O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 23
Dalton


Notas iniciais do capítulo

Boo.



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Rory fez sete anos antes do ano letivo escolar começar, então Kurt resolveu que era hora de matricular o filho na Dalton, que com o seu sucesso, foi multiplicada para diferentes estados dos Estados Unidos, assim como Nova Iorque.

Kurt havia conversado com Blaine e os dois haviam decidido que estavam de acordo e que Rory realmente deveria ingressar em uma escola. O casal foi até a escola e conversaram com a diretora, viram as salas, tiveram pequenas conversas com alguns professores; eles também não queriam que Rory visitasse a escola, eles queriam que o menino descobrisse a escola sozinho e com surpresas. A Dalton de Nova Iorque era realmente boa e tinha as mesmas regras de Westville contra o bullying. Com tudo aprovado pelos pais, Rory estava oficialmente matriculado na no segundo ano do ensino fundamental.

– Só mais uma coisa... – Pediu o senhor Collins antes que Kurt e Blaine se levantassem. Eles haviam acabado de preencher as papeladas a matricula de Rory. – Você é o Blaine Anderson? – Perguntou o homem com o dedo apontado para Blaine.

– Ahn... Sim, o cantor e compositor. – Respondeu o moreno um pouco surpreso.

– Não. O Blaine Anderson, a lenda da Dalton? – Blaine arregalou os olhos em surpresa. – Se você não sabe a que me refiro, realmente deveria ficar impressionado. Ouvi muito sobre você e seu tempo na primeira Dalton, rapaz. Seu talento e amor correm passaram por todas as Dalton do país. Há até boatos que o diretor da Dalton em Ohio diz que você estudou lá, para ter credibilidade. – Falou o homem.

– Woah, pena isso nunca ter chegado aos nossos ouvidos. – Disse Kurt sorrindo para o marido.

– E você é Kurt Hummel? – Kurt se virou para o diretor. – É praticamente impossível falar de Blaine e não citar seu nome muitas vezes. Todos ficaram e ficam impressionados quando descobrem sobre a história de vocês que veio desde o colegial. – O velho homem sorriu para eles. Kurt e Blaine não sabiam o que dizer. – Eu sei que até que fotos de vocês dois nunca saíram das prateleiras da Dalton em Westville.

– Ok... Isso é um pouco chocante. – Disse Blaine pensando em qual foto poderia estar nas prateleiras. – De qualquer forma, obrigado diretor Collins; com a matricula e com as informações. – Os três homens se levantaram e apertaram as mãos.

– Vocês podem pegar todos os materiais e uniformes de Rory ao lado da enfermaria. – Disse o homem. – Eu mal posso esperar para finalmente conhecer o filho de vocês. – Disse ele com um sorriso enorme.

Kurt e Blaine começaram a se retirar da sala e quando estavam longe dos ouvidos do diretor, se voltaram um para outro.

– Não sabia que somos praticamente símbolos da Dalton. – Disse Blaine com a mão entrelaçada a de Kurt.

– Espero que Rory também não saiba. – Falou o castanho.

[...]

Kurt esperou Blaine guardar o carro para entrar dentro de casa. Quando o moreno subiu da garagem, os dois entram juntos na casa.

– Peter, onde está Rory? – Perguntou Blaine ao mordomo.

– No quintal com Marta. Ele disse que queria treinar com a bicicleta. – Respondeu o mordomo simpaticamente.

– Peter, me faz um favor, coloque isso em cima da cama de Rory por favor. – Pediu Kurt entregando uma caixa para o homem.

Peter assentiu e começou a subir os degraus com a caixa em mãos. Kurt e Blaine começaram a ir para a porta dos fundos da casa, que dava para o jardim, provavelmente o menino estaria na quadra de basquete. Os homens saíram e começaram a procurar o menino por todo o lugar e viram Rory perto da piscina com a bicicleta.

– Rory! – O menino se assustou com o grito do pai. Rory se desequilibrou mas não o suficiente para cair na piscina. – Garoto, o que você estava pensando? – Kurt correu até o filho e Blaine fez o mesmo. Quando Kurt chegou perto do menino, ele se encolheu. – O que eu te disse sobre andar nessa coisa perto da piscina? E afinal, onde está Marta? – Pediu Kurt.

– Papai, eu posso explicar. E-eu estava tentando andar, mas não consigo colocar os dois pés em cima dos dois pedais, então eu me desequilibro. – Tentou dizer o menino colocando a bicicleta no chão. – E de tanto tentar, acabei chegando perto demais da piscina.

– Você tentou tanto assim? – Perguntou Blaine olhando a distância entre a piscina e a quadra de basquete, que dava uns dez metros.

– Algumas vezes eu consegui seguir, mas em outras...

– Ok, entendi. Vai tomar um banho que temos um jantar especial hoje. – O menino assentiu e saiu correndo para dentro da casa, antes que o pai visse o arranhão no cotovelo. Blaine recolheu a bicicleta do chão. – Ainda quero saber onde está Marta. – Disse Kurt olhando novamente para o jardim.

– Serve aquela ali? – Falou Blaine indicando a mulher rocando sobre um dos bancos do jardim. Kurt arregalou a boca e colocou as mãos no quadril. – Não a culpe, entendo o lado dela. Rory as vezes pode ser... Persistente...

[...]

Rory já tomava banho sozinho, então seu banho havia sido rápido. O menino saiu do banheiro de seu quatro e foi direto para seu guarda roupa. O menino abriu o armário e ficou encarando suas roupas, pois assim como Kurt, ele gostava de ficar bonito em suas roupas, principalmente por hoje ser um jantar especial. O menino tirou uma camisa de dentro do guarda roupa e ficou encarando a peça, assim que abaixou a camisa, viu uma caixa sobre sua cama que não havia visto quando entrou.

– Da onde saiu isso? – Perguntou dizendo em voz alta.

O menino foi até a caixa oval preta e a abriu. Havia um papel de seda cobrindo o que quer que fosse. O menino retirou o papel e conseguiu ver um terno azul marinho com vermelho. Rory tirou a peça e a encarou confuso. Ele retirou as outras peças que estavam dobradas: uma camisa branca, uma calça chumbo, um par de sapatos pretos e uma gravata azul com vermelho. O garoto novamente voltou para o blazer, que era o que mais tinha o intrigado; ele gostaria muito de saber o que significava aquela inicial.

Rory procurou na caixa alguma letra compatível com a do blazer, mas era lisa. O castanho olhou a etiqueta do blazer, mas havia apenas o modo de lavagem. Ele achou que talvez fosse uma criação de seu pai ou de um estilista novo, e que talvez o pai quisesse que ele vestisse no jantar. O menino deu os ombros e começou a se vestir.

[...]

Quando estava um pouco mais tarde, Kurt e Blaine assistiam a televisão, enquanto esperavam Rory descer para poderem jantar. Blaine não conseguiu ouvir os passos na escada, mas de relance conseguiu ver a figura que parara no meio da porta dupla da sala. O homem se virou para a figura e balançou o braço de Kurt, que também olhou.

Lá estava Rory vestindo as roupas da Dalton e o cabelo coberto de gel. Os pais do menino ficaram sem acreditar em seus próprios olhos, o menino parecia uma fusão exata de Kurt e Blaine quando mais novos.

– Como fiquei? – Perguntou o menino examinando a roupa. Até o nó na gravata ele havia feito. O menino não recebeu uma resposta. – Ficou tão ruim assim? Eu achei que fosse para eu usar hoje... – Nada foi dito. – Ahn... Eu posso tirar? – Sugeriu enquanto já estava se retirando.

– Rory. – Blaine se levantou e foi até o filho. – Você está incrível. Eu adorei esse seu cabelo-

– Mas nem pense em adquiri-lo, foi uma luta tirar gel de seu pai, não quero travar outra guerra contra você. – Cortou Kurt se levantando e indo até o filho. – Não precisa mudar nada, querido. Você está perfeito. Se levanta sua moral, está parecendo comigo quando mais novo. – Disse Kurt brincando.

– Obrigado. Obrigado. Mas eu quero entender porque me fizeram vestir isso. – Pediu o menino.

– Bom, vamos por partes. Se sente primeiro e vamos te explicar. – Pediu Kurt. Os três foram para o sofá, deixando Rory se sentar no meio. – Rory, quando eu disse que teríamos um jantar especial, não era o jantar em si e sim a notícia que queríamos lhe dar.

– Não estou entendendo. – Disse o menino. – Que notícia bombástica é essa, que eu preciso usar uma roupa especial? – Kurt olhou para Blaine e o moreno assentiu.

– Querido, isso não é apenas uma roupa, é um uniforme. – Disse Blaine.

– Uniforme? Da onde? – Perguntou o menino examinando a roupa.

– Rory, a partir de segunda feira você começará ir a escola. – Revelou o castanho.

– Ir para- O que? – Aquela não era a reação que os pais do menino esperavam. – Ir para escola? Para quê? – Perguntou. Rory já havia sido informado sobre o que era e como era escola por Carson.

– Rory, você tem sete anos, você precisa frequentar a escola, meu filho. – Disse Kurt.

– Mas papai-

– Ei, garoto, não vai ser tão ruim assim. Você vai aprender a ler, escrever, vai poder brincar com muitas outras crianças. Vai ser legal. – Blaine fez pequenos círculos nas costas do menino ao seu lado.

– Não, não vai! – Disse ele se levantando do sofá. – Eu não quero ir para escola. – Disse ele arrancando o blazer e depois a gravata. – Eu quero ficar em casa com vocês. – O menino bateu o pé no chão e cruzou os braços.

– Meu filho, você terá que me desculpar, mas você já está matriculado e começará segunda. – Disse Blaine se rendendo e descasando as costas no sofá.

O menino saiu da sala batendo os pés e assim foi até o seu quatro.

– Eu vou lá falar com ele-

– Kurt, não. – Disse Blaine parando o marido antes que ele levantasse do sofá. – Deixe ele ficar bravo. Rory precisa aprender que certas coisas não são como ele quer e ele vai acabar descobrindo que a escola não é tão ruim quanto ele pensa. Se ele quiser ficar sem falar conosco, deixe, uma hora ele volta. – Blaine se levantou e ofereceu a mão para o marido. – Segunda feira Marta o acorda e avisa que ele terá que se levantar para ir até a escola.

[...]

O final de semana passou silenciosamente e romanticamente para Kurt e Blaine, já que o filho resolveu fazer greve de silêncio. O casal até conseguiu fazer um “plano” caso Rory não colaborasse com o fato de estar indo para a escola. Já o fim de semana de Rory havia sido entediante, já que o menino não estava falando com os pais e não queria ir para a escola.

Na segunda, Rory acordou com um barulho infernal vindo do lado de sua cama. O menino abriu um dos olhos e viu um relógio em cima da mesinha que ficava do lado da sua cama. Não sabendo como desligar, ele colocou de baixo do travesseiro e voltou a dormir.

Depois de dez minutos, Rory escutou alguém batendo na porta do quatro. O castanho continuou em sua cama, até que Marta abriu a porta do quatro assustando o menino.

– Roy, estou vindo para te avisar que é hora de você tomar banho. – Disse a latina, fazendo o que patrão havia mandado.

– Mart, ainda é muito cedo. – Era o que ele achava. – Posso tomar banho mais tarde. – Disse com o rosto enterrado no travesseiro.

– Você sabe que você tem aula hoje e não vai poder tomar banho mais tarde. - Avisou a mulher. Ela também pôde escutar o menino grunhir.

– Eu não vou para a escola. – Disse o menino se sentando na cama.

– Vai, sim. – Blaine entrou no quatro. – Chuveiro, agora. – Ordenou o pai. Aquilo tudo fazia parte do plano. O moreno havia escutado toda a conversa, assim como Kurt.

O menino sem muitas opções se levantou e foi para o banheiro do próprio quarto. Depois de dez minutos o menino saiu e viu que o pai havia colocado um novo uniforme para ele pendurado nos puxadores do guarda-roupa. O menino grunhiu até colocar o sapato. Ele se levantou e se encarou no espelho.

Até que não é tão feio... – Disse o menino se analisando.

– Rory, vamos, você precisa tomar o seu café. – Falou Marta entrando no quarto novamente.

Rory tirou os olhos do espelho e foi para a babá. Os dois desceram as escadas e foram direto para a cozinha. Kurt e Blaine já estavam na mesa comendo, quando o menino apareceu. Rory se sentou à mesa e ouviu Kurt pigarrear. O menino olhou para o pai, e viu que os dois o encaravam, então entendeu o que faltava.

– Bom dia, pai. Bom dia, papai. – Disse o menino preparando seu café e com a cabeça baixa por vergonha.

– Bom dia, Rory. – Disseram os homens juntos.

A família tomou seu café da manhã em silencio e sem nenhum problema. Depois que os pais do menino haviam terminado as próprias refeições, Rory terminava seu café sozinho a mesa quando Marta chegou até ele.

– Roy, seus pais estão te esperando no carro. Aqui estão sua lancheira e todos os materiais que vai precisar. – A latina entregou uma lancheira do Woody e uma mochila do Buzz, que tinha até asas.

Rory até tentou esconder o sorriso quando viu seus pertences, mas não teve como, eram de seu desenho favorito. O menino os pegou da mão de Marta, que abaixou para receber um beijo na bochecha.

– Até mais tarde, Mart.

O menino foi andando até a varanda, desceu as escadas e entrou no carro. Kurt se olhava no espelho e Blaine escolhia alguma rádio. O menino fechou a porta e prendeu o cinto. Kurt olhou pelo vidro para conferir.

– Podemos ir. – Blaine deu partida no carro e o carro começou a sair.

Rory estava pedindo a Deus para Ele o guardar sobre o pior dia da sua vida.

[...]

O carro da família logo entrou na pista que ficava de frente para escola. Os carros iam girando envolta da fonte e deixando suas crianças. Rory conseguiu ver algumas crianças com uniformes iguais ao dele enquanto iam saindo dos carros e eram apenas meninos. O menino tinha as mãos suadas e tremia um pouco.

O carro de Blaine finalmente parou em frente as escadarias da escola e Rory pode ver um pouco do que tinha dentro da escola. O menino foi se apressando para tirar o cinto e sair do carro.

– Não está esquecendo de nada? – Perguntou Kurt assim que o menino abriu a porta.

– Tchau, pai. Tchau, papai. – Rory nem deu muita atenção para se despedir dos pais, ele estava amedrontado. Blaine rolou os olhos e segurou o braço do filho.

– Você por acaso olhou para a escada direito? – Perguntou o moreno.

O garoto olhou para a escada que lembrava a da varanda de sua casa. Rory pode ver um menino loiro e de óculos sentando e ao que parecia, estava esperando alguém. Quando Carson viu Rory, o menino se levantou e acenou para Rory com um enorme sorriso no rosto. Rory corou e respondeu o aceno com a mão livre.

– Ok, me convenceram. Agora deixe-me sair. – O menino se soltou das mãos de Blaine e foi para de encontro ao amigo. Os dois se abraçaram, já começaram uma conversa que provavelmente era sobre as lancheiras e entraram na escola.

– Salvo pelo Carson. – Disse Kurt sorrindo. Blaine deu partida no carro e eles foram para casa


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Notas finais do capítulo

Amem o Carson. Mas não tanto...



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