ficar impaciente, quando Kurt voltou do hall. – O que esse cara queria logo agora? – Perguntou Blaine quando o marido voltou a se sentar entre as pernas dele.

– Nós precisávamos acertas as... Cores! Nós não tínhamos visto algumas coisas e algumas cores faltaram. – Blaine não estava parecendo acreditar naquilo. O moreno olhou em seu relógio.

– Mas para acertar as cores vocês precisavam de trinta minutos? – Blaine ficou impressionado com a demora para apenas escolher cores.

– August e eu somos muito detalhistas e você me conhece, sempre indeciso. Mas vamos voltar ao filme. – Disse Kurt encostando a cabeça em cima do peito de Blaine.

[...]

Depois de duas semanas, o quatro de Rory já estava sendo finalizado, o castanho poderia assassinar qualquer um que entrasse sem sua permissão, só os montadores de moveis, pintores e ele podiam entrar na sala. Blaine não sabia de nada e isso estava matando o moreno de curiosidade.

Na sexta-feira, quando Blaine terminava de organizar algumas coisas em seu lado do closet, ouviu o marido chama-lo.

– Blaine! – Kurt dizia no corredor do quatro. – Amor? – Se manteve atrás de Blaine.

– Aqui, Kurt! – Blaine respondeu quando terminou de dobrar a última polo e coloca-la dentro da gaveta. Depois de uns dois minutos o castanho entra dentro do quatro e dá de cara com Blaine que estava quase saindo.

– Quero te mostrar uma coisa. – O moreno ainda estava em seu pijamas e pantufas. Kurt foi até o criado mudo do seu lado da cama e tirou um tapa-olhos de lá. – Mas coloque isso antes. – Falou Kurt passando o elástico por cima da cabeça de Blaine.

– Kurt... – Blaine não estava muito certo do que poderia acontecer.

– Fique calmo, está tudo bem e sobre controle. – O castanho terminou de colocar a venda e pegou na mão de Blaine. – Me siga com cuidado. – Kurt começou a caminha e Blaine sem saber por onde ir, começou a ser arrastado. Depois de poucos segundos os dois pararam. – Chegamos.

– Posso tirar? – Disse pediu Blaine já com a mão no elástico.

– Só um instante. Pode. – Blaine finalmente tirou a venda. – Surpresa. – O castanho estava um pouco afastado de Blaine e com os braços abertos.

O moreno não poderia imaginar outra mais linda que aquilo. Eles estavam no enfim decorado quatro de Rory. O quatro era todo decorado com verde e branco. Em cima da cômoda, fotos de Kurt e minhas ainda solteiros, de quando começamos a namorar, uma foto do nosso casamento. Algumas coisas de uso pessoal do bebê sobre a cômoda, bichinhos de pelúcia em prateleiras, poltronas e no berço. Havia também um sofá com almofadas verdes e na parte de cima, algo que se parecia com quadro, com bolas e peixes coloridos. Ao lado do sofá uma cadeira verde, um tapete verde no canto que levava para o banheiro. O teto era com pequenos pontos de luz, e luminárias, o chão era de madeira, o que me parecia ser bem seguro. As paredes eram listras da vertical em branco e diferentes tons de verde, porém em uma delas, havia doze retângulos em branco.

– Kurt, por que essa parede está assim? – Perguntou Blaine quando seus olhos viram a parede.

– Se você reparar são doze retângulos; uma vez por mês colocarem uma foto de Rory até ele fazer um ano. – Disse Kurt admirando a parede e caminhando até ficar perto do marido.

– Kurt... É simplesmente perfeito. – Blaine poderia dizer que estava emocionado.

– Fiz o que tinha que ser feito. – Disse o castanho passando a mão no cabelo do marido. Se aquele quarto estivesse no catalogo, Blaine teria escolhido ele como segunda ou primeira opção. – E está vendo aquela caixa? Abra ela. – O castanho apontou para uma pequena caixa azul e branca em cima da poltrona.

O homem pegou a caixa e a abriu. Dentro dela havia uma blusa vermelha, uma calça azul marinho, um par de sapatos azul-claro com o antigo cardigã de Kurt na mesma cor, um pequeno chapéu branco e uma chupeta com uma ancora desenhada.

– Kurt... – Sussurrou o moreno com os olhos cheios de lágrimas.

– Sua mãe me disse que você já quis ser marinheiro e provavelmente foi por isso que escolheu aquele quarto; então, Rory sairá do hospital como um pequeno marinheiro.

Blaine agora realmente havia se emocionado com a surpresa e foi abraçar o marido.

– E-eu nem sei como te agradecer. Kurt, obrigado por ser meu marido, por cuidar de mim, por me apoiar, por estar comigo em todos os momentos, por ter esse filho comigo. – Blaine estava realmente feliz. – E vai ser um privilégio criar Rory com você. – O moreno abraçava Kurt fortemente, como se o castanho fosse escapar a qualquer momento. – Eu te amo, eu te amo muito.

– Oh querido, está tudo bem. Obrigado por tudo, por sempre ficar comigo e eu também te amo muito, ouviu? – Os dois se separam e Kurt beijou Blaine.

Os dois se sentaram no sofá e encaram todo o universo que conspiraria sobre o filho deles.


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Notas finais do capítulo

E pensar que em cinco anos depois, meu pai estava nós dizendo que queria reformar a casa inteira.



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