O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy
Notas iniciais do capítulo
Oi gente, não venho aqui faz tempo. É que é meio difícil vir aqui depois do que está se passando em casa.
Meu pai foi embora de casa.
É, isso mesmo. Meu pai foi embora, deixando eu e o papai Kurt sozinhos.
Eu estou muito mal, mas papai Kurt está muito mais.
Quando Kurt estava próximo de completar quatro meses, o castanho já se encaminhava para saber o sexo do seu filho. O homem estava completamente agitado no banco do passageiro. Kurt sabia que hoje poderia confirmar o sexo de Rory.
– Kurt, querido, se acalme. – Dizia Blaine. O moreno também estava tão animado quanto, mas precisava se concentrar na estrada.
– Não dá, eu estou muito empolgado. Hoje saberemos o sexo do nosso bebê! – Disse gritando para Blaine.
– Whoa, vai com calma ai. - Disse Blaine rindo. Blaine já estava vendo a hora que Kurt iria explodir.
Blaine não aguentava quando Kurt bufava ao sinal vermelho e o sorriso quando ele se tornava verde.
[...]
Quando os dois chegaram ao hospital, fizeram igual a última vez. Porém Kurt mal podia se conter para o doutor Smith chamar seu nome a qualquer hora.
– Kurt a partir de hoje, você só bebe água e nada de açúcar. – Blaine dizia com os olhos vidrados em alguma revista.
– Açúcar! Eu preciso de água com açúcar. – Kurt se levantou e foi para buscar sua água. O castanho colocou a água de uma jarra em um copo e praticamente virou todo o pote de açúcar dentro do copo. Kurt mexeu bem para que Blaine não percebesse.
– Senhor Hummel-Anderson. – Anunciou doutor Smith pelo os alto-falantes. Kurt virou todo o líquido de uma vez e jogou o copo fora.
– Vamos amo- - Kurt ficou de frente para Blaine e antes que o moreno terminasse o que iria dizer, já foi puxando o marido em direção à sala. Blaine mal se aguentava com seu esposo. Kurt começou a machucar o braço de Blaine. – Kurt, sossega, é sério!
– Não dá! Eu preciso dessa ultrassom. – Kurt olhou para trás e mandou um sorriso para Blaine. O moreno apenas rolou os olhos com um sorrisinho no rosto. Os dois param em frente à sala do homem.
– Oh, olá. Podem entrar meninos. - Disse o doutor e depois voltando a algumas papeladas.
– Meninos? Isso inclui o bebê? – Kurt parecia levemente perturbador.
– Ahn... – O médico levantou os olhos para Blaine e levemente levantou uma de suas sobrancelhas. – Não... Até porque nem começamos a sessão...
– É, Kurt. Acabamos de sentar. – Blaine olhou para o marido.
– Ah sei lá, achei que por algum olhar de médico já daria para perceber pela barriga. – Disse o castanho levantando os ombros.
– Bom, teria como, se fosse para o sétimo mês ou se você estivesse com uma barriga. – Sorriu o doutor. – De qualquer forma... Kurt levante e remova suas roupas, por favor. – O homem entregou um roupão e indicou um biombo.
Kurt assentiu, pegou o roupão e foi para de trás de biombo. O castanho demorou alguns minutos para voltar descalço e com o avental branco; provavelmente semi nu. Kurt deu um meio sorriso por agora estar apreensivo. O castanho teve a ajuda de Blaine para subir na maca. Kurt tremia levemente.
– Kurt, tente relaxa, ok? - Perguntou o homem. Kurt concordou com a cabeça e respirou fundo, mas logo o castanho já se estabilizava. – Se deite, por favor. – O castanho assim fez e logo o médico abriu o roupão e revelou a barriga de Kurt. Blaine encarava tudo atrás do médico e mandando olhares de apoio ao marido. – Bom, vamos ao gel. – O homem pegou um tudo transparente e jogou um pouco sobre a barriga de Kurt.
– Wow, isso é realmente muito, muito gelado. – O homem parecia que estava recebendo uma bolsa de gelo sobre a barriga. Blaine e doutor Smith riram.
– Pois é Kurt, achou que era conversa das mulheres quando elas diziam que isso era realmente gelado? – Kurt concordou olhando para o médico.
– Estou pensando o quão terrível pode ser a dor parto, porque de algum modo, eu sempre achei que o que elas diziam sobre a “terrível dor” não fosse tudo isso. Mas a descrição de Quinn realmente bate com o que sinto agora, não quero nem imaginar o que vai acontecer quando for dar a luz à essa criança. – O moreno riu alto.
– Estarei lá com você, querido. – Disse Blaine. – E acho que nem deve ser tão gelado. De repente é porque você estava com aquele casaco quentinho e... – Enquanto Blaine dizia coisas sem sentido, Kurt encarou o médio, que entendeu o que era para ser feito.
Enquanto Blaine gesticulava com os braços, doutor Smith usou a agilidade que tinha para dar injeções e espalhou um pouco do creme no braço de Blaine.
– Aaaaaah! Gelado! Gelado. Muito gelado! – Dizia Blaine enquanto corria para pia. – Doutor Smith tentou para-lo.
– Blaine, não molhe, porque-
– Aaaaaaah! – Provavelmente todo o prédio conseguiu escutar o grito do moreno.
Kurt havia esquecido da sensação gélida ao ver o marido naquela situação. Blaine saiu correndo pela porta e logo depois voltou com uma cara totalmente fechada.
– Sinceramente, doutor Smith. Sinceramente. – Blaine encarava de um jeito nada simpático o médico. Kurt se segurava para não rir. – E você, vou pedir divórcio. – Kurt levantou as mãos em defesa. O moreno cruzou os braços e ficou no canto da sala.
– Então, o filho será só meu? – Perguntou Kurt.
– Jamais. Nem pense em armar coisas para tentar se livrar de mim e me deixar sem meu filho. – Kurt apenas levantou uma das sobrancelhas para Blaine.
– Ok, vamos ao que interessa. – O médico começou a ligar as máquinas e pegou o pequeno aparelho que percorreria a barriga de Kurt. O castanho estendeu a mão para Blaine, que deixou a brincadeira de lado e se concentrou no que era sério.
O médico começou a passar o aparelho sobre a barriga de Kurt e a algumas coisas era possível se ver pela ultrassom. O casal ficou meio confuso, principalmente por ser a primeira ultrassom que eles viam na vida.
– O bebê está do tamanho normal... Cresce em um ritmo saudável. Prontos para ouvir o coração do bebê? – Kurt não teve reação ao não ser apertar a mão de Blaine, que assentiu pelos dois.
O médico mexeu em alguma coisa na máquina e logo um som pode ser escutado por toda a sala. Kurt que encarava o teto enquanto esperava, fechou os olhos e sentiu a emoção de escutar o coração do próprio pela primeira vez, fruto do amor dele com o marido dele. Blaine ria de felicidade, ele trouxe a mão de Kurt para perto de sua boca e beijou enquanto trocava olhares entre o médico e a tela do computador. Os dois deixavam lágrimas escaparem pelos cantos dos olhos, Kurt teve até que morder os lábios. Depois de alguns três minutos, haviam se recuperado e segurado as lágrimas.
– Ok, prontos para matar a grande dúvida? – Kurt assentiu positivamente. – Mas antes, qual são os nomes?
– Ariel. – Blaine respondeu apressadamente.
– Rory, para o menino... – Respondeu Kurt.
– Só o primeiro nome, ou o segundo também? – Perguntou para manter o suspense.
– Ariel Elizabeth Hummel-Anderson ou Rory Louis Hummel-Anderson. – Respondeu o Hummel. Kurt estava quase batendo no médico. Aquela não é a hora perfeita para ficar fazendo perguntas.
– Pois bem... Essa criança na tela é... – O médico filmou o rosto da criança. – O pequeno Rory.
Blaine sorria de felicidade. Enquanto as de Kurt estavam misturadas por ver o rosto do filho, ter a confirmação de que era um menino. A única que se passava na cabeça do castanho era “Eu sabia”. Blaine encarou o marido para ve-lo mais branco do que o normal.
– Oh meu Deus! Um menino? Meu pequeno? - Blaine chorava. Ele estava tão feliz, mesmo que ele quisesse uma menina. - Ouviu isso querido? Nosso Rory, nosso pequeno! – Ouvir Blaine chamar Rory de “Nosso pequeno” conseguiu amolecer o coração de Kurt. Dessa vez Kurt derramou apenas uma lágrima.
– Ouvi, querido. Eu ouvi. – Kurt respondeu sorrindo de orelha a orelha. Blaine abraçou o marido e em seguida o beijou. – Um menino, o maior dos meus sonhos está prestes a se tornar realidade.
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E pensar que naquela época foi tudo uma piada...