O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 21
Halloween


Notas iniciais do capítulo

Voltei.



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No final do mesmo ano em que Kurt havia se machucado, a família resolveu reformar a casa. Kurt decidiu aumentar algumas salas, reformar outras. O castanho também aproveitou e adaptou algumas coisas para a idade de Rory, como os registros dos chuveiros, maçanetas maiores e outras coisas. Eles aproveitaram o terreno de 6.000 metros quadrados. Separaram mais a piscina da casa e colocaram perto das quadras. Blaine havia feito uma área de lazer do jeito que ele queria.

No ano seguinte, “The Boy From Oz” teria apenas mais um semestre, então Kurt aproveitou o trabalho e Blaine trabalhava praticamente vinte e quatro horas por dia para poder tirar umas férias junto à Kurt. Rory no começo não apoiava, mas quando Marta se tornou sua acompanhante para leva-lo para todos os lugares de Nova Iorque com Carson, o pequeno castanho aceitou, porque afinal, só duraria alguns meses. Quando começou Julho, Nick e Jeff entraram de férias das respectivas escolas e as duas famílias saíram de férias juntas; com o destino ao Havaí. As férias mais animadas dos meninos, apesar de Carson ficar apenas na areia lendo livros e Rory dentro da água com Blaine e Nick tentando pegar alguma onda. O garoto não aguentava mais as reclamações de Kurt: “Rory, seu cabelo está parecendo palha” ou “Garoto, olha sua pele, você está parecendo seu avó quando inventa de ir pescar”. Os garotos jamais esqueceriam daquelas férias.

Depois de três meses, Outubro havia chegado e com ele, se aproximava o Halloween, o feriado preferido de Rory e Carson. No ano anterior, Rory se vestiu de Simba e Carson de Jimmy Neutron. Esse ano as duas famílias iriam sair para a festa de Halloween na casa de Rachel e Finn.

[...]

– Não, Blaine. – Dizia Kurt folheando uma das páginas de uma revista de fantasias.

– Mas Kurt, ainda sim é uma fantasia... – Blaine estava em pé, com uma certa distância de Kurt.

– Blaine, entenda, eu não vou andar pelas do meu bairro com meu marido vestido com a roupa de “Roar”. – Disse Kurt rolando os olhos ao imaginar o marido com a velha roupa usada por Katy Perry em seu clipe.

– Kurt, não adianta, esse ano eu saio de Katy Perry! – Blaine cruzou os braços. – Vou usar o figurino de “Last Friday Night”. – Kurt mandou seu olhar que dizia “Sério?”

– Blaine, se vista de algo que não lembre seu trabalho. Entendo que você ame trabalhar com a Perry por você ser fã dela, mas se vestir como ela é um pouco demais.

– Então o que você sugere? – Perguntou o moreno. Kurt se levantou todo animado e foi até seu marido.

– Poderíamos ir de “Quarteto Fantástico”... – Kurt massageavam os ombros do marido.

– Kurt, somos em dois... – Blaine levantou uma das sobrancelhas.

– Na verdade somos três, e somos três meninos. Nos quadrinhos, são três meninos e uma menina. Rory poderia se vestir de “Coisa”, que usa força bruta, e como ele é pequeno, ficaria uma gracinha. Eu me vestiria de “Tocha-Humana”, eu consigo fazer minha própria fantasia e pinto as pontas dos meus cabelos de vermelho.

– E deixe-me adivinhar, serei o “Senhor Fantástico”? – Kurt sorriu para Blaine.

– Exatamente, querido. Eu também posso fazer sua fantasia e como você já tem alguns cabelos brancos... – Blaine passou a mão pelos cabelos com um pouco de medo do que a idade estava fazendo com ele. – Só deixaria mais característico. Então, o que acha?

– E quem será a “Mulher-Invisível”? Marta? – Perguntou Blaine.

– Aí está a graça das nossas fantasias, diremos que ela está invisível. – Kurt estava tão empolgado com a sua ideia que Blaine pensou na ideia de se vestir de Katy Perry no próximo ano.

– Ok... – Blaine suspirou e logo em seguida recebeu um ataque de beijos de seu marido.

– Ah, sabia que você iria gosta! Nós poderíamos nos-

– Papai. – Rory descia as escadas segurando a mão de Carson. – Decidimos nossas fantasias para o Halloween. – Carson, que agora usava óculos, concordou com a cabeça

– D-decidiram? – Kurt dava um sorriso forçado.

– Sim, eu quero me vestir de “Woody” e Carson de “Buzz Lightyear”. – Os meninos passaram pelo casal e se sentaram no sofá.

– Você não gostaria de se vestir de algo diferente meu filho? Como sei lá, um super-herói? Como o “Coisa” do “Quarteto-Fantástico” por exemplo... – Blaine colocou as mãos nos bolsos e assistiu até onde as cabeças duras de Kurt e Rory iriam.

– Nah, prefiro ir de Woody. – Disse o menino. Kurt mordeu os lábios. – Mas não fique triste, Carson e eu decidimos as fantasias de todos.

– É, mesmo filho? – Disse Blaine. – E qual seria?

[...]

– Bem-vindos a festa dos Hud- sons. – Rachel estava confusa com o grupo na sua porta.

Os garotos estavam vestidos de Woody e Buzz Lightyear. Nick estava vestido de Rex, Jeff de Slinky, Marta estava de Senhora Cabeça-de-Batata, Kurt de Porquinho e Blaine de Senhor Cabeça-de-Batata. Rachel se segurou para não rir quando viu Blaine naquela fantasia. O traje era um tipo de espuma, onde tinha a forma da batata do desenho e só tinha um círculo para Blaine colocar o rosto. Os braços do moreno tinham que ficar esticados, porque se dobrasse, estragaria a fantasia, sem contar os sapatos gigantes e o bigode.

– Doces ou travessuras. – Gritaram os meninos para Rachel. Os adultos ficaram em silêncio.

– Meninos, entrem. – A judia abriu espaço para os meninos entrarem e fechou para os adultos. – Vocês podem me dizer que fantasias são essas? – Perguntou a judia com lágrimas nos olhos de tanto rir.

– Rory e Carson. – Disseram todos juntos. Rachel riu ainda mais. A morena estava vestida de Chapeuzinho Vermelho.

– Rachel, eu preciso de um whisky. – Perguntou Blaine sem mexer o pescoço ou os braços. A morena riu como nunca.

– Não veio como um de seus acessórios? – Blaine juntou suas sobrancelhas. – E você Nick? Veio de Hulk? – O outro dos morenos estava pintado de verde, com pés, caldas e a cabeça de dinossauro. Rachel se mudou para Jeff. – Olha quem está fora da “casinha”. – Só ela ria. Agora era vez de Kurt. – Kurt-

– Se você abrir essa boca gigante para falar qualquer coisa de mim, eu te enfio pela a goela de Finn. Porque com a mesma certeza que sei que o céu é azul, sei que Finn está vestido de Lobo Mal. – Rachel levantou os braços prendendo a risada e deixou os amigos entrarem.

A casa estava bem decorada, com aboboras, velas, teias e morcegos; muitos doces e comidas com o tema do feriado. Alguns amigos de trabalho de Rachel e Finn, parentes e amigos do passado: Santana, Brittany, Sam, Mercedes, Puck, Quinn e todo o resto do Glee Club.

– Feliz Halloween! – Gritou Rory.

– Rory, nã-

Era tarde demais, toda a atenção foi virada para a grande família. Blaine rapidamente virou de costas. Todos deram risada e brincaram com os amigos. Kurt rolou os olhos e foi falar com o pai. Jeff e Nick foram comer algo. Carson e Rory foram correndo para as outras crianças, os meninos também haviam combinado com a pequena Barbara, que se vestisse de Jessie. Marta foi ficar com as crianças.

Finn, Puck, Sam e Mike caminharam lentamente para o baixinho de costas e com a enorme fantasia.

– Sabe Finn, nunca reparei nessa estátua em sua sala... – Disse Puck.

– Ela é nova, sabe? Rachel e eu compramos esses dias. Mas é que Barbara fica mexendo nela e acabou deixando ela de costas. Deixe-me vira-la. – Finn pegou nos dois lados da fantasia de Blaine e virou o moreno.

– Tá leg- - Blaine foi interrompido pelos os homens rindo dele. A batata rolou os olhos. – Fiquem quietos pois estamos todos juntos nessa. Finn, não ache que está abalando com essa fantasia, porque você está horrível nela. Puck, não é porque Quinn está de Mulher-Gato e você de Batman que você deve ser achar o bad-ass. Se você não reparou, um dos amigos gays da Rachel está vestido de Robin e não para de te encarar. – Puck se virou para o homem que deu um “tchauzinho” pra ele. – Sam, não preciso nem dizer que você está horrível vestido de Jay-Z. Porque raios você aceitou que a Mercedes te pintasse? E Mike, esse seu Jackie Chan está mais estranho que o Porquinho do meu marido, então parem de tentar tirar uma com a batata aqui, e vamos logo beber e jogar striper poker para usar como desculpa para tirar essas malditas fantasias. – Blaine pegou uma cerveja no balcão, brindou com os amigos e todos foram para o lado de fora da casa.

– Como alguém consegue decidir entre Kurt e Blaine? Eles são os gays mais irados do planeta. – Disse Mike.

– Total. – Concordou Sam.

[...]

As famílias se divertiram a noite toda. As crianças comeram doces até enjoarem e brincaram até cada uma ir para o colo de seus pais para dormir. Kurt deixou Rory dormindo no colo de seu pai e foi chamar o marido para ir embora, assim como boa parte da festa já havia feito.

Quando Kurt chegou no quintal da casa, encontrou todos os caras apenas de cuecas e gritando para Marta que estava tirando a roupa de batata, e Kurt sabia que aquela não seria uma das melhores visões.

– Marta, se você tirar essa batata do corpo, se considere uma babá morta. – Kurt disse atrás dela e com as mãos na cintura. A mulher parou no mesmo momento e colocou a roupa de volta.

– Eu nem estava pensando nisso. Era só para tirar uma com a cara desses bêbados. – Disse a latina de quadris largos.

– Aham, claro. – Kurt se mudou para o marido. – Batata frita, mova esses carboidratos pra cá e vamos embora. – Todos riram, inclusive Blaine, apenar de estar rindo de tudo. O moreno se levantou rindo e recolhendo sua fantasia; o rapaz ia se despedindo de todos. Blaine chegou ao lado de Kurt cruzando as pernas de bêbado. Kurt olhou para o marido dos pés à cabeça: ele estava com o cabelo todo bagunçado, o bigode todo borrado, vestia apenas sua cueca box preta, estava descalço e segurava todo os seus pertences desajeitadamente. – Meu Deus, Rory tem sorte de estar dormindo, ele ficaria traumatizado só de te ver desse jeito. – Blaine mandou um sorriso sem mostrar os dentes e Kurt deu risada. – Ok, tchau pessoal. A noite foi boa, mas eu preciso ir embora. Marta, você também vem comigo.

Kurt mandou beijos para todos e foi começou a empurrar Blaine para dentro da casa, junto a Marta. O resto dos amigos voltaram ao jogo. Kurt se despediu do pai e da madrasta, que quiseram perguntar alguma coisa sobre Blaine, mas Kurt cortou, porque o marido na frente do pai de cueca e bêbado, já era vergonha suficiente. Burt e Carole ficaram no sofá, já que dormiriam na casa do irmão de Kurt. O castanho tirou o filho do colo do pai e começou a se dirigir para a saída. Pegou a lembrancinha que Rachel havia preparado para as crianças, abriu a porta e foi para seu carro.

O castanho prendeu o filho na sua cadeirinha, colocou Marta, que falava sozinha, do lado do filho no banco de trás, Blaine ficou no banco do passageiro. Kurt aproveitou e colocou os restos das fantasias no porta-malas. Quando entrou no carro, todos já estavam dormindo.

O caminho para casa foi tranquilo. Kurt reparou que o sono do filho estava um pouco perturbado, já que o garoto resmungava em seu sono, mas fora isso, tudo normal: Marta falando em espanhol, Blaine soluçando depois de dormir bêbado. Quando o castanho chegou na porta de casa, o porteiro abriu o grande portão branco e Kurt atravessou o jardim da frente. O castanho acabou que não guardou o carro, deixou na nova entrada da casa.

Primeiro o homem acordou Marta, que foi direto para os seus aposentos enquanto parecia rogar uma praga em espanhol. Depois acordou Blaine, o moreno mesmo sonolento, saiu do carro e subiu as escadas, provavelmente indo para o próprio quarto. Kurt pegou o filho no colo, trancou o carro e entrou em casa. Kurt fechou a porta e subiu as escadas. O homem trocou as roupas do filho, arrumou a cama e o deitou. Kurt beijou Rory na testa e quando estava se levantando o menino o chamou.

– Papai? – Perguntou meio sonolento.

– Sim, querido? – Kurt voltou para o filho.

– Você é o melhor pai do mundo. – Disse o menino, que logo voltou a dormir. Kurt não entendeu porque o filho havia lhe dito aquilo, mas se emocionou com o gesto sincero da criança. – Só não conta para o meu pai. Eu te amo.

Kurt ficou sem reação. O homem deu um sorriso de orgulho e beijou a testa da criança novamente, pois sabia que crianças sempre eram sinceras.

– Eu também te amo, Roy.


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Notas finais do capítulo

Não ficaria traumatizado de ver meu pai daquele jeito, mas existem fotos...



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