O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 4
2º Mês


Notas iniciais do capítulo

Eu sou muito bonzinho o/
Mais uma história engraçada sobre minha gestação.



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Como qualquer gravidez, a de Kurt estava normal, tudo caminhava bem. Por ser inicio, Kurt acabava enjoando e logo depois se estressando por enjoar demais. Mas Blaine já estava se acostumando com os ataques e a bipolaridade.

Atualmente Kurt estava com um mês e três semanas.

– Blaine... - Era Kurt balançando o ombro de Blaine. - Amor?

– Hm? – Blaine resmungou tentando voltar para seu sono.

– Olhe pra mim. – Pediu Kurt. Blaine acendeu o abajur, mas precisou fechar um dos olhos para olhar para o marido.

– Está tudo bem? Você está passando mal? O bebê está bem? – O moreno tinha um tom de preocupação em sua voz, afinal, ser chamado por alguém que estava em gestação no meio da noite nunca era um bom sinal.

– O bebê não tem nada a ver. Bom, tem e não tem. – Disse Kurt se confundido com as palavras.

– C-como assim? – Blaine se acostumou com a luz, abrindo o outro olho e se sentando na cama, cruzando as pernas.

– E-eu acho que estou tendo um desejo. Blaine ficou surpreso com aquele tipo de pedido, mas logo viu quão insano era aquilo e logo tratou de esfriar Kurt.

– Querido, nós não podemos fazer esse tipo de coisa, você está grávido e-

– Blaine, eu estou me referindo a desejo de comida. Sabe aquela coisa que as grávidas tem no começo da gestação? Então, essa mesmo. – Kurt rolou os olhos ao ser compreendido por Blaine.

– Oh, ok. E o que séria? – Blaine encostou seu ombro direito na cabeceira da cama e olhou para Kurt. Seu sono era visível.

– Bolo de sorvete. – O sorriso de Kurt praticamente iluminou o quarto, parecendo um comercial de creme dental. Enquanto Kurt batia palmas, Blaine levantava uma das sobrancelhas.

– Kurt tem sorvete lá em baixo, não entendo o motivo de me chamar. – O motivo dos dois sempre terem sorvete em casa, mesmo não tendo filhos, era porque quando os dois brigavam, Kurt comia soverte a noite toda e pela amanhã aparecia desmaiado na cozinha, como se sorvete fosse álcool.

– Não seja bobo Blaine, eu não quero apenas sorvete, eu quero um bolo de sorvete de morango silvestre com calda de caramelo caseiro. Você precisa ir buscar para mim. – Blaine deixou seu queixo cair e imaginar que aquilo era uma brincadeira de mau gosto.

– Docinho, deixei isso para amanhã. Vamos voltar a dormir e amanhã eu compro todos os bolos que quiser. – Blaine se virou, apagou o abajur e se deitou.

– Não Blane, eu estou com desejo agora. – Kurt fez questão de acender o abajur de Blaine, que bufou e manteve os olhos fechados.

– Kurt, para de gracinha e vamos dormir. Já disse que compro amanhã. – Blaine sabia que agora era um daqueles momentos onde você fecha a boca e automaticamente se arrepende do que disse.

– Blaine Anderson, por acaso você está insinuando que estou fazendo gra- Quer saber? Esquece. – Kurt rapidamente colocou as pernas para fora da cama, calçou as pantufas e foi para o banheiro.

– Ai meu Deus, Kurt. Aonde você vai agora? – Blaine sustentava o corpo sobre o cotovelo direito, tentando ver aonde o marido ia.

– Vou ao banheiro e o que eu vou fazer não é da sua conta. – Kurt bateu a porta do banheiro alto o suficiente para que os empregados pudessem escutar de ser quartos.

Blaine acreditava que Kurt havia sossegado com a ideia do bolo. O homem pegou seu relógio que estava em cima da mesinha e viu que eram 3:16 e que a desistência era compreensível, então desligou novamente o abajur e se deitou de lado. Quando Kurt abriu a porta do banheiro, Blaine estranhou não ouvir os passos de Kurt até a cama.

– E agora? – Perguntou Blaine levantando o queixo até a altura do ombro.

– Vai dormir, Blaine. – Kurt mais uma vez bateu a porta. Blaine respirou fundo, tirou as cobertas de cima de si e foi para a porta do closet.

– Vamos Kurt, saia dai. – Kurt não respondeu. – Para, saia logo! - Nada. - Está bem, eu busco seu bolo. – Blaine encostou a testa na porta do closet. Kurt rolou a porta, que por pouco, Blaine não foi de boca no chão. O castanho havia colocado calças jeans e um moletom.

– Não, agora eu vou buscar. E sozinho. – Kurt saiu do quarto com Blaine atrás dele.

– Kurt, eu vou. – Blaine corria para tentar alcançar Kurt.

– Já disse que não! Meu bolo, minha “gracinha”, eu busco. – Kurt já estava descendo as escadas com a ajuda do corrimão.

– Você está por conta do nosso filho. – Enquanto Kurt ia descendo as escadas pelo canto, Blaine ia pelo meio, para tentar descer ao lado dele. Os dois chegaram ao fim.

– Olha quem acordou e se tornou um ser pensante novamente. – Ironizou o castanho olhando para Blaine, que apenas rolou os olhos e colocou as mãos nos quadris. - James! James! Onde se meteu esse motorista? – Kurt cruzou os braços e bateu os pés na esperança que James aparecesse.

– Dormindo? Afinal, são três e meia da manhã. - Eu disse encostado no corrimão da escada.

– Não te perguntei nada. E outra, eu vou dirigir então. – Kurt viu que James deveria estar em um sono profundo e caminhou para a porta, abrindo-a.

– Kurt, você não está em condições de dirigir. Está tarde e você pode cair no sono. – Blaine matinha a voz firme.

– Eu não estou com sono e eu não dou a mínima para a hora; ou é isso, ou é meu filho nascendo com cara de bolo. – Kurt bateu a porta atrás de si.

– Quer saber de uma coisa? Eu não estou nem aí. Quiser ir, vai. Eu não vou ficar te segurando. – Disse Blaine jogando os dois braços para o alto e voltando para o quarto.

[...]

Blaine se sentia como se o sonho tivesse chegado ao fim, mas ainda mantinha os olhos fechados para poder continuar com ele. Ele sonhava com ele, Kurt e seu filho, mas tentava ver o rosto da criança que era coberta por uma forte luz do sol. Blaine passou a mão no outro lado da cama para poder abraçar Kurt. Não tinha nada. Blaine congelou e bateu a mão mais uma vez. Nada

– Cadê meu marido?! – Blaine praticamente gritou ao se sentar na cama e vê-la vazia. O moreno que mal conseguiu tirar as cobertas das pernas, porque ficaram enroscadas, saiu correndo porta a fora, correndo pelo corredor e descendo as escadas como um louco. Quando faltavam uns sete degraus, Blaine trocou os pés e escorregou rolando escada abaixo.

– Está tudo bem com o senhor, Blaine? – Disse Peter. O homem ajudou Blaine a se levantar. O moreno ajeitou o pijama e olhou para o homem.

– Não! Kurt saiu sozinho de madrugada para buscar a droga de um bolo e até agora não vol-

– Ele está na sala assistindo televisão. – Respondeu Peter com a maior cara de tédio de todas. O homem apenas deu um giro de cento e oitenta graus e se dirigiu para cozinha, provavelmente reclamar dos dois patrões malucos que tinha.

Blaine arrumou o cabelo para fingir que nada havia acontecido e com toda a calma do mundo chegou à sala. Kurt estava assistindo "A Bela e a Fera" com os pés em cima mesa de centro, coisa que ele odiava que Blaine fizesse. Sentado no sofá branco, com um bolo enorme rosa no colo, segurando uma colher de pau na mão e o rosto todo coberto de sorvete. Ele estava chorando.

– O que foi amor? Você sabe que Bela e o príncipe ficam juntos. – Blaine sentou ao lado do marido e conversou com ele como se nada tivesse acontecido pela madruga, às vezes ele tinha sorte, porque Kurt se esquecia de algumas brigas.

– Não é isso amor, é que... É que eu estou vendo que vou ficar uma bola de tanto comer. – Kurt chorava mais enquanto colocava mais uma colher de sorvete na boca e encarava a televisão.

– Você está ótimo. – Garantiu o moreno examinando o resto do corpo de Kurt.

– Quero ver você dizer isso quando eu estiver uma bola. – Kurt disse encarando o marido. O castanho realmente estava parecendo uma criança.

– Ainda vou te amar, independe da forma do seu corpo. – Kurt sorriu e deu um selinho em Blaine. Provavelmente Blaine deveria estar com a boca totalmente rosa agora. - Mas Kurt...

– Você disse que vai me amar, Blaine. Você disse! – Kurt parecia preocupado. Blaine deu risada.

– Não é isso. A-aonde você achou esse bolo? Porque você saiu daqui bem tarde. – Kurt voltou ao filme e colocou mais uma colher na boca.

– Na Candie's & Ice Cream. – Blaine se engasgou com a própria saliva.

– D-do outro lado de Nova Iorque? – Blaine arregalou os olhos e manteve a boca aberta.

– Sim, eu fui até lá, mas eles estavam fechados, então esperei eles abrirem, comprei e voltei. – Ele parecia explicar um problema matemático de adição, como se aquilo fosse a coisa mais simples.

– Tudo ocorreu bem?

– Menos seu carro, ele está todo sujo de sorvete derretido. – Disse Kurt desviando a atenção do filme para o marido.

– O que?! – Blaine aumentou o tom de voz - Meu carro? Meu lindo Porsche amarelo? – Se perguntou Blaine em pensamento.

– Pensou que ia sair limpodessa, garotão? É uma das “virtudes”de ser pai. Eu gordo e você com o carro sujo. E você ainda tem sorte, o seu é mais fácil de reparar. – Disse o castanho com a bochecha cheia e apontando a colher para Blaine.

– Ok. – Blaine jogou a cabeça para trás no encosto do sofá e abriu os braços. - Mas eu quero uma massagem. – Disse ele de olhos fechados

–Blaine, não tem nem um dia... – Blaine demorou o que Kurt quis insinuar com aquele tom de voz.

– Não! Kurt, massagem nas costas. Nas costas. Afinal, cai da escada, preocupado, já que meu marido e filho não tinham voltado para cama. – Blaine se fazia de vítima.

– Oh querido, só por conta disso, você ganhou sua massagem. Vamos! – Kurt tirou o bolo do colo, colocou na mesinha e deu o pulso para Blaine, já que as mãos estavam sujas.

Blaine sorriu por saber que o quê havia aprendido na NYADA, ainda funcionava.


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Notas finais do capítulo

Meus pais brigaram novamente e como eu contei ai em cima, meu papai fica bebado de sorvete, então... Vou pegar ele do chão da cozinha e leva-lo para meu quarto.
Vejo vocês depois.