O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy
Notas iniciais do capítulo
Oi. Como estou passando alguns dias na nova casa do Pai Blaine, resolvi perguntar. Ai está
A gravidez de Kurt ia de vento em poupa. O castanho estava indo bem, assim como Rory. Blaine mal podia imaginar que era o seu menino que estava a caminho do mundo, o moreno já se via ensinando o garoto a dar os primeiros passos, as primeiras palavras, já o via indo para a escola e nas encrencas que ele se meteria, porque se o garoto tem o gênio de Kurt Hummel e Blaine Anderson, o moreno com certeza iria envelhecer rápido.
Atualmente, Kurt estava com quatro meses e duas semanas.
O castanho estava em frente a televisão, usando o vídeo game que Blaine havia comprado e guardado para quando Rory fosse maior. Depois que Kurt descobriu que havia engordado dois quilos do que o normal, resolveu fazer alguns exercícios que as grávidas faziam na gestação. Blaine assistia tudo atentamente, porque atualmente Kurt estava com a tendência de ficar desajeitado...
– Blaine, você precisa... Experimentar isso... É muito bom... – O castanho dizia sem folego enquanto acompanhava os movimentos na televisão.
– Prefiro observar, acho que meu peso está bom do jeito que-
– Você também está me chamando de gordo? – O castanho parou de dançar para colocar as mãos na cintura e olhar para o marido.
– Uh...
♪ Ding Dong ♪
Kurt direcionou o seu próprio olhar para onde veio o som. Blaine respirou fundo e agradeceu mentalmente pela existência da campainha e seu inventor.
– Peter? – Chamou o castanho para o que o homem fosse atender.
– Estou a caminho, senhor Hummel-Anderson. – Respondeu o mordomo aparecendo da cozinha e caminhando para o hall.
– Mas quem poderia ser? – Kurt se perguntou e foi caminhando para o hall. Blaine também foi vencido pela curiosidade e se levantou do sofá para ver também.
Os dois homens ficaram embaixo do grande arco circular que dividia a sala do hall. Era possível ver uma pessoa pelos vidros que ficava dos lados da porta, porém era difícil de reconhecer o rosto borrado. Peter se virou para os dois.
– Senhores? – Pediu o mordomo.
– Sim, Peter? – Respondeu Blaine.
– A senhora Anderson veio vê-los. – O homem não esboçou nenhuma emoção, mas sabia que a coisa não era a das melhores quando viu o rosto dos patrões. O homem poderia jurar que os olhos de Blaine poderiam saltar a qualquer momento.
– O que minha mãe faz aqui? Como ela descobriu meu endereço? O que ela quer? Porque ela tinha que vir logo agora? Logo quando meu marido está grávido... Kurt... – No último pensamento, o moreno olhou para o marido que começou a caminhar em direção a porta. Blaine ficou parado.
A mulher subiu alguns degraus da escada e apareceu para que todos pudessem vê-la. Ela removeu a echarpe roxa que cobria o todo da cabeça e o pescoço e os grandes óculos escuros. Ela tinha os cabelos até a metade das costas, pretos e com enormes cachos. Um vestido cinza escuro que revelava toda sua silhueta, Kurt a viu uma vez de costas quando foi na casa de Blaine, e seu corpo havia mudado pouca coisa. Ela parecia ter a mesma altura do que Blaine, mas o que mais surpreendeu Kurt nela, foi o rosto: sobrancelha bem feita, olhos verdes com mel, nariz mais fino que o de Blaine e a boca era idêntica a do moreno.
– Senhora Anderson... – Kurt andou até a sogra de braços estendido. Blaine parecia estar sem reação.
– Olá, menino. – Disse a mulher sorrindo e abraçando Kurt. Blaine não imaginava que ela poderia ser tão falsa. Eles se separaram depois de alguns segundos. - Então... Meu neto? – Ela apontou para a barriga de Kurt, que assentiu. Blaine não conseguia digerir como ela havia compreendido e aceitado tão fácil a gravidez masculina de Kurt.
– Cooper vai ser pai? – Blaine caminhava com as mãos nos bolsos e tinha um olhar sínico sobre sua mãe. Depois de tudo o que o moreno havia passado em Westville, ele havia concluído que não teria mais pais, e como não tinha, aquela criança não era neta dela.
– Oh! – A mulher ficou por alguns instantes se lembrando e reparando o quanto o filho havia mudado. – Olá, meu filho. – Disse a mulher. Ela e Kurt encaravam o moreno que estava a um metro de distância.
– Bom dia, Julia. – Blaine levantou o queixo para mostrar que agora era independe e mais forte.
– Blaine! – Kurt repreendeu entre os dentes.
– Não tem problema Kurt... – Respondeu a mulher em um tom muito baixo.
– Venha cumprimentar sua mãe. - Disse o castanho.
– Não. – Blaine respondeu sem se mover.
– Kurt, realmente não precisa-
– Não, Julia, Blaine precisa aprender a perdoar. Blaine mova essas pernas até aqui. – Mesmo o tom alterado, Kurt mantinha a compostura.
– Eu acabo de me lembrar que tenho um compromisso à uma da tarde e não posso me atrasar. – Blaine olhou no próprio relógio. Julia agora tinha a cabeça abaixada.
– São horas ainda, Blaine. Você não vai se atrasar, e mesmo se fosse, vir abraçar sua mãe não mudaria. – Kurt olhou para Peter que estava na ponta da escada. – Peter, mande James fechar toda a garagem e Michael fechar os portões.
– Sim, senhor. – O homem se dirigiu até a cozinha.
Kurt olhou para Blaine que tinha uma carranca enorme e avisava que Kurt não iria sair ileso dessa.
– Então, Kurt... Está de quantos meses? - Perguntou Julia.
Kurt fechou a porta e os dois se encaminharam para a sala em uma conversa agradável. Quando o castanho passou por Blaine, lhe mandou um olhar de quem não estava nem um pouco feliz.
– O que Kurt estava pensando? Ele se esqueceu de tudo o que Julia um dia já fez para mim? Eu só espero que Martin não tenha vindo também.... – Pensava o moreno enquanto também se mudava para a sala.
–... É um pouco cansativo, mas eu consigo. – Kurt havia desligado a televisão e os dois conversavam como se fossem melhores amigos, coisa que irritava Blaine ao extremo.
– Qual o nome do bebê? – Julia perguntou trocando olhares entre Kurt e Blaine, para assim envolver o filho na conversa.
– Rory Louis Hummel-Anderson. – Blaine respondeu como se estivesse bufando. O moreno tirou a tampa do whisky enquanto encarava a mulher, que ficou sem graça e olhou para Kurt
– É lindo! - Disse a mulher em surpresa. - Então concluo que terei um neto... – Kurt sorriu e concordou.
– Não, Rory e Louis são nomes de meninas agora. Eu preciso de mais whisky. – Blaine despejou mais do líquido em seu copo e assistiu a cena se desenvolver.
– Ficou feliz que tenha recebido a foto... – Blaine cuspiu whisky por todo o balcão da adega e se engasgou. – Blaine! – O castanho correu até o marido e o ajudou enquanto ele tossia. Julia ficou de pé, olhando atentamente para qualquer ajuda que lhe fosse pedida - Está tudo bem?
– Sim. – Tossiu mais algumas vezes. – Não estou acostumado com esse tipo de gole. – Respondeu. – Que merda de resposta foi essa, Blaine? – Pensou o moreno torcendo para que sua mãe não pensasse outra coisa.
– Ok. – Kurt beijou a testa de Blaine e se voltou para Julia. A mulher ainda parecia preocupada com Blaine e nem deu importância por beijo inocente. Kurt caminhou até a mulher e os dois voltaram a se sentar.
– Sim, recebi. – Ela trocava olhares entre Kurt e Blaine, que ainda respirava pensadamente.
– Ahn... Só veio a senhora? – Perguntou Kurt um pouco sem jeito. O castanho sabia que o pai de Blaine foi quem mais fez o adolescente sofrer na adolescência. Por um momento atrás daquele balcão, Blaine começou a sentir medo da próxima resposta.
– Me chame apenas de Julia, ok? – Kurt assentiu dando um leve sorriso. – E sim, eu vim sozinha. Martin está em conferencia com a empresa e Cooper está em um novo projeto. O que me lembra, Blaine? – Julia olhou para de trás do sofá.
– Sim? – Blaine estava com as duas mãos em cima do balcão e com a cabeça abaixada, mas levantou para encarar a mulher.
– Cooper disse que sente sua falta e só não fala mais com você, porque ele perdeu seu número. – Respondeu. Depois disso veio um longo silêncio, que foi quebrado por Kurt.
– Então, onde estão suas malas? Preciso que Peter leve para o quarto de hospedes. – Pediu o castanho.
– Ficarei em um hotel...
– De forma alguma, sogra minha não fica em hotel na minha cidade. Sem contar que minha casa é enorme e tem quatros de sobra. Um quarto para minha sogra não afetará em nada. - Dizia Kurt sorrindo.
– Se para Blaine estiver tudo bem... – A mulher novamente olhou para o homem que tinha um braço sobre o balcão e o outro direcionava a bebida para a boca. O moreno apenas rolou os olhos.
– Blaine não preciso concordar com nada. - Kurt sentia vontade de arrancar aqueles olhos para eles nunca mais se atreverem a rolarem.
– Ok, está na minha hora. Se vocês me permitem.
Blaine começou a se retirar da sala e Julia o acompanhou com o olhar. Depois que o homem subiu as escadas e sumiu na visão da mulher, ela abaixou a cabeça. Kurt percebendo o desconforto resolveu mostrar a casa para a mulher.
– Julia tem algum proposito aqui e isso está me assustando. Com ela aqui, Kurt e eu brigaremos mais e com certeza isso não será bom para Rory. Terei de me controlar, mas talvez eu não consiga... Julia e Martin já me fizeram tanto mal... Não é como se eu fosse mudar minha cabeça e recebe-la na maior alegria agora. Mas talvez eu mude por Julia, que nunca me fez tanto quanto á Martin. Poderei perdoa-la, mas não será tão simples; de uma hora para outra...
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Preciso ir, Blaine está me chamando.