O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 20
Carson


Notas iniciais do capítulo

Enfim, tenho uma péssima notícia que precisei confirmar antes de alarmar: Meu pai vai casar de novo e com o Adam!!!!! Sinceramente Kurt Hummel, sinceramente...
Estou digerindo isso tudo ainda.
Aproveitem.



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Kurt era a sensação do momento. Mas não só do momento, do ano que se passou também. Depois de um ano de sua volta aos palcos, “The Boy From Oz” continuava em seu auge. Kurt parecia ter trazido a magia da peça de volta. Ele havia recebido as melhores críticas. Haviam até alguns boatos que o castanho poderia ser indicado ao Tony Awards.

A vida profissional de Kurt iria maravilhosamente bem, mas a sentimental não estava no mesmo estado. Kurt sentia a falta de ficar em casa como um louco. Ele saia às sete da manhã e voltava às dez da noite. O castanho sentia falta de ficar com sua família. Ele raramente via o marido, em todos os sentidos possíveis. Com Rory, era quase a mesma coisa, só via o filho na hora que o acordava de manhã e quando o colocava para dormir. Mas não era só ele que sofria, o menino também, mas Blaine dizia que ele não poderia dizer para seu pai, porque deixaria Kurt desanimado.

Com Blaine como dono de casa, as coisas estavam caminhando. O moreno estava indo bem no estúdio e as vezes conseguia preparar um almoço ou jantar, mas quando Rory não colaborava e nem os empregados davam conta, só existia uma pessoa que conseguia controlar a pequena fera:

– Carson! – Gritou Blaine ao abrir a porta e dar de cara com o melhor amigo de Rory, que por graça do destino, era filho de seu melhor amigo, Nick. – Entrem... Nick eu realmente não sei como te agradecer. Hoje é mais um daqueles dias que Rory está atacado. Marta disse que ele quase pintou as paredes do quarto novamente.

– Carsey?

– Estou aqui, Roy. – Respondeu o menino loiro soltando a mão do pai e esperando ver Rory.

Carsey! – A casa toda pode escutar os fortes passos de Rory no segundo andar correndo até o hall.

O garoto parou em frente a ponta da escada, segurando um colchão, usando os óculos escuros de Blaine, uma sunga vermelha e algo que parecia ser uma toalha amarrada no pescoço.

– Rory Louis Hummel- - Blaine não conseguiu terminar de repreender Rory, o garoto já tinha pulado sobre o colchão e começava a descer as escadas. – Rory!

O garoto gargalhava enquanto descia as escadas. Quando o colchão chegou ao térreo, o menino foi com o rosto direto no chão. Blaine fechou os olhos para tentar suportar o grito que viria, mas o garoto só tirou os cabelos castanhos da frente dos olhos e correu para abraçar Carson, com a testa com uma marca vermelha enorme.

– Oi, Rory. – Disse o menino sendo esmagado.

– Rory, o que te deu? E eu posso saber porque você está com roupas de banho e como tirou aquele colchão? – Blaine virou Rory de frente para ele.

– Eu fui nadar, mas Marta não queria pegar a boia, porque disse que eu nem deveria estar nadando, então achei que o colchão serviria.

Blaine não sabia o que responder. Quando ele olhou para o quintal, viu que a porta que dava acesso ao jardim, estava aberta e o chão molhado.

– Rory, quem te deu autorização para nadar? Garoto, seu pai vai te matar! – Blaine disse ao filho, que já tinha saído correndo com Carson para a piscina. – Rory cuidado! – Tarde demais, o garoto tinha as pernas para o alto e as costas no chão, mas novamente, não chorou, só tirou o cabelo dos olhos, se levantou e voltou a correr. – Nick, eu juro, esse garoto foi quem me deu cabelos brancos.

– Eu imagino... Bem, Blaine, eu preciso ir. Mais tarde eu volto para buscar Carson. – Dizia Nick saindo. Blaine o acompanhou. – Até mais tarde!

– Até. – Disse Blaine sorrindo e acenando. O moreno fechou a porta e se virou para o hall. O colchão havia sumido. Blaine escutou um “slash” vindo da piscina. – Rory!

[...]

Os meninos estavam no andar de cima no quarto de Rory brincando de carrinho, quando o pequeno castanho escutou o portão da entrada sendo aberto. O menino correu para a grande janela do quarto, removeu as cortinas e teve a visão do carro de seu pai atravessando a entrada.

– Papai chegou! – O menino correu em direção a porta.

– Roy, não me deixa aqui sozinho! – O loiro começou a correr atrás de Rory.

– Papai, papai chegou. – Gritou o menino em frente a porta do estúdio de Blaine e logo voltou a correr em direção ao carro do pai. Quando o moreno abriu a porta, conseguiu ver apenas Carson virando a esquina do corredor.

– Kurt? – O pai olhou no relógio de pulso. – Às três da tarde? – Blaine fechou a porta do estúdio e foi andando para o hall, sua feição era de total confusão.

Rory parou no meio do hall, enquanto Carson se matinha sentado na escada e Blaine começava a descer a escada lentamente. Todos os três esperavam Kurt abrir a porta para cumprimenta-lo, mas o castanho estava demorando. Rory estava ficando agoniado.

Blaine começou a descer as escadas mais depressa, passou por Rory e abriu a grande porta branca com detalhes em vidro dos lados. O moreno não pode acreditar no que seus olhos viam. O carro de Kurt estava de com a lateral virada para a entrada, a porta estava aberta e Kurt era retirado de dentro do carro pelo seu motorista e colocado-o sentado em cima de uma cadeira de rodas.

– Ai meu Deus. – Clamou Blaine. O moreno não escutou o espanto dos meninos atrás dele.

– Papai! – Rory correu até seu pai, nem ao menos se preocupando com os degraus, o garoto por pouco não caiu.

– Hey, criança. – Kurt disse baixinho enquanto se estabilizava na cadeira. O homem estendeu os braços para o filho, que correu em lágrimas. – Vai ficar tudo bem, ok? – Kurt acariciava os cabelos do menino. Rory concordou com a cabeça enquanto choramingava. – Blaine... - Kurt subiu o olhar para o marido.

O moreno entendeu; foi até a cadeira de Kurt e o empurrou escada acima. Construir uma rampa para Artie não foi a pior das opções. Blaine parou a cadeira de Kurt no meio do hall e se abaixou em frente à cadeira do castanho.

– Kurt, o que houve? Você está de cadeira de rodas e imobilizador no tornozelo! – Blaine tinha as mãos sobre a coxa do marido e analisava a canela direita do castanho. Carson levantou da escada e ficou atrás de Blaine, até Rory levantou o rosto para ouvir o que Kurt tinha a dizer.

– Eu torci o tornozelo quando tentava uma coreografia. – Kurt colocou a mão na testa. – Urgh, por um movimento em falso, vou ter que ficar uma semana sem atuar. Eric vai me matar quando descobrir que vou ficar de fora. - Todos o escutavam atentamente.

– Hum... Carson, vá brincar com Rory, que eu preciso colocar Kurt para descansar. – O menino atrás de Blaine assentiu.

– Mas eu quero ficar com o papai... – Rory voltou a deixar a cabeça sobre o peito do pai.

– Querido, eu preciso tomar um banho e descasar. Blaine vai me ajudar com essas coisas, ok? Você pode ficar tranquilo, já estou melhor. Vá brincar com Carson e depois prometo pensar naquele playground que você me pediu. – Nem assim o menino se animou, mas como pai dele estava pedindo, saiu do colo do pai e foi brincar com Carson na sala.

Blaine acompanhou o filho cabisbaixo com os olhos. O moreno respirou fundo para a cena e se preparou para pegar Kurt no colo. O castanho deu uma última olhada no filho e mandou um "tchauzinho"; antes de colocar a cabeça no peito de Blaine e ser erguido escada acima.

[...]

– Você acha que vai ficar tudo bem? – Perguntou Carson enquanto jogava vídeo game com Rory.

– Eu espero que sim. – Rory apoiava a mão na bochecha e o cotovelo no braço do sofá. O loiro pausou o jogo e foi abraçar o amigo.

– Roy, não fique assim. Vai ficar tudo bem, eu prometo. – Disse Carson tentando animar o amigo.

– Você acha? Porque eu não quero que ele fique no hospital...

– Bom, eu acho que ele não vai ficar no hospital. Porque ele está em casa e já está usando uma daquelas coisas que eles colocam no hospital. Uma vez, um primo meu se machucou, ele colocou um branco daquele e disse que eu podia desenhar.

– Será que papai me deixaria desenhar no dele? – O menino voltava a se animar só de imaginar os desenhos que iria fazer para o pai.

– Claro que sim. – Carson era muito inteligente para sua idade e isso era uma das coisas que Rory mais gostava em seu amigo.

– Meu Deus, Carson, você é um gênio. – Carson tinha dificuldade para respirar enquanto era abraçado por Rory, mas ainda assim era um abraço reconfortante.

[...]

Mais tarde, quando Jeff voltou do emprego, ele e Nick foram buscar Carson. Os dois casais conversaram sobre a lesão de Kurt, que confirmou que tudo ficaria bem.

– Mas... – Nick olhou em volta. – Cadê eles? – Todos os outros começaram a olhar em volta mas não encontraram.

– Eu acho que eles foram brincar lá fora. – Kurt disse. Blaine gelou só de pensar que os dois poderiam estar na piscina novamente.

Os dois casais decidiram ver os filhos no jardim. Nick segurava a cintura de Jeff e Kurt se apoiava junto à Blaine. O moreno abriu a porta da própria casa que dava com a parte de trás da casa. Os homens olharam em volta do jardim, que já estava completamente laranja pela luz do sol que se punha. Jeff apontou para as crianças, que estavam de costas para os pais, sentados na espreguiçadeira e viam o pôr-do-sol de mãos dadas.

– Rory, acho que eu amo você. – Disse Carson.

– Como assim? – O menino tirou a cabeça de cima do ombro de Carson. – Como meus pais e seus pais?

– Eu não sei. Mas meu pai Nick disse que quando você se sente muito bem com uma pessoa e quando fica longe dela, morre de saudade-

– Do tipo quando o papai Kurt vai trabalhar e eu sinto falta dele? – Carson concordou.

– Ele disse que quando você sente essas coisas, você ama alguém. E esse alguém é você. – Rory não pôde deixar de sorrir. – Não vejo a hora de chegar aqui amanhã para podermos brincar.

– Eu também.

– Nós podemos brincar na grama, na piscina, no-

– Não seu Carson, eu também te amo. – Rory sorriu mais amplo para o amigo. O loiro sorriu de volta. – E também não vejo a hora de brincarmos amanhã. – Em um movimento inocente, Rory deitou a cabeça sobre o ombro do amigo. Carson não tendo ideia do que fazer, passou as mãos por de trás das costas de Rory e deixou sua mãozinha pousar no ombro do castanho.

Os pais logo atrás sorriram. Kurt tirou a cabeça do ombro de Blaine e olhou para Jeff, que também tirou a cabeça do ombro de Nick. Os quatro deram risada, e as crianças escutaram. Os dois correram para seus respectivos pais. Rory ficou nos braços de Blaine e Carson no de Jeff. Rory deixou a cabeça deitar sobre peito do pai e sorriu de longe para Carson, o loiro correspondeu o sorriso particular e circulou os braços no pescoço do pai.


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