O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 25
Adam




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No ano seguinte que Rory ganhou Buster, Kurt recebeu uma notícia de que possivelmente iria parte de uma nova peça da Broadway; mas decidiu guardar segredo, caso o castanho não conseguisse, assim pouparia o filho e o marido. Kurt começou a dar desculpas que precisava ir ao centro da cidade, quando na verdade estava indo fazer os testes. Porém, seu marido começou a desconfiar de outras coisas.

Flashback

– Blaine, vou precisar dar uma saída de emergência. - Disse Kurt aparecendo na sala enquanto mexia em sua bolsa-carteiro.

– Você está se sentindo bem? - O moreno que estava no piano vermelho da sala, se levantou. Rory estava sentando em cima do instrumento, mas quando o pai parou de tocar, se virou para o outro, para quem estava de costas.

– Nem se incomode, querido. - Kurt removeu o celular da bolsa e foi até a família. - Uma amiga da faculdade está precisando de ajuda e eu vou fazer isso por ela. - Kurt parou em meio aos dois. - Hoje vocês dois tem dentista e Rory precisa fazer a lição de casa. - O menino de jogou sobre o piano. Kurt rolou os olhos e sorriu. - Agora eu preciso ir. - Ele deu um beijo na bochecha de Rory e um selinho em Blaine. - Tchau. - O castanho foi correndo para a garagem.

– Ok... Tchau. - Respondeu o moreno confuso.

– Tchau, papai. - O outro castanho voltou para a posição de antes. Blaine continuou olhando por onde Kurt havia saído. - Pai? Você está legal? - Blaine logo saiu de seus devaneios loucos.

– S-sim, estava lembrando a letra de uma música. - O homem virou para o filho que estava pouco convencido. Blaine bateu uma palma. - Vamos voltar.

Quando foi de madrugada, Kurt entrou em casa e foi até a sala para remover os sapatos e deixar a bolsa, mas não esperava encontrar o marido o esperando.

– Blaine? - O moreno estava no sofá enrolado na coberta do casal, "assistindo" televisão e estava quase pegando no sono, mas despertou quando ouviu o marido.

– Caramba, Kurt, que demora. - O moreno olhou no relógio do pulso. - Duas horas da manhã? - Blaine usou o controle da luz e iluminou a sala, mas se arrependeu quando viu Kurt com as roupas amaçadas e cabelo bagunçado. O castanho havia passado por uma eliminatória e dançado a noite toda. - O que diabos aconteceu com você?

– É-é que Olivia estava com problemas e tive que ficar com ela até ela dormir, por isso as roupas amaçadas e o cabelo desarrumado. - Kurt chegou perto do marido e o beijou. - Mas vamos dormir, já está muito tarde.

Flashback

Aquilo foi acontecendo até que os dois tiveram uma briga das grandes e pararam de se falar por duas semanas. A sorte do o castanho foi que as seleções haviam acabado e ele havia conseguido o papel principal. Ele mal via a hora de contar para o marido a verdade e dizer que ainda havia conseguido o papel.

[...]

Era uma sexta feira e Rory provavelmente deveria ter chegado da escola. Kurt abriu a porta da frente carregando sua bolsa, um buque de flores que havia recebido do diretor e um envelope com entradas para a estreia da peça que seria em três meses. - Peter, onde estão Blaine e Rory? - Pediu o castanho.

– Lá fora. Blaine disse que queria ensinar o menino a jogar futebol americano. - Respondeu o homem notando as flores. - Quer que eu leve as flores? - Perguntou estendendo os braços para carregar as flores.

– Não, preciso mostrar elas pra Blaine antes.

O castanho começou a caminhar para fora. Ele manteve os óculos escuros no rosto, já que o sol estava se pondo. Quando ele passou pela porta dos fundos, viu o marido e filho abaixados para o primeiro lance. Rory ouviu a porta bater e olhou para o pai.

– Papai! - O menino correu até Kurt, que andou em direção ao menino.

Blaine reparou no buque de flores do marido e achou que aquilo poderia ser um pedido de desculpas.

– Ei, meu menino. Jogando futebol sem o melhor kicker do McKinley High? - Perguntou Kurt com o menino em seu colo e indo em direção ao marido, que estava com as mãos nos quadris esperando o encontro.

– Você foi kicker? - Perguntou o menino com um enorme sorriso no rosto.

– Claro, fiz até seus tios Finn e Puck dançarem Beyoncé. - Se gabou o castanho. O ator parou em frente ao marido. - Oi, Blaine.

– Oi, Kurt. - Disse o homem olhando para os próprios pés e em seguida para as lentes dos óculos de Kurt. - De quem são essas flores? - Perguntou um pouco rude.

– Ah, isso aqui? De um carinha aí... - Blaine ficou petrificado por Kurt dizer aquilo na frente do filho sem ao menos disfarçar. - Ele me deu outra coisa também. - Kurt teve dificuldade de tirar os envelopes do bolso do blazer, mas conseguiu e entregou para Blaine. O moreno pegou.

– E o que é isso? - Perguntou sem abrir e com uma expressão nada feliz.

– Ah, nada de demais. - Kurt olhou para as flores. - São apenas ingressos para a estreia da nova peça de seu marido. - Enquanto Kurt foi dizendo, ele foi subindo o rosto e revelando um sorriso.

– O que? - Disseram Blaine e Rory juntos. Blaine praticamente rasgou o envelope e viu vários ingressos.

– Eu não queria contar na a vocês para não dar esperanças. Então, sim, eu menti. – Blaine levantou os olhos para o marido. – Eu não estava indo ao centro ver roupas ou indo na casa de Olivia, estava indo para os testes.

– E-então naquele dia? – Perguntou o moreno um pouco envergonhado.

– Sim, naquele dia houve uma eliminatória e acabei suando um pouco mais do que o esperado. Mas, a parte boa é que em três meses vocês poderão me ver de volta aos palcos. Kurt Hummel em “Gloss”. – Disse Kurt já se imaginando na peça.

– Kurt, me desculpe. E-eu... Urg, você não deveria mentir para mim, você sabe como eu sou. – Disse o moreno indo beijar o marido depois de muito tempo sem fazer aquilo. Rory fez uma careta para aquilo que estava muito perto dele. – Eu só tenho que lhe parabenizar, você merece.

– Parabéns, papai. – Rory beijou a bochecha de Kurt.

– Obrigado, meninos. – O castanho mal conseguia desfazer o sorriso. – Amanhã mesmo já começo os ensaios. Rory, quem irá te buscar na escola daqui a para frente será seu pai, ok? – Pediu o pai. O garoto respondeu levantando o polegar.

– Ok, agora vamos entrar porque eu preciso saber mais sobre isso. – Blaine colocou a mão na cintura de Kurt e os dois caminharam para dentro de casa.

[...]

Depois de quase três meses que Kurt havia contando para Blaine e Rory que estaria em uma nova peça, haveria uma festa em comemoração a nova peça e toda a equipe foi convidada. E a festa seria hoje, então a casa dos Hummel-Anderson estava uma tremenda bagunça.

Kurt corria de um lado, Blaine de outro, enquanto Rory estava na sala comendo salgadinho e assistindo desenho, pronto para sair. Blaine apareceu na porta da dupla da sala. O moreno estava abotoando o blazer, usava uma gravata borboleta azul, uma camisa branca e sapatos.

– Pai, você esqueceu suas calças. – Disse o menino assistindo a situação de Blaine.

– Oh, droga. – Disse ele assim que olhou para baixo. O moreno correu escadas acima.

O menino voltou ao seu desenho, quando Kurt apareceu na sala, mas ele pelo menos estava de calças, na verdade ele só usava as calças.

– Rory, você pegou o meu sapato? – Perguntou ao menino, enquanto procurava pela sala.

– Papai, ele está na sua mão... – Rory levantou uma das sobrancelhas praticamente julgando o pai. Kurt olhou para as mãos e depois para o filho.

– Eu já sabia, estava descontraindo com você. – Disse o castanho mais velho. O castanho mais novo apenas concordou com a cabeça e voltou ao desenho.

– Kurt, você viu as minhas cal- Kurt, porque você está usando minhas calças? – Perguntou o moreno voltando a sala.

– Essas não são suas- Oh, droga. – A calça estava batendo no tornozelo de Kurt.

– Vão para o quarto e se troquem direito. É mais fácil vocês se atrasarem e irem certo, do que aparecerem de cuecas na festa. – Falou Rory. Os dois concordaram com a cabeça e subiram para poderem se arrumar direito. – Não sei como ainda não fui morar com o vovô. – O menino dizia sozinho na sala.

[...]

Depois que o casal finalmente conseguiu se vestir corretamente, a família foi levada até a festa por James. Demorou por volta de uma hora para eles chegarem até o destino da festa, que ficava na parte leste de Nova Iorque. O lugar estava completamente lotado de paparazzis e Rory confessava que estava com medo.

Primeiro desceu Kurt, que já foi atacado por milhares de flashes e perguntas. Quando Rory, que estava no colo de Blaine, deu o sinal que estava pronto os dois saíram do carro. O moreno também foi atacado por flashes e perguntas. Blaine não colocou o filho no chão para tirar as fotos. Kurt se juntou ao marido e filho e pediu para Rory sorrir pelo menos em algumas fotos. O menino aceitou, mas demorou para se acostumar com os flashes. Kurt sussurrou algo no ouvido de Blaine e os dois começaram a entrar na festa.

Logo na entrada, Kurt conseguiu ver o cartaz finalizado da peça e estava maravilhoso. Era Silas, personagem de Kurt, escrevendo “Gloss” em um espelho de banheiro com batom. Blaine pôde soltar Rory no chão e andar de mãos dadas com o filho quando entraram no salão. O lugar era grande e estava bem decorado, não era tão escuro quanto na temática da peça, então não seria tão difícil para Rory se locomover. Quanto mais fundo Kurt ia entrando na festa, com mais pessoas ele ia falando e apresentando ao marido e filho; Blaine sorria e Rory se escondia de vergonha atrás do pai.

Kurt deixou Blaine e Rory sentados em um sofá circular com mesas. Blaine já conversava animadamente com o filho, que lhe contava sobre a escola e desenhos novos. Depois de um tempo, Kurt voltou com duas mulheres e dois homens.

– Blaine, quero lhe apresentar meus colegas de cena. – Disse Kurt e logo Blaine se levantou. – Essa é a Rose Peters, a namorada do meu personagem. – Kurt mostrou a loira. Blaine e ela apertaram as mãos e encostaram as bochechas. – Marcus Brown. – Kurt apresentou o mulato. – Scarllet Green. – Agora era a ruiva no vestido vermelho. – E por fim, Adam Crawford.

Blaine falhou na hora de cumprimentar o último loiro. Ele não parava de encarar Kurt enquanto o castanho dizia os nomes, mas não era um sorriso comum de quem estava tentando parecer simpático, e sim de quem estava feliz por estar vendo uma pessoa, no caso, Kurt.

– Blaine Hummel-Anderson. – Blaine não era de usar o sobrenome do marido, já que era mais simples e eles usavam nomes de solteiro para a carreira.

– Bom, como Kurtie disse: Adam Crawford. – Blaine ergueu as sobrancelhas quando escutou o apelido. Os homens deram as mãos. Blaine apertou bem forte e Adam sorriu cinicamente, como se não tivesse sentindo nada.

– E aquela coisa gostosa sentada de terno e gravata ali, é o famoso Rory. – Kurt apontou para o filho e mandou um beijo. O garoto com as bochechas vermelhas sorriu e acenou para os amigos do pai. Blaine ainda não tirava os olhos de Adam, que fazia o mesmo em cima do moreno. As pessoas começaram a sair enquanto Kurt foi conversar com o filho. – Ei, quer alguma coisa? Um refrigerante, um suco? – Perguntou arrumando o cabelo do filho.

– Não, mas quando eu sentir sede eu peço para o meu pai. – Disse o menino.

– Tudo bem. – O homem se virou para o marido. – Posso pedir que lhe tragam whisky?

– Não, como vou ficar com o Rory, quero ficar sóbrio para poder conversar com o garoto. – Kurt concordou. – E além do mais, preciso conferir umas coisas ainda. – Kurt achou aquilo estranho mais não concordou. De longe o castanho ouviu seu nome sendo chamado.

– Eu já volto. – Ele beijou a testa de Rory e foi beijar Blaine, mas o moreno não quis um selinho e beijou fortemente os lábios de Kurt, com direito a mão no maxilar. Os dois se separaram e o castanho estava sem folego. – Ok... – Disse ele se levantando um pouco desnorteado.

O moreno ficou sorrindo e viu o castanho ir se retirar. Os olhos do moreno caíram sobre Adam, que tinha expressão. Blaine sorriu e mandou uma piscadela. O pai voltou a conversa com o filho, mas sabia que seu alerta de ciúmes realmente deveria estar ligado, porque Adam queria entrar em uma guerra com o moreno.

[...]

A festa já durava quatro horas e Rory dormia no colo no pai. Blaine bebia energético, pois estava cansando, mas precisava esperar o marido. Kurt ficava toda hora indo e voltando da pista para apresentar alguém ao marido, o moreno já havia conhecido boa parte da equipe.

Depois de tirar os olhos do celular, Blaine procurou o marido na pista que estava a sua frente para eles poderem ir embora, já que Rory estava dormindo em uma posição horrível e já era tarde. O homem pegou o filho no colo e saiu do sofá para procurar Kurt. O moreno acabou tendo que se misturar com as pessoas na pista. Demorou uns cinco minutos até encontrar o marido fazendo poses para fotos com Adam e em um das fotos, ele beijava o rosto do loiro.

Blaine foi até os dois. Kurt, ainda um pouco alto ficou sem reação quando viu o marido. Blaine se manteve sério e único movimento que fez, foi indicar a saída com a cabeça. Kurt entendeu e se despediu de Adam, que mandou um sorriso para Blaine quando Kurt estava de costas. Os dois foram direto para a saída dos fundos. Eles ficaram esperando na calçada enquanto James não chegava.

– Blaine, eu-

– Aqui tem vários fotógrafos esperando um escândalo de final de festa, e se começarmos algo aqui, não vou me aguentar e vou explodir. Então conversamos em casa assim evitamos fotos nossas amanhã em capas de revistas, você está prestes a voltar aos palcos e isso séria terrível. – Disse Blaine simulando uma conversa calma para os fotógrafos do outro lado da rua.

[...]

Naquela noite, Rory acordou com uma briga vindo do quarto ao lado. O menino nunca havia escutado seus pais tendo uma briga daquelas. Se Nova Iorque não fosse a cidade que não dorme, naquela noite ela teria acordado.


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Notas finais do capítulo

Um dos piores capítulos que eu já escrevi.