O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 5
3º Mês


Notas iniciais do capítulo

Voltei.
A demora é porque sempre quando pergunto algo ao meu papai Kurt, ele termina chorando.
Mas de qualquer forma, aí está.



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A gravidez de Kurt estava indo maravilhosamente bem. Uma pequena barriga já havia se formado no castanho. Pelas informações do médico, o bebê estava indo bem, se mantinha saudável, e o peso e tamanho certo para a quantidade de semanas. Kurt se mantinha radiante: com Blaine, com ele mesmo, com os empregados, o castanho acordava praticamente cantarolando aos pássaros.

[...]

Tarde da noite Kurt se encontrava com as pernas em cima das coxas de Blaine e lendo a Vogue, já Blaine não se aguentava sentado enquanto assistia o jogo, com sua camiseta verde, que Kurt achava terrível para a sua sala. O castanho folheava a revista e sentia saudades da época que era estagiário na Vogue, além de seus amigos de trabalho, Isabelle e Marcus. Em meio aos devaneios de Kurt, o telefone da residência tocou.

– Blaine, o telefone. – Disse Kurt enquanto olhava o alto de uma notícia.

– Kurt, atenda aí. Não vê que eu estou assistindo o jogo? – Blaine se mantinha vidrado na televisão assistindo o jogo dos Eagles

– Querido, você percebeu que o telefone está literalmente do seu lado? – Blaine tirou um pouco os olhos do jogo e se moveu para o braço do sofá.

– Oh. – Disse com um olhar sem graça para o marido. – Alô? Sim é ele... Quem? Oh não... Desculpa? É sério que você está me ligando para pedir desculpas? – O moreno se colocou de pé e começou a discutir com a pessoa do outro lado do telefone. Por ter suas pernas jogadas para fora do colo de Blaine e ver o seu marido nervoso, Kurt se concentrou no homem de pé. - Kurt? Kurt nunca te diria sobre isso. – Kurt juntou as sobrancelhas enquanto Blaine lhe encarava com uma carranca. - Isso é mentira... É mentira, ele pediu minha permissão antes de fazer isso, e óbvio que disse que não... - Kurt se tocou de quem estava ligando. Automaticamente a feição do castanho foi mudando. – Não, você não vai vir aqui! Eu não quero você na minha casa... Qual é o seu problema? Depois de anos sendo maltratado por você, me deixando ir embora de casa, sem ao menos um protesto, você quer ver meu marido e a mim? Nunca... Mas você não sabe o número nem a rua... – O moreno virou a cabeça tão bruscamente para Kurt, que o castanho nem pode usar seus truques como ator. – Urgh! Está bem, está bem! Adeus, passar bem senhora Anderson. – Blaine apertou o botão tão forte que Kurt já estava pegando o notebook para comprar um novo. O moreno colocou a mão na cintura e encarou Kurt. O castanho podia jurar que perderia o filho.

– O que você tem na cabeça? – O moreno não estava na melhor das condições.

– Blaine, querido, se acal-

– Me acalmar? Me acalmar, Kurt? Como você quer que eu me acalme? Minha mãe está vindo pra minha casa ver você e a "barriga de aluguel"; depois que o meu marido fez o favor de mandar uma carta para ela. – Blaine andava de um lado para o outro não parecendo acreditar.

– Amor, me des-

– Não, Kurt. Será que você não entende? Você não sabe o que eu passei com ela? Então! – Kurt abaixou a cabeça e Blaine bufou e colocou as mãos na cintura. - Como você quer que eu mostre o que é uma família feliz para o meu filho sendo que eu nem recebi isso? – Blaine parecia extremamente magoado.

– Porque eu quero que meu filho tenha uma família! Eu quero que ele conheça os avós dele. Blaine, você tem que deixar seu passado pra trás, olha quantas coisas boas já te aconteceram. Sua mãe vai vir, eu vou receber ela muito bem, você deveria fazer o mesmo, porque para ter uma família feliz, meu filho vai precisar de exemplos. – Kurt se levantou do sofá e subiu as escadas segurando as lágrimas.

Kurt lentamente entrou dentro do quatro e depois foi para o closet. O castanho rolou a grande porta e depois se trancou dentro do imenso guarda-roupas. Kurt caminhou silenciosamente para o fundo do local, onde parou em frente à uma prateleira e se sentou no chão. O castanho tirou um caixa de dentro de um espaço e depois removeu um fundo falso. Lá de dentro, Kurt pegou uma caixa azul e redonda, Kurt removeu a tampa e encontro a própria saída de hospital do castanho. Foi uma das primeiras roupas que o homem já usou, escolhida pela própria Elizabeth. O castanho não pensou duas vezes antes de abraçar o pequeno pano azul.

– Eu vou cuidar muito bem de você Roy, você é meu bebê e não vou deixar nada de mal te acontecer. – Kurt parecia cantar as palavras. Ele evitava dizer o nome do filho na frente de Blaine, pois sabia que o moreno adoraria uma menina, mas ele já sabia que era o pequeno Rory. Kurt chorou e adormeceu.

[...]

Logo cedo, Kurt não acordou se sentindo bem. Havia chorado a noite toda, seu rosto provavelmente deveria estar amassado e inchado e com torcicolo; coisa que não era pra menos, já que ele havia dormindo sentado. Mesmo tendo trancado a porta, Kurt olhou sua volta. O castanho voltou a guardar a pequena caixa. Ao se levar, Kurt conseguiu estralar as próprias costas. Kurt se arrastou para fora do closet, com um pouco de medo de dar de cara com Blaine. Kurt viu que a cama estava vazia e foi para o banho. Depois de se arrumar, coisa que demorava muito, Blaine ainda não havia aparecido. Kurt finalmente resolveu descer para tomar café da manhã.

[...]

– Bom dia, Kurt. - Disse Peter ao ver Kurt descendo as escadas.

– Bom dia, Peter. – O castanho respondeu ao chegar no fim da escada. - Onde está Blaine? – Kurt espiou pela sala e pela cozinha.

– Ele não estava no andar de cima com o senhor? Pois ele não está aqui no andar de baixo. – Respondeu o homem em surpresa.

– Oh... Obrigado, Peter. – Enquanto Kurt se dirigia para a cozinha, se perguntava onde Kurt poderia ter ido.

Kurt comeu o que atualmente era de costume: frutas, pães e suco. Quando terminou a refeição e Blaine nem havia dado sinal de vida, Kurt resolveu que deveria assistir alguma coisa, então se levantou e rumou para a sala. Kurt sentou no sofá, com a mão em seu estomago e olhando para o último lugar onde viu o marido e imaginou onde ele poderia estar. Quando Kurt usou o controle para ligar a televisão, mas assim que a imagem da Ellen apareceu na tela, a porta da frente se abriu.

Bom dia, galera! – Kurt por um momento pôde suspirar de alívio por Blaine finalmente aparecer, mas não durou quando Blaine apareceu no meio do hall cambaleando, sujo, desarrumado e bêbado. Kurt se levantou com um pouco de receio e caminhou em direção ao marido, ou pelo menos parte dele. Kurt conseguir ver que o moreno segura uma garrafa de vodka e girava as chaves do carro. – Oh, Kurt... Venha cá meu amorzinho. O Blainey aqui precisa de um beijinho. – Blaine estava com um mal hálito que poderia acender uma lareira.

– Nem pense nisso. Me larga. – Kurt tirou o braço de Blaine do próprio pescoço. Com um pouco de força, Kurt empurrou Blaine levemente que acabou cambaleando.

– Ei, não me empurra, seu idiota. – Blaine empurrou Kurt de volta, porém com força o suficiente para que o castanho cambaleasse, batesse o calcanhar em um degrau e caísse ferindo o pulso.

– Marta! Me ajuda aqui, por favor. – Kurt sentado na escada, tentava imobilizar o pulso.

Alguns segundos depois, Marta vem correndo em direção do hall, com seus longos cabelos presos e seu uniforme vermelho.

– Senhor Hummel? Algum problema? – Marta foi amparar Kurt que estava sentado na escada e não tinha a melhor das expressões sobre a dor no pulso.

– Me ajude a ficar em pé. – Assim a funcionária fez. Kurt não tinha machucado o calcanhar o suficiente para mancar.

– Kurtie, me desculpa. Olha, e-eu juro que não foi minha intenção. Por favor, Kurtie. – Blaine havia sentado no chão e chorava.

– Uhm, Marta, deixe Blaine no banho e me arrume alguma coisa para imobilizar meu pulso, por favor. – Pediu Kurt mantendo toda sua educação.

– Sim, senhor. – A mulher assentiu e saiu com suas perninhas curtas. Kurt olhou para Blaine pela última vez e foi em direção a sala sem dizer palavra alguma.

[...]

Kurt estava na espreguiçadeira perto da piscina. O castanho mesmo de óculos, se mantinha de olhos fechados e absorvendo todos os raios solares, tudo bem que era uma da tarde, mas Kurt não ficaria por muito tempo. O castanho conseguiu ouvir a porta de vidro que dava acesso ao jardim sendo arrastada. Kurt já sabia de quem se tratava.

– Oi, amor. – Blaine disse totalmente desconjuntado. Kurt bufou antes de responder.

– Boa tarde, Blaine. – Kurt respondeu sem se mover. Blaine sentou na espreguiçadeira ao lado de Kurt e respirou fundo.

– Olha Kurt... Eu... E-eu sinto muito, eu não queria ter te empurrado, foi o efeito do álcool. Espero que você não tenha se machucado muito...

– Blaine, você não entende mesmo, né? – Kurt tirou os óculos e encarou o fundo dos olhos de Blaine.

– Entendo, é só que-

– Não, você não entende. Não foi só o fato de você ter me empurrado, foi mais que isso, Blaine. Você briga comigo por tentar juntar sua família à você e ainda sai de casa pra beber, sem contar que você voltou dirigindo e bêbado. Blaine e se você bate com esse carro? E se acontece coisa pior? Como eu ia cuidar dessa criança sozinho? Quem ia cuidar de mim, Blaine? Será que você não entende? Blaine você e nosso filho é única coisa que eu tenho que realmente me importam. Blaine, você agora tem responsabilidades que não cabem só a você. – Kurt deixou algumas lágrimas rolarem.

– Kurt... Me desculpe, amor. Eu fiz sem pensar, me perdoe, e-e-eu estava chateado e quis relaxar. Kurt, amor, diz que você me perdoa, por favor. Eu prometo ser um pai mais responsável e melhor, por favor Kurt, só diz que me perdoa. – Blaine por pouco não se ajoelhava.

– Só... Só me abraça. – Blaine se deitou sobre a espreguiçadeira onde Kurt estava. O castanho colocou a cabeça no ombro do outro e sentiu os braços do marido lhe envolverem.


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