O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 19
Uma Nova Chance


Notas iniciais do capítulo

Don't ask. Too angry for answers.
Eu só prefiro não dizer o que eu tenho pra dizer, sem ter certeza



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Depois que as coisas haviam tomado seu devido lugar, Kurt achou que seria a hora perfeita para voltar aos palcos. Rory estava crescendo e já tinha três anos e Blaine estava apoiando Kurt, já que o moreno garantiu que ficaria trabalhando no estúdio de casa para cuidar do filho e se Kurt sentisse saudade, eles poderiam planejar alguma, como uma visita de Rory nos ensaios ou um programa em família no final de semana.

Kurt havia conseguido um teste para a nova produção de “The Boy From Oz” da Broadway. Os resultados estavam saindo no dia das audições, porque eles precisavam começar os ensaios o mais rápido. A estreia tinha pressa e praticamente dia marcado. Kurt mesmo sabendo que mal ficaria em casa, teve que tentar. Ele morria de saudades de subir em um palco e cantar, e agora que Rory estava um pouco maior, conseguiria fazer isso com mais facilidade. Kurt queria o papel de Peter Allen. O castanho já era um forte candidato por fazer outros papeis em peças curtas, como Peter Pan e O Espantalho, de “O Mágico de Oz”, mas agora ele queria alguma coisa mais adulta e todos sabiam do rapaz que arrebentou em seu primeiro teste da NYADA com “Not The Boy Next Door”. Kurt estava criando muitas expectativas, era uma nova chance perfeita.

Como Blaine confiava em Kurt e sabia que o castanho iria ganhar o papel, preparou um cartaz enorme com Rory e colocou no hall. Era de noite e Kurt tinha alguns amigos a sua espera, como Rachel, Finn, Mercedes, Sam, Santana e Brittany. Até as crianças haviam ficado acordadas até mais tarde para ver o tio e o pai.

Enquanto todos estavam conversando animadamente na sala, a porta do hall se abriu. Kurt estava cabisbaixo e cansado. Quando o castanho levantou a cabeça, viu a placa escrita pelo filho e lágrimas começaram a se formar em seus olhos. O homem só soube colocar uma das mãos para abafar a boca. Todos foram correndo para o arco que dividia a sala do hall, porque sabiam que era Kurt, mas nunca imaginariam encontrar o castanho naquele estado.

Kurt quando viu os amigos e família, tirou a mão de frente da boca e limpou as lágrimas, para tentar esconder alguma coisa que todos já haviam visto. Ninguém sabia como reagir ou o que falar.

– Papai... – Rory saiu mais do que depressa do colo de Blaine e foi correndo para o outro pai. Kurt se abaixou para pegar o filho. – Vai ficar tudo bem. Rory promete. – Disse o garoto acariciando desajeitadamente os cabelos do pai. Kurt concordou em silêncio.

– Kurt... E-eu sinto muito. – Disse Blaine dando um passo a frente. Kurt se levantou com o filho no colo e olhou para o marido.

– E-eu imagino, m-mas vai ficar tudo bem... Porque eu ganhei o papel! Eu ganhei! – Kurt gritou e levantou o braço que estava livre.

Todos que estavam presentes se acalmaram e respiraram fundo. Rachel que estava prestes a chorar, automaticamente mudou as lágrimas de choro para lágrimas de alegria. De um, em um, todos foram cumprimentar Kurt e desejar os parabéns. Blaine foi o ultimo, aproveitou e beijou o marido, que foi respondido com um grupo de amigos gritando “Oooh”.

– Credo, papais. – Rory tampou os olhos com as mãozinhas. Kurt parou de beijar o marido e beijou o filho na bochecha. Santana se aproximou da família.

– Hummel, eu estava quase indo tirar satisfações com o diretor e matar quem teria ficado com papel. – Confessou a latina. Kurt deu uma leve risada.

– Vejo que meu irmãozinho ainda está em forma para atuar. – Disse Finn. Kurt apenas sorriu e deu os ombros.

– Ok, ok. Precisamos estourar um champanhe. – Disse Blaine indo até a cozinha com Finn. Os dois voltaram com uma garrafa e algumas taças. Finn estourou e serviu todos. – Um brinde ao meu marido incrível e mais uma de suas realizações. – Todos juntaram suas taças.

– Mamãe, eu quero. – Disse a pequena Ellie, filha de Rachel e Finn. A judia não sabia o que responder e acabou corando. Brittany colocou a mão na boca de Santana para a latina não falar algo inapropriado.

– Uuh, que tal as crianças me acompanharem que eu darei uma coisa melhor que champanhe. – Disse Blaine pegando o filho do colo de Kurt e levando as quatro crianças para a cozinha.

– Então Kurt, conte tudo. – Rachel puxou o amigo para a sala.

– Foi maravilhoso! Eu havia me esquecido como era bom a sensação das pernas bambas, o medo da entrevista, mas me sai muito bem. Não foi atoa que eu ganhei o papel. – Sorriu o castanho.

– E os outros concorrentes? – Perguntou Brittany.

– Olha, vou ser sincero, havia pessoas gloriosas ali. Alguns rostos conhecidos e outros não. – Enquanto Kurt trocava olhares com todos, eles iam sacudindo a cabeça entendendo tudo. – Eu realmente fiquei com medo quando pediram para eu fazer um dueto com um cara, Adam era o nome dele. Fiquei com medo que quisessem que eu dividisse o papel com ele, porque só nós dois cantamos juntos.

– Ele era bom? – Perguntou Santana, que estava mais distante de Kurt. Blaine voltou com as crianças e Rory foi sentar no colo do pai. Blaine deu para eles suco de maçã que tinha a mesma coloração do champanhe.

– Muito. Eu quase engasguei quando ele começou a cantar. Ele era realmente muito bom. – Explicou.

– Não tão bom quanto você, se não teria levado. – Blaine disse atrás de Kurt. O castanho deu uma leve cotovelada no marido por estar com vergonha.

– Que música você cantou? – Questionava a cunhada de Kurt.

– Nós que fizemos o teste para o Peter, tivemos que cantar “Not Boy The Next Door” e depois eu fiz o dueto de “Perfect” com o outro cara. – Quando Kurt respondeu, Santana ousou olhar para Blaine que havia abaixado a cabeça, mas não comentou nada.

– Papai, eu estou com sono. – Disse o menino coçando um dos olhos. Blaine pegou a caixinha de suco da mão do garoto, que em seguida abraçou o pescoço do pai e se aninhou no colo do castanho mais velho.

– Eu também. – Disse Emily indo para os braços de Brittany, que havia estendido para a filha.

– Ok, pessoal, já está tarde e minha pequena princesa precisa dormir. – Disse Finn pegando Elise no colo.

Os quatro casais foram para o hall com suas crianças, depois de todos se despedirem e dizerem que estarão na noite de abertura de Kurt, foram para seus carros e saíram pelos os grandes portões. Kurt, Blaine e Rory esperaram todos saírem pelo portão para poderem fechar a porta.

– Querido, eu vou arrumar as coisas na sala e depois te encontro lá em cima. – Anunciou Blaine indo para a sala. Kurt concordou com a cabeça e foi para as escadas com o filho no colo, que estava piscando preguiçosamente e com o polegar na boca.

Kurt subiu os degraus com o filho. Pai e filho entraram no quarto do garoto que agora havia algumas mudanças. O guarda-roupa era maior, Rory já tinha sua cama, alguns dos brinquedos didáticos haviam sido doados e outros guardados para possíveis futuros filhos. Alguns dos brinquedos haviam sido transferidos para um pequeno lugar no estúdio de Blaine, como uma guitarra, um teclado, uma bateria e um microfone, onde lá ele poderia passar o tempo com o pai.

Kurt sentou o filho na cama e trocou as roupas que o menino usava, para um dos pijamas. O pai colocou as pantufas do Mickey no menino, para ele poder escovar os dentes, tudo com a supervisão de Kurt. Depois, os dois voltaram para o quarto, onde Kurt ajeitou a cama e deitou o menino. O Hummel mais velho o cobriu e esperou qual seria a exigência da noite em um banquinho ao lado da cama.

– Papai, você pode cantar pra mim? – Mesmo quase caindo de sono, uma “Canção de Boa Noite” nunca poderia faltar. Kurt sorriu e ajeitou os cabelos do filho, o castanho aqueceu a voz e se preparou.

Kurt:
Baby, you're not alone.
Cause you're here with me
And nothing's ever gonna bring us down
Cause nothing can keep me from lovin' you
And you know its true
It don't matter what'll come to be

Kurt e Blaine:
Our love is all we need to make it through

Na frase final da música Blaine havia cantado da soleira da porta. Quando o castanho se virou, viu o marido encostado no batente da porta e com os braços cruzados. Blaine foi até os dois e beijou a testa do menino que já adormecia, Kurt beijou a bochecha do menino e se levantou. Blaine apagou as luzes e o casal saiu do quarto, para o menino poder ter a sua noite de sono. Assim que fizeram, Blaine segurou a cintura do marido e se virou para ele.

– Cantando uma de minhas composições? – Sorriu ao se lembrar da música que escreveu quando Kurt estava em dias ruins.

– Gosto de cantar essa música para ele dormir. – Disse Kurt colocando os braços envolta do pescoço de Blaine. Blaine sorriu.

– Que tal irmos para o quarto? – Perguntou Blaine. – Estou cansado e acho que uma massagem nas costas não seria mal. – Kurt concordou e os dois foram de mãos dadas para o quarto.

Kurt foi para o chuveiro e Blaine apenas trocou de roupa e ficou na cama lendo um livro, sem camisa e esperando Kurt. Depois de alguns minutos, Kurt aparece no quarto com um de seus cremes.

– Pronto? – Perguntou. Blaine assentiu, fechou o livro e ficou de bruços na cama, colocando a bochecha direita em cima das mãos.

Kurt sentou ao lado do corpo de Blaine, passou o creme nas mãos e aplicou nas costas do marido. Depois de alguns minutos de massagem, Blaine resolveu perguntar uma coisa para Kurt, que estava revirando em sua mente.

– Kurt... Porque você teve que cantar aquela música com aquele cara? – Questionou o moreno com o rosto virado e os olhos fechados.

– Eu não faço ideia o que o diretor queria com aquilo. Eu-

– Não, eu estou perguntando por que você cantou essa música com ele. – Blaine retomou a pergunta dando ênfase no “essa”.

– Ah, não, ele apenas sugeriu e eu aceitei. – Blaine se contentou com a resposta, mas logo Kurt pensou um pouco e ficou curioso. – Por quê?

– Nada, apenas curiosidade. – Blaine ficou pensando, até que fez outra pergunta. – Ele realmente canta bem?

– Sim, você deveria estar lá para ver. A voz dele era incrível. Achei que realmente iria perder o papel para ele. – Disse Kurt levantando as sobrancelhas e se lembrando dos momentos no teatro.

– Vocês fizeram o dueto melhor que nós dois há alguns anos atrás?

– O que? Blaine eu não acredito que você está me perguntando isso. – Kurt até parou de massagear o moreno e se curvou para olhar o rosto do moreno, atrás dos olhos castanhos. – Não, ele não cantou melhor que nós dois. Que pergunta! – Kurt voltou para a massagem.

– Ele... E-ele era bonito? – Kurt parou imediatamente.

– Você pode ser mais direto? – Kurt agora se mantinha em pé e Blaine virou de lado, se apoiando no cotovelo direito.

– E-eu só quero saber como foi sua audição. – Respondeu o moreno.

– Perguntando se Adam era bonito? Blaine, em que mundo isso tem a ver com o meu desempenho? – Kurt cruzou os braços e não mantinha a melhor das expressões no rosto.

– E-eu apenas fiquei intrigado quando você disse que ele era megatalentoso. – Confessou Blaine, jogando levemente o braço esquerdo.

– Você ficou com ciúmes, meu querido, isso sim. – Kurt estava com os braços inquietos e agora tinha as mãos na cintura. Blaine ia falar mais alguma coisa, porém foi interrompido por Kurt. – Quer saber? Vamos dormir antes que essa conversa se prologue e piore. Boa noite. – Kurt colocou o livro de Blaine e o creme em cima da mesinha que ficava do lado da cama, apagou o abajur, se deitou, se virando de costas para o marido.

Blaine bufou e deu um murro na própria perna. O moreno apagou o abajur e se cobriu. Blaine até pensou na possibilidade de abraçar Kurt, mas achou que naquela situação era melhor dormir com a barriga para cima.


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Notas finais do capítulo

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