O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 27
Casamento


Notas iniciais do capítulo

!!!!!!!!!!!!



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24 Horas

Alô, Rory? – Disse Blaine quando o filho atendeu seu telefonema. O menino sorriu ao ouvir a voz do pai.

– Oi, pai. – O menino foi se sentar na cama do hotel.

Kurt e Adam iriam se casar no dia seguinte. O novo casal queria algo diferente, então resolveram que deveriam se casar em Miami. Rory teve que ir junto com Kurt, mesmo que fosse contra a sua vontade. Eles estavam em um hotel e mesmo que o garoto estivesse morrendo de cansaço da viagem que teve mais cedo, precisava conversar com o seu pai em Nova Iorque.

Oi, meu menino. Tudo bem? – Perguntou o moreno. Ele estava em sua casa, assistindo alguma coisa do sofá.

– Mais ou menos. E acho que você pode imaginar o motivo. – Blaine sabia. – E acho que você não esteja muito diferente... – Rory não perdia a oportunidade de jogar um pai para cima do outro.

É... Q-quero dizer que eu imagino como você esteja, n-não outra coisa. – Blaine se enrolou, mas pelo menos tirou um sorriso dos lábios do filho do outro lado da linha. – Apesar de não entender muito bem o que você disse por último... Como anda Miami? – O moreno pegou o controle para ficar passando de canal, para ver se o nervosismo ia embora.

– Anda parada, porque na verdade ela não anda... – Rory deu risada de sua própria piada, enquanto uma placa escrito: “Sério?” em cima da cabeça de Blaine brilhava. – Mas enfim, o pouco que eu vi da cidade parece ser legal. – O menino se levantou da cama e foi para a janela ver a cidade. – Estamos de frente para uma praia. Talvez eu vá lá embaixo antes de dormir.

Nem pense nisso, garoto. – Ordenou Blaine. – Miami é muito perigosa, e não quero você saindo a noite. Me escutou, mocinho? – Blaine até desligou a televisão para repreender Rory, mas ele estava certo, Miami era muito perigosa. Da janela do quarto, Rory viu um carro sendo perseguido por outro da polícia.

– Está bem, pai. Eu não ia de qualquer forma, preciso dormir. – O menino fechou a cortina e se jogou na cama.

Então vou te deixar dormir-

– Não, pai. Eu posso ficar mais um tempo conversando com você. – Disse ele cortando o pai.

Não, querido. Amanhã conversamos mais. Você tem que dormir, porque amanhã tem o casamento do seu pai. – Era estranho para o moreno admitir aquilo pela primeira vez.

O castanho iria protestar mais uma vez, porém Kurt entrou no quarto do filho. Kurt estranhou o menino estar falando no telefone tão tarde da noite. O mais velho dos castanhos questionou com o queixo quem era, Rory levantou a mão para ele esperar.

– Ok, então. Então, tchau pai.

Tchau, filho. Beijo, eu te amo. – Respondeu Blaine.

– Beijo, eu também te amo. – O menino desligou o telefone, jogou sobre a cama e olhou para o pai. – Em que posso ajuda-lo, senhor Hummel? – Pediu com os braços cruzados sobre a barriga.

– Não precisava ter desligado o telefone para eu não ouvir sua conversa com Blaine. – Kurt folheava uma revista que havia achado no quarto.

– Nós já estávamos terminando nossa conversa quando você chegou. – O menino estava encarnado o pai.

– Uhu... E ele disse o que? – Perguntou Kurt parecendo estar sem interesse naquilo. Parecendo.

– Apesar de ter doze anos-

– Onze. – Corrigiu Kurt.

– Papai, quando der meia noite farei aniversário. – O garoto fez uma “borboleta” com as pernas e encostou as costas na cabeceira da cama. – O que é uma coisa engraçada, porque se você reparar, meu aniversário cai justamente no mesmo dia que seu casamento com Adam. – O menino se fazia de cínico. Kurt fechou a revista e olhou para o filho.

– Rory, já te disse que fazendo a viagem para Miami seria bom para você, não posso fazer nada se seu aniversário resolveu cair justamente em um sábado.

– Adiava para mais uma semana?! – Disse como se fosse óbvio. – E papai, sinceramente, uma viagem para Miami, com os bônus de passar meu primeiro aniversário longe do meu pai e ainda ter que presenciar seu casamento com aquele cara, não foi o melhor dos presentes. – Rory cruzou os braços e olhou para a janela.

– Rory, pare de ser criança. – O pai se levantou do sofá e ficou de frente para a cama do menino. – Por favor, você sabe que isso é para a minha felicidade. Eu amo Adam. – Rory sentiu que precisaria de uma lavagem cerebral.

– Por favor, você. Você está se escutando? “Eu amo Adam”, como você conseguiu deixar um amor que você construiu por quase vinte anos, se acabar em meses? – Kurt se calou na hora. Rory era bom com as palavras e dificilmente enganado. – Você não está tentando ser feliz, você acha que assim vai ser feliz, mas você está dando um tiro no escuro.

Kurt não tinha o que falar. Ouvir aquilo do filho de doze anos era demais.

– Boa noite, Rory. – Kurt disse e começou a se retirar da sala.

– Droga. – O menino se levantou da cama. – Papai. Papai! – Kurt nem ao menos se virou. Ele abriu a porta e saiu. – Urgh, porque eu tinha que ser tão cabeça dura? – Rory se jogou na cama e ficou lá estirado.

[...]

Depois de uma pequena briga com Rory, Kurt saiu do quatro do filho chorando. O castanho havia passado um ano tão difícil e parecia que alguém sempre voltava no assunto para jogar de volta na cara de Kurt, mas do próprio filho parecia doer dez vezes mais. Por todos os processos que ele passou; mudança completa de Blaine, assinatura do divórcio, Adam sempre esteve com ele, mas o castanho nunca soube se aquilo foi para apoia-lo ou para ser o primeiro na fila na sucessão de Blaine. Kurt começou a sair com Adam depois de muita insistência do loiro, mas Kurt ainda se sentia como se estivesse traindo seu marido. O castanho também via aquilo rápido demais, como se um dia ele tivesse terminado com Blaine, no outro começasse a namorar Adam, no mês seguinte ele respondesse o primeiro “Eu te amo” de Adam e duas semanas depois eles estavam noivos.

Kurt foi para a suíte que estava hospedado com o noivo. Quando Kurt entrou no quarto, percebeu tudo apagado, a não ser a televisão que passava uma série qualquer. O castanho pensou em ficar com Adam, para ele dizer que ficaria tudo bem. Kurt foi para o guarda roupa para trocar de roupas e secar as lágrimas que ainda caiam e assim, prevenir perguntas de Adam. Assim que o castanho fez, ele foi para cama. Adam estava de costas e quando o castanho o tocou, o loiro nem se moveu.

– Adam? – Chamou Kurt. Como resposta, ganhou um ronco alto.

Kurt achou aquilo um pouco grosseiro da parte do homem. Sim, não teria como ele saber que Kurt estaria se sentindo triste depois de conversar com o filho, mas ele pensou que talvez ele poderia o esperar para dormir juntos. Mas o loiro não teve esse mesmo pensamento.

O castanho se levantou da cama, pegou o seu celular e foi para a varanda. Kurt rolou a grande porta de vidro, foi até a ponta da sacada e digitou números muito conhecidos em seu celular.

Alô? – Disse o moreno do outro lado.

– Oi, pai. – Respondeu Kurt.

[...]

Em Nova Iorque, Blaine estava com suas mãos atrás da cabeça e deitado sobre sua cama. Desde que havia desligado o telefonema do filho, Blaine foi para cama tentar dormir, o que resultou nele acordado e pensando na vida.

Blaine tinha o pensamento no dia de seu casamento. O moreno se recordava de quão feliz era naquela época. Ele tinha ficado tão nervoso, mas estava tão feliz por finalmente estar se casando com Kurt. Lembrou-se de que tudo na cerimônia havia sido escolhido por ele e por Kurt, se lembrou das pessoas que vieram os prestigiar, se lembrou de como seu noivo estava lindo. Mas a coisa que mais era fresca na sua mente, foram os votos que os dois recitaram juntos.

Blaine se levantou cama e foi até o novo guarda-roupa, lá o moreno removeu uma caixa vermelha e voltou para a cama. Blaine abriu a caixa para procurar algo; o moreno tirou fotos, cartas, objetos e ingressos de peças antigas, até que finalmente achou o que queria. Blaine começou a ler a carta com os votos dele e do ex-marido. Blaine teve seus olhos cheios de água a cada palavra que lia.

[...]

Em Miami, Kurt não tinha quaisquer lembranças físicas de seu primeiro casamento, apenas as lembranças em sua mente. Depois da conversa com o seu pai no telefone, o Hummel mais velho novamente fez Kurt refletir no que era bom para ele. O castanho agora pensava no ponto que seu pai havia chego. Ele sabia que um dia antes do seu primeiro casamento ele estava muito animado e esperançoso; e agora com segundo nem tanto, mas ele se perguntava se aquilo era por conta dele já saber como era um casamento. Estava sendo difícil chegar em uma conclusão, porque sempre havia um “porém”. O ator entrou nos álbuns de seu celular e procurou uma foto que estava com Blaine. Ele realmente sentia falta do ex-marido, mas ele já havia chegado tão longe com Adam. Com esse pensamento, mais uma vez o fez relembrar nas palavras de Rory. De fato Kurt estava dando um tiro no escuro, mas ele tinha medo de tentar mexer em algo incerto, sendo que haviam coisas certas para ele. Mas o castanho se esquecia que nada é certo, e que se estava se arriscando com Adam, poderia voltar a lutar pelo o amor que ainda tinha pelo ex.

Kurt limpou sua mente dos pensamentos tolos que estava tendo e foi dormir com seu noivo.

Voltando a Nova Iorque, a casa do moreno estava sendo revirada pelo moreno. Ele colocava suas roupas em uma mala e procurava seus pertences. Ele não iria deixar o eterno amor de sua vida esvair de suas mãos daquela forma.

16 Horas

Eram quatro horas da manhã e lá se encontrava Blaine no aeroporto tentando comprar passagens para Miami. O moreno gostaria muito de entender porque haviam tantas pessoas no aeroporto as quatro da manhã e porque seu filho não respondia suas ligações.

– Droga, Rory. Responde. – O homem mais uma vez colocava o celular ao ouvido, para escutar que o celular do filho estava fora de área.

O moreno havia levado por volta de duas horas para sair de casa. Ele sentia que deveria conversar com Kurt, tentar recuperar seu primeiro e último amor, ele estava no final da casa dos trinta, ele não poderia ficar esperando um novo amor, sabendo que jamais esqueceria do menino dos olhos azuis que conheceu nas escadas da Dalton, o qual havia passado altos e baixos com, e o mesmo menino que havia formado uma vida e uma família.

Finalmente chegou a vez de Blaine ser atendido. O moreno correu até o balcão chegando até bater a barriga na mesa.

– Boa noite. Em o que posso ajudá-lo? – Pediu a mulher atrás do balcão.

– Boa noite. Eu gostaria de uma passagem para o voo mais próximo para Miami. – Pediu Blaine ainda tentando falar com o filho.

– Só um momento. – A mulher olhou no computador e depois para Blaine. O moreno novamente desligou o telefone, porque não tinha jeito. – Há um voo para daqui há uma hora. – Disse a mulher. – Está custando duzentos dólares. – Informou a mulher.

– É esse mesmo! Uma por favor. – Disse ele já abrindo sua carteira. – Daqui para frente, só compro passagens de madrugada.

O homem entregou os documentos necessários e o cartão de crédito. Depois de uns dez minutos, a mulher devolveu os documentos junto com a passagem.

– Posso te ajudar em mais alguma coisa? – Pediu ela.

– Não, é só isso. Obrigado. – Blaine estava recolhendo suas coisas quando deu estalo em sua mente. – Na verdade, tem sim. – Blaine deu um sorriso para a mulher.

[...]

11 Horas

Eram nove horas da manhã e Kurt já estava se despertando para o grande dia. Era o que ele pelos desejava que fosse. O castanho sentiu o cheiro do mar invadir o quarto e sorriu para aquela sensação boa. Kurt se espreguiçou ainda de olhos fechados e abraçou o noivo. Era o que teria acontecido, se Kurt não estivesse sozinho na cama. Assim que notou a falta de Adam, Kurt abriu os olhos e o procurou por volta do quarto. O castanho não o encontrou, então resolveu olhar no banheiro do quarto; o loiro também não estava lá. Quando Kurt estava indo para a cama ligar para o homem, quando viu um bilhete colado na geladeira. Kurt o pegou e leu.

“Bom dia, meu amor. Eu sei que dormi antes de você ontem e acordei antes hoje, mas eu precisava resolver algumas coisas aqui em Miami. Além de ser melhor nos vermos no final do dia, para manter a surpresa. Com amor, Adam”

Kurt amassou o papel e jogou longe. Aquele não deveria ser um dia para “resolver coisas” e sim para os dois aproveitarem juntos. O castanho novamente voltou a comparar seu casamento com Adam com o dele e de Blaine. Blaine o serviu café naquela manhã. Kurt tirou tudo aquilo na mente, indo tomar um banho gelado.

[...]

Blaine acabara de acordar em sua poltrona, quando pelo os autofalantes a comissária de bordo o avisava que estava poucos minutos de pousar. Blaine se ajeitou na cadeira, chamou outra comissária e pediu uma água.

“Senhores passageiros, quero dar as boas-vindas ao estado de Washington...”

– Espera? O que? – Pediu Blaine em sua cadeira para ninguém em específico. O moreno viu que a comissária havia voltado com a sua água. – M-me desculpe, mas esse voo não está pousando na Flórida? – Pediu o moreno.

– Não senhor. Essa será a última escala do voo. – Respondeu a mulher educadamente.

Última? Então você quer dizer que ainda tem mais? – Blaine entedia o motivo da passagem ser tão barata.

– Sim. Eu sei que esse voo vai até Iowa e depois pousa na Flórida. – Disse a mulher.

– Ai meu Deus... Ok, obrigado. – A mulher se retirou e Blaine ficou pensando no que poderia fazer. – Quando eu descer do avião, vou direto comprar outra passagem que vá direto para Flórida. Eu não posso demorar mais. – O homem olhou em seu relógio e viu que eram nove horas da manhã. – Só espero que Kurt não tenha inventado de se casar de manhã...

[...]

Depois que o avião pousou, Blaine foi correndo buscar a sua mala e correr novamente para poder pegar uma nova passagem. Enquanto corria, o moreno ainda tentava falar com o filho, para ver se o garoto poderia atrasar um pouco as coisas, mas parecia que justo hoje, o garoto tinha resolvido ficar sem celular.

Blaine chegou no balcão, que por sorte estava vazio e foi conversar com uma senhora.

– Bom dia. Como posso ajuda-lo hoje? – Pediu a senhora.

– Eu gostaria de uma passagem do voo mais próximo para Miami. – Pediu o moreno um pouco sem folego. A mulher conferiu no computador e logo se voltou para Blaine.

– Daqui há uma hora sai um voo para Iowa, que de lá, vai para a Flórida. – Informou a mulher.

– Eu acabei de sair desse voo. – Disse Blaine mostrando a passagem. – Além desse tem outro? – A mulher novamente se voltou para o computador.

– O próximo voo é daqui a uma hora também e é direto.

– Quanto está custando? – Pediu Blaine ficando impaciente.

– Novecentos dólares. – Disse ela.

– O quê? Meus Deus, com tudo o que eu já gastei de passagem hoje, eu conseguiria comprar um carro e colocar gasolina para ir da minha casa até Miami. – A mulher levantou uma sobrancelha para Blaine. – Enfim, tem outro? – Pediu ele. Ela rolou os olhos e olhou na tela mais uma vez.

– Tem um voo direto e por trezentos dólares. – Informou ela. Blaine já foi pegando sua carteira. – Para amanhã. – Blaine tirou os olhos da carteira e olhou para ela com uma cara fechada.

– Quer saber? Eu adoro Iowa. Obrigado. – Disse o homem saindo e indo de volta para o portão do voo.

– Esses famosos sempre acham que podem tudo. – Disse a senhora para a menina que estava ao seu lado, que concordou. – Próximo.

6 Horas

O moreno esperava por volta de meia hora no aeroporto de Iowa para embarcar no voo para Flórida. Blaine não parava de pensar por onde o filho poderia estar e quanto tempo ainda demoraria para ele chegar em Miami.

[...]

Rory estava de short, regata, óculos escuros, chinelos e um chapéu andando nas calçadas da praia. O garoto decidiu que esse aniversário ficaria longe de tudo e todos, inclusive de seu pai Blaine que não estava perto dele e provavelmente gostaria de falar com ele nesse dia. O garoto deixou o celular carregando e desligado no quatro, enquanto desceu para comer e andar pela praia. O menino andou por volta de duas horas, até que encontrou um tipo de casa, onde tinha jogos onde você interagia com outras pessoas, como se vocês fossem uma equipe.

Kurt havia tomado banho, se trocado e tomado seu café da manhã sozinho, já que Rory não estava em seu quarto. Parecia que hoje era o dia que resolveram abandonar o castanho. Depois da refeição, Kurt resolveu ir ao shopping comprar algum presente para o filho, antes de ficar preso no SPA onde passaria o resto do dia. O castanho estava enlouquecendo com o monte de ligações e mensagens que estava recebendo dos convidados o perguntando onde ficava o local da festa, então deixou o celular no modo silencioso e guardou dentro de uma bolsa que havia levado.

[...]

O moreno não sabia se era uma boa opção, mas resolveu ligar para Kurt, para pelo menos perguntar do filho. Seria a primeira vez que eles iriam se falar depois da última briga. O moreno discou o número do ex e esperou. O celular chamou tanto que caiu na caixa de mensagens. O moreno tentou mais uma vez, porém caiu novamente na caixa de mensagens. Blaine deixou uma mensagem gravada avisando que precisava falar com Kurt e pedindo que ele o ligasse. O moreno teve a impressão de que alguma coisa muito ruim poderia estar acontecendo, mas no mesmo momento, seu voo foi anunciado.

3 Horas

Kurt se encontrava em frente ao espelho se encarando em seu terno. O castanho estava em um terno cinza escuro, camisa branca e uma gravata preta. O homem estava tão nervoso, mesmo com todas as massagens e os tratamentos que teve no SPA. Ele nem sabia se Adam havia vindo para o SPA para cortar o cabelo que fosse. O castanho foi até a sua bolsa e pegou seu celular. Kurt viu que havia uma ligação perdida de Blaine e uma mensagem de voz. O castanho achou estranho, mas achou que deveria conferir.

“Oi, Kurt. Eu estou te ligando para perguntar sobre Rory. Eu estou há horas tentado falar com ele, porém ele está com o celular fora de área. Você poderia pedir para ele me ligar? Obrigado.”

Kurt sentia falta de ouvir a voz do ex-marido, mas teve que focar em seu filho sumido. O homem rapidamente discou o número do filho, que chamou, mas não teve resposta. Quando Kurt estava ligando de novo, bateram na porta do quarto do SPA.

– Pode entrar. – Disse o castanho, voltando para o celular.

– Papai? Acho que você pode parar de me ligar. – Disse o menino entrando no quarto e desligando o telefonema do pai.

– Rory, onde você esteve? – Pediu o homem indo até o filho. Por um momento até ele havia ficado preocupado.

– Fui dar uma volta. – Disse ele comendo as frutas do pai que estava no canto da sala.

– Blaine te ligou o dia inteiro e você não respondeu nenhuma das ligações. – Alertou Kurt.

– Sério? Ai que droga. Não deveria ter deixado meu celular no quatro. – Disse o menino se levantando para ligar para o pai. – Mas antes... – O menino correu até o pai e o abraçou. – Eu te amo, papai. – Disse o menino com o queixo no peito de Kurt. Os dois se afastaram e o menino limpou a garganta. – Me desculpa por ontem... E-eu não queria ter sido tão direto. Eu realmente errei te dizendo aquelas coisas, mas se o senhor acha que Adam é o melhor para você, eu vou te apoiar na sua decisão.

Kurt havia ficado sem palavras com o filho. O homem deixou uma lágrima escorrer de orgulho do filho. O garoto era tão sábio e havia crescido tão rápido, parecia que ontem Kurt ainda escolhia as roupas dele. O castanho mais velho se curvou e beijou a cabeça do filho e o abraçou mais forte.

– Só um momento. – Kurt se separou e foi mexer em suas coisas. – Eu te comprei uma coisa. – O homem pegou uma caixa e entregou ao filho. – Feliz aniversário, meu filho.

Rory pegou a caixa e deu um beijo no pai.

– Obrigado, papai. – Disse o menino sorrindo. Ele quase tinha esquecido que estava completando doze anos. O menino abriu a pequena caixa retangular. Lá, haviam seis ingressos para a Disney. – Ai meu Deus! Você só pode estar de brincadeira comigo. – O menino nem parecia acreditar. Ele pulou nos braços pai com o maior sorriso do mundo. – Papai, você é... Urgh, só não te chamo de melhor pai do mundo, porque eu tenho dois, mas você é demais. – Ele se separou do pai. – E-eu nem sei como te agradecer. – O menino não conseguia se conter. – E-eu preciso contar para o meu pai. - Rory foi correndo para o jardim do SPA, para falar com Blaine. Enquanto discava o número do pai, o mesmo estava ligando para ele. O menino rapidamente atendeu. – Pai, você não vai acreditar. Eu-

Rory, onde foi que você se meteu, meu filho? – Pediu Blaine um pouco sem folego. Parecia estar correndo.

– E-eu fui dar uma volta na praia e acabei deixando meu celular dentro do quatro do hotel. Mas isso é de menos, adivinha o que o papai me deu? – Falou o garoto olhando para os ingressos sabendo quem levaria.

Rory, me escuta. Você sabe onde seu pai vai casar? – Pediu o homem.

– Acho que sim. Por quê?

Rory, que horas vai começar o casamento? – Pediu Blaine. O menino olhou em seu relógio.

– Daqui a duas horas. Pai, você pode me dizer o que está acontecendo?

Rory, eu estou em Miami...

O que? – O garoto estava metade feliz e metade surpreso. – Não vai me dizer que você...

Sim, eu vou acabar com o casamento do seu pai e recuperar o que é meu. – O garoto conseguiu ouvir a porta de um carro bater.

– Ai meu Deus, meu segundo presente do dia. Mas c-como? Pai, me explica isso direito.

Rory, ontem acabei percebendo que eu não posso mais ficar sem seu pai. Eu por um ano fui infeliz longe dele e tudo isso foi porque não tive mais fé para lutar por um casamento de 20 anos. Mas isso não vem ao caso, você vai ouvir tudo quando eu disser ao seu pai. Rory, onde você está agora? – O homem estava no telefone e dirigindo ao mesmo tempo, e sabendo que não podia, mas aquilo era caso de urgência.

– Espera, não vai ter como o senhor vir pra cá, pai. Vamos sair daqui a pouco. – Disse o menino. Ele teve uma ideia e correu até o carro que levaria o pai para a cerimônia. – Espera um pouco que eu vou descobrir o endereço do salão, vamos precisar fazer isso do modo clichê. – Ele chegou até James que já estava esperando no carro. – James, qual é o endereço do local casamento? – Pediu o menino um pouco afobado.

– Perdão? – Perguntou o homem. – Para que você quer?

– Não tenho tempo para explicações, J; o endereço por favor. – Pediu o menino. O homem desconfiado abriu o porta luvas, tirou o convite e entregou ao menino. – Obrigado. Pai? – Automaticamente os olhos de James se arregalaram.

Estou aqui garoto. – Falou Blaine ainda dirigindo não sabendo por qual caminho entrar.

– Pai, é na rua “Oliveira de Ouro” no número 316. – Informou o menino.

Rory, eu não sei como me virar em Miami. Mas eu ouvi você falar com James, ele pode me ajudar. Passa o telefone para ele. – Pediu Blaine.

– James, escuta. Meu pai vai acabar com o casamento do meu papai. Ele está aqui em Miami e precisa saber como chegar na cerimônia. – Adiantou Rory.

– Rory, e-eu não posso fazer isso. Se Kurt descobre eu estou na rua. – Falou o moreno.

– Primeiro, se ele descobrir, vai ficar feliz em saber que você ajudou. Segundo, se algo der errado, garanto que meu pai te contrata e você não vai ficar sem emprego. Terceiro, eu sei muito bem que você também quer ver meus pais juntos. Então ajuda meu pai! – O menino disse entregando o telefone para James. O homem um pouco inseguro pegou o telefone e foi colocando na orelha.

– Senhor Anderson? – Pediu o homem.

James, não se preocupe, vou aumentar seu salário, mas agora me ajuda.

10 Minutos

O castanho estava totalmente nervoso esperando a hora de entrar.

– Kurt, Adam já chegou e já está te esperando. Todos os convidados já chegaram, assim como o juiz de paz. Agora só falta sua confirmação para começarmos. – Falou Rachel tentando acalmar o amigo.

– Ok. Ok. – Disse ele sorrindo. – Mas posso acreditar que estou fazendo isso de novo. – Falou o castanho.

– Nem eu. – Disse Burt entrando na sala.

– Papai. – O castanho foi até o pai abraça-lo. – Você está maravilhoso. – Disse o castanho.

– Você também meu filho. Mas deixa eu te perguntar uma coisa: cadê meu neto?

– Seu- Rory, não está com Carole? Mas eu mandei ele- Urgh. – Kurt pegou o telefone para tentar falar com o filho.

[...]

– Pai, onde você se meteu? O casamento já vai começar. – Rory estava do lado de fora do lugar onde seria a cerimônia, encarando os dois lados da rua.

Eu estou chegando, tive que abastecer o carro. Não tem como você atrasar? – Pediu o moreno.

– Pai, eu estou me escondendo de todos porque eu sei que sem mim, papai não começa a cerimônia e qualquer problema constrangedor que eu fizer, ele vai brigar comigo na mesma hora. Então pisa nesse acelerador e vem logo. – Falou o menino.

– Garoto? – Chamou Burt. O menino se virou para o avô e pediu para esperar.

– Pai, vovô está me chamando. A cerimônia já vai começar. – Informou o menino. – Vou ter que desligar. Te vejo daqui a pouco. Chegue antes do “sim” do papai. – Assim o menino tocou na tela do celular, cancelando a discagem.

Cinco quadras dali, Blaine pisava fundo no acelerador.

[...]

Uma música invadiu o lugar e todos se levantaram para ver Kurt entrando com Burt. Muitas pessoas haviam se negado de ir ao casamento, como Jeff, Nick e Puck. Mas o resto dos amigos de Kurt estavam todos; e todos o aceitavam pela sua escolha, por mais burra que fosse. Do altar, Kurt podia ver Adam. O loiro não parecia estar muito certo e seu cabelo não parecia ter sido cortado, então o castanho deduzia que ele não havia ido ao SPA, mas continuou sorrindo.

Os homens atravessaram o grande corredor e quando foi para Burt dar a mão de Kurt para Adam, o castanho viu que seu filho estava nervoso em seu lugar, chegando a olhar para trás mais de uma vez em um minuto. O homem ignorou aquilo e foi para junto do noivo.

– Todos podem se sentar. – Os convidados tomaram seus assentos. - Estou aqui hoje para realizar o casamento de Kurt Hummel e Adam Clawford. – Disse o homem sorrindo.

– Vamos, pai. – Dizia Rory bem baixinho.

– Kurt disse que não gostaria de uma cerimônia longa, por ainda ter a tese que as pessoas podem dormir. – Todos riram com aquilo. - Então vamos aos votos. – Falou o homem. – Kurt...

Parem! – Gritou Blaine entrando no local. – Kurt, por favor, não faz isso.

– B-blaine, o que diabos você está fazendo aqui? – Pediu Kurt. Ele sabia que no fundo se sentia feliz. O amor de sua vida veio atrás dele.

– Kurt, não faz isso. Eu te imploro. – O homem foi caminhando até o altar. – Eu sei que devem estar se passando um turbilhão de perguntas na sua mente, mas todas serão respondidas. Ontem, depois de uma conversa que eu tive com o nosso filho. – Rory se tornou o centro da festa por alguns segundos. – Eu percebi que estava cometendo a pior besteira da minha vida te deixando casar novamente, mas não apenas se casar novamente, mas mentindo para si mesmo. Kurt, eu estou aqui para te lembrar de uma coisa. – O homem limpou a garganta. – Não importa onde o outro estiver, eu estarei com você. Não importa o quão ruim for a briga, se vire para o outro e diga as três palavras mágicas. Não interessa o que aconteça, cuide dele como se ele fosse seu bem mais precioso, porque é isso que ele é; mas não só ele, é o que tem dentro dele: o amor dele. – Kurt sussurrou as últimas palavras com Blaine. Ele sentia seu coração palpitar como nunca. – Eu te prometi cuidar-te e respeitar-te até o último dia da minha vida, mas no ano passado isso não foi possível, mas uma das minhas promessas eu mantive: amar-te. Eu nunca deixei de te amar. Eu nunca vou deixar te amar, meu sonho adolescente. – Kurt sentiu mais uma pontada do peito. – Meu menino dos olhos azuis. Como na música em que eu fiz especialmente para você: porque tudo de mim, ama tudo em você; e que é impossível, eu continuar a enganar meu coração escondendo o amor que eu sinto por você. Meu primeiro e único amor. Eu só tenho que te pedir desculpas pelo o ano passado, por tudo que eu te fiz passar. Mas hoje eu estou aqui, em frente a todas essas pessoas, te implorando: volta para mim. Eu não consigo ficar longe de você. Eu te amo, Kurt.

Kurt não sabia o que pensar naquele momento. Todos estavam o encarando, inclusive Adam. O homem não estava acreditando no que tinha acabado de escutar, na maior prova de amor que Blaine um dia houve de fazer para ele. Ele tinha as mãos suadas e as pernas bambas. Ele olhou em volta e a maioria estava chorando. Rory tinha até ficado de pé e estava em lágrimas, com os olhos esperançosos sobre ele.

Mas o castanho não iria fazer aquilo por decisão do filho. Ele tinha que saber o que era melhor para ele. E ele sabia que não era Adam. Era Blaine, sempre foi Blaine. Rory tinha razão. Fazer tudo aquilo foi um tiro no escuro, um tiro no escuro que acertou Adam e a luz que se acendeu depois, foi o seu amor por Blaine, revelando a verdade. Seu amigo, namorado, noivo, marido. Kurt não queria nada além de Blaine. O amor do moreno poderia o alimentar por anos. Kurt pode viver até seus cem anos, mas o amor dele por Blaine não envelheceria como o resto do seu corpo, seu amor aumentaria.

Kurt rapidamente desceu do altar, pegou a mão do filho e logo correu para Blaine, puxando a mão do moreno, o tirando do chão.

– Venham, eu conheço um atalho. – Kurt olhou para Blaine, que sorriu para o marido.

– Kurt, você não pode fazer isso comigo! – Gritou Adam do altar. Ele nem parecia estar tão afetado.

– Eu posso e vou. E tem mais, você esqueceu seu blazer, novato. – Kurt piscou para o homem e a família saiu correndo pela as grandes portas. Eles desceram as escadas e entraram no carro que Blaine havia alugado e estava parado em frente à casa de cerimônia. – Onde estamos indo? – Pediu Kurt colocando o cinto de segurança.

– Para bem longe. Onde eu possa esquecer do último ano por alguns dias.

Blaine avançou na boca de Kurt. O beijo nem havia sido calmo, era logo com saudade e paixão, percorrendo toda boca e recordando quão bom café e morango ficavam juntos.

– Pais, eu amo os ver juntos de novo e nem me enojei os vendo se beijando, mas precisamos ir embora. A família de Adam está começando a vir até nós. – Alertou Rory, olhando pela janela do banco de trás.

O casal rapidamente se separou e Blaine pisou no acelerador, arrancando e levantando fumaça.

– Gaybos, aí vamos nós. – Gritou Blaine.

Onde? – Gritaram Kurt e Rory.


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Notas finais do capítulo

Agora estou eu na Gaybos vendo meus pais se reconciliarem. Melhor casamento que eu já fui!
Leiam o aviso a seguir.
PS: Carson acabou de me mandar uma mensagem com uma declaração enorme e me pedindo em namoro. Por mensagem, Carson? Sério?



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