O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 26
Blaine Anderson


Notas iniciais do capítulo

Sim, estou de volta em menos de 24hrs, mas não se preocupem, tem um aviso.



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Depois da festa de celebração e confraternização da peça, do primeiro estranhamento entre Blaine e Kurt e da briga entre o casal; o relacionamento deles começou a se desgastar.

Não porque eles deixaram de se amar, porque quando você ama uma pessoa e recebe esse amor de volta, não há porque ficar tentando mantê-lo inteiro, ele simplesmente flui, principalmente se você já tem uma família e uma vida junto com essa outra pessoa.

Cada dia que passava, eles brigavam por conta de Adam e do ciúme de Blaine. O moreno teve seus momentos de razão quando Kurt era trazido por Adam tarde da noite ou quando tirava fotos desnecessárias com o loiro, sabendo que da rixa entre Adam e ele. Mas o castanho dizia que não podia simplesmente acabar com a amizade com Adam, as coisas seriam aos poucos, como uma amizade que esfriou. Também havia dias que o ciúmes de Blaine passava um pouco dos limites; quando da vez que Kurt apareceu com machucados no corpo; na primeira vez foi porque caiu nas escadas da varanda, onde teve que provar para Blaine pelas as câmeras de segurança ou quando teve alergia de uma etiqueta de uma camisa e coçou o pescoço e o moreno havia achado que eram arranhões.

Rory estava até indo dormir na casa de Carson, para evitar de ouvir certos tipos de coisas. Era certo que em dias de sexta feira, uma briga aconteceria. O garoto não tinha vontade de fazer nada. As vezes ele encontrava Kurt chorando sem motivo e abraçava o pai para tentar acabar com a angustia do homem. Atualmente o menino sentia uma sensação estranha, como se estivesse perdendo sua família.

Kurt por sua vez, se sentia pior pessoa do mundo por não saber o que fazer. O castanho sabia que Blaine era extremamente ciumento, mas aquilo estava sendo demais. Blaine toda sexta feira discutia com ele, dizendo que ele estava com Adam, mas nunca tinha coragem para dizer sóbrio. Blaine havia começado a beber e geralmente nas sextas, o dia em que o homem mandava o filho para a casa de Nick e Jeff. Kurt estava chorando muito com toda a situação em sua casa, nem na mesma cama eles dormiam. Kurt sabia que aquilo não era apenas uma fase e que tudo só tendia a piorar. O casamento de anos com Blaine estava chegando ao fim.

Blaine se sentia traído de todas as formas. Ele via seu filho com Kurt e ninguém com ele, a não ser uma velha garrafa de whisky. O moreno estava a ponto de realmente matar Adam, mas não apenas por ciúmes, mas porque Adam o provocava por mensagens; porque de algum modo, o loiro descobriu o número de Blaine. O compositor havia emagrecido cinco quilos em um mês. Ele sabia que nem ele e nem o marido dele eram totalmente culpados pela a situação. Era discussão em excesso e falta de amor. Sim, ele poderia facilmente encarar o rosto de um homem acabado no espelho e dizer para si mesmo que tudo havia acabado. Ele preferia que ele e Kurt acabassem daquela forma, do que as coisas as piorassem e eles passassem a se odiar; porque no fundo, no fundo, eles ainda tinham amor um pelo o outro e por tudo que haviam passado e construído, mas realmente não dava mais.

[...]

Era sábado e Jeff havia acabado de deixar Rory na frente de sua casa. O menino agradeceu a noite que havia passado, se despediu do tio e do amigo e foi correndo para a porta de entrada. Rory atravessou todo o jardim correndo, subiu as escadas da varanda e foi empurrando a porta da entrada.

– Pap- Ué, o que aconteceu aqui? - Disse o menino estranhando a bagunça no hall.

Kurt que estava nos primeiros degraus da escada, sentando, tirou a cabeça dentre as mãos e olhou para o filho. O homem parecia que havia chorado. Assim que viu o filho, fez um som com a boca como se tivesse esquecido de alguma coisa. O hall estava cheio de caixas de papelão e malas. A maioria dos empregados estavam no hall, de cabeças abaixadas e mãos juntas.

– Pode colocar lá embaixo, por favor. - Rory tirou os olhos de Kurt e olhou para a ponta da escada, onde Blaine instruía Peter em descer outra mala.

– Pai, o que está acontecendo? - O homem arregalou os olhos com a presença do filho. Blaine também parecia ter chorado. O homem começou a descer as escadas enquanto pensava em algo.

– Rory? O que faz em casa tão cedo? - Pediu Blaine um pouco apreensivo.

– É meu horário normal de chegar... O que está acontecendo aqui? – O menino não sabia por onde olhava, a sala estava muito cheia para ele pensar no que poderia haver dentro das caixas, haviam muitos rostos tristes, Rory se sentia perdido e confuso.

– Rory, suba para o seu quarto. - Ordenou Kurt passando os dedos sobre a testa.

– N-não, até alguém me responder. - O menino correu até Marta que estava na entrada da cozinha. - Mart, o que é tudo isso? - A mulher estava prestes a chorar.

– Rory, escute seu pai. - Falou a mulher docemente. O menino se sentia como se estivesse tendo um daqueles pesadelos loucos, onde nada fazia sentido e as pessoas nunca faziam o certo.

– Porque eu estou sentindo como se alguém estivesse me escondendo algo? - O menino correu até ao pai. - Papai, por favor. - Pediu o menino segurando o rosto do pai com as pequenas mãos.

Kurt se vendo diante daquilo, só abraçou o filho e chorou nos ombros do menino. Rory tinha os olhos arregalados, ele nunca havia visto Kurt desse jeito; mesmo com todas as brigas. Do lado de fora, uma buzina pode ser ouvida.

Peter deixou a mala no chão do hall e foi abrir a porta. Um homem gordo e de boné saiu do carro com uma prancheta e foi até a porta.

– Vim buscar os pertences do senhor... Blaine Devon Anderson. - Disse o homem conferindo a folha.

O quê? Buscar os- Blaine Devon Anderson? - O menino se virou para os pais em busca de respostas.

– Rory...

O que?– Gritou o menino para Blaine. - Você ia fugir de mim? Você iria embora de quase casa quando eu estivesse fora? Como um covarde? – Blaine se sentiu humilhado pelo próprio filho de onze anos e abaixou a cabeça. - Quer dizer então que vocês acabaram? Assim? E ainda não iam me deixar dizer nada. – Blaine levantou sua cabeça para ver a dor nos olhos de Rory, que já deixava lágrimas escorrer pelos olhos.

– Rory, você não entende-

– Eu não entendo o que? Eu posso ser uma criança, mas eu sei muito bem o quão burros vocês estão sendo. - Dizia o menino. Alguns empregados já choravam.

– Rory, olha como fala! - Blaine tentou dominar a situação.

– Não, olha você o que está fazendo! Acabando não só com a minha vida, mas a de todos nessa sala. - Blaine olhou em volta e viu os empregados lhe encarando com os olhos cheios de lágrimas, não querendo o ver partir.

– São essas as caixas? Posso leva-las para o carro? - O homem havia ficado um pouco sem graça com o que presenciou.

– Sim. Peter, o ajude, por favor. - Disse Blaine descendo as escadas.

– Não! - O menino correu até as escadas e colocou as mãos em frente a barriga do pai, o empurrou para trás. Blaine jogou a cabeça para trás para poder segurar o choro. Ele nem sabia como tirar o filho de sua frente. – Você não vai embora. Eu não vou deixar. - Rory já nem sentia as lágrimas caindo, ele só precisava prender o pai dentro de casa, achando que isso iria resolver tudo.

– Rory, solta seu pai. - Pediu Kurt ainda sentado.

– Não, se você desistiu, eu não vou. - O menino colocava toda sua força eu seus braços. Kurt se levantou e tirou o filho da frente do ex-marido. - Me solta, eu não sou fraco igual você! - Rory balança as pernas e os braços na esperança de ser solto. Kurt não aguentou mais os gritos e encostou o filho na escada, segurando o rosto dele.

– Rory, para! Eu não estou desistindo. Eu não fui fraco, eu fui forte demais e tentei mudar isso de todas as maneiras. - Kurt abaixou o tom de voz como se estivesse dizendo para si mesmo. - Mas não dá mais. Não dá. - Kurt voltou a chorar e abraçou o filho, que acompanhou o pai.

Blaine começou a descer as escadas para ajudar no carregamento de suas coisas. Rory via tudo aquilo enquanto chorava, toda vez que o moreno pegava mais uma caixa, Rory soluçava em seu choro. Blaine voltou para dentro da casa quando guardou a última mala. O homem olhou para o filho, que saiu dos braços de Kurt e foi tropeçando para Blaine.

– Não vai. Eu preciso de você. - O menino abraçava o pai o mais forte que podia, Blaine não aguentando começou a chorar.

– Antes de ir... Quero te pedir algumas coisas-

– Pai, por favor. - Rory ainda insistia. Ele olhou no fundo dos olhos castanhos de Blaine segurando o rosto do pai, para que o moreno aceitasse a suplica desesperada.

– Quero que obedeça Kurt. Eu estou indo, mas ainda sou seu pai e não importa aonde eu estiver, sempre terá um lugar para você comigo. - Blaine tomou um tempo para respirar. - Você poderá ficar o quanto quiser na minha casa nova. - Todos sentiram uma pontada ao escutar aquilo. - Rory, você tem que ser forte. Eu te amo.

Blaine beijou a cabeça do filho e o abraçou. Depois de alguns minutos, Blaine soltou o garoto e se levantou. Rory continuou olhando para o pai do chão. Blaine tirou os olhos do filho e olhou para Kurt.

Os dois ficaram se encarando por algum tempo. Tristeza, angustia, medo, saudade, arrependimento, tudo isso era possível ver nos olhos dos dois. Blaine voltou o olhar ao filho, que chorava com a cabeça baixa. Blaine pegou seu violão, que estava encostado perto da porta e colocou nas costas. Ele pegou na maçaneta da porta e foi a fechando. Quando estava quase para fechar, ele olhou por todo o hall; passou por todos os rostos, mas o último foi o de Kurt. Blaine tomou coragem e fechou a porta.

Assim que fez, ninguém esperava pela a reação de Kurt, o castanho deu um grito alto e excruciante, como se algo tivesse atravessado seu corpo, o deixando sem ar. Kurt se desmanchou em lágrimas no pé da escada. Peter, Marta, James, Rory, todos foram amparar a pessoa que mais estava sofrendo naquele momento.

Para Kurt, ele não tinha mais nada.

[...]

As semanas seguintes foram horríveis na casa dos Hummels. Kurt só saía de casa para trabalhar. Se o castanho estivesse em casa, ele estaria na cama deitado e chorando. Rory chorou por uma semana, enquanto o choro de Kurt durou dois meses, mas desde que Blaine havia ido embora, Rory dormia com seu pai todas as noites.

A casa não havia mais alegria. Até os empregados sentiam falta de Blaine, principalmente Peter, que mal era visto sorrindo.

Quando saiu nas capas das revistas que Kurt e Blaine haviam se separado, a coisa ficou bem pior. A casa era vigiada vinte e quatro horas. Rory só podia ficar dentro de casa e quando fosse para escola, teria que cobrir o rosto para entrar e sair do carro. Kurt ficou tão nervoso com as ligações que recebia, que destruiu todos os telefones da casa. Dentro de casa, o castanho estava pedaços e quando estava no teatro, Kurt era uma rocha inabalável.

Blaine havia conseguido um apartamento mais para o centro. O moreno estava conseguindo se virar bem, mas a saudade de casa, de seu filho e de Kurt o matavam a cada noite e a única coisa que poderia ajuda-lo, era seu travesseiro molhado. Com a separação, Blaine havia escrito trinta músicas nos dois primeiros meses. O moreno as vezes ia até a Dalton para ver Rory, porém o garoto sempre entrava escondido na escola, ele não poderia pegar o filho enquanto não estivesse sentimentalmente bem, se não, acabaria abalando o menino novamente, mas eles conversaram por telefone até um certo ponto, mas depois Blaine não conseguiu mais ligar na casa de Kurt.

[...]

Depois de alguns meses, Kurt havia se assumido com Adam, o que deixou Rory acabado. O garoto quis matar o próprio pai, mas sabia que as escolhas de Kurt não eram de sua conta. O menor dos castanhos também havia começado a frequentar o apartamento de Blaine e descobriu que não era só Kurt que estava namorando, Blaine também; quando descobriu que o outro pai estava namorando o garoto quis se matar. Por sorte, a coisa não durou muito e logo Eli, saiu de cena, deixando Blaine solteiro novamente.

Rory sentiu que havia passado tantas coisas em sua vida, que viu que era hora de desabafar com alguém que não fosse Carson. O castanho começou um diário.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Daqui para frente vou postar coisas sobre o que está acontecendo no momento. Amanhã meu pai vai se casar com Adam, então vai demorar para eu fazer uma resenha de como vai ser aquela coisa, já que eu serei obrigado a viajar com eles.



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