O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 24
Tristeza Repentina


Notas iniciais do capítulo

Outro? Sim, eu sei



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Depois de um ano, Rory havia passado para o terceiro ano do ensino fundamental. O pequeno castanho todo dia aparecia com uma coisa nova dentro de casa. Ele já sabia todo alfabeto, os números até cinquenta, algumas brincadeiras novas, as notas músicas. O garoto já sabia escrever até o próprio nome.

Mas desde um tempo até agora, Rory tinha mudado. Kurt e Blaine até acharam que fosse uma coisa normal pela a rotina do garoto ter mudado, mas se fosse, ele estaria cansando, porém Rory as vezes chegava em casa cabisbaixo e triste. Então, Kurt e Blaine resolveram ir a escola e descobrir o que estava acontecendo.

O casal levou o filho para a escola e quando o menino achou que os dois iriam embora, eles na verdade foram conversar com a pedagoga da escola. Os dois esperaram em uma pequena sala, enquanto a mulher conversava com outros pais. Depois de aguardarem por volta de cinco minutos, a porta da sala se abriu e um casal saiu de lá.

– Podem entrar. – Disse a mulher com um sorriso no rosto e segurando a porta. Os dois entraram e aguardaram a mulher fechar a porta. – Sentem-se. – Os dois se sentaram, a mulher foi de trás da mesa e se sentou em sua cadeira. – Sou Alice Williams, a pedagoga da escola. – Ela cumprimentou os dois homens em um aperto de mão. – Em que posso ajuda-los?

– Bom, somos os pais de Rory Hummel-Anderson e desde que as aulas voltaram, ele vem mudando de comportamento. – Tudo que Kurt dizia era assentido por Blaine. – E achamos que poderia ter acontecido alguma coisa na escola para ele estar triste quando chega em casa.

– Podem me dizer o ano e o nome completo dele, por favor? – Pediu a mulher se levantando.

– Terceiro ano; Rory Louis Hummel-Anderson. – Respondeu Blaine.

A mulher foi até um armário que tinha “ensino fundamental” escrito, depois abriu uma gaveta do terceiro ano e começou a procurar a ficha de Rory entre as outras. A castanha pegou uma pasta fina e marrom com o nome de Rory. Ela caminhou até a sua cadeira e se sentou.

– Hmm. – Ela dizia enquanto folheava os documentos pessoais do menino. - Bom, tudo parece perfeitamente normal. Notas, trabalhos e lições; e como ele é do terceiro ano, não há nenhum problema dentro da sala. – Disse ela entregando a ficha para que os dois pudessem ver. – Será que os senhores não tenham estado ausentes demais ou deram algum castigo um pouco pesado?

– Nós demos uma pausa em nossas carreiras para justamente poder passar um tempo como ele e Rory dificilmente nos desobedece. – Explicou Blaine. A mulher pensou um pouco.

– Então, eu não sei como ajudar-los. Vocês viram a ficha dele e não nenhuma anotação da professora. – Kurt entregou a ficha de volta. – Mas os senhores podem conversa com ele quando chegarem em casa. Talvez algo esteja o incomodando e ele tenha vergonha de comunicar a vocês. – O jeito com que a mulher falava e se expressava, lembrava muito a senhorita Pillsbury. Os homens assentiram e se levantaram.

– Obrigado, senhorita Williams. – Disseram os dois juntos.

– Não há o que agradecer. E realmente me desculpem por não poder ajudar. – A mulher abriu a porta para os homens, que se retiraram, enquanto outro casal entrou na sala.

Kurt e Blaine ficaram em silêncio pensando em quais dos poucos momentos poderiam ter sido rudes demais com o menino, mas não haviam chegado a nenhum resultado. Enquanto caminhavam para a saída, chegaram ao corredor da sala do filho, assim que chegaram em frente a sala, a curiosidade os venceu e olharam pelo vidro da porta. Os homens conseguiram achar Rory de costas para eles, sentando junto com outras crianças e pintando. Eles sorriram e voltaram a caminhar para a saída.

A volta até a casa foi silenciosa.

[...]

– James? O que faz aqui? Achei que meu papai iria ver me buscar. – Disse Rory saindo correndo da escola e dando de frente com o motorista da família.

– Sim, mas ele e seu pai estavam um pouco ocupados em casa e resolveram me mandar. – O homem bagunçou os cabelos do menino e voltou colocar as mãos nos bolsos.

– Ahn... Ok, então. Olá, James. – O menino entrou dentro do carro e colocou o cinto de segurança. James tinha o antebraço sobre a porta e olhou para dentro do carro.

– O que me diz de um sorvete? – Perguntou o moreno com uma das sobrancelhas levantada.

– Sabe James, acho que posso me acostumar com você vindo me buscar. – Disse o menino tirando um sorriso babão do motorista. Mal ele sabia que aquilo havia sido ideia de Blaine.

O homem fechou a porta e entrou dentro do carro, logo dando a partida.

[...]

– Pai? Papai? – Chamou o menino deixando a bolsa no chão do hall.

Kurt veio da cozinha e encontrou o filho tirando os sapatos.

– Rory Hummel, quantas vezes vou precisar te dizer que não é assim que se tira os sapatos? – Kurt se abaixou e tirou o outro sapato do pé do filho. – Rory, sujando o blazer com sorvete? Você sabe que seu pai vai te matar por sujar o “manto sagrado” – Disse o homem imitando o marido e arrancando uma risada do filho.

– Foi sem querer. – Disse o menino dando mais uma lambida no sorvete.

– Entendo. Agora vai tomar banho porque você está sujo. – O menino entregou a casquinha para o pai e beijou a bochecha do moreno. O menor dos castanhos deixou o pai para trás para correr até seu quarto.

[...]

Rory tomou o seu banho e acabou ficando no quatro brincando. Três horas depois ele escutou alguém batendo na porta. Era seu pai.

– Roy? – Disse Blaine com a cabeça para dentro do quarto. O menino se virou para a figura do pai que acabará entrando em seu quarto. Ele soltou os bonecos que segurava e correu para o colo do pai.

– Pai! – Disse ele se jogando no colo de Blaine.

– Ei, meu menino. Brincando sozinho? – Perguntou Blaine.

– Pois é... – Ele pareceu meio triste com a resposta. – Mas deixando isso de lado, eu preciso muito falar com você. – O menino rapidamente mudou de humor.

– Ah é? Seu papai e eu também precisamos muito falar com você, mas para isso precisamos descer. Vamos? – Blaine levantou e ofereceu a mão para o filho. O menino aceitou e os dois foram para a sala.

[...]

Pai e filho conversavam na sala, quando Kurt entrou e encontrou Blaine no sofá e Rory na mesinha de centro, conversando sobre música, provavelmente alguma coisa sobre sua aula.

– Cheguei. – Disse Kurt se sentando ao lado do marido e cruzando as pernas.

– Bom, agora que estamos juntos. O que aconteceu para essa reunião de emergência? Da última vez descobri que iria entrar para a Dalton– Disse o menino arrancando risadas dos pais, que se encararam e assentiram um para o outro.

– Rory, depois de te colocarmos na escola no ano passado. Temos notado uma diferença em seu comportamento. – O menino juntou as sobrancelhas. – Hoje fomos na Dalton e conversamos com a senhorita Williams. Você está indo maravilhosamente bem na escola, então ela nos sugeriu que conversássemos diretamente com você para sabermos o que está causando tristeza em você. Filho, o que está havendo? Porque você anda tão triste? – Pediu Kurt.

Automaticamente o menino se encolheu um pouco e ficou encarando suas mãos. O menino olhou para os pais que o incentivaram a seguir em frente e lhes contar.

– É complicado...

– Então tente o seu melhor. – Falou o moreno. O filho do casal respirou fundo e olhou nos olhos dos pais.

– É Carson. – Kurt se perguntava como aquilo não havia passado por sua mente. – Ele anda diferente, sabe? Ele não quer mais brincar comigo e as vezes me ignora no recreio, ele está agindo como fosse do quinto ano. – Disse o menino triste. – Eu só sinto saudade dele, era bom ter um amigo.

Blaine tirou o menino de cima da mesa e o colocou em seu colo, Kurt aproveitou e chegou mais perto.

– Vai ficar tudo bem, ok? – Pediu Blaine. O menino assentiu, mesmo não crendo muito naquilo.

Kurt acariciava as bochechas do menino, enquanto Blaine beijava a cabeça do mesmo e o balançava em seu colo.

[...]

Era por volta de onze horas noite e Rory estava dormindo em seu quatro. No quatro do lado, Kurt estava com a cabeça sobre o peito de Blaine, pensando no que o filho estava passando. O castanho não aguentou mais e quebrou o silencio.

– Precisamos fazer alguma coisa perante o que Rory está passando. – Disse Kurt sem olhar para o marido.

– Eu estava pensando a mesma coisa. Eu quero ajuda-lo, mas não podemos dizer para Carson ou Jeff e Nick como eles devem agir. – O moreno brincava com a mão de Kurt na sua própria. Depois de muito pensar, Blaine teve uma ideia brilhante e se sentou, tomando a atenção de Kurt. – Querido, eu acabo de ter uma ideia, mas não sei se você estará de acordo. – Blaine tinha um sorriso no rosto que assustava Kurt.

[...]

– Virou festa agora? – Perguntou Rory quando viu o motorista novamente o esperando na frente da escola. O menino sorriu para quebrar o gelo. – Estou brincando. Oi, James. – O castanho foi removendo a bolsa das costas e se sentando no banco de trás do carro, prendendo o cinto em seguida. O motorista foi para seu lugar atrás do volante e deu partida no carro. Depois de alguns minutos, Rory percebeu que eles estavam fazendo um caminho diferente da casa do castanho. – James, onde estávamos indo? Porque esse não é o caminho da minha casa...

– Seu pai me pediu para deixa-lo em um lugar especial hoje. – Disse o motorista olhando nos olhos azuis do menino pelo retrovisor.

Rory achou estranho, então passou o resto da viagem olhando pela janela tentando descobrir para onde ele estava sendo levado e o que o pai estava planejando. O carro logo parou em frente ao Central Park, e Rory já ligou aquilo como um piquenique.

– Vamos? – Disse o menino com a mão para abrir o carro.

– Espere, antes você precisa colocar isso. Faz parte da surpresa. – O homem tirou do porta-luvas um daqueles tapa olhos para dormir.

Rory ergueu as sobrancelhas do mesmo modo que seu pai fazia, mas acabou aceitando para entrar na brincadeira. O menino ficou parado em seu lugar, enquanto James dava a volta no carro, para poder tirar-lo e guia-lo. Depois de alguns minutos, Rory foi parado.

– Chegamos? – Perguntou ele para qualquer um que estivesse a sua volta.

– Acho que sim. – Disse Blaine. – Filho, você pode ficar se joelhos? – Rory assim fez, já entendendo que aquilo era um piquenique. – Pode tirar a venda.

O menino tirou o tapa-olho, mas teve que fechar os olhos por conta da luz do sol. Aos poucos o menino foi conseguindo compreender o que estava a sua frente, e com certeza não era uma cesta de piquenique.

– Um cachorro? – O castanho foi logo passando a mão sobre a cabeça do filhote inquieto no colo de Blaine.

– Sim, seu cachorro. – Disse Kurt se abaixando atrás do marido.

– O que? Meu cachorro? E-eu posso pega-lo? – Pediu o animado. Blaine passou o filhote de labrador para o colo de Rory. O cachorro logo deu lambidas nos pescoço e queixo do menino. – Porque estou ganhando um cachorro? Ei. – A criança tentava abaixar o cachorro, que continuava a babar nele.

– Nós achamos que você precisava de um outro amigo. Não podemos mandar em Carson ou nos pais dele, para dizermos o que eles deve fazer, mas conseguimos alguém que nunca vai te abandonar, pelo contrário, só vai te dar amor. Enquanto na escola, você pode fazer novos amigos em sua sala e leva-los para casa se você quiser. – Disse Kurt sorrindo.

– E ele tem nome? – Perguntou o menino olhando para o filhote pelo caramelo.

– Sim, achamos que você gostaria, então já fizemos uma coleira. Ele se chama Buster. – Respondeu Blaine sorrindo.

– Buster? Como o cachorro do Andy? Pai, isso é demais. – Rory não parava de sorrir.

– E sabe do que mais? Você poderá traze-lo aqui quando quiser para passear. – Disse Kurt.

– Sério? Oh meu Deus. Obrigado, pessoal – O menino abraçou os pais. Assim que fez isso, o pequeno cachorro saiu correndo para longe deles. – Buster fugiu. – Gritou o menino saindo em disparada atrás do cachorro.

Rory, Blaine e James saíram correndo atrás do filhote pelo parque enquanto Kurt ficou parado observando de longe. Eles passavam correndo entre piqueniques e pessoas.

– Alguém segura esse cachorro! – Gritou Rory, que parecia ser o mais rápido que os outros dois atrás dele. Eles continuaram correndo até que Buster parou junto a outro cachorro. O dono do outro cachorro devia ser da idade de Rory. O loiro se assustou com a presença de um novo cachorro e olhou de onde ele veio. – Ei, desculpa... Ele fugiu sem querer. – Disse Rory um pouco se folego.

– Não tem problemas. Slinky diariamente faz isso, mas dificilmente tenho a sorte dele parar junto a outros carros. – Logo James e Blaine pararam atrás de Rory para respirar. O loirinho levantou e estendeu a mão para Rory. – Eu sou o Luke. – Rory pegou na mão do menino e apertou.

– Rory. Você vem muito aqui? – Mal sabia Rory o que aquela frase significava no mundo dos adultos.

– Sim- – Uma mulher no fundo chamou por Luke. – Eu tenho que ir agora, mas eu sempre fico embaixo dessa árvore. – Ele se referiu a um grande pé de maça. – Eu venho praticamente todos os dias. Talvez podemos passear junto com Slinky e...

– Buster. – Respondeu o menino sorrindo pelo o nome do cachorro de Luke ser mais uma referência a Toy Story.

– Slinky e Buster, mas agora eu preciso ir. Tchau, Rory. – Disse o menino segurando Slinky pela corrente e indo até a mulher.

– Tchau, Luke. – Respondeu Rory vendo o loiro indo embora. Quando Luke olhou para trás, Rory acenou.

Atrás do menino, James e Blaine se encaravam sorrindo, mas desmancharam quando viram Buster voltando a correr.


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Notas finais do capítulo

Comecei a levar Luke em casa, até que um dia Carson apareceu na minha casa de surpresa. Depois disso nunca mais me destratou, mas como lição, não parei de falar com Luke.



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