O Diário de Rory escrita por TheKlainerGuy
Notas iniciais do capítulo
Sim, é isso mesmo. Um ano.
Não postei ano passado, porque acabei ficando de castigo, porque me neguei a ir para um passeio em "família" com meu papai e Adam.
Boa leitura.
Eram dez horas da manhã e o casal nova-iorquino entrou lentamente no quarto do filho segurando um pequeno cupcake, escrito “1 ano” decorado em letras azuis.
Sim, um ano. Para a pequena família tudo havia passado tão rápido. Hoje Rory estaria completando um ano. Um ano de desafios, choros, risadas, machucados, brinquedos e muitas fraldas. Era incrível como o bebê prematuro e concebido de modo totalmente inusitado havia crescido e evoluído numa velocidade tão maravilhosa. Rory desde os oitos meses havia aprendido a engatinhar, havia aprendido a falar outras palavras além de “papel”, como: “um”, “pato” e “céu”. Kurt e Blaine tentaram não ficar frustrados, principalmente Kurt, que achava que o fato da criança não saber falar “pai” ou “papai” e muito menos andar, era culpa de uma má gestação ou de um nascimento precoce.
– Não acredito no que estamos fazendo. Um ano, Blaine. Nosso filho está completando um ano! – Cochichava Kurt enquanto dava passos silenciosos para chegar ao berço do filho.
– Pois é, nosso menino está ficando mais velho. – Blaine dizia enquanto acendia a luz do quarto. Kurt parou no meio do caminho e olhou para o marido.
– Não é muito estranho falarmos que nosso filho está ficando velho, sendo que ele só tem um ano? – Perguntou o castanho. Blaine deu os ombros e os dois caminharam de encontro ao berço. Kurt encheu o peito para cantar, até que Blaine o parou.
– Espera, espera. Vamos fazer diferente... – O moreno aqueceu a garganta e começou a cantar. – I heard you’re felling. Nothing’s goi-
– Blaine, para de ser besta. Não vamos cantar essa música para Rory. Talvez no segundo, mas não no primeiro. Vamos com o tradicional mesmo. Um, dois, três e...
Kurt e Blaine:
Happy birthday to you.
Happy birthday to you.
Happy birthday to Rory.
Happy birthday to you…
O pequeno menino que repousava no berço branco se despertou com um sorriso ao ouvir as vozes dos pais, se levantou, apoiando-se nas grades do berço e assistiu os pais.
– Feliz aniversário, meu filho. – Disse Blaine abraçando a cintura de Kurt e observando Rory. A criança flexionava as perninhas em cima do coxão, enquanto segurava fortemente a barra da grade. Kurt aproximou o cupcake perto da boca de Rory, que abriu a boca com seus dois dentinhos da frente e mordeu o bolo, ficando com a boca, bochecha e nariz sujos de cobertura.
– Feliz aniversário, pequeno. – Kurt beijou a testa do filho, que aproveitou o bolinho perto da grade e deu outra forte mordida. Kurt e Blaine gargalharam.
[...]
Depois de terem dado banho na criança e trocado o filho, a família se encontrava na cozinha tomando o café. Como Kurt já havia comido, estava dando iogurte e frutas para Rory.
– Ok. Hoje teremos a primeira festa de Rory. – Disse Blaine apertando a mãozinha direita de Rory. – Às duas horas o pessoal do buffet chegará para decorar o jardim.
– Nossa família vai chegar lá para as quatro horas. O que nós podemos fazer em duas horas? – Perguntou Kurt enquanto batia no potinho de iogurte.
– Podemos... Dar uma volta no shopping! Preciso comprar um chapéu para mim. O que acha? – Perguntou o moreno.
– Vamos ao shopping, por que ainda pergunta o que eu acho? Vamos logo! – Kurt deu a ultima colherada de iogurte para o filho, limpou a boca da criança e tirou ele do cadeirão.
Os dois chamaram por James, que logo apareceu com um dos carros. Kurt abriu a porta e colocou o filho na cadeirinha, Blaine abriu a porta do outro lado, esperando o marido entrar para poder entrar em seguida. Assim que fizeram, Blaine bateu a porta, o carro foi ligado e a família foi de encontro às ruas de Nova Iorque.
Depois de alguns minutos, o carro parou em frente à grande entrada do shopping.
– James, não iremos demorar. Entra uma hora e meia a duas horas. Você pode dar uma volta se desejar antes de vir nos buscar. – Disse Kurt enquanto tirava os cintos de cima do filho, que assim que foi liberto, levantou os braços para o pai. O motorista assentiu.
Blaine, Kurt e Rory entraram no shopping logo depois do carro ir embora. Já na entrada, Kurt já começou a olhar algumas vitrines.
– Você foi tão malvado em me convidar para vir ao shopping, sabendo que eu não posso gastar nenhum centavo. – O castanho encarava alguns perfumes com Rory no colo e segurando a mão de Blaine com a sua outra mão.
– Eu disse que você não poderia gastar com Rory. Gasta consigo mesmo é outro assunto. – Disse Blaine curvando a cabeça para o marido.
– O que? E porque não me disse isso logo? Estava quase usando calças para a festa de Rory. Vamos, preciso de um short. – Kurt começou a arrastar o marido a caminho de uma das lojas preferidas de roupas.
[...]
Quando voltaram, deixaram as compras na sala e foram para o jardim ver a decoração. O jardim já estava totalmente decorado em azul, verde e branco. Havia uma mesa de madeira branca com alguns docinhos, bebidas, suportes e baleiros de vidro, balões de hélio espalhados, algumas mesas; havia um castelo inflável, um pula-pula e uma piscina de bolinhas. Tudo do jeito que havia sido planejado. Os decoradores já haviam ido embora e nenhum dos convidados haviam chegado porque ainda eram três e meia.
– Que tal você ir tomar um banho enquanto eu dou um banho em Rory? – Perguntou Kurt enquanto segurava Rory no colo e conferia todo o jardim.
– Ok. – Blaine deu um selinho em Kurt e um beijo na cabeça de Rory. Quando Blaine estava correndo para a porta que dava acesso a sala, Kurt lhe chamou.
– Blaine!
– Sim? – Blaine olhou para Kurt, que não tirava os olhos do jardim.
– Sem gel.
– Mas-
– Se você usar aquela coisa, eu lavo seu cabelo, nem que seja afogando sua cabeça na piscina. – Kurt agora olhava para Blaine com apenas um olho, devido ao outro estar fechado por conta do sol.
– Ok. – Blaine entrou bufando e com as costas curvadas. Pegou as compras e subiu pelos degraus brancos.
– Ok, tudo está perfeito e no seu devido lugar. – Kurt se virou para Rory que tinha o polegar na boca e passava os olhos por todas as novas coisas no jardim. – Vamos tomar banho, Blaine Segundo? – Rory olhou para o pai e depois encostou a cabeça no peito dele, ainda chupando o dedo. Kurt colocou a palma da mão nas costas do filho e caminhou para dentro de casa.
[...]
– Rory, desse jeito você vai me fazer perder a hora. – Rory ficava balançando as pernas para o alto no trocador, impossibilitando Kurt de colocar os shorts azul-turquesa no garoto.
– Amor? – Blaine entrou pela porta semiaberta procurando o marido e o filho. – Kurt, ainda não foi se trocar? – Perguntou Blaine chegando perto do trocador e colocando as mãos nos quadris, fazendo caretas para o filho.
– Eu nem cheguei a tomar banho- Rory! – Quanto mais alta era voz de Kurt, mais alta ficava a risada de Rory. – Blaine, você poderia-
– Claro, vai lá. – Blaine assumiu a peça de roupa.
– Você está bonito. – Kurt analisou o marido dos pés a cabeça. Blaine estava com par de shorts caramelo, uma camiseta preta, um par de docksides marrome um chapéu. – E esse cabelo... Eu amo ele. – Kurt colocou a mão no cabelo encaracolado de Blaine e sentiu o cheiro de uva. – Vou tomar banho. Fique a vontade com ess- - Rory já estava de short e colocando o segundo braço pela camisa. – Rory, eu tenho sentimentos. – Kurt saiu do quarto e Rory deu risada.
[...]
– Pessoal! – Kurt descia a escada para encontrar os velhos amigos no hall.
– Kurt, você está tão... Radiante. – Disse Quinn abraçada a Puck.
– Pura maquiagem. – Todos riram. Kurt quando chegou ao final do hall, e se colocou ao lado de Blaine, que segurava Rory no colo, enquanto os amigos faziam um arco na frente da escada. – Mentira. Acho que ser pai me mudou. Me deu mais motivos para sorrir, motivos além para perceber como eu amo Blaine e a vida. – Kurt virou a cabeça para poder olhar nos olhos de Blaine e Burt sorriram para as palavras do marido e filho. – Apesar de pensar que estaria melhor se alguém pelo menos falasse “Pai”. – Kurt chegou perto do rosto de Rory e pressionou os narizes. Rory segurou as bochechas do pai.
– Rory ainda não te chama de “pai”? – Perguntou Carole.
– Infelizmente não. Blaine e eu até tentamos um método que eu achei que funcionaria, mas nada. Mas ele sabe falar “papel”, “céu”, “um”, “pato” e hoje quando perguntamos sobre uma calça para ele, ele me apareceu gritando “não”.
– Não! – Gritou o menino. Todos riram, menos Rory, ele não entendeu.
– É, esse é sobrinho de Finn Hudson. – Disse Rachel fazendo uma piada interna. A judia segurava a pequena Barbra no colo. Finn caminhou até Blaine e pegou o sobrinho no colo. Rory começou a bater no rosto do tio, que fechou os olhos e esperou a criança parar.
– Rory, não pode! – Blaine repreendeu o menino.
– Não. – Respondeu com uma voz manhosa e abraçou o pescoço do tio.
– Hétero esse não vai ser... – Disse Santana.
– Santana! – Chamou Kurt. Burt apenas ficou olhando para a cabeça da latina que estava a sua frente. – De qualquer forma... Vamos para o jardim. - Kurt fez um gesto para que o seguisse.
[...]
No meio da festa, Blaine, Finn, Nick, Puck, Artie, Mike e Sam haviam começado a jogar futebol, Quinn e Santana cuidavam das crianças maiores nos brinquedos, Brittany desenha nos rostos das crianças, Mercedes, Tina, Jeff, Rachel e Carole conversavam envolta de uma mesa enquanto assistiam os homens jogarem futebol. Kurt estava na cozinha pegando algumas coisas.
– Precisa de ajuda? – Perguntou Burt. Kurt acabou se assustando.
– Uh... P-preciso. – Kurt continuou a arrumar alguns docinhos na bandeja, enquanto puxava assunto com o pai. – Como está sua saúde?
– A minha vai ótima. E a sua? Nenhum problema depois dos “acontecimentos”? – Burt chegou mais perto do filho.
– Não, minha saúde está bem. – Kurt alternava em olhar para o pai e para os doces.
– As outras áreas da sua vida? – Burt tinha os braços cruzados em cima do balcão e observava atentamente o filho.
– Financeira está boa, sentimental também. Para tudo ficar perfeito, falta apenas ouvir meu filho chamar meu nome. – O castanho parou de arrumar os doces e olhou para o pai.
– Sabia! Quando olhei nos teus olhos, percebi que você realmente estava chateado. Kurt se acalme, ele só tem um ano e logo vai te chamar e quando fizer isso, não vai por um segundo. Vai ser igualzinho a você. – Burt bateu no ombro do filho e deu um sorriso reconfortante para o filho. Kurt sorriu e entregou uma bandeja para o pai. Os dois atravessaram a cozinha, depois o hall, a sala e por fim chegaram ao jardim. A primeira coisa que Kurt viu, foi Finn e Sam segurando os membros de Blaine e jogando o moreno na piscina. – Não! – Era tarde demais, o moreno já estava todo ensopado. – Vou pensar melhor com quem deixo meu marido. Olha o estado da minha criança mais velha. – Blaine deu um sorriso tão grande, que os olhos foram fechados. Kurt rolou os olhos e foi para a mesa colocar os conteúdos das bandejas.
– Não! – Blaine jogou um pouco de água nas pernas de Kurt, que preferiu ignorar.
[...]
Depois todos os homens, menos Kurt, Jeff e Burt, entrarem na água e estarem se secando no restinho de sol que ainda restava, Kurt decidiu que era a hora de cantar parabéns.
O casal estava atrás da mesa, enquanto Kurt secava o cabelo do marido com uma toalha, para não sair totalmente molhado nas fotos. Depois de todas as famílias tirarem fotos com Rory, era a hora de cantar parabéns para o aniversariante. Artie iria filmar tudo.
– Um, dois, três e...
Happy birthday to you.
Happy birthday to you.
Happy birthday to Rory.
Happy birthday to you…
Rory batia palmas como se fizesse o com mais maravilhoso do planeta. Mesmo no momento de euforia, Rory conseguiu gritar, assim como conseguiram escutar.
– Papai! – Kurt e Blaine encaram a criança, como se ele tivesse acabado de revelar o maior dos segredos do Universo. – Papai. Papai. Paaai.
Kurt finalmente havia chegado ao topo da felicidade. Qualquer coisa que viesse para o castanho agora seria lucro. Ele se sentia como o homem mais feliz do mundo. Tinha uma família linda, amigos maravilhosos, um emprego dos sonhos, a casa que sempre sonhou. Finalmente o garoto de Ohio não se sentia um perdedor.
Kurt estava em um dilema, no qual não sabia se sorria mais ou se se matava de tanto chorar. Ele começou a respirar rápido, sentindo a felicidade lhe correr pelas veias, enche-lo pelos os pulmões, mas a única coisa que ele fez, foi abraçar o filho, seguido de Blaine, que abraçou os dois. Alguém do outro lado da mesa havia tirado uma foto, que com certeza, deveria ganhar um premio de foto do ano: Kurt e Blaine abraçando Rory com um lindo fundo de uma colida de grama verde e da luz laranja do sol invadindo todo o jardim, dando uma linda mistura.
– Eu amo demais vocês dois. – Disse Kurt em meio ao abraço.
– Eu sou capaz de tudo por vocês. – Disse Blaine enquanto deixava uma lágrima rolar.
[...]
Depois de repartirem o bolo e Santana zombar de Kurt até tarde, estavam todos no hall, alguns sentados nos degraus da escada e outros em pé. Finn e Kurt estimulavam Rory a andar, onde Rory tinha que atravessar o hall de Finn até Kurt.
– Vem, você consegue! – Dizia Kurt enquanto Rory dava lentos passinhos até o pai e Finn seguia a criança, caso ela caísse.
Rory já estava pegando o jeito. O garoto começou a acelerar o passo, até que caiu sob Kurt e recebeu os aplausos de todos.
– Palavras novas e já está andando, daqui a pouco ele vai evoluir em um novo pokemon. – Soltou Santana.
– Santana, cala essa sua boca. – Mandou Finn enquanto Rory havia voltado para o colo do tio. Santana levantou os antebraços em defesa.
Enquanto o menino corria de volta para o colo do pai, a campainha tocou. Kurt estranhou, mas mesmo assim foi atender, logo atrás apareceu Blaine, também desconfiado. Antes de abrir a porta, Kurt passou o filho para o colo do marido, que estava atrás do castanho.
– Surpresa!
– Coop?! – Gritou Blaine.
Cooper havia mudado; estava com o cabelo com alguns fios brancos, algumas rugas e pequenas olheiras, além do porte estar maior, mas ainda era mesmo Cooper, o mesmo irmão de Blaine. E o homem estava acompanhado de uma mulher loira e um menino, de mais ou menos sete anos, que Blaine poderia jurar que era ele quando pequeno.
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Meu tio o/